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As Olimpíadas Rio 2016 começa a bater à porta e pouco se vê em investimento para lapídar jóias visando à disputa. Com Pernambuco a coisa parece ainda mais atrasada. Sem investimentos, o Estado agoniza e tenta vencer a luta na raça e na vontade, o que é muito pouco para resultados de ponta. Promessas do atletismo sub-23 de Pernambuco, Thiago Benedito, Karolyne Camyla e Alessandra Santos, que treinam no Centro Esportivo Santos Dumont, no Recife, estão nessa árdua luta e vão buscando novas metas.
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Um título no Campeonato Brasileiro e, consequentemente, aumentar o recorde nacional. No último final de semana, o trio participou do Pernambucano de atletismo da categoria (até 23 anos) e só ficou comprovado que eles estão no caminho certo.
Lançamento de Martelo
Nesta modalidade estão dois grandes nomes do esporte nacional: Thiago Benedito e Karolyne Camyla. Ele é atleta do Sport e colecionador de marcas e títulos. Campeão Brasileiro juvenil e e atual líder do ranking nacional, Thiago quer bater o seu atual recorde no nacional, que é a marca de 61 metros e 24 centímetros. “Vou tentar chegar nos 63 metros e fechar o ano com moral”, comentou otimista Curió, como é conhecido pelos amigos. O atleta, que em 2011 ficou em quinto no Pan-Americano juvenil, disputado nos EUA, e foi segundo colocado no Sul-Americano, realizado na Colômbia, não fica muito abaixo das melhores marcas do Adulto no Brasil, que giram em torno do 65 a 70 metros. No mundo o recorde é do Soviético Yuriy Sedykh, tendo ele atingido incríveis 86 metros e 74 centímetros.
Feminino – Apesar de não ter feito sua melhor prova na competição estadual do último final de seman, Karolyne Camyla conseguiu lançar 55 metros e 71 centímetros, quebrando o recorde pernambucano. Entretanto, a atleta de 21 anos, que estuda na Universidade Maurício de Nassau, quer mais. “Há cerca de um mês, em Fortaleza, consegui lançar 58 metros e 9 centímetros, recorde do Estado e recorde pessoal, sendo a melhor marca do ano no Brasil sub-23. Ainda não está registrado no topo do ranking, mas eles vão atualizar no fim do mês”, explicou Karolyne, feliz com a conqusita.
Tanta euforia é um pouco contida pela realidade. As marcas mundiais ainda são olhadas de longe, mas com muita expectativa. “Sei que falta muito para chegar no topo do mundo, que é a marca de 78 metros. Mas a gente tem que perceber que vamos progredindo durante o ano. O objetivo é aumentar cinco metros a cada ano. Se continuarmos assim, nesse ritmo, em 2016 que é o nosso foco, estaremos com uma boa marca para tentar medalha”, finaliza otimista. No mundo, o recorde é da polonesa Anita Włodarczyk, que atingiu 78 metros e 30 centímetros.
400 metros com barreiras
Alessandra Santos, 22 anos, atleta dos 400 metros com barreiras, é dona da melhor marca do Estado na prova, com 1min9seg. A atleta sonha com uma boa marca no Campeonato Brasileiro Sub-23 e consequentemente garantir uma vaga na Lusofonia - competição multidesportiva que envolve os países da língua portuguesa. Neste ano a competição será disputado no mês de Novembro, em Goa, na índia. “Agora estamos focando no Brasileiro e no JUPs (Jogos Universitários). Nosso objetivo são as primeiras colocações. Se eu conseguir chegar em primeira ou segunda colocada eu irei ganhar uma vaga na Lusofonia”, explicou Alessandra, que está treinando duro para quebrar sua marca e almejar a marca mundial. “Estou treinando para baixar o tempo para 59 segundos. Meu objetivo é esse, mas, confesso que nesse tempo de treinamentos ainda não conquistei essa marca”, explicou a atleta, que olha para frente e sonha com a melhor marca mundial, que é de Yuliya Pechonkina - 52segundos e 34 décimos - conquistada em Tula, na Rússia, em 2003.