Tópicos | carnaval 2014

Cumbia, embolada e bolero comandaram a noite desta segunda (3) no festival Rec-Beat. O público, bastante animado, interagiu com os músicos e curtiu os ritmos nada usuais para o período carnavalesco. Em sua 19ª edição, o festival já está consagrado entre o público alternativo do Estado.

O projeto CCOMA abriu a noite de shows com seu Jazz instrumental que une tambores à música eletrônica. A Pernambucana Lulina deu sequencia ao Rec-Beat e transformou os corações dos foliões presentes no Cais do Paço Alfândega em melancolia.

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Mas a noite foi marcada pelos ritmos caribenhos nada tradicionais do cantor paraense Manoel Cordeiro, que apresentou durante o show seu projeto Desumanos. “Trouxe o meu coração para o carnaval, para o Rec-Beat e a energia aqui presente contagia a gente”, disse o cantor.

Segundo o produtor do festival, Antônio Gutierrez, o intuito do evento é trazer bandas totalmente desconhecidas que surpreendam o público presente. “Busco trazer o inusitado, ritmos diferentes, contagiantes, para quebrar paradigmas no Carnaval, fugir da mesmice e proporcionar coisas novas ao público”, comentou Gutierrez.

Com uma grande quantidade de público, a cumbia da colombiana Maite Hontelé animou os foliões, trazendo uma batida pop alternativa com seu trompete. Os foliões dançavam o ritmo colombiano e se mostraram conhecedores da cultura. A noite ainda teve espaço para a apresentação da banda uruguaia Max Capote.

Em dia de trânsito congestionado nas vias próximas aos principais polos de Carnaval da Região Metropolitana do Recife (RMR), a Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos do Recife (CTTU) registrou 14 acidentes automobilísticos, nesta segunda (3). Não há informações sobre vítimas fatais. 

Logo no começo da manhã, o tráfego de veículos era dos mais tranquilos no Recife e em Olinda. Porém, já por volta das 11h, a grande quantidade de carros com destino às ladeiras provocou um engarrafamento crítico na Avenida Olinda. Há também retenções no centro do Recife.

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Agentes da CTTU orientam os condutores nas principais vias de acesso ao Marco Zero, como na Avenida Cais do Apolo e no cruzamento da Avenida Norte com a Cruz Cabugá. Através da Central de Atendimento do órgão - 0800 081 1078 – os foliões podem registrar queixas, informações sobre acidentes e solicitar fiscalização. 

Bikes – Quem prefere pedalar para fugir do trânsito, há estacionamentos específicos para as bicicletas, no bairro do Recife. Há vagas no prédio da Prefeitura e também no Cais do Apolo e no Cais da Alfândega. Os ciclistas devem estar atentos a obrigatoriedade de as bikes estarem com cadeados.

                                                                                                      

A cantora Ivete Sangalo resolveu acabar com os boatos acerca de sua possível gravidez, surgidos nos primeiros dias do carnaval de Salvador, quando foi possível notar, sob a fantasia, um inchaço na região abdominal. Em seu desfile à frente do bloco Coruja, pelo Circuito Dodô (Barra-Ondina), no início da noite desta segunda-feira (3), Ivete falou sobre o tema.

"Adoraria estar, mas não estou grávida", disse a cantora. "É barriga de mulher que tem barriga, mesmo. Tive uma prisão de ventre, porque também sou ser humano. Então, se quiser dizer que estou com barriguinha, aceito, porque não vou ficar tomando coisas para perder barriga. Mas não fiquem falando coisas que vocês não sabem".

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Uma das principais favoritas ao título do carnaval carioca deste ano, a Beija-Flor fez um desfile correto, porém menos emocionante do que a reunião de aproximadamente 80 artistas da TV Globo permitia prever. A escola prestou homenagem ao empresário e ex-superintendente da TV Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.

A comissão de frente apresentou-se acompanhada por uma estrutura de metal que permitia a alguns integrantes, vestidos como beija-flores, 'flutuarem' amarrados por cordas. O efeito especial surpreendeu e arrancou aplausos.

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Ao longo das alas, a escola contou a história da comunicação, relacionando-a com a história de Boni como profissional da área. O carro abre-alas, por exemplo, fazia menção à fábula da torre de babel. A alegoria seguinte se referia à China, onde o papel foi inventado.

