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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), decretou uma lei que proíbe a cobrança de estacionamento dos clientes de estabelecimentos comerciais que ocupem área superior a cinco mil metros quadrados. A nova determinação atinge shopping centers, hipermercados e supermercados. Todos os clientes que apresentarem cupom fiscal com valor 10 vezes superior ao valor da vaga ocupada no estacionamento, estão isentos do pagamento.

Para ter direito à isenção, o consumidor terá o tempo limite de seis horas de permanência na vaga. Caso o estabelecimento se negue a conceder o benefício, será aplicada multa de R$ 15 mil, dobrando a cada novo caso. Cartazes e avisos deverão ser colocados em locais visíveis e o Procon da capital mineira irá fiscalizar o cumprimento. O decreto regulamentou a lei 10.994 de 2016, em vigor desde outubro, que foi alvo de ação judicial da Associação Brasileira de Shoppings Centers.

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De acordo com a associação, o município não teria o direito de exigir gratuidade dentro de uma propriedade privada. O juiz Rinaldo Kennedy Silva, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, negou a liminar para os shopping centers e autorizou a gratuidade dos estacionamentos. Os supermercados não se manifestaram, uma vez que a maioria não cobra pelas vagas.

Ao menos quatro nomes ligados ao comando do Atlético-MG vão ocupar cargos do primeiro escalão do governo municipal na gestão do prefeito eleito Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do clube.

Braço direito de Kalil no clube - e também na campanha eleitoral -, a atual diretora executiva do Atlético, Adriana Branco, será secretária de Assuntos Institucionais e Comunicação Social. Daniel Nepomuceno, hoje presidente do time (vice de Kalil em seus dois mandatos como cartola do Galo), será secretário de Desenvolvimento.

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O cargo de secretário de Fazenda ficará com Fuad Noman, do Conselho de Ética e Disciplina do Atlético. Para Esporte e Lazer, foi chamado Bebeto de Freitas, que tem três passagens pelo clube, a última como diretor executivo, de 1999 a 2001.

Nepomuceno e Adriana estavam ao lado de Kalil no momento que pode ser considerado de guinada para o Atlético. Em 2012, com mil cheques pré-datados e sem fundos, além de uma dívida de R$ 310 milhões, eles contrataram Ronaldinho Gaúcho para reforçar a equipe. O atleta foi fundamental para a principal conquista do Galo na era Kalil (2009-2014): a Taça Libertadores (2013). A gestão foi marcada ainda pela derrota para o fraco time marroquino Raja Casablanca no Mundial de Clubes, em 2011.

No anúncio dos nomes, há uma semana, o prefeito anunciou a redução de 22 para 13 secretarias municipais.

Durante a campanha pela prefeitura, Kalil afirmava ter condições de administrar a cidade porque isso envolvia gastar recursos de forma responsável, estabelecendo prioridades. Ao menos em relação às dívidas, o passivo do Atlético atualmente é de R$ 530 milhões - R$ 220 milhões a mais do que os R$ 310 milhões de quando assumiu o Atlético.

Procurado, Kalil não respondeu o pedido de entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A estudante Bianca Cristina Oliveira, de 13 anos, morreu nesta terça-feira, 13, depois de ser arrastada pela enxurrada para debaixo de um veículo durante tempestade em Belo Horizonte. A adolescente seguia para a escola, por volta das 7h, junto com a irmã, de dez anos, que também foi levada pela água e está internada em estado grave no Hospital de Pronto Socorro Risoleta Neves, na zona norte da capital. Bianca chegou a ser levada para a unidade de saúde, mas não resistiu. As duas tiveram parada cardiorrespiratória. Por causa das chuvas foi decretada situação de emergência na cidade.

As irmãs foram atingidas pela enxurrada no bairro Jardim Felicidade, também na Região Norte da capital, onde moravam. A menina de 10 anos que segue internada não teve o nome revelado. Outras duas crianças estavam no grupo, mas conseguiram se salvar. Em 12 de fevereiro deste ano, Maria Ester Ribeiro, de 59 anos, morreu depois de ser levada pela enxurrada durante temporal no bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. Também nesse caso, a vítima ficou presa embaixo de um veículo.

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Segundo informações do Corpo de Bombeiros, em outra ocorrência também pela manhã, um ônibus de transporte escolar com cinco crianças e um adulto ficou parada em meio a uma enchente na Avenida Cristiano Machado, no cruzamento com Avenida Sebastião de Brito, na chamada Linha Verde, que dá acesso à Cidade Administrativa. Todos foram retirados do veículo sem ferimentos.

Na noite de segunda, passageiros de um ônibus de transporte urbano tiveram que subir em cima do veículo durante uma enchente na estação de ônibus Venda Nova, ao Norte da capital, a área mais atingida pelas fortes chuvas na cidade, que já duram dois dias.

