Tópicos | caso do triplex do Guarujá

Quatro advogados europeus criaram um site para analisar a sentença onde o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, condena o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por lavagem de dinheiro e corrupção, no caso do triplex do Guarujá. O chamado de “tribunal virtual” vai expôr os argumentos do grupo sobre o processo “sob a luz dos parâmetros internacionais e das garantias dos direitos fundamentais”. De acordo com a organização, a expectativa é de que até o fim de agosto a conclusão da análise seja divulgada. 

Formam o grupo o professor de Direito Público, Filosofia do Direito e Direito Comparado na Universidade Joham Wolfgang Goethe de Frankfurt, Günter Frankenberg; o professor de Direito Público na Universidade de Manchester e Professor no Instituto de Direito Europeu ejulgar Comparado da Universidade Oxford, Javier Garcia Oliva; a professora de Direito do Trabalho da Faculdade de Ciência Política da Universidade de Roma de La Sapienza, Roberta Bortone; e a professora de Direito Constitucional e Filosofia do Direito da Universidade de Rouen da França, Sylvia Calmes-Brunet.

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“Esse tribunal é uma iniciativa permanente que vai resultar em relatórios conclusivos sobre esse processo. Trata-se de um reexame da persecução penal contra o ex-presidente, de modo que passe pelo crivo desses juristas de reputação inquestionável”,  afirmou o professor de Direito Administrativo e Direito Público da PUC-SP e secretário-executivo do site Lula Trial, Rafael Valim. “A ideia de ter apenas estrangeiros para analisar de maneira objetiva, independente e longe do acontecimento os processos”, acrescentou.

No processo em que foi condenado, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo a Lava Jato, a empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas ao ex-presidente em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. Moro sentenciou o ex-presidente a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, além de multa e proibição de exercer cargos públicos. 

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Enquanto aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão prestar solidariedade a ele, o movimento Vem Pra Rua está convocando os recifenses para "um barulhaço" em comemoração a sentença do juiz Sérgio Moro que condena o líder-mor petista a 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção. A mobilização está prevista para iniciar por volta das 19h, no 2º Jardim da Avenida Boa Viagem, zona sul da capital pernambucana. O local já foi palco de diversos atos do movimento pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).  

"Estamos convocando todos os brasileiros que lutam por justiça no nosso país, para marcarem presença na rua, mostrando o seu apoio à Lava Jato, ao juiz Sérgio Moro para que todos os corruptos sejam julgados independente dos cargos que ocupem ou que ocuparam e que sejam punidos pelos crimes que cometeram", diz o texto em que as lideranças do grupo convocam para o ato. 

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Ainda de acordo com o movimento, a intenção é fazer uma queima de fogos durante a divulgação da notícia no Jornal Nacional, da Rede Globo. Além disso, o grupo pede que as pessoas que aderirem à celebração levem apitos e vuvuzelas para a orla da praia de Boa Viagem. 

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a 9 anos e 6 meses de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção, estremeceu o cenário político nesta quarta-feira (12). Em solidariedade ao petista, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco vai promover um ato, a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Bancários, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. 

Lideranças dos sindicatos e do PT no estado devem participar do evento. Além dele, de acordo com a CUT, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo também estará no ato denominado "#LulaInocente". Em Brasília, também está prevista a realização de uma mobilização em solidariedade ao líder-mor petista, a partir das 18h, na sede da CUT. 

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No processo em que foi condenado, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo a Lava Jato, a empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas ao ex-presidente em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. 

A condenação de Lula é em primeira instância e ele pode recorrer da decisão. Caso a sentença seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal, em segunda instância, ele será preso e poderá ficar inelegível. 

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta terça-feira (20), as alegações finais no caso em que ele é acusado de receber propina da OAS através de um apartamento triplex no Guarujá, em São Paulo. De acordo com o advogado Cristiano Zanin, o imóvel foi transferido pela empreiteira em 2010 para um fundo gerido pela Caixa Econômica. 

Para Zanin, isso mostra que a OAS não tinha como ceder a propriedade para Lula. "Uma investigação teria condição de aferir que este imóvel tinha seus direitos cedidos à Caixa", disse o advogado em entrevista coletiva. "Tudo está embasado em documentos registrados", acrescentou.

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De acordo com o defensor de Lula, documentos já apresentados no processo indicavam que a propriedade do imóvel não era mais da OAS. "O que existe neste processo é que a defesa provou que Léo Pinheiro jamais poderia ter dado ou prometido o triplex", declarou. 

A empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas a Lula, em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. Lula nega as acusações e, inclusive, depôs sobre o assunto no dia 10 de maio.

Veja a apresentação completa das alegações:

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