O carro alegórico que mais atraiu o público, porém, foi o sétimo, que representava as telecomunicações e a TV. Ali estavam os cerca de 80 artistas convidados por Boni, como Lima Duarte, Leo Batista, Tarcísio Meira, Antonio Fagundes, Ary Fontoura, Regina Duarte, Susana Vieira, Maitê Proença, Renato Aragão, Pedro Bial, Glória Maria e muitos outros que trabalham ou trabalharam com o homenageado. Da lista de convidados, segundo Boni, só seu filho Boninho e a atriz Fernanda Montenegro não puderam comparecer, por compromissos profissionais. À frente do carro alegórico, no chão, desfilou o diretor de TV Jorge Fernando.

Boni desfilou à frente da bateria, acompanhado pela mulher, Lou, ele fantasiado de Charles Chaplin e ela de violeteira. Ao final do desfile, cercado por amigos, ele comemorou como se tivesse ganho o título.

A confiança na vitória foi compartilhada por Laíla, o diretor de carnaval da Beija-Flor. "O desfile transcorreu conforme esperávamos. Eu saio da Sapucaí me sentindo campeão", previu o carnavalesco.

O Salgueiro fez um desfile marcado por incidentes com carros alegóricos. O abre-alas, que representa o Templo Sagrado de Olorum, queimou a embreagem e precisou ser empurrado por 15 homens. A alegoria chegou a ficar parada por alguns minutos em frente ao setor 3 e um espaço na pista se abriu um pouco antes da primeira cabine dos jurados. O quarto carro (Fogo) desfilou apagado. O quinto (Ar) também teve problemas com a embreagem.

Apesar dos contratempos, o samba contagiante segurou a animação do público e a escola encerrou a apresentação aos gritos de campeã. "Viemos para disputar o campeonato. Tudo saiu como esperávamos. Não houve nada que atrapalhasse", afirmou o carnavalesco Renato Lage.

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A escola apresentou o enredo "Gaia: a vida em nossas mãos", um alerta sobre a importância da preservação do planeta. A execução foi didática, quase burocrática. Os setores foram divididos entre os quatro elementos, bem marcados até mesmo pelo tom das fantasias: as alas sobre o elemento terra vieram com as cores marrom e palha. O tema água ganhou tons de azul. Fogo, veio em vermelho e amarelo. Ar, com objetos transparentes e azul claro.

A comissão de frente tinha bonito efeito - a bailarina Mariana Gomes, de 25 anos, que representava Gaia, "levitou" dois metros acima de um globo. A alegoria era cercada por 14 bailarinos, que representavam os quatro elementos. O coreógrafo Hélio Bejani se inspirou no espetáculo Ilusions, a que assistiu em Las Vegas, para desenvolver o sistema que permitiu que a bailarina levitasse.

A bateria "furiosa" de mestre Marcão fez bonito, acompanhada por atabaques de candomblé. Houve três paradinhas e coreografia. A rainha de bateria, Viviane Araujo, desfilou mais bem comportada que o costume, mas numa fantasia elegante, que representava o "ouro da casa". Ela se emocionou ao atravessar a passarela para beijar a mãe, Neusa Araujo, que assistia à escola das frisas.

O carro Caos encerrou o desfile, num "alerta ao mundo inteiro", como diz o samba. Acrobatas se apresentavam num cenário apocalíptico.

A reportagem do Estado presenciou duas cenas de violência no início da noite desta segunda-feira (4) na região central do Rio. Numa delas, cerca de 15 homens fantasiados de bate-bola (clóvis) fizeram um arrastão num vagão do metrô, entre as estações da Central e Cidade Nova, nas proximidades do sambódromo.

Além de danificar o teto do vagão com pauladas, abordaram várias pessoas, de quem retiravam dos bolsos dinheiro e celulares. Houve pânico entre os passageiros, incluindo turistas e pais com crianças de colo. Alguns dos assaltados reagiram e foram espancados pelo grupo. Pelo menos dez pessoas tiveram objetos e dinheiro roubados.

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O repórter do Estado, que viajava no vagão, procurou depois um segurança do metrô para relatar o fato. "Percebi que daria nisso, mas não podemos fazer nada, não estamos armados. Tinha que ter polícia nas estações", disse o funcionário do metrô.