Por causa dos temporais, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) decretou situação de emergência na capital. O objetivo "é proporcionar agilidade dos processos administrativos e operacionais destinados à mobilização de todo o sistema municipal de proteção e defesa civil para responder aos desastres, recuperar áreas afetadas e efetivar medidas de mitigação de novos riscos instalados na cidade", diz o texto do decreto, que será publicado na edição desta quarta do Diário Oficial do Município (DOM).

A Rádio Globo BH, emissora do Sistema Globo de Rádio (SGR), deixará de funcionar na segunda-feira. Focada nas transmissões esportivas, deixará 20 profissionais, entre jornalistas e técnicos, desempregados. Segundo o próprio SGR, a decisão é temporária e estratégica, dentro da reformulação das emissoras do país e sua migração para o FM. A rádio CBN, que também faz parte do grupo, passa a ocupar o lugar da emissora no dial.

O relato dos funcionários é de que a demissão em massa foi justificada pelo custo da operação. Segundo a filial de Belo Horizonte, 20 funcionários foram desligados, mas o SGR afirma que o número ainda não é oficial. Além dos profissionais da capital mineira, o grupo demitiu outros oito profissionais, quatro em São Paulo e quatro no Rio de Janeiro, também em função da reestruturação. Com isso, nomes como o do locutor Osvaldo Reis, o “Pequetito”, ficarão de fora das transmissões esportivas.

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Migração e ampliação do FM

Com o fim das transmissões de TV por sinal analógico, a faixa FM deverá ser estendida, já que esse tipo de transmissão televisiva também usa sinal de rádio. A expectativa dos profissionais é de que, nos próximos meses, o FM seja ampliado e, em vez de iniciar na frequência 88,1, passe a ser transmitido partindo do 76. Dessa forma, os ajustes irão favorecer alguns rádios de automóveis e celulares, que não tem a faixa AM, e as emissoras, que terão mais opções de frequência para operar.

Em visita a três ocupações em Belo Horizonte (MG) nesta terça-feira, 29, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao presidente Michel Temer (PMDB) e disse que, se preciso, vai ser candidato à Presidência em 2018.

Lula visitou três vilas da chamada Ocupação Izidora e prometeu que conversaria com o governador Fernando Pimentel (PT) para resolver a demanda por regularização fundiária das localidades que visitou. Ele afirmou que o governador petista tem condições de conversar com o prefeito eleito da capital, Alexandre Kalil (PHS), sobre a situação. "Tem tido um comportamento bastante civilizado e está disposto a negociar, a conversar", comentou Lula, sobre Kalil.

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No discurso em uma das vilas, Lula culpou a articulação contra o governo petista, que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, e o presidente Michel Temer pelos retrocessos na economia do País. Na fala de Lula, pelo ódio contra ele e contra Dilma "estão destruindo o País". "Estão destruindo esse País, em 2014 só tinha 4% de pessoas desempregadas e hoje é 12% de desempregos", apontou.

O petista afirmou que a única forma de resolver o problema econômico brasileiro é "cuidar do pobre". "Quem quiser resolver o problema da economia desse País tem que cuidar do povo pobre porque é esse povo que vai fazer a economia voltar a crescer, é esse povo que vai gerar emprego", disse o ex-presidente.

Lula afirmou ainda que está disposto a ser novamente candidato à presidência da República. "Eles não vão continuar destruindo esse País. Se for necessário, eu sou candidato outra vez", disse.

A oposição ao governo de Fernando Pimentel na Assembleia Legislativa de Minas acusa a base do governador na Casa de manobrar para evitar o seu afastamento do cargo. Segundo deputados estaduais, nomes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foram trocados para garantir a rejeição a propositura que trata da abertura de ação penal contra o chefe do Executivo mineiro no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Pimentel foi denunciado no âmbito da Operação Acrônimo, que investiga irregularidades no financiamento de campanhas políticas, mas, antes de julgar se aceita a ação, o STJ decidiu que a abertura do processo deveria passar pela aprovação dos deputados estaduais.

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Segundo a oposição, foram feitas três trocas na CCJ, que vai analisar a questão antes de a propositura ser levada ao plenário. Com isso, a expectativa dos aliados é garantir ao menos cinco votos a favor do governador.

A comissão era formada por dois deputados do PSDB, três do PMDB, um do PPS é um do PT. Segundo o líder da minoria na Casa, Gustavo Valadares (PSDB), o parlamentar do PPS, Antônio Jorge, foi substituído sem assinar a renúncia. "A saída da comissão acontece por renúncia ou por troca de partido. Foi manobra do governo", disse. Antônio Jorge foi substituído pelo líder do bloco Compromisso com Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV), aliado a Pimentel. A escolha dos integrantes da comissão cabe ao líder do bloco do qual o deputado faz parte.

Além do deputado do PPS, foram substituídos ainda um deputado do PMDB, partido que faz parte da base de Pimentel, por um do PT, e um do PT por deputado do próprio partido.

