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Em Assunção, capital do Paraguai, o Palmeiras tem a chance de encaminhar vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores. Em duelo com o Cerro Porteño, às 19h desta quarta-feira, os comandados de Abel Ferreira podem somar a terceira vitória no Grupo C. No Morumbi, palco do primeiro encontro com os paraguaios, o time alviverde teve bastante dificuldade para virar o jogo e ganhar por 2 a 1 e sabe que, na Olla Azulgrana, o time da casa terá ainda mais força para tentar reagir no torneio continental.

O Palmeiras ainda não sabe se poderá contar com o zagueiro Gustavo Gómez entre os titulares. O jogador teve uma fissura na face no clássico com o Santos. Se não puder contar com o paraguaio, algoz no Cerro Porteño na capital paulista, os palmeirenses devem ter o jovem Naves, de 21 anos, no time titular. No fim de semana, o garoto recebeu elogios da comissão técnica pela atuação segura.

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A defesa, inclusive, é fator determinante na concepção de Abel para provar a consistência de uma equipe, seja em disputas mata-mata ou pontos corridos. Mesmo sem Murilo, lesionado, o Palmeiras conseguiu manter a consistência e, nos últimos seis jogos, sofreu apenas dois gols. Luan, contestado pelos torcedores por causa das falhas nos Mundiais de Clubes, tem dado conta do recado.

"É fruto do trabalho. Mesmo quem não está jogando treina muito. Somos sempre muito exigidos pelos nossos companheiros. Eles (Cerro Porteño) vieram com uma proposta bem agressiva aqui no primeiro jogo, pressionando, nos causando dificuldade no primeiro tempo. Acredito que devam fazer o mesmo jogando em casa. Será um jogo difícil, um time de tradição, o estádio deve estar lotado e é o último jogo deles em casa na fase de grupos. Então vai ser um grande jogo, disputado, e teremos de ser inteligentes para saber jogar o jogo, estar dispostos a fazer o que o jogo pedir. Vamos lutar para trazer os três pontos que precisamos muito", afirmou o zagueiro Luan.

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Na capital paraguaia, o Palmeiras também buscará alcançar uma marca histórica: 50 vitórias como visitante na Libertadores. Em 112 jogos fora de casa, o clube obteve 49 vitórias, 22 empates e 41 derrotas, tendo assinalado 176 gols e sofrido 141. Nesta edição do torneio continental, Weverton já buscou quatro bolas dentro da meta alviverde, já o ataque marcou cinco vezes.

Vice-líder e único invicto no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta um rival que ocupa a mesma posição na sua competição nacional. O Cerro Porteño está longe do Libertad, líder do Torneio Apertura, com 10 pontos de vantagem, restando três partidas para a conclusão. O conjunto paraguaio também enfrenta um breve jejum de três jogos, com dois empates e uma derrota.

Onde assistir: ESPN e Star+

Derrotado na estreia da Libertadores, o Palmeiras persegue a sua primeira vitória no torneio. Enfrenta o Cerro Porteño nesta quinta-feira, às 21h, a fim de somar seus primeiros pontos na competição. Sem o Allianz Parque à disposição, o jogo será no Morumbi, em mais um capítulo do acordo com o São Paulo.

Na primeira rodada, um Palmeiras reserva, focado na época na decisão do Paulistão, foi superado pelo Bolívar na altitude de La Paz. Desentrosado, levou 3 a 1 dos bolivianos. Nesta quinta, Abel Ferreira vai escalar seus titulares para que o time não vacile em casa diante do rival que a equipe mais vezes enfrentou na Libertadores.

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O histórico contra o Cerro Porteño aponta 12 jogos, com seis vitórias, quatro empates, duas derrotas, 25 gols marcados e dez gols sofridos. O time paulista encarou os paraguaios nas oitavas de final da edição passado do torneio. Passou com facilidade, ao vencer os dois jogos por 3 a 0 e 5 a 0.

