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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou o primeiro caso de botulismo neste ano. A pasta não revelou mais detalhes sobre o caso – apenas esclareceu que a família do paciente foi orientada pela Vigilância Epidemiológica e que a Vigilância Sanitária, por sua vez, realizou fiscalização adequada nos locais onde o paciente se alimentou. 

Ainda de acordo com a secretaria, outros dois casos de botulismo no Distrito Federal foram investigados ao longo de 2018 e, posteriormente, descartados.

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A doença

O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

O botulismo pode ser contraído por meio de alimentos mal conservados ou mal lavados ou por ferimentos abertos que entrem em contato com a bactéria ou a toxina. Todas as formas da doença se caracterizam por manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais.

A melhor prevenção, de acordo com o Ministério da Saúde, está nos cuidados com o consumo, a distribuição e a comercialização de alimentos.

As orientações incluem:

- evitar a ingestão de alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e no aspecto;

- produtos industrializados e conservas caseiras que não ofereçam segurança devem ser fervidos ou cozidos por 15 minutos, antes de serem consumidos;

- não conservar alimentos a uma temperatura acima de 15ºC.

Ainda segundo a secretaria, o êxito do tratamento depende do diagnóstico precoce da doença e das condições do local onde será realizado. Quanto antes a pessoa contaminada for levada a uma unidade de terapia intensiva (UTI), maiores as chances de recuperação.

Passados mais de 2 meses desde que uma família foi contaminada pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, o senhor José Ronaldo, de 69 anos, acabou morrendo depois de complicações em seu estado de saúde. Ele estava internado num hospital particular, juntamente com a sua esposa, Lúcia Barbosa, de 65 anos. Ela ainda está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), já José foi enterrado às 11h da manhã de hoje (26), no cemitério Santo Amaro, Centro do Recife, segundo apurações da imprensa local.

Tanto o casal, como o seu filho, identificado como Ronaldo Alves, 48 anos, haviam se entoxicado no dia 1º de janeiro, depois que comeram algo no almoço que tinha alto teor da toxina. Ronaldo estava sob os cuidados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, e há cerca de um mês teve alta médica. Na época, os três deram entrada no mesmo hospital, sendo os mais velhos transferidos para um hospital da rede particular. Essa bactéria é desenvolvida em alimentos industrializados como enlatados e em embutidos como salsicha. 

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"Essa bactéria forma o que chamamos de espóro, o que dá mais vida a bacteria sem o meio externo atingir e matar esses organismos. É uma doença não tão comum de acontecer", afirmou na época, o infectologista, Demétrius Montenegro. Ela impede que os nervos trabalhem normalmente, causando por exemplo a paralisia da face. 

Depois de 2 anos, esse foi o primeiro caso registrado no Estado e o primeiro de todos que causou uma morte. Em 2007 doi confirmado um caso, e em 2016 foram confirmados três pela Secretaria Estadual de Saúde; todos os pacientes evoluíram bem e sem sequelas. Essa toxina é a mesma utilizada para os procedimentos com o botox, como ficou conhecida.

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Três anos depois, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz recebeu o segundo caso de botulismo, uma intoxicação que se desenvolve, segundo afirmado pelo infectologista, Demétrius Montenegro, por uma bactéria que se encontra nas comidas enlatadas, vencidas, mal esterelizadas, assim como carnes e embutidos culinários. Ronaldo Alves, 48 anos, deu entrada no Oswaldo Cruz na última quinta-feira (25), porque acabou consumindo uma comida que tinha alto teor dessa toxina, que acabou causando uma paralisia na face e nos nervos da deglutição da vítima. 

Tanto ele, como os seus pais, Maria Lucia Barbosa, 65 anos e o José Ronaldo, 69, foram encaminhados para as unidades de saúde, em situação de alerta, já que essa doença acaba dificultando a respiração das vítimas. Os pais de Ronaldo estão sob os cuidados de um hospital da rede privada. Em todos esses casos, a suspeita, segundo os médicos, é de que a família tenha consumido um empadão de frango no almoço e acabou sendo devastada pela bactéria Clostridium botulinum. "Essa bactéria forma o que chamamos de espóro, o que dá mais vida a bacteria sem o meio externo atingir e matar esses organismos. É uma doença não tão comum de acontecer", afirmou Demétrius Montenegro.