Experiência

O líder do governo na Casa, Durval Ângelo (PT) um dos que passaram a fazer parte da CCJ, negou que a troca de parlamentares de partidos aliados tenha a ver com a possibilidade de traição. "Colocamos parlamentares mais experientes, por se tratar de uma proposição mais complexa", disse. "É algo muito comum. Aconteceu inclusive na Câmara dos Deputados, antes da votação sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Lá, no entanto, ninguém reclamou", completou o deputado estadual.

Durval negou também a ocorrência de manobra pelo fato de o parlamentar do PPS não ter assinado a carta de renúncia. "Todas as indicações são feitas pelos líderes. O líder tira, o líder põe", afirmou o petista.

Antônio Jorge faz parte do bloco comandado por Agostinho Patrus. O parlamentar do PPS disse não concordar com a sua saída da CCJ, mas que não pretende tentar retomar o posto na comissão.

A comissão não tem o poder de impedir a chegada da proposição ao plenário. Porém, partirá dela o parecer a ser enviado à Mesa Diretora da Assembleia.

Rito

Na sessão de ontem, que foi marcada por protestos, a Assembleia anunciou ter notificado Pimentel sobre o processo. Ele terá o prazo de dez sessões para apresentar sua defesa à CCJ. Depois, a comissão terá cinco sessões para emitir parecer que, uma vez aprovado, será enviado à Mesa Diretora, lido e incluído na reunião imediatamente posterior.

O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse já ter enviado a defesa do governador à Assembleia, mas não quis revelar seus argumentos. "Vocês logo saberão. Nulidades variadas da investigação. E improcedência das acusações", afirmou ao Estado por meio de mensagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia após encerradas as eleições municipais, o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), minimizou a derrota de seu candidato à prefeitura de Belo Horizonte, João Leite, nesta segunda-feira, 31, em Brasília. "Esse resultado em Belo Horizonte realmente nos desaponta, mas nós tivemos, mesmo em Belo Horizonte, uma vitória muito expressiva sobre nossos tradicionais adversários. No Estado de Minas Gerais tivemos um resultado bastante positivo vencemos em 133 municipais", disse.

Após o rápido lamento, o senador associou a derrota do PT pelo País nas eleições municipais deste ano com as próximas eleições majoritária e proporcional de 2018, quando seu nome deverá disputar a vaga dentro do PSDB a candidato ao Palácio do Planalto. "Isso terá também um reflexo grande na eleição para a Câmara Federal, não tenho dúvida, nas eleições de 2018", afirmou Aécio.

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Durante a coletiva, o tucano concentrou as avaliações na ampliação das vitórias da legenda em todo o País e em ataques ao PT. A cúpula do PSDB deve se reunir no próximo dia 24, em Brasília, com os eleitos para avaliar o atual cenário político.

"Sem dúvida alguma o PSDB sai muito fortalecido. A vitória em São Paulo foi extraordinária como foi a vitória em todas as regiões do País que estivemos. Vencemos em Porto Alegre, voltamos a vencer em Manaus, conquistamos prefeituras do Nordeste onde tivemos resultados historicamente muito ruins, em todas as últimas eleições. Desalojamos o PT de todas as capitais daquela região", considerou o senador tucano após ser questionado sobre possíveis comparações com o desempenho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa municipal de São Paulo.

O senador mineiro também evitou falar sobre a disputa interna para a escolha do candidato presidencial de 2018. Tanto ele quanto Alckmin são potenciais postulantes à vaga. "Felizmente as alternativas estão ai e são várias. Antecipar esse processo é um desserviço não apenas ao partido, mas àquilo que é essencial: construirmos a nossa agenda, que vai tirar o País da crise, que vai gerar esperança nos agentes econômicos. E consequência disso investimentos e emprego. A nossa prioridade hoje não é eleição de 2018".

Base aliada

Segundo o tucano, o partido manterá, por ora, o mesmo alinhamento com o governo do presidente Michel Temer que tinha antes das eleições municipais, apoiando-o inclusive na votação das reformas previstas para serem encaminhadas pelo Executivo ao Congresso, após a conclusão da PEC do Teto, que estabelece limites de gastos públicos.

"Vejo o fortalecimento do PSDB também como o fortalecimento do governo Temer. A nossa aliança com o governo Temer sempre foi feita de forma clara. Nós apoiamos uma agenda de reformas necessárias para tirar o Brasil do abismo, das profundezas que o PT nos mergulhou. Enquanto sentirmos que há disposição do governo Temer, e percebo que hoje há, para condução dessa agenda, ele terá o apoio do PSDB", afirmou.

O candidato Alexandre Kalil, do PHS, lidera a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, de acordo com pesquisa Ibope divulgada neste sábado (29). De acordo com o levantamento, Kalil possui 53% dos votos válidos, enquanto João Leite, do PSDB, tem 47%.

A vantagem do candidato do PHS aumentou em relação ao levantamento anterior do Ibope, divulgado na última quinta-feira (27). Na ocasião, Kalil aparecia com 52% dos votos válidos, contra 48% de Leite.

