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Um navio carregado com milho ficou temporariamente encalhado no Canal de Suez nesta segunda-feira (9), segundo a Autoridade do Canal de Suez (SCA, pela sigla em inglês). A embarcação MV Glory, com bandeira das Ilhas Marshall, sofreu uma falha técnica e quatro rebocadores foram acionados para ajudar a resgatá-la, informou o chefe da SCA, o almirante Ossama Rabei. O navio foi removido a um parque marítimo das redondezas para passar por reparos, desobstruindo o canal.

Rabei não forneceu detalhes sobre a natureza da falha técnica. Partes do Egito, incluindo suas províncias do norte, foram castigadas por uma onda de mau tempo neste domingo (8). Em comunicado, Rabei disse que o tráfego no canal foi retomado, após o resgate do navio, e que a expectativa é de que 51 embarcações atravessem o Suez nesta segunda. Fonte: Associated Press.

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Um navio com bandeira do Panamá bloqueou por algumas horas a passagem de embarcações no Canal de Suez, no Egito, nesta quinta-feira (9), informou a emissora "Al Arabiya".

Citando fontes locais, o portal informou que o navio Coral Crystal tem como destino o Sudão e tem 225 metros de comprimento e 32m de largura. O encalhe provocou atrasos na passagem de, ao menos, outras quatro embarcações.

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Esse é o segundo grande incidente no Canal de Suez, que liga os mares Vermelho e Mediterrâneo e é uma das principais rotas navais do mundo, desde março.

Entre os dias 23 e 29 daquele mês, o porta-contêineres Ever Given ficou encalhado, provocando um congestionamento de 422 navios.

Segundo o governo egípcio, as obras de alargamento na passagem das embarcações estão sendo finalizadas para evitar incidentes do tipo.

Da Ansa

No meio do caminho, tinha... um navio de 220 mil toneladas. O mundo se viu atônito – como se não bastasse a pandemia – com o bloqueio do Canal de Suez, por onde passam cerca de 12% do comércio mundial, depois do encalhe do navio Ever Given. O navio que bloqueou a passagem causou impactos em diversas escalas na economia mundial. O desencalhe após seis dias foi um alívio para muitos, mas os impactos ainda poderão ser sentidos.

O Canal de Suez foi inaugurado em 1869, passa pelo Egito, ligando o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho, e é importante via de tráfego marítimo entre Europa e Ásia. Após o encalhe, mais de 400 outras embarcações se acumularam nas proximidades, impedidas de prosseguir. Muitas acabaram mudando de trajeto e dando a volta pelo extremo sul da África, tendo que percorrer milhares de quilômetros a mais para chegarem a seus destinos. Pelo Canal de Suez, passam, diariamente, cerca de R$ 53 bilhões em mercadorias. Com o navio encalhado durante seis dias, a estimativa é de perdas econômicas diretas ou indiretas de mais de R$ 300 bilhões. Petróleo, gás, commodities em geral, são transportados pela via marítima. O atraso na entrega poderá gerar aumentos nos preços e desencadear reajustes.

É realmente impressionante como parte da economia mundial depende essencialmente de uma passagem marítima. O canal facilitou a comunicação entre Europa e Ásia, barateando custos de transporte de inúmeras mercadorias. Agora, parado, o efeito foi o contrário. Algo tão inesperado, mas que acende uma luz amarela. O Ever Given, da taiwanesa Evergreeen, é um porta-contêineres gigante de 400 metros de comprimento, um gigante que flutua, e outros como ele podem e devem aparecer e ser cada vez mais comuns. Com este novo patamar de “mega-navios”, há toda uma questão logística envolvida, e, agora, também surge a necessidade de estratégias de contingência. Por azar, o Ever Given encalhou justamente em um trecho do Canal de Suez que é de via única, travando de vez o tráfego.

O incidente serve de lição não só para a administração da via, mas para projetistas ao redor do mundo: é sempre preciso pensar nas possibilidades, desenhar cenários de futuro, mesmo os mais adversos, e desenvolver planos para lidar com eles. O incidente no Canal de Suez também nos serve como evidência de que a economia está, de fato, hiperconectada, e que acontecimentos do outro lado do mundo podem afetar nossa vida. Por isso, é importante estar atento aos movimentos do mercado global. Não estamos mais em uma realidade de isolamento de mercados locais, mas de interdependência. E é preciso estar preparado para esses acidentes e percalços, que podem custar caro.