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Segundo aponta o médico, as pessoas que consomem uma grande quantidade de alimentos que tem essa bactéria "geradora" da toxina que causa o botulismo, tem suas terminações nervosas comprometidas, já que a doença faz com que os nervos sejam impedidos de trabalharem normalmente. "Pra neutralizar essas toxinas é preciso cozinhar bem. Só assim elas serão exterminadas daquele alimento", pondera o infectologista. 

No caso dessa família, todos com o botulismo confirmados, a Secretaria de Saúde do Estado está fazendo as investigações nos alimentos recolhidos para fazer uma análise. Ronaldo Alves tem evoluído bem, podendo já nas proximas 48 horas sair da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). "Ele não evoluiu com complicações, mesmo estando num lugar suscetível (o hospital). Ele não está fazendo uso de antibióticos, está muito bem", responde o doutor Demétrius. 

Estado acompanha casos de perto

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) reiterou, através de nota oficial, que os três pacientes continuam internados em UTI. "Nesta terça-feira (30), o paciente de 48 anos, internado em uma unidade hospitalar pública, apresenta quadro estável e com evolução positiva. A mulher de 65 anos está estável e apresentou melhora no movimento dos membros. Já o homem de 69 anos está com quadro estável. Os dois últimos estão em um hospital privado".

Segundo o órgão, "técnicos da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), juntamente com a Vigilância Sanitária do município de Olinda e técnicos da Vigilância Epidemiológica da SES, estiveram na casa dos pacientes suspeitos de botulismo na manhã da última segunda-feira (29)", onde foi coletadas as amostras de alimentos que já foram encaminhadas para análise no Instituto Adolfo Lutz para averiguar se há a presença da toxina botulínica. 

A Secretaria Estadual ressaltou que são raras as ocorrências de botulismo em Pernambuco. Foram confirmados um caso em 2007 e três em 2016. Em todos, os pacientes evoluíram bem, sem sequelas.

A família vítima de botulismo em Santa Fé do Sul, a 620 km de São Paulo, já está fora de perigo. Pai e mãe já haviam deixado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, ontem, os dois filhos do casal também foram transferidos para um quarto da Santa Casa local.

Benedito José dos Santos, de 38 anos, Elisete Garcia, de 30, e os filhos Juliana Bruna, de 12, e Cristiano, de 9, foram internados no domingo com vômito, diarreia, dificuldade de locomoção e visão embaçada. O quadro se agravou e um soro específico foi enviado de São Paulo, de helicóptero, pela Polícia Militar. Médicos suspeitam que a causa tenha sido uma porção de mortadela, que ficou dez dias na geladeira antes de ser consumida pela família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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O Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista, analisa uma amostra da mortadela consumida por uma família que foi internada em Santa Fé do Sul, no interior paulista, com botulismo. O alimento é o principal suspeito de ter causado a intoxicação nas vítimas, pois estaria na geladeira e fora do congelador há mais de dez dias, tendo ainda sido manipulado outras vezes nesse período.

Por se tratar de um alimento processado, autoridades sanitárias recomendam não utilizá-lo depois de tanto tempo. Entretanto, apesar de a mortadela ser a maior aposta de ter transmitido a bactéria causadora do botulismo, outros alimentos não estão descartados.

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A família contou ter comido também arroz, feijão e couve no domingo, dia em que foi parar na Santa Casa após ser socorrida às pressas. Ainda não há um prazo definido para que o laudo fique pronto, mas somente após o resultado da análise da mortadela é que as investigações sobre caso prosseguirão.

Até o final da tarde desta terça-feira, pai, mãe e os dois filhos, de 9 e 12 anos, seguiam internados, com as crianças na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O hospital informou que a expectativa dos médicos é de que todos recebam alta na quarta-feira ou pelo menos os pais.

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