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O Ibope ainda informa que, considerando os votos válidos, Kalil lidera a disputa com 42%, enquanto Leite conta com 37%. Os votos brancos e nulos somam 18%, enquanto outros 3% dos eleitores não souberam ou não quiseram opinar.

A pesquisa tem margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Ao todo, o Ibope ouviu 1.204 pessoas nos dias 28 e 29 de outubro. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais sob o protocolo MG-06989/2016.

O candidato Alexandre Kalil, do PHS, aparece numericamente à frente de João Leite, do PSDB, na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 29. (29). O levantamento mostra Kalil com 52% dos votos válidos, contra 48% de Leite.

Os porcentuais de votos válidos são iguais aos do último levantamento feito pelo instituto na capital mineira, na última terça-feira (25). Como a pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, os candidatos encontram-se em empate técnico. Ao todo, o Datafolha entrevistou 1.973 eleitores.

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Ao levar em conta o total de votos, Kalil aparece na liderança com 37% das intenções, enquanto Leite possui 34% - o total de eleitores que declararam voto nulo ou branco somou 19%, enquanto os indecisos somaram 10%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, contando com nível de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais foi feito sob o protocolo MG-03801/2016.

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves fez uma projeção irônica sobre o desempenho que o PT terá nas eleições municipais em todo país. Após votar em Belo Horizonte, o tucano disse que a população foi às urnas, neste domingo (2), dizer “chega de PT”. 

“O PT, em várias regiões do país, está sendo, na verdade, dizimado. Inclusive em regiões onde historicamente eles tiveram desempenho positivo no passado. É, na verdade, a resposta que a sociedade brasileira dá ao grupo político que se organizou para ocupar o Estado Nacional em busca de um projeto de poder”, alfinetou. 

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Citando que o país tem hoje “12 milhões de desempregados, 60 milhões de endividados e cerca de 10 milhões de famílias retornando às classes D e E”, Aécio disse que o PT deixou um legado “perverso”. “E a população está indo às ruas hoje do Brasil inteiro para dizer: Chega de PT”, disparou.

Em BH, Aécio votou acompanhado do candidato tucano à prefeitura da capital mineira, João Leite. Fazendo uma avaliação prévia dos resultados que serão apresentados após a apuração das urnas, o senador disse que "o PSDB será o grande vitorioso dessas eleições”.

“Mesmo em uma eleição tão pulverizada, com cerca de 15 partidos políticos diferentes, disputando prefeituras de capitais, apenas para ficar nas capitais, o PSDB terá um número muito expressivo de vitórias. O que é, na verdade, resultado da coerência do partido na defesa das suas ideias, no combate ao desgoverno do PT nos últimos anos", afirmou o presidente nacional da legenda. 

O motorista do aplicativo Uber Rodrigo Henrique Fraga, de 24 anos, foi esfaqueado no braço na noite desta segunda-feira (29) no bairro União, na região nordeste de Belo Horizonte. O agressor, um taxista, fugiu e ainda não foi localizado pela Polícia Militar.

Outros dois taxistas, João de Souza Lima, de 39, e Ronei Caldeira de Paula, de 43, atingiram Rodrigo com socos e foram levados para prestar depoimento. Encaminhado para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, o motorista do Uber deverá ser liberado na manhã desta terça-feira (30).

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Conforme a Polícia Militar, Fraga estava parado próximo ao Minas Shopping quando foi abordado pelos taxistas. O motorista do aplicativo foi retirado do veículo e então agredido. Fraga foi levado para o hospital em ambulância do centro de compras.

A primeira pesquisa de intenção de voto na sucessão municipal em Belo Horizonte mostra o candidato do PSDB, deputado estadual João Leite, na liderança da disputa pelo comando da capital. Conforme o levantamento, encomendado pela TV Globo ao Ibope, e divulgado nesta segunda-feira (22) o tucano tem 21% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, o candidato é também o segundo mais rejeitado, com 20% dos entrevistados.

O segundo lugar nas intenções de voto na capital mineira, de acordo com o levantamento, é do candidato Alexandre Kalil (PHS), com 11%. Em inversão de posições com o candidato João Leite, Kalil, por sua vez, é o concorrente à prefeitura de Belo Horizonte mais rejeitado pelos eleitores, com 24% dizendo que não votariam no candidato, que é ex-presidente do Atlético-MG.

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Em terceiro está Luís Tibé (PTdoB), com 6%. Votos brancos e nulos somaram 20%. Não sabem ou não responderam, 16%.

O Ibope ouviu 805 pessoas entre os dias 18 e 21 de agosto. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o protocolo MG-04289/2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato do PSDB à prefeitura de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite, afirmou ontem que, se eleito, vai acionar a Justiça, em casos extremos, para obrigar dependentes de drogas a serem internados para tratamento. O deputado ressaltou que a prefeitura não tem poder, porém, para determinar a internação forçada.