Por volta das 19h30, um grupo de bate-bolas foi dispersado a tiros na Rua Sete de Setembro, próximo à Avenida Rio Branco, que está fechada para a passagem de blocos. Os disparos provocaram correria e deixaram adultos e crianças em pânico. Os mascarados tiraram as fantasias e as deixaram na pista da Rua Primeiro de Março, para fugir. Não se sabe quem deu os tiros.

Com um enredo sobre a preservação da Terra, o Salgueiro foi a única escola a ouvir o grito de "campeã" no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí. No entanto, pode perder pontos decisivos por causa de problemas em três carros alegóricos. O abre-las, por exemplo, quebrou no início da apresentação e deixou 'buracos' na pista, o que pode prejudicar a escola nos quesitos conjunto e evolução.

Última escola a se apresentar, a Beija-Flor fez um desfile exuberante, mas sem grandes emoções. A escola de Nilópolis, na Baixada Fluminense, homenageou o empresário e ex-superintendente da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Levou vários artistas para a avenida, entre os quais Antonio Fagundes, Tarcísio Meira e Regina Duarte, e os apresentadores Faustão e Pedro Bial. A Beija-Flor também teve contratempos. No final do desfile, um destaque no alto de um carro alegórico perdeu parte da fantasia ao se chocar com a torre de TV.

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O mesmo problema, mas com maior dimensão, ocorreu com a Mangueira. A Verde e Rosa cometeu o mesmo erro do ano passado ao levar para a Sapucaí um carro com altura superior à torre de TV. Em frente a uma área reservada aos julgadores, a escola viu a cabeça de uma alegoria, que representava um pajé, ser cortada ao meio.

Antes das três escolas de maior torcida, desfilaram, pela ordem, Império da Tijuca, Grande Rio e São Clemente. Fizeram apresentações irregulares.

Com um samba de refrão forte, a Império voltou ao Grupo Especial depois de 17 anos, e vai torcer muito para continuar na elite. O enredo sobre a influência na cultura brasileira dos ritmos africanos trazidos pelos escravos no século XVI foi comprometido por fantasias e alegorias simples e falhas em evolução e conjunto.

Segunda a desfilar, a Vermelho e Branco da Baixada Fluminense entrou na Avenida por volta das 22h30 de domingo. Com um enredo que misturava a história da cidade de Maricá, no litoral do Rio, e a vida da cantora Maysa, que morou no local, a Grande Rio encantou com um efeito especial: um homem-bala, arremessado de um canhão, caía numa rede a poucos metros de distância.

Ele integrava a comissão de frente, que se apresentou a bordo de um navio pirata de 30 metros de comprimento. A surpresa foi exceção na passagem da Grande Rio. A escola deve perder pontos por causa do enredo confuso, no qual a homenagem misturada aos 20 anos de Maricá e à Maysa não deu unidade ao desfile.

Descontração é a marca da São Clemente, que veio em seguida. Mas ela não recebeu boa resposta do público. Contou a história das favelas cariocas com simplicidade e sofreu também com problemas de evolução.

O Carnaval de Olinda é conhecido principalmente pela folia matinal no Sítio Histórico da cidade. Mas também não quer dizer que a festa se resume aos blocos e troças que circulam pelas ladeiras olindenses. Prova disso foi vista foi o Fortim do Queijo na noite deste domingo (2). Apesar de pequeno, o público cantou, pulou e, principalmente, frevou ao som do potiguar Antúlio Madureira e do pernambucano Romero Ferro.

Iniciando a noite de shows, o cantor e compositor pernambucano Romero Ferro se apresentou pela primeira vez em Olinda. Foi dos frevos mais tradicionais a novas composições e colocou o público para dançar. “Venho de um início de Carnaval muito bom, estou bem pra cima e quero levar essa energia para as pessoas”, disse Romero. O músico também apresentou canções autorais do seu recém-lançado CD “Sangue, som e frevo” e convidou a cantora paraibana Mira Mayra para fazer uma participação especial.