"Vamos encarar o jogo com responsabilidade, como uma final, como nós fazemos sempre. Foi isso que nos levou a conquistar coisas importantes", afirmou o capitão Gustavo Gómez. Ele terá ao seu lado na zaga Luan, já que Murilo cumpre o segundo e último jogo de suspensão.

Foto: César Greco/Palmeiras

Em caso de vitória, o adversário paraguaio também passará a ser a equipe que o Palmeiras mais venceu no torneio sul-americano, ao lado do Peñarol, do Uruguai, com sete triunfos. O Cerro vem de cinco vitórias seguidas na competição. Na fase prévia, eliminou o Fortaleza.

"O Cerro é um time muito bom e que vem mostrando isso. Tem bons jogadores, vários companheiros meus de seleção paraguaia. Acho que será um jogo difícil, mas nós, jogando aqui como mandante, temos que propor o nosso jogo e fazer de tudo para buscar os três pontos", completou Gómez.

O Palmeiras está há dez jogos invicto como mandante pela Libertadores. São sete vitórias e três empates. O último tropeço foi diante do Defensa y Justicia, da Argentina, por 4 a 3, em 18 de maio de 2021, no Allianz Parque. No geral, independentemente da competição, a equipe perdeu apenas duas vezes nos últimos 50 jogos como anfitrião, com 39 vitórias e nove empates.

O uruguaio Piquerez, recuperação de entorse, pode ser a novidade. Em sua ausência, o jovem Vanderlan deu conta do recado na lateral esquerda.

Onde assistir: ESPN e Star+

A Conmebol decidiu suspender por tempo indeterminado os árbitros Julio Fernandez, da Argentina, e os chilenos Cesar Deishler e Eduardo Gamboa. Eles foram, respectivamente, o assistente, o árbitro de vídeo e o auxiliar de VAR envolvidos diretamente no erro grosseiro que prejudicou o Cerro Porteño no revés para o Fluminense por 2 a 1 ao marcarem impedimento em um gol legal do time paraguaio.

A Conmebol afirmou que a atuação dos três foi analisada pela comissão de árbitros da entidade, que concluiu que eles "cometeram erros graves e manifestos no exercícios de suas funções" na partida em que trabalharam.

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O gol mal anulado foi marcado aos 40 minutos do segundo tempo. No lance, o atacante Boselli estava em posição legal, mas o assistente levantou a bandeira antes mesmo da conclusão, contrariando o protocolo, cuja orientação é esperar o fim da jogada para fazer a sinalização. Em seguida, o VAR, liderado por Cesar Deishler, analisou o lance e decretou o impedimento.

Nesta quarta, a Conmebol divulgou os áudios da conversa entre os membros da equipe de arbitragem e reconheceu o erro. O vídeo mostra que os responsáveis pelo VAR, ao fazerem as marcações das linhas de impedimento, aproximaram a imagem e ignoraram a presença de Samuel Xavier no canto inferior esquerdo da tela. O lateral é quem dava condições ao atacante do Cerro Porteño. Com isso, utilizaram o Luccas Claro erroneamente para determinar uma das linhas.

O Fluminense venceu o Cerro Porteño por 2 a 0 no Paraguai e levou para o Rio uma ótima vantagem. No jogo de volta, semana que vem, no Maracanã, poderá até perder por um gol de diferença que avança às quartas de final da Libertadores.

Julio Fernandez, Cesar Deishler e Eduardo Gamboa seriam, respectivamente, assistente, auxiliar de VAR e árbitro de vídeo em Olimpia x Internacional nesta quinta-feira, mas, com a suspensão, foram substituído por Diego Riveiro, Estebenan Ostojich e Pablo Llarena, todos uruguaios.

Ariel Martínez, diretor do Cerro, não ficou satisfeito com a suspensão dos árbitros e disse que o clube vai enviar um ofício para a confederação sul-americana exigindo uma decisão "extraordinária".

"Merece uma decisão extraordinária porque é uma situação extraordinária. A punição (aos árbitros) não é suficiente. Está bem que os punam, que os afastem. Mas e nós? Tem que nos ressarcir de alguma maneira. Vamos apresentar uma nota, a equipe jurídica está trabalhando. Mas a Conmebol não precisa de uma nota para tomar medidas", falou o dirigente em entrevista à Rádio ABC Cardinal 730 AM.