"Haverá abordagem e oportunidade para que saiam. E os casos extremos nós vamos judicializar, para que seja determinada internação involuntária", disse, em visita a uma associação na região nordeste da capital mineira. O tucano acrescentou que vai "quebrar as pernas do tráfico de drogas" na cidade. Para ele, o usuário da droga traz "insegurança para a cidade".

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Dentro de 10 dias, termina o prazo para que os partidos políticos realizem suas convenções e escolham os candidatos a prefeito e vice-prefeito. Este é também o prazo para que as legendas deliberem sobre as coligações.

Em Belo Horizonte, mesmo com a proximidade da data, o cenário permanece indefinido, com a maioria dos partidos ainda sem confirmar as coligações e quem concorrerá a vice. PMDB, PROS e PCdoB definirão seus cadidatos a 5 de agosto, penúltimo dia de prazo.

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Dois partidos, Rede e PSOL, já oficializaram candidaturas. A Rede concorrerá à prefeitura com o deputado estadual Paulo Lamac, mas ainda não escolheu o candidato a vice. O PSOL oficializou no último sábado (23) a candidatura da professora Maria da Consolação, da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), para prefeita, e do professor Pablo Lima, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para vice. Na última eleição municipal, em 2012, Maria da Consolação ficou em terceiro lugar, com 4,25% dos votos. O partido também aprovou a coligação com o PCB, partido de Pablo Lima.

Há mais 12 pré-candidatos na capital mineira. Destes, o único que admite a possibilidade de concorrer tanto a prefeito quanto a vice-prefeito é o deputado estadual Mario Henrique Caixa, do PV.

O cientista político Lucas Cunha, do Centro de Estudos Legislativos da UFMG, considera natural a dificuldade das legendas para formar coligações diante do atual contexto político do país. "Esse cenário de fragmentação partidária é influenciado pela turbulência que envolve o governo federal e o processo de impeachment [da presidenta afastada Dilma Rousseff]. Os partidos estão preferindo manter suas posições até o último momento para negociar em melhores condições", diz Cunha.

 

Pesquisas

Nesse cenário, o eleitorado também tem dificuldade para apontar os nomes que lhe agradam. Em levantamento divulgado no dia 12 de junho pelo Instituto Giga, feito a pedido do jornal Estado de Minas, na pesquisa espontânea, apenas 7%  souberam dizer em quem votariam: 2% mencionaram João Leite, do PSDB; 1%, Alexandre Kalil, do PHS; 4% lembraram outros nomes; e 93% não responderam, declararam-se indecisos ou disseram que votariam nulo ou em branco.

Na pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados aos entrevistados, 17% responderam que votariam em João Leite e 6% em Alexandre Kalil. Mário Henrique Caixa e Eros Biondini (PROS) foram citados por 4%, cada um. Mais sete nomes apresentados na pesquisa tiveram entre 1 e 3% das intenções de voto. O número de indecisos e dos que disseram que votariam em branco ou nulo continuou alto: 57%.

Há duas semanas, o Instituto DataTempo, vinculado ao jornal O Tempo, apresentou pesquisa na qual, entre 12 pré-candidatos, João Leite aparecia com 26,3%; Kalil. com 9,2%; Jô Moraes (PCdoB), com 8,7%; Eros Biondini, com 5,9%; Sargento Rodrigues (PDT), com 5,3%; e Mário Henrique Caixa, também com 5,3%. Brancos, nulos e indecisos somaram 27,9%.

É um cenário de muitas incertezas, afirma Lucas Cunha. O cientista político lembra que, em eleições anteriores, dois candidatos rapidamente polarizavam o processo, o que não ocorre desta vez. "Mesmo João Leite não tem pontuação vista como imbatível. São muitos indecisos. É uma eleição em aberto, e há muitos com chance de chegar ao segundo turno. E isso faz com que os partidos fiquem mais otimistas com suas candidaturas."

 

Nomes conhecidos

Líder nas duas pesquisas, João Leite ainda não anunciou quem será seu companheiro de chapa. O PSDB, que faz sua convenção nesta sexta-feira (28), deve se coligar ao DEM, além de buscar o apoio do PPS, mas nada foi anunciado oficialmente.

Ex-goleiro do Atlético, o deputado João Leite disputou a prefeitura de Belo Horizonte em 2000 e 2004 e ficou em segundo lugar nas duas vezes. Para Lucas Cunha, o fato de ser um nome conhecido beneficia João Leite nos primeiros levantamentos. "Ele está na memória política da cidade, porque já foi candidato duas vezes e é um deputado estadual conhecido. É natural que seja lembrado, mas ainda é cedo para apontar favoritos ou mesmo para fazer prognósticos para o segundo turno."

O cientista político destaca que Alexandre Kalil também desponta nas primeiras pesquisas por ser muito conhecido: sua imagem está associada ao Atlético, que ele presidia quando o clube conquistou a Copa Libertadores, em 2013. Segundo Cunha, a dificuldade de Kalil será garantir uma estrutura para se comunicar com o eleitorado. já que o PHS tem pouco mais de 1 minuto na televisão, e alianças seriam essenciais.