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Depois de um dia inteiro de folia pelas ladeiras de Olinda, o público já deixava o Fortim do Queijo, até que Antúlio Madureira subiu ao palco e fez o povo voltar a ferver e frevar. Alfredo Costa, de Rondônia, curte o Carnaval de Olinda pela terceira vez e já sabia de cor todas as canções.  “Vim a primeira vez e desde então não deixo de comparecer. Aprendi todos os frevos por que o ritmo traz alegria, é contagiante e por isso sempre acompanho as novidades”. 

Antúlio apresentou no show o repertório do seu sexto CD, "CarnisValles", que homenageia a festa momesca. O músico também inovou e mesclou os ritmos mais marcantes de Pernambuco. “Gosto de misturar o erudito com os elementos do Carnaval, como o frevo e o maracatu. É uma terapia para transformar em alegria”, conta o cantor. O potiguar levou ao palco a Sinfonia n°5 e Sinfonia n°9 Beethoveen em uma versão de maracatu.

O show contou ainda com uma participação especial da cantora maranhense Flávia Bittencourt, que cantou frevos e energizou o público, dançante. Um pot-pourri com músicas que homenageiam as cidades Olinda e Recife também abrilhantou a noite dos foliões. “Brincar com as pessoas, trocar essa energia boa e mostrar um pouco do lirismo dentro do espírito carnavalesco faz dessa festa um sucesso”, acrescentou Antúlio.

A Vigilância Sanitária municipal inutilizou 25 kg de sanduíches de diversas lanchonetes na Sapucaí. As equipes realizaram 223 vistorias e aplicaram dois termos de interdição, um por climatização inadequada e outra por vazamento de água.

Até as 3 horas, 356 pessoas foram atendidas nos postos médicos da Marquês de Sapucaí e do Terreirão do Samba, espaço cultural anexo ao Sambódromo carioca. Sete pacientes em situação mais grave precisaram ser transferidos para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais.

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O quinto carro alegórico da Mangueira, que representa "O Ritual da Pajelança na Festa do Boi de Parintins", ficou preso na torre usada por repórteres fotográficos e cinegrafistas, no trecho final da Sapucaí. A alegoria permaneceu parada por alguns segundos. Ao ser empurrada, a parte mais alta da alegoria (a cabeça do pajé) ficou danificada.

No ano passado uma alegoria da Mangueira já havia sofrido o mesmo problema, causando atraso e complicando a evolução da escola.

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O pré-candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, foi à Sapucaí na primeira noite de desfiles para aplaudir o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, homenageado pela Beija-Flor, e aproveitou para criticar o governo federal ao falar sobre as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e as verbas para a segurança pública."De tudo o que foi prometido em termos de infraestrutura para a Copa, 23% de obras ficaram no meio do caminho, por incompetência do governo federal. Espero que pelo menos dentro do campo o Brasil arrebente", afirmou.

"Não sou porta-voz da oposição, mas torço para o Brasil ganhar. O que lamento é que tudo o que foi prometido em termos de legado ficou pelo caminho. O governo considerava quase como um crime a parceria com o setor privado, e só agora mudou de ideia. Só que já é tarde".

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Ele defendeu os protestos de rua, mas afirmou que é preciso aprimorar o policiamento, e culpou o governo federal pela falta de verbas para o setor. "Acho que as manifestações têm que ser permitidas e a violência coibida. A polícia tem que ser mais bem preparada. O governo federal tem que ter Força Nacional de Segurança, o governo federal tem que dizer `eu participo com x', mas isso até hoje não existe. Os recursos federais de segurança pública são contingenciados, e no fim do ano alguns amigos do rei e da rainha vão lá e liberam alguma coisa. A responsabilidade fica com os Estados, que são os que menos têm".

Sobre o desfile, Aécio afirmou que acompanha as escolas de samba desde os 8 anos e vai continuar indo à Sapucaí mesmo se for eleito presidente.

A meia hora do início dos desfiles do Grupo Especial ainda é possível comprar ingressos para o sambódromo do Rio. Cambistas espalhados pelos arredores da passarela do samba desde a saída das estações do metrô até poucos metros dos portões comercializam entradas por valores próximos dos oficiais.

Arquibancadas populares do setor 13 que saíam a R$ 10 podem ser compradas por até R$ 30; arquibancadas do setor 10, que custavam R$ 280, são anunciadas por R$ 350. Desde que a capacidade do sambódromo passou de 60 mil para 75 mil lugares, a partir do carnaval de 2012, todo ano sobra ingresso para a Sapucaí, segundo a Liga Independente das Escolas de Samba.