OUTRA SUSPENSÃO - A Conmebol também suspendeu o colombiano André Rojas e o paraguaio Derlís Lopez, que foram, respectivamente, juiz e árbitro responsável pelo VAR do duelo entre Boca Juniors e Atlético-MG. A entidade considera que os dois protagonizaram "erro grave" ao anular o gol do time argentino aos 34 minutos do primeiro tempo. Depois de ir ao monitor do VAR, o juiz entendeu que o atacante Briasco empurrou o zagueiro Nathan Silva e invalidou o gol. O jogo terminou empatado em 0 a 0.

Derlis López seria responsável pelo VAR no confronto entre Defensa Y Justicia e Flamengo, nesta quarta, mas acabou sendo substituído pelo peruano Diego Haro.

A final da Copa Libertadores do ano passado será reeditada em uma das semifinais deste ano. O duelo foi confirmado nesta quinta-feira, com a classificação do River Plate diante do Cerro Porteño. Após vencer o jogo de ida por 2 a 0, o time argentino avançou ao empatar por 1 a 1 com o time paraguaio no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção.

O Boca assegurou sua vaga na semifinal na quarta ao empatar sem gols com a LDU em La Bombonera. Na ida, vencera por 3 a 0 na altitude de Quito. Agora os dois times argentinos vão se enfrentar em busca da vaga na final, que disputaram no fim do ano passado, em Madri, com título do River. A outra semifinal terá Flamengo e Grêmio.

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Na noite desta quinta, o Cerro chegou a sonhar com a classificação ao sair na frente logo aos 8 minutos de jogo. Nelson Haedo cabeceou para as redes na segunda trave e deixou os paraguaios na frente. Mais motivado, o time da casa partiu para cima e tentou impor pressão, enquanto o River apostava nos lançamentos em profundidade, sem sucesso.

Antes do intervalo, o Cerro teve a chance de marcar o segundo gol, com Federico Carrizo. O goleiro Franco Armani fez boa defesa. Mas o sonho dos paraguaios chegou ao fim logo no início do segundo tempo. Aos 7 minutos, Nicolas De la Cruz acertou forte chute da entrada da área e decretou o empate no placar, esfriando a partida.

A igualdade deixou o River mais tranquilo em campo. Mais confiante, a equipe argentina foi para cima e criou boas chances para buscar a virada no marcador. Mas isso não foi necessário. O empate assegurou a classificação dos argentinos para mais uma semifinal.

As datas reservadas para os confrontos já foram definidas pela Conmebol, que ainda não especificou dias e horários de cada confronto. Os duelos de ida vão acontecer nos dias 1º e 2 de outubro e as voltas estão reservadas para 22 e 23 do mesmo mês. A final, em jogo único, será em 23 de novembro, em Santiago, no Chile.

Com uma atuação desastrosa e quatro gols sofridos em menos de 15 minutos, o Atlético Mineiro praticamente selou o seu destino na Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, mesmo tendo aberto o placar em Assunção, permitiu uma reação incrível do Cerro Porteño, que o goleou por 4 a 1, pela quarta rodada do Grupo E, já assegurando a sua passagem às oitavas de final e praticamente eliminando o time mineiro.

A chave, aliás, está quase definida, pois, no outro jogo do dia, o Nacional do Uruguai venceu o Zamora por 1 a 0, em Montevidéu. Assim, o Cerro, classificado, está com 12 pontos, enquanto o Nacional soma nove, contra três do Atlético-MG e nenhum do Zamora.

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O Atlético-MG, então, jogará pela improvável sobrevivência na Libertadores em 23 de abril, quando receberá o Nacional, no Mineirão. Antes, porém, decidirá o Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, sendo que o primeiro duelo da final será no domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, mas com mando do rival.