"Uma das razões da coligação é obter um tempo de TV maior para aumentar a exposição da imagem dos candidatos, ampliar o alcance da campanha, o número de cabos eleitorais. As coligações são fundamentais no sistema partidário brasileiro", afirma Cunha.

Para o cientista político, o sucesso inicial de João Leite e Kalil também é consequência do vácuo de lideranças políticas em Belo Horizonte. "Nomes tradicionais estão fora da disputa. Não há ex-prefeitos ou ex-governadores, que geralmente se apresentam. Tanto o ex-ministro Patrus Ananias [PT] quanto o senador Antônio Anastasia [PSDB] não se interessaram pelo pleito", observa.

 

Pré-requisito

O PT, que deve lançar a candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes a prefeito, já definiu que a chapa será completada por uma mulher. Se eleito, o próprio Reginaldo promete uma equipe com participação igualitária de homens e mulheres.

Também buscam nomes para concorrer a vice-prefeito os pré-candidatos Marcelo Álvaro (PR) e Eros Biondini, ambos deputados federais, e o deputado estadual Sargento Rodrigues. Eles inclusive têm mantindo conversas, mas ninguém ainda sinalizou desistência de concorrer ao pleito. Pelo PMDB, deve ser lançado o deputado federal Rodrigo Pacheco. O partido já tem o apoio oficial do PTN e o vereador Wellington Magalhães é cotado para ser vice na chapa.

O PSB, legenda do atual prefeito Márcio Lacerda, faz convenção no próximo domingo (31) e pode ter como candidato o empresário Paulo Brant. O partido tentará convencer o atual vice-prefeito, Délio Malheiros (PSD), a participar da coligação para permanecer no cargo. Malheiros, no entanto, é pré-candidato e já disse que não abre mão de ser cabeça de chapa. Hoje (26), ele postou nas redes sociais foto ao lado do presidente do PV, o vereador Sérgio Fernando, informando que conversaram sobre a possibilidade de o Partico Verde compor a chapa do PSD, indicando o candidato a vice.

O PV, que tem como pré-candidato Mário Henrique Caixa, não descarta a possibilidade de figurar como vice em outra chapa. No caso dele, existe uma pendência judicial. O deputado, que também é locutor da Rádio Itatiaia, aguarda uma definição do Tribunal Regional Eleitoral sobre sua elegibilidade. O tribunal avalia se o fato de ele ter narrado recentemente partidas do Atlético fere a legislação em vigor.

Sob força de decisão liminar, a Câmara de vereadores de Belo Horizonte abriu nesta quarta-feira, 8, processo de impeachment contra o prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB). O pedido de afastamento foi feito por Joel Moreira (PMDB) sob a alegação de que o prefeito não estaria repassando integralmente os duodécimos, a verba enviada mensalmente pelo município à Câmara para pagamento de folha e custeio.

O pedido é da última quinta-feira, 2. Como a leitura do documento não foi feita pela Mesa-Diretora naquele dia, o parlamentar acionou a justiça e, na terça-feira, 7, conseguiu liminar obrigando a presidência da Casa a fazer a leitura, o que ocorreu na sessão desta quarta.

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A cada mês, a prefeitura teria que repassar cerca de R$ 17 milhões à Câmara. Porém, o valor enviado está na casa dos R$ 13 milhões, conforme dados do próprio Lacerda. A redução, segundo a prefeitura, ocorreu em função de queda de arrecadação e aumento de despesas.

Os duodécimos estão previstos na Constituição Federal e a ausência de repasse pode configurar crime de responsabilidade, cabendo o impeachment do chefe do Poder Executivo. Porém, há uma batalha judicial em relação à base para o cálculo do valor. A constituição diz que o montante a ser enviado é de 4,5% da arrecadação prevista na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano anterior. Com essa base, o total mensal seria de R$ 17 milhões.

A prefeitura pondera, no entanto, que decisões judiciais permitem que o valor enviado precisa ter como base a receita concretizada, e não a da LDO, que é uma estimativa. No ano passado a queda na arrecadação teria sido, conforme Marcio Lacerda, entre 20% e 25%, o que, portanto, tornaria correto o envio dos R$ 13 milhões. Uma das decisões judiciais nesse sentido, citadas em nota da prefeitura, é do desembargador Luís Carlos Gambogi, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em processo correlato. Segundo o magistrado, "o orçamento feito pelo município contempla apenas uma estimativa de receita, de modo que, constatada a diferença entre o previsto na Lei Orçamentária e o que efetivamente foi arrecadado, deve a diferença ser repassada à Câmara Municipal, a título de duodécimo, em observância à receita real, permitindo, assim, a observância a preceito constitucional".

Comissão

Segundo o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da câmara, Ronaldo Gontijo (PPS), o próximo passo do processo de afastamento é a formação de uma comissão que terá três integrantes eleitos por sorteio. O grupo ficará encarregado de produzir relatório, contra ou a favor do impeachment, que será votado na Casa. O prazo para a conclusão do trabalho da comissão é de 90 dias.