A Autoridade do Canal de Suez (SCA, da sigla em inglês) informou neste sábado, 3, que conseguiu normalizar o tráfego no local, eliminando o congestionamento que havia se formado nos últimos dias, devido ao acidente com o navio Ever Given, que bloqueou o acesso a uma das principais hidrovias do complexo.

Segundo a autoridade, desde que o cargueiro encalhou, em 23 de março, mais de 400 embarcações estavam esperando nas extremidades norte e sul da hidrovia de 120 milhas (cerca de 193 quilômetros). Agora, com a liberação desses navios, o canal retomou seu ritmo normal de operação.

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O acidente provocou a paralisação da hidrovia e trouxe dificuldades para as linhas de abastecimento global nos últimos 12 dias. A liberação do Ever Given aconteceu apenas em 29 de março, quando uma maré alta de primavera ajudou a soltar o navio.

A autoridade local disse que 85 embarcações cruzaram a infraestrutura neste sábado, quase o dobro da média entre 40 e 50 navios diários.

Para ajudar a limpar o acúmulo, os navios parecem ter viajado mais rápido pelo canal. De acordo com a Autoridade do Canal de Suez, a velocidade máxima permitida é entre 7,6 e 8,6 nós, mas o site de rastreamento de navios Marine Traffic mostrou que muitos dos navios estavam viajando em torno de 8 e 10 nós nos últimos dias.

Inaugurado em 1869, o Canal de Suez conecta o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho e facilita o comércio entre a Europa e a Ásia. A hidrovia transporta até 13% do comércio marítimo global e 10% dos embarques de petróleo por via marítima. Cerca de US$ 400 milhões em carga normalmente fluem pelo canal a cada hora, de acordo com a empresa de análise de dados dos Estados Unidos, Dun & Bradstreet.

Algumas embarcações que esperavam para passar pelo canal já haviam desistido e começado a rota mais longa para a Europa em torno do Cabo da Boa Esperança, no sul da África, adicionando duas semanas às suas viagens.

O foco agora se voltará para uma investigação sobre como o Ever Given aterrou. Os investigadores ainda estão determinando exatamente o que aconteceu, dizendo que uma forte tempestade e ventos fortes podem ter sido um fator.

O presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sissi prometeu, nesta terça-feira (30), que seu país vai obter equipamentos adequados para evitar outro bloqueio como o que paralisou o Canal de Suez durante uma semana.

"Vamos adquirir todo o equipamento necessário para o canal" para evitar incidentes semelhantes, afirmou Sissi durante sua visita a Ismailia, onde está localizada a sede da Autoridade do Canal de Suez (SCA).

"A crise mostrou como o canal é importante para o mundo", acrescentou o presidente.

A declaração ocorre um dia após o desencalhe do "Ever Given", um enorme porta-contêineres que ficou paralisado no canal em 23 de março e bloqueou o tráfego marítimo por quase uma semana.

Depois de sete dias de bloqueio, as equipes técnicas do canal conseguiram finalmente desencalhar o navio, e as primeiras embarcações retomaram seu trajeto pelo canal por volta das 13h00 de segunda-feira (horário de Brasília).

Nesta terça-feira pela manhã, segundo os sites de monitoramento do tráfego marítimo, algumas embarcações no canal eram de um tamanho semelhante ao do "Ever Given", de mais de 200.000 toneladas e 400 metros de comprimento.

No entanto, centenas de navios permanecem à espera nos dois extremos do canal de 190 quilômetros, que une o Mediterrâneo com o Mar Vermelho e concentra cerca de 10% do comércio mundial.

No total, 422 embarcações carregadas com mercadorias, petróleo e gado ficaram bloqueadas. Delas, 113 cruzaram o canal durante a noite entre as 13h00 de segunda e as 03h00 desta terça-feira, disse o almirante Osama Rabie, presidente da SCA.

O congestionamento deve levar entre três e quatro dias para ser solucionado, segundo as autoridades.

- "Prudência" -

"Para as passagens noturnas, devem ser muito prudentes e autorizadas apenas para as embarcações pequenas e médias, não para os grandes petroleiros, nem para os porta-contêineres gigantescos", estima Jean-Marie Miossec, professor da Universidade Paul-Valéry de Montpellier (sudeste da França) e especialista em transporte marítimo.

Na segunda-feira à tarde, o almirante Osama Rabie anunciou "a retomada do tráfego", aliviando a preocupação que pesava sobre o comércio marítimo internacional.

O gigantesco navio de bandeira panamenha, operado pela empresa taiwanesa Evergreen Marine Corporation, ficou preso após colidir com a margem leste do canal.

As operações para removê-lo exigiram mais de uma dúzia de rebocadores e dragas para escavar o canal embaixo do navio.