O resultado aumenta a pressão da torcida sobre o trabalho de Levir Culpi, especialmente pela atuação apática e cheia de erros do time, que foi completamente dominado pelo Cerro Porteño e exibiu desorganização defensiva, o que facilitou a construção da goleada, mesmo após o time abrir vantagem em Assunção. E ainda sofreu com falhas de jogadores experientes da defesa, como Victor e Fábio Santos.

O JOGO - O início do jogo indicou que o Atlético teria dificuldades no Paraguai. Embora parecesse bem postada, a defesa dava espaços ao Cerro e ainda cometeu um erro com Adílson, que rendeu uma oportunidade para o time paraguaio. E, mesmo precisando da vitória, apostava nos contra-ataques para surpreender o adversário. Ainda assim, conseguiu largar na frente, aos 18 minutos, quando a bola sobrou para Luan, que cruzou rasteiro para Ricardo Oliveira empurrar a bola às redes.

O gol precoce era importante para a estratégia atleticana de apostar nos contra-ataques para assegurar a vitória, mas logo a estratégia ruiu diante de um Cerro que até então era pouco perigoso, a não ser por um gol bem anulado de Victor Cáceres. Primeiro, aos 30 minutos, Acosta empatou o duelo em cobrança de falta que desviou em Ricardo Oliveira, impedindo a defesa de Victor. Logo depois, veio a virada. Aos 33, Carrizo tabelou com Villasanti e chutou colocado, fazendo 2 a 1.

O Atlético-MG sentiu o peso da virada e falhou mais duas vezes, permitindo que o Cerro fosse ao intervalo com o placar de 4 a 1. Aos 35 minutos, Fábio Santos errou feio ao tentar sair tocando, deixando a bola com Cáceres, que driblou fácil Igor Rabello e bateu alto. Já aos 43, Igor Rabello e Victor, que havia saído do gol, trombaram, a bola sobrou para Larrivey, que, livre, empurrou a bola para as redes.

Assim, o único fato negativo da etapa inicial para o Cerro Porteño foi a lesão de Amorebieta, que foi levado de ambulância para um hospital com suspeita de fratura na costela.

Sem alterações para o segundo tempo, o Atlético-MG manteve a postura passiva. E levou um susto logo no minuto inicial, quando Larrivey acertou o travessão. O Cerro, soberano, ainda desperdiçou outras oportunidades diante de um adversário abatido, mas, aos poucos, foi diminuindo o ritmo.

Levir promoveu três alterações no Atlético-MG, com as entradas de Chará, Vinícius e Nathan, mas o time não melhorou a sua produção ofensiva. E, diante de um adversário desinteressado, mas apoiado por repetitivos gritos de olé, acabou sendo batido por 4 a 1, resultado que o deixa praticamente fora da Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

CERRO PORTEÑO 4 X 1 ATLÉTICO-MG

CERRO PORTEÑO - Rodrigo Muñoz; Juan Escobar, Marcos Cáceres, Fernando Amorebieta (Espínola) e Marcos Acosta (Saiz); Villasanti, Víctor Cáceres, Juan Aguilar e Federico Carrizo; Joaquín Larrivey (Churín) e Nelson Haedo Valdez. Técnico: Fernando Jubero.

ATLÉTICO-MG - Victor; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Elias (Nathan) e Cazares (Vinícius); Luan (Chará), Ricardo Oliveira e Maicon Bolt. Técnico: Levir Culpi.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán(Fifa/Colômbia).

GOLS - Ricardo Oliveira, aos 18, Marcos Acosta, aos 30, Federico Carrizo, aos 33, Victor Cáceres, aos 35, Joaquín Larrivey, aos 43 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Juan Aguilar, Espínola e Maicon Bolt.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai).

O Palmeiras conseguiu nesta quinta-feira (30) complicar uma missão que parecia fácil, ser heroico quando parecia derrotado e ter como vilão um dos jogadores mais queridos pela torcida. Entre tantos paradoxos, pelo menos a lógica prevaleceu no quesito principal e o time está classificado para as quartas de final da Copa Libertadores mesmo depois de perder para o Cerro Porteño por 1 a 0, no Allianz Parque, com nove jogadores em campo. O adversário na próxima fase será o Colo-Colo.