O líder do prefeito na Câmara, Preto (DEM) afirma que o pedido de impeachment tem motivação política. "O prefeito é muito bem avaliado e estão querendo desestabilizá-lo. Não vão conseguir. Não há votos suficientes para que o impeachment passe", afirmou. Para o afastamento são necessários votos de 28 vereadores, ou 2/3 da Casa. O vereador disse ainda que a redução no valor do repasse, além de ter embasamento jurídico, foi acertada com o presidente da câmara, Wellington Magalhães (PTN).

O vereador Joel Moreira (PMDB) entrou com pedido de impeachment do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), alegando não pagamento integral de recursos para quitação de folha e custeio da Câmara Municipal, os chamados duodécimos. A cada mês o município deveria repassar R$ 17 milhões à Casa. No entanto, conforme informações do próprio prefeito, o valor que vem sendo enviado é de aproximadamente R$ 13 milhões.

Os duodécimos estão previstos na Constituição Federal e são referentes a 4,5% da arrecadação prevista na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano anterior. O não cumprimento do repasse pode ser considerado improbidade administrativa e crime de responsabilidade fiscal, abrindo a possibilidade de afastamento do chefe do Poder Executivo. O corte nos recursos ocorreu, conforme o município, por queda na arrecadação e elevação de gastos.

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Durante o velório do ex-governador Hélio Garcia, na segunda-feira, 6, Lacerda afirmou que a redução no montante repassado foi combinada com a Mesa-Diretora com base em decisões judiciais que apontam para a diminuição dos recursos sem a possibilidade de punição.

Uma das sentenças às quais Lacerda faz menção vem do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Em decisão de fevereiro de 2016, o desembargador Luis Carlos Gambogi, ao julgar caso análogo, afirmou que "o orçamento feito pelo município contempla apenas uma estimativa de receita, de modo que, constatada a diferença entre o previsto na Lei Orçamentária e o que efetivamente foi arrecadado, deve a diferença ser repassada à Câmara Municipal, a título de duodécimo, em observância à receita real, permitindo, assim, a observância a preceito constitucional".

O pedido de impeachment foi apresentado na última quinta-feira, 2. A Mesa-Diretora ainda não decidiu se irá aceitá-lo. Caso isso ocorra, os partidos indicarão integrantes para a comissão que emitirá o relatório. O prazo para conclusão do texto é 90 dias. Na sessão de Câmara Municipal dessa segunda-feira, o vereador Joel Moreira afirmou que, caso o pedido de impeachment não avance na Casa, acionará o Poder Judiciário. Segundo Lacerda, o parlamentar "já vinha tendo postura de oposição, que nós sempre respeitamos". "Faz parte do jogo democrático", acrescentou.

A presidente afastada Dilma Rousseff aproveitou a passagem por Belo Horizonte na noite de ontem para visitar o amigo e governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Já era fim da noite de sexta-feira, quando a petista deixou o hotel no centro de Belo Horizonte, onde participou de evento com "blogueiros progressistas", e seguiu para um condomínio fechado de alto padrão nas redondezas da capital mineira.

Dilma esteve na capital mineira para participar do 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais e usou o ato para defender seu mandato e criticar a gestão do presidente em exercício Michel Temer. No centro da cidade, foi recebida por milhares de manifestantes favoráveis a seu governo.

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Já no condomínio para onde se dirigiu, a presença da presidente foi notada por moradores e gerou estranheza pelo volume de policiamento, que foi reforçado no local. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a confirmar a ida a Belo Horizonte, mas acabou cancelando. Já o deputado federal e ex-ministro Patrus Ananias, que estava no evento com Dilma, pediu para ser liberado do jantar, porque precisava ir a um aniversário. Após o encontro, Dilma seguiu para o aeroporto e chegou a Brasília pouco antes das 3 horas da manhã.

Ex-ministro de Dilma, Pimentel tem enfrentado uma série de acusações na Justiça. No início do mês, a Procuradoria-Geral da República denunciou o governador de Minas por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O petista é acusado de receber propina de R$ 2 milhões durante sua gestão no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que comandou de 2011 a 2014. Sua defesa diz que o processo tem vícios e deve ser anulado.

Também neste mês, a Justiça de Minas Gerais mandou Pimentel exonerar a primeira-dama do Estado, Carolina de Oliveira Pereira Pimentel, do cargo de secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social no governo do marido. Assim como Pimentel, Carolina é investigada na Operação Acrônimo, da Polícia Federal.

Saem as camas e a televisão, entram mesa e cadeiras para reuniões. Quartos estão sendo transformados em escritórios na rede hoteleira para reduzir perdas com excesso de oferta e baixa procura por hospedagem em Belo Horizonte. Com aproximadamente 30 mil vagas, a capital tem hoje forte ociosidade tanto em dias úteis como em fins de semana. Além da transformação do local de dormir em área de trabalho, hotéis passaram a ser usados também para a realização de festas particulares, com DJs incluídos como atração.