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Nesse momento, as arquibancadas e frisas estão ocupadas pela metade. O fato de as três primeiras escolas, Império da Tijuca, Grande Rio e São Clemente, não terem grande torcida nem tradição é uma explicação para a demorada na chegada dos espectadores. Somente a partir da quarta escola, Mangueira, é que o desfile promete "esquentar" (depois dela, vêm Salgueiro e Beija Flor).

"Não tem nada a ver. Todo ano o pessoal demora a chegar. O trânsito da cidade está muito difícil", disse o diretor de carnaval da Liga, Elmo José dos Santos. Segundo ele, não há possibilidade de o início atrasar.

Fora do Grupo Especial há 17 anos, a Império da Tijuca tenta se manter entre as grandes e não repetir o caminho costumeiro das escolas que sobem da segunda divisão. A agremiação foi fundada em 1950 e chega a este carnaval tendo passado por muitas dificuldades financeiras.

Hoje, o Império da Tijuca é praticamente um empreendimento familiar levado pelo presidente Antônio Marcos Teles, que botou dinheiro do próprio bolso para salvar a escola da bancarrota. A filha Layamara Teles, que foi passista mirim, é a rainha de bateria. E a mulher trabalhou no barracão.

O enredo tijucano é "Batuk" e trata dos ritmos africanos trazidos pelos escravos ao Brasil no século XVI e sua influência na cultura, religiosidade e no jeito de ser brasileiros.

A queda do revestimento de gesso do teto sobre a pista de dança de um clube deixou 16 pessoas levemente feridas na madrugada deste domingo, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. Alguns tiveram de ser atendidos em hospitais e foram liberados depois de receberem curativos.

Os foliões se divertiam em um dos salões do Clube Recreativo Dores quando o gesso caiu. Houve alguns casos de pânico, mas todos conseguiram deixar o local rapidamente.

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A perícia deve esclarecer as causas do acidente. As primeiras hipóteses são de que o material tenha se desprendido pela vibração sonora ou pelo balanço do piso, já que no andar superior havia outra festa.

O clube suspendeu todas as atividades do carnaval. Santa Maria ainda está traumatizada pelo incêndio da boate Kiss, ocorrido em janeiro de 2013, que deixou um saldo de 242 mortos.

A cantora Ivete Sangalo também se rendeu ao Lepo Lepo, hit do verão baiano, do grupo Psirico. Logo no início de sua apresentação à frente do bloco Coruja, na tarde deste domingo, a estrela da axé music emendou dois sucessos de sua carreira - Festa e Sorte Grande (Poeira) - e seguiu com Lepo Lepo, para incendiar o Circuito Osmar (Campo Grande).

Ivete ainda arriscou uma paródia do refrão da música. "Tenho barriga, tenho celulite e se ficar comigo é porque... Eu sou Ivete", cantou.

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O clima de paz e amor instalado entre o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito da capital baiana, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), que chama a atenção desde que o gestor municipal assumiu o cargo no início do ano passado em razão da rivalidade histórica entre seus partidos, foi estremecido neste domingo (2). Os dois estiveram no Circuito Osmar (Campo Grande), cada um em seu camarote, para acompanhar os desfiles de trios.

O pivô da polêmica foi o estabelecimento, por parte da Prefeitura, da "zona de exclusividade comercial" nos três circuitos da festa. Para obter valores maiores pelas cotas de patrocínio oficial da folia, a administração municipal restringiu o comércio de produtos dentro dos circuitos aos oferecidos pelos patrocinadores. Com isso, arrecadou R$ 45 milhões para a festa, que custa cerca de R$ 28 milhões aos cofres municipais.

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Do total arrecadado, R$ 20 milhões vieram de duas empresas de bebidas. Com o investimento, o Grupo Petrópolis, por meio da marca Itaipava, obteve o direito de exclusividade de venda de bebidas no Circuito Dodô (Barra-Ondina) e a Brasil Kirin, com a marca Schin, o monopólio nos Circuitos Osmar e Batatinha (Pelourinho).