O personagem do jogo foi Felipe Melo. Apelidado de Pitbull e clamado pela torcida, foi expulso de forma infantil logo no começo da partida e complicou as condições de jogo para o seu time. A situação confortável por ter vencido no Paraguai por 2 a 0 deu lugar a uma partida de superação, em que foi preciso contar com o apoio da torcida e apostar na defesa.

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O Palmeiras entrou em campo exibindo uma sequência de nove jogos seguidos sem tomar gol, uma invencibilidade na Libertadores e ainda atuava dentro de casa. Ou seja, era uma lista imensa de ingredientes favoráveis. Pois logo cedo todo esse cenário desmoronou em um só lance. Aos três minutos, o volante Felipe Melo foi fazer um passe e deixou a perna em Victor Cáceres. O árbitro argentino primeiramente deu cartão amarelo, para logo depois mudar de ideia e expulsar o jogador.

A grande reclamação do Palmeiras e a incredulidade do público com a precoce baixa transformaram a partida. Confiante antes do início do jogo, o time passou a ser inseguro. A equipe alviverde recuou e a torcida alterou o comportamento, ao deixar o otimismo e a euforia para passar a comemorar desarmes e chutões.

Em campo o Palmeiras passou a ter duas grandes preocupações. Uma delas era conseguir expulsar alguém do Cerro Porteño. O time alviverde reclamou muito com a arbitragem, procurou forçar cartões amarelos e teve os reservas bastante ativos no banco para tentar colocar pressão. O outro foco era o mais produtivo: os contra-ataques.

A esperada noite tranquila teve outro susto no começo do segundo tempo, quando Rodrigo Rojas caiu desacordado após jogada aérea e foi levado de ambulância para o hospital. O palmeirense veria uma outra cena ainda pior logo depois. O lateral Arzamendia foi tentar cruzar, mas conseguiu surpreender Weverton e abrir o placar, aos 11 minutos.

O gol fez Felipão mexer. O volante Thiago Santos entrou na vaga do atacante Borja para reforçar a marcação. A tentativa era válida, mas era difícil resolver os maiores problemas do segundo tempo. O time continuava muito nervoso e demonstrava cada vez mais cansaço por precisar correr para compensar a expulsão de Felipe Melo.

Seriam longos minutos de angústia, sustos e foco na defesa. No fim Deyverson ainda seria expulso, junto com um paraguaio, e a defesa se segurou. No apito final a torcida comemorou como nunca, quem diria, uma derrota. Um paradoxo valioso para um Palmeiras que se blindou com o espírito de Libertadores para se classificar.

 

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 0 x 1 CERRO PORTEÑO

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Antonio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Moisés (Jean); Willian (Deyverson), Dudu e Borja (Thiago Santos). Técnico: Luiz Felipe Scolari

CERRO PORTEÑO - Silva; Raul Cáceres, Marcos Cáceres, Escobar e Arzamendia; Victor Cáceres (Valdez), Rodrigo Rojas (Novick) e Palau; Jorge Rojas (Benítez), Ruiz e Churín. Técnico: Fernando Jubero.

GOL - Arzamendia, aos 11 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Churín, Jorge Rojas, Novick, Escobar, Edu Dracena, Palau.

CARTÕES VERMELHOS - Felipe Melo, Deyverson, Marcos Cáceres.

ÁRBITRO - German Delfino (Argentina).

RENDA - R$ 2.913.369,38.

PÚBLICO - 33.204 pagantes.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo (SP).

Com futebol envolvente, o Grêmio se impôs desde o início da partida, goleou o Cerro Porteño por 5 a 0, nesta terça-feira, na Arena Grêmio, em Porto Alegre, e assumiu a liderança do Grupo A da Copa Libertadores. Após quatro rodadas da primeira fase, o time tricolor gaúcho foi a oito pontos, um a mais do que a equipe paraguaia, vice-líder da chave.

