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Uma plataforma digital online poderá ser uma aliada de profissionais de saúde na identificação e diagnóstico da covid-19. A ferramenta em desenvolvimento na Petrec, graduada pela Incubadora de Empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), poderá ser instalada em unidades hospitalares afastadas dos grandes centros urbanos, que enfrentam escassez de profissionais especializados.

Batizada de CovidScan, a plataforma reúne imagens sequenciais de tomografias pulmonares classificadas por tipo de patologia. O objetivo é facilitar o prognóstico médico. A comparação das imagens do pulmão do paciente com imagens previamente classificadas poderá colaborar com o médico no diagnóstico da doença e na tomada de decisão do tratamento.

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Os pesquisadores da Petrec estão configurando um software, dotado de algoritmo de Inteligência Artificial, que filtra as imagens possibilitando identificar a doença com rapidez e precisão.

A pesquisa começou em outubro passado, após a Petrec ter sido selecionada em primeiro lugar no edital Soluções inovadoras para o combate à covid-19, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O projeto foi contemplado com o valor de R$ 1.249.500,00. O edital faz parte da seleção pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos de subvenção econômica à inovação, concedidos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Segundo o diretor-executivo da Petrec, Josias Silva, em junho o produto deve ser lançado no mercado. “Já temos iniciativas no Brasil e no exterior para a continuidade desse processo não só somente para covid-19 mas para outras doenças e outros órgãos como o coração. A proposta da empresa é também disponibilizar essa tecnologia para hospitais públicos”.

Como funciona a plataforma

No banco de dados da plataforma, o algoritmo processa imagens que apresentam características semelhantes às do pulmão do paciente que está sendo atendido. A comparação das imagens contribui para o médico no diagnóstico da doença pulmonar, que pode indicar covid-19 ou outra doença.

Além disso, o software disponibilizará um conjunto de imagens que tornará possível verificar e quantificar o percentual do pulmão que já foi afetado, se a doença está piorando ou melhorando. A estimativa é que o processo de avaliação seja realizado em menos de 30 minutos, a partir da inserção das imagens da tomografia do paciente no sistema.

A equipe da Petrec, que conta com um médico radiologista, está montando o banco de dados com imagens já disponíveis em sites específicos e classificadas pelo tipo de patologia. Segundo Josias, o banco contará com mais de 600 imagens segmentadas, e que, como cada uma dessas tomografias tem, em média, 300 fatias, no mínimo 180 mil informações cruzadas vão ser geradas.

Hoje instalada no Parque Tecnológico da UFRJ, a Petrec atua no setor de óleo e gás desde que foi criada, em 2003. Sua expertise é em análise de tomografia de rochas de petróleo com uso de Inteligência Artificial. As técnicas empregadas pela equipe no CovidScan foram adaptadas para serem aplicadas na área da saúde.

O projeto da plataforma conta ainda com a colaboração do professor Alexandre Evsukoff, do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe/UFRJ.

 

Cidades Habitáveis é o tema do evento mundialmente conhecido, que já passou por países como Espanha, Cingapura, Argentina e Chile. Iniciativa da Philips em parceria com a Fundacíon Avina, Prefeitura do Recife, Observatório do Recife e BNDES, o projeto aporta pela primeira vez em solo brasileiro com a proposta de discutir como grandes capitais mundiais devem se preparar para tornarem-se centros urbanos de referência. 

A cidade escolhida para sediar o evento foi o Recife, e conta com a presença do prefeito Geraldo Julio e o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, o fundador do Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole (URBEM), Philip Yang, além de vários outros nomes.

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O CEO da Philips na América Latina, Henk De Jong, contou que a proposta é refletir sobre a qualidade de vida nos grandes centros urbanos para garantir que o futuro seja melhor. “As pessoa tratam a sustentabilidade como um sonho distante e utópico. A sustentabilidade e cidade habitável não são utópicas, é algo possível. Queremos sair daqui com boas ideais que possam ser colocadas em prática”, afirmou.

O simpósio reúne profissionais de várias áreas, como a presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil – PE, Vitória Régia Andrade, da designer de iluminação Márcia Chamixaes, do nutrólogo Eduardo Maia Magalhães e da fisioterapeuta e especialista em distúrbios do sono Lidiane Santana, que participam de um dos principais debates, “Um novo modelo de Inovação Urbana para as Cidades Habitáveis do Futuro” mediado pela jornalista Jô Mazzarolo.

Durante o debate, os palestrantes discutiram sobre os principais problemas enfrentados nos grandes centros urbanos e as possíveis soluções. Para o nutrólogo Eduardo Maia Magalhães, o principal fator para a perda da qualidade vida nessas áreas é a falta de mobilidade urbana, que acarreta em um dos problemas mais comuns na atualidade: o estresse. Para o especialista, uma boa opção para amenizar essa questão seria o investimento no transporte público.

“A melhoria do transporte público, a melhoria da mobilidade urbana associada à pratica de atividades físicas e espaços públicos como ciclofaixas e academias da cidade ajudariam a solucionar esse problema”, afirmou. Já Vitória Régia Andrade acredita que para que haja cidades sustentáveis, o ponto fundamental é a construção de uma cultura de mudança. “Nós precisamos transformar nossas cidades”, concluiu.

Segundo a Coordenadora do Núcleo Executivo do Observatório do Recife, Kilsa Rocha, o grande problema no Recife é a mobilidade urbana prejudicada pelo crescimento do número de veículos. “Não só nossa cidade, mas nosso país tem essa tendência de crescer não para as pessoas, mas para os carros. A essa não é a cidade que a gente quer”, afirmou. Dados do Cidades Habitáveis mostram que até 2050, 70% da população mundial deve viver em regiões urbanas. Na capital pernambucana, 77% da área definida pela prefeitura como "centro" é destinada ao comércio e serviços. Somente 2,8% são destinados à moradia.

Representantes do poder público e especialistas da área de planejamento urbano se reúnem no Recife no dia 19 de novembro para a primeira edição brasileira do evento internacional Cidades Habitáveis. Realizado em países como Espanha, Argentina e Cingapura, o encontro visa debater a qualidade de vida, saúde e bem estar nos centros urbanos, temas em busca de um ideal de “cidade-modelo”.

Das 8h30 às 13h, o encontro acontecerá no Centro de Artesanato de Pernambuco, no Marco Zero, e terá como abertura o depoimento do Diretor Executivo da Philips (empresa organizadora) para a América Latina, Henk De Jong. Os prefeitos do Recife, Geraldo Júlio, e o prefeito de Ipojuca, Carlo Santana, estarão presentes à mesa redonda “Casos de Inovação Urbana e Habitabilidade”. 

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Arquitetos, nutrólogo, fisioterapeuta e até mesmo especialista em distúrbios do sono farão parte das atividades, que ainda discutem um modelo de inovação urbana para o futuro e o grande calo das metrópoles do país: a mobilidade. Segundo estudos divulgados pelo Programa de Cidades Sustentáveis, o número de habitantes nos centros urbanos será 50% maior, até 2050, especialmente na América Latina, na Ásia e na África.

O encontro é aberto unicamente aos convidados. Na ocasião também será reforçado o Programa e Termo de Adesão de Cidades Sustentáveis, ferramenta de mobilização para envolvimento dos gestores públicos brasileiros em questões referentes ao desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentável. Atualmente, em Pernambuco, fazem parte do programa as cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Camaragibe, Igarassu, Itapissuma e Goiana. 

Com informações da assessoria

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