O governador fez críticas ao modelo: "(A exclusividade) é uma coisa antipática, vi muita gente reclamar", comentou Wagner. "Claro que quem paga quer ter direito à exclusividade, mas não é tão simples. É estranho, mas foi o que ele (o prefeito) vendeu para o patrocinador, para arrecadar mais. O governo não vendeu nenhum patrocínio e colocou R$ 62 milhões no carnaval, apenas pelo retorno que ele dá."

Não tardou para que ACM Neto soubesse das declarações e reagisse. "Lamentavelmente, o governo do Estado não teve a mesma criatividade, o que poderia resultar em outros benefícios para a cidade", disse. "O dinheiro que a Prefeitura utilizaria para fazer a festa será revertido em mais investimentos para cultura, educação, saúde, mobilidade e outras áreas. Ou seja, Salvador sai ganhando com essa medida, que é inédita."

Apesar da polêmica sobre a exclusividade comercial, os dois gestores concordaram sobre outra medida tomada pela Prefeitura - e derivada da primeira: o fechamento dos circuitos, com acessos apenas por pórticos nos quais trabalham fiscais da Prefeitura e policiais. "Essa medida passa uma sensação de mais segurança, acho que é um elemento inibidor para quem vem para a festa querendo bagunçar", disse Wagner. "Nos primeiros dias, a gente teve uma redução significativa dos registros policiais nos circuitos."

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, nos três primeiros dias do carnaval de Salvador, todos os indicadores de violência sofreram queda, na comparação com os do mesmo período da folia do ano passado. As mais expressivas são as reduções dos casos de furto (40% a menos), de lesões corporais (recuo de 29%) e de roubos (queda de 28,3%).

Apesar da melhoria dos dados, já foi registrado um homicídio nos circuitos da festa. A vítima, Wellington de Jesus Santos, de 27 anos, foi morta a tiros, nas proximidades do Circuito Osmar, na madrugada de sábado. Segundo o secretário Maurício Barbosa, o suspeito do crime foi flagrado por câmeras de monitoramento e as imagens estão passando por tratamento para a identificação.

A Imperadores do Samba foi o destaque da segunda noite de desfiles do grupo especial do carnaval de Porto Alegre, no complexo cultural do Porto Seco, na zona norte da cidade. A escola homenageou Luis Fernando Verissimo, levando o próprio escritor e alegorias com seus personagens como A Velhinha de Taubaté, O Analista de Bagé e Ed Mort para a passarela. A exibição foi recebida com empolgação pelo público que estava nas arquibancadas.

Também desfilaram na segunda etapa do grupo especial a Império da Zona Norte, com enredo sobre a cidade de Taquari; a Acadêmicos de Gravataí, que retratou o Festival de Parintins; a Embaixadores do Ritmo, que escolheu como tema um passeio de trem pelas cidades da serra gaúcha; e a Imperatriz Dona Leopoldina, que lembrou da Coluna Prestes.

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Como tornou-se uma das favoritas, a Imperadores do Samba tende a disputar o título com a Restinga e a União do IAPI, que destilaram na primeira noite homenageando, respectivamente, Elis Regina e a cidade de Canela. A apuração das notas está marcada para a tarde de terça-feira.

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A tradicional Calunga olindense o Homem da Meia-Noite completa seus 82 carnavais na cidade alta de Olinda. Com sua história que se divide em duas partes, uma religiosa e outra cômica, o atual presidente da troça, Luiz Adolpho, pretende lançar um livro contando a história do misterioso Homem. 

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Em entrevista ao Portal LeiaJá, o presidente comentou que o desejo de contar a história do bloco através de um livro vem de seu pai, Tarcio Botelho, que também ocupou o cargo de presidente da agremiação. “Quero realizar o sonho do meu pai, já realizei 99% deles, falta só o livro para consagrar meu trabalho à frente do Homem da Meia-Noite e celebrar a memória do meu pai”, afirma Adolpho.

O Livro, ainda no começo, já está sendo escrito. Adolpho ainda afirmou que faltam apenas parceiros para tornar as páginas escritas em um livro real. “Ainda estou engatinhando, já tenho algumas coisas escritas que marcam meus 12 anos a frente do bloco, mas muito ainda precisa ser escrito. Faltam também parceiros para que eu possa tirar o livro dos sonhos e torná-lo real”, finalizou o presidente. 