"Entre 180 e 200 pessoas trabalharam incansavelmente as 24 horas do dia", disse à AFP um funcionário da SCA que não quis se identificar.

Cada dia de paralisação representou perdas de entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões, segundo a seguradora Allianz.

O valor total das mercadorias bloqueadas ou que precisaram tomar outra rota varia de acordo com as estimativas, entre US$ 3 bilhões e mais de US$ 9 bilhões.

Segundo a SCA, o Egito perdeu entre US$ 12 milhões e US$ 15 milhões por dia de fechamento do canal, usado por quase 19.000 embarcações em 2020.

O porta-contêineres "Ever Given", de 400 metros de comprimento, permanece bloqueado no Canal de Suez, uma das principais vias de navegação do mundo, mas uma maré alta prevista para a tarde de domingo pode facilitar os trabalhos de desencalhe do cargueiro.

Novas operações estavam sendo preparadas para tentar retirar o grande navio de seu bloqueio: o "Ever Given" está retido na diagonal nesta via navegável de 300 metros de largura, o que tem consequências consideráveis para o comércio marítimo.

Especialistas esperam que a maré alta prevista para o domingo facilite os trabalhos das equipes de resgate, que utilizam rebocadores e dragas para aspirar a areia debaixo do cargueiro, cuja proa está presa na margem do canal.

O navio, que tem quase 60 metros de altura e domina a paisagem oeste do canal, estava cercado por rebocadores.

A área conta com uma forte vigilância da segurança do canal, assim como de militares e policiais.

Em uma entrevista a um canal de televisão egípcio no sábado à noite, o almirante Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal de Suez (SCA), afirmou que o navio se "deslocou 30 graus para a direita e a esquerda" pela primeira vez desde o incidente.

"É um bom indicador", disse, em referência aos esforços para desbloquear o navio.

Richard Meade, editor da revista especializada Lloyd's List, afirmou no Twitter: "Fontes próximas à operação de resgate me contaram esta manhã que o otimismo da equipe de especialistas aumentou e que tem a esperança de liberar o navio em 24-48 horas".

- Atrasos e custos -

O cargueiro, de 220.000 toneladas e 400 metros de comprimento, está bloqueado desde terça-feira na parte sul do Canal de Suez, a poucos quilômetros da cidade de mesmo nome, o que impede o tráfego nesta via que representa mais de 10% do comércio marítimo internacional.

Como resultado, mais de 300 navios estão em um grande engarrafamento nos dois extremos do canal, que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo.

Cada dia de bloqueio provoca importantes atrasos e custos à indústria. Os primeiros efeitos já foram notados: a Síria afirmou no sábado que começou a racionar a distribuição de combustível pelo atraso na entrega de um carregamento de petróleo.

As autoridades do canal calculam que o Egito perde entre 12 e 14 milhões por dia com o fechamento, enquanto a revista Lloyd's List avalia que o porta-contêineres bloqueia a cada 24 horas o equivalente a 9,5 bilhões de dólares de mercadorias.

Sites de tráfego marítimo como Vesselfinder e Marine Traffic mostram neste domingo que dezenas de navios aguardam no Golfo de Suez, na zona de espera no meio do canal ou na entrada do Mediterrâneo, próximo de Porto Said.

As grandes empresas de transporte marítimo Maersk e Hapag-Lloyd afirmaram na quinta-feira que estudavam a possibilidade de alterar a rota de seus navios para o Cabo da Boa Esperança, um desvio de 9.000 quilômetros e pelo menos sete dias a mais de navegação.

Rabie afirmou que uma possível "falha humana" foi a origem do incidente e que as condições meteorológicas mencionadas inicialmente (fortes ventos e tempestade de areia) não eram a única razão do incidente.

Uma falha humana pode estar por trás do bloqueio do cargueiro Ever Given no Canal de Suez, indicou neste sábado a autoridade responsável pela via, que conecta os mares Vermelho e Mediterrâneo e que 300 embarcações aguardam para atravessar.

O navio, de mais de 220 mil toneladas e com tamanho equivalente a quatro campos de futebol, está encalhado desde a última terça-feira (23) no sul do canal, localizado em território egípcio e pelo qual passam 10% do comércio marítimo internacional, segundo especialistas.

Apesar de o incidente ter sido inicialmente atribuído aos fortes ventos e a uma tempestade de areia, Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal de Suez (SCA), afirmou que "os fatores meteorológicos não foram as únicas razões", e citou "outros erros, humanos ou técnicos".