A redução no faturamento do setor e a busca por alternativas para elevar receita ocorreu principalmente depois da Copa do Mundo de 2014. Para a competição, foram construídos na cidade 34 hotéis, que aproveitaram incentivos para se juntarem aos 180 que já existiam na cidade.

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Ao mesmo tempo, com a crise econômica, houve redução no turismo de negócios, que predomina na capital mineira. O resultado foi a demissão de 211 mil pessoas no setor nos 12 meses encerrados em fevereiro, aponta a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (Abih-MG).

Segundo a Hotel Invest, consultoria que realiza um panorama nacional e latino-americano sobre o setor, o ano será difícil para os hotéis em todo o País, mas a situação é especialmente grave em Belo Horizonte, onde há uma clara superoferta. Segundo dados apurados pela Hotel Invest em abril, a taxa de ocupação do município é de 47%, a mais baixa entre as capitais nacionais pesquisadas, como Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Para uma operação ter um ponto de equilíbrio, fontes do setor dizem que a ocupação precisa girar em torno de 60% dos quartos.

Criatividade

É por isso que os administradores de hotéis na capital mineira estão em busca de alternativas. "O que preciso é colocar as pessoas dentro dos nossos estabelecimentos", afirma o diretor de marketing da administradora Vert Hotéis, em Belo Horizonte, Bruno Guimarães. A rede pretende chegar até julho com 10% dos 545 quartos que tem na cidade sendo utilizados como escritório.

A rede quer oferecer espaço em um sistema que ficou conhecido como coworking - em que diferentes empresas dividem um mesmo espaço. Hoje, 40 quartos já são usados com essa finalidade. "Pode parecer pouco, mas é importante ressaltar que, dentro do hotel, as pessoas tendem a utilizar também o restaurante e outros serviços, contribuindo para o crescimento do faturamento", ressalta Guimarães. Os quartos separados para o coworking são utilizados principalmente para reuniões ou realização de cursos.

Hotéis em todo o Brasil sempre alugaram salões geralmente disponíveis no térreo dos prédios ou nos andares inferiores para reuniões e congressos. "O problema é que o custo é muito alto para colocar uma área como essas para funcionar. Um exemplo de despesa que sobe muito nesses casos é a com ar condicionado", frisa o diretor de marketing da Vert.

Economia

A empresária Vanessa Alcice, que atua no setor de treinamento de pessoal, encerrou o contrato de aluguel da sala em que trabalhava e passou a utilizar o sistema de coworking em um hotel de Belo Horizonte. "Além da locação, pagava também secretária. Havia ainda os gastos com luz e telefone", conta Vanessa. Conforme a empresária, que paga R$ 30 por hora no sistema de quartos transformados em escritórios, seus custos com a mudança na forma de trabalho foram reduzidos em 70%.

A presidente da Abih em Minas Gerais, Patrícia Coutinho, que é proprietária de um hostel em Belo Horizonte, conta que o planejamento que buscou para ampliar receita foi a realização de festas, mesmo para quem está ou não hospedado em seu estabelecimento. "A criatividade tem de ser usada nesse momento", diz.

De acordo com a empresária, os preços das tarifas de hotel hoje são equivalente aos praticados em 2010. "E os custos, principalmente com água e luz, aumentaram muito", compara a empresária.

Em algumas redes, a saída foi usar o terraço dos prédios para a realização de festas - a organização e a contratação do DJ fica por conta do próprio hotel. O modelo da atração já tem até nome em inglês: "roof top". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Observatório Sismológico da Universidade Nacional de Brasília (UnB) registrou nesta segunda-feira, 2, na Grande Belo Horizonte tremor de terra de 3,7 graus na escala Richter. O epicentro do abalo aconteceu em Esmeraldas, a 60 quilômetros da capital mineira, e foi sentido também nas cidades de Betim, Juatuba e Mateus Leme. Até o momento não há registro de vítimas.

O abalo aconteceu às 6h21 e, até as 10h30 desta segunda-feira, não houve chamadas de emergência ao Corpo de Bombeiros em decorrência do sismo.

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Em 24 de março deste ano, o observatório da UnB registrou dois tremores de terra em Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. Os sismos aconteceram por volta das 5 horas. O primeiro atingiu 2,8 na escala Richter, enquanto o segundo, 3,8.

Assim como no abalo desta segunda-feira, não houve registro de vítimas nem chamadas de emergência ao Corpo de Bombeiros. O terremoto mais forte registrado até hoje no mundo aconteceu no Chile, em 1960, com amplitude de 9,5 na escala Richter.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), participa, a partir das 11 horas deste domingo, das manifestações que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim da corrupção, em Belo Horizonte.

Segundo nota divulgada nesta manhã por sua assessoria, após ir às ruas de Belo Horizonte, Aécio Neves segue para São Paulo, onde as manifestações ocorrem na Avenida Paulista, por volta das 15 horas.

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