O Homem da Meia-Noite é um tradicional boneco do Carnaval de Olinda que sai às ruas no sábado de Zé Pereira para saudar o Carnaval.

O compositor Pernambucano J. Michiles, conhecido pelas suas grandes composições de frevo como Diabo louro, Bom demais e Me segura senão eu caio é o grande homenageado do bloco Homem da Meia-noite no Carnaval 2014.

Em entrevista ao Portal LeiaJá ele declarou: “O Homem da Meia-noite abre o Carnaval de Olinda”.  Um dos homenageados deste ano, Michiles não esconde a satisfação de fazer parte do grande bloco. “É inexplicável a emoção de ser homenageado e acompanhar, com milhares de pessoas, o calunga”, disse o compositor, que finalizou a entrevista cantando o hino do Homem da Meia Noite.

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Confira no vídeo:


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Os desfiles das grandes escolas de samba do Rio começam neste domingo (2) numa noite heterogênea: as três primeiras agremiações, Império da Tijuca, Grande Rio e São Clemente, nunca foram campeãs no Grupo Especial e não têm grande torcida. As três que se seguem são gigantes do carnaval, e levam consigo boa parte das arquibancadas: Mangueira, com 17 campeonatos, Salgueiro, com nove, e Beija-Flor, atual líder do ranking da Liga das Escolas, com 12 - metade disso no século 21.

A Beija-Flor tenta mais um campeonato com um enredo-tributo ao diretor de televisão José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e, a partir dele, conta a história da comunicação humana. A linha do tempo vai dos primórdios da escrita à internet rápida. "Pouco luxo e muita tecnologia", nas palavras de Boni, ativo no barracão, será a marca da escola da Baixada Fluminense. Alegorias enormes - o abre-alas, que representa o desenvolvimento da escrita cuneiforme, tem 60 metros de comprimento - e muitos recursos tecnológicos prometem impressionar a plateia.

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A interatividade será uma marca: a reação do público será filmada e transmitida em telões no último carro. "Acho que isso nunca foi feito antes na Sapucaí", arrisca Fran-Sérgio Oliveira, da comissão organizadora. Em se tratando de um personagem sem apelo popular, a escola quis fugir do enredo puramente biográfico. Artistas amigos do diretor, como Tarcísio Meira, Regina Duarte e Faustão, foram convidados para homenageá-lo.

Fé e ecologia vão se misturar no enredo do Salgueiro: Gaia - A vida em nossas mãos. As festas mais populares do País foram escolhidas para colorir a Mangueira.

A noite será aberta por uma sobrevivente. Por causa de dívidas pesadas, a Império da Tijuca quase se extinguiu. Em 2013, no entanto, com um enredo de temática negra, a agremiação voltou ao Grupo Especial, passados 17 anos na segunda divisão. A escola agora retorna a este universo com Batuk, que fala da religiosidade e ritmos da África.

Em busca da felicidade, a São Clemente mostrará a formação da primeira favela, onde hoje é o Morro da Providência. Com o único patrocínio declarado deste ano, a Grande Rio recebeu R$ 4,5 milhões da prefeitura de Maricá, a cidade-tema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um encontro de blocos parou o trânsito de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, por mais de duas horas no fim da tarde deste sábado (1º). Na Rua Cardeal Arcoverde, carro e até um ônibus deram ré e andaram na contramão para tentar fugir do congestionamento. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o encontro dos dois grupos não estava programado.

O Bloco Bastardo, que saiu às 17h da Rua Lisboa, encontrou o Jegue Elétrico, que teve concentração na João Moura, a um quarteirão de distância. O congestionamento também afetou a Rua Teodoro Sampaio, paralela à Cardeal Arcoverde.

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A cabeleireira Maria Heleonora, de 53 anos, disse que ficou parada no congestionamento por mais de duas horas. "Nem a CET sabia o que fazer. Um agente disse que eu tinha de esperar, não tinha alternativa." Até a PM foi chamada ao local.

O Bastardo e o Jegue Elétrico não foram os únicos blocos na zona oeste. No viaduto da Estação Sumaré da Linha 2-Verde do Metrô, a concentração do João Capota na Alves reuniu cerca de 300 pessoas - muitas famílias e a maioria fantasiada. O grupo percorreu a Rua Oscar Freire, Rua Arthur de Azevedo e Rua João Moura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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