O bloqueio gera atrasos importantes na entrega de petróleo e outros produtos, que tiveram repercussão no preço da commodity na última quarta-feira. Segundo Rabie, o Egito perdia entre 12 milhões e 14 milhões de dólares por dia de canal fechado. Para a revista especializada "Lloyd's List", o cargueiro bloqueia o equivalente a 9,6 bilhões de dólares em carga diariamente.

- Dias ou semanas? -

Os esforços se multiplicam desde quarta-feira para desencalhar o navio. Escavações avançam nas margens, e dragas removem a terra sob a embarcação desde ontem, para facilitar o trabalho dos rebocadores. "Podemos acabar hoje ou amanhã, em função da reação do navio às marés. Colocamos em prática outros planos de emergência", informou Rabie.

Outras fontes estão menos otimistas e acreditam que remover o navio não será fácil. "Com os barcos que teremos no local, a terra que já conseguimos dragar e a maré alta, esperamos que isso seja suficiente para desencalhar o navio no início da próxima semana", disse Peter Berdowski, diretor executivo da Royal Boskalis, a matriz da Smit Salvage, a empresa holandesa contratada para ajudar na operação. Se isso não for suficiente, será necessário retirar os contêineres, para reduzir o peso do cargueiro, advertiu Berdowski, uma solução que levaria muito mais tempo.

A última opção teria como consequência um grande atraso na retomada do tráfego, estimou o especialista Nick Sloane. O mais rápido seria usar dragas e remover a areia, para permitir que o navio volte a flutuar", apontou.

- Maré alta -

O proprietário do Ever Given espera que o mesmo possa ser desencalhado na madrugada deste domingo. "Estamos eliminando os sedimentos com ferramentas de dragagem adicionais", afirmou Yukito Higaki, presidente da empresa japonesa Shoei Kisen, proprietária do navio, informou a imprensa do Japão. Já a empresa contratada para a operação de liberação do navio mostrou mais prudência e chegou a citar "dias ou até semanas" para resolver o problema.

A gigante do transporte marítimo Maersk e a alemã Hapag-Lloyd informaram ontem que estudavam a possibilidade de desviar seus navios e passar pelo Cabo da Boa Esperança, um desvio de 9.000 km e pelo menos sete dias adicionais de viagem ao redor do continente africano.

Uma maré alta esperada para domingo à tarde pode "ser de grande ajuda" para as equipes técnicas que tentam liberar o navio, afirmou à AFP Plamen Natzkoff, especialista da VesselsValue. "Se não conseguirem liberar o navio, a próxima maré alta não acontecerá antes de 15 dias, o que pode ser problemático", completou.

Quase 19.000 navios utilizaram o canal em 2020, segundo a SCA, o equivalente à média de 51,5 por dia. Um relatório da Allianz Global Corporate & Specialty sobre segurança marítima aponta que o "Canal de Suez apresenta um excelente balanço de segurança em seu conjunto, e os incidentes de navegação são extremamente raros, com 75 incidentes na última década".

O Canal de Suez permanecia fechado na manhã desta quinta-feira (25) à navegação devido a um gigantesco porta-contêiner encalhado na via, o que deve seguir freando durante dias a rota comercial crucial entre a Europa e a Ásia.

O incidente, que aconteceu na madrugada de terça-feira (23) para quarta-feira (24), provoca grandes engarrafamentos de navios e importantes atrasos nas entregas de petróleo e outros produtos comerciais.

Isto provocou o aumento de quase 6% dos preços do petróleo na quarta-feira, motivados pelos temores sobre o abastecimento durante o bloqueio do Canal de Suez

Rebocadores e unidades de resgate tentavam liberar o gigantesco navio porta-contêiner "Ever Given", de 400 metros de comprimento, do Canal de Suez. O incidente afetou uma das rotas comerciais mais transitadas do mundo.

Cinco soldados do Egito foram mortos nesta segunda-feira quando um carro passou atirando contra os oficiais em uma região próxima a cidade de Ismaília, às margens do Canal de Suez, segundo fontes. Os grupo estava em patrulha em uma caminhonete quando homens mascarados passaram atirando em um outro veículo.

Ainda nesta segunda-feira, um carro-bomba explodiu em um quartel-general das forças de segurança na cidade de al-Tour, na região do Sinai. O incidente deixou duas pessoas mortas e feriu quase 50.

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Já no Cairo, granadas propelidas por foguetes foram lançadas contra antenas de comunicação por satélite, danificando uma, disseram autoridades de segurança. Os fontes afirmaram que um dos foguetes deixou uma buraco de 25 centímetros em uma antena usada para chamadas telefônicas internacionais.

Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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