A atuação do Grêmio, com indiscutível domínio sobre o adversário, coloca o time do técnico Renato Gaúcho, atual campeão, como forte candidato ao tetracampeonato da principal competição sul-americana.

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Passes rápidos trocados no meio de campo por Arthur, Everton, Ramiro e Luan envolveram o Cerro Porteño, que tentou usar a catimba para evitar as investidas gremistas. No ataque, Jael mais uma vez fez ótima partida.

A defesa sólida, com o argentino Kannemann e Pedro Geromel, ajudou o goleiro Marcelo Grohe a bater um recorde pessoal. Aos 10 minutos do segundo tempo, ele ultrapassou 803 minutos sem sofrer gol. Já são nove partidas sem ser vazado - ficou o mês de abril inteiro invicto.

A goleada começou a ser desenhada aos 27 minutos do primeiro tempo. Após tabela construída pelos meio-campistas, Jael saiu da área, recebeu de costas, girou e achou Everton. Em velocidade, colocou na frente e bateu forte para abrir o placar.

Três minutos depois, o time tricolor aumentou com o baixinho Ramiro, de 1,68 metro, de cabeça, após cruzamento preciso do lateral-esquerdo Cortez. Mas nem todos os 44 mil torcedores que estiveram na Arena Grêmio assistiram aos dois primeiros gols. Muitos chegaram atrasados por conta de obras no entorno do estádio.

Para compensar, viram uma apresentação de gala, que resultou em mais três gols e belos lances, em uma sinfonia orquestrada sob a batuta de Pedro Geromel, Arthur, Everton e Luan. Tudo diante do olhar atento de Tite, técnico da seleção brasileira que acompanhou a partida do camarote e anuncia no próximo dia 14 a lista de convocados para a Copa do Mundo da Rússia.

No início do segundo tempo, aos 3 minutos, Luan bateu escanteio curto, Pedro Geromel desviou e a bola atravessou a pequena área até encontrar Jael, que, de carrinho, mandou para as redes. Aos gritos de "olé" da torcida, o Grêmio ampliou aos 27. Luan avançou pelo meio e, em um lindo passe, deixou Everton cara a cara com o goleiro Antony Silva para fazer o quarto gol. Cícero, de cabeça, aos 37, fechou a goleada.

O próximo compromisso do Grêmio na Libertadores é contra o Monagas, na Venezuela, no próximo dia 15. Antes, pelo Campeonato Brasileiro, os gaúchos enfrentam o Santos, neste domingo, e encaram o clássico Gre-Nal contra o Internacional, no próximo dia 12. No meio disso, joga contra o Goiás, na próxima quarta-feira, pela rodada de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Tudo na Arena Grêmio.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO 5 x 0 CERRO PORTEÑO

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Léo Moura, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Maicon (Cícero), Arthur, Everton e Ramiro (Alisson); Luan e Jael (Thonny Anderson). Técnico: Renato Gaúcho.

CERRO PORTEÑO - Antony Silva; Raúl Cáceres, Marcos Cáceres, Escobar e Arzamendia; Palau (Acosta), Rodrigo Rojas, Candia, Jorge Rojas (Aguilar) e Novick (Valdez); Churín. Técnico: Luis Zubeldía.

GOLS - Everton, aos 27, e Ramiro, aos 30 minutos do primeiro tempo; Jael, aos 3, Everton, aos 27, e Cícero, aos 37 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Palau e Marcos Cáceres (Cerro Porteño).

ÁRBITRO - Patricio Loustau (Fifa/Argentina).

RENDA - R$ 2.336.311,00.

PÚBLICO - 42.076 pagantes (44.673 no total).

LOCAL - Arena Grêmio, em Porto Alegre (RS).

A torcida do Fluminense já tinha feito a sua própria versão da música Anunciação, de Alceu Valença, para exaltar o time nos jogos no Maracanã. Nesta terça-feira (28), o cantor pernambucano, em sua página no Facebook, compartilhou um vídeo com uma nova interpretação, dessa vez pelos torcedores do Cerro Porteño do Paraguai.

"Que prazer ouvir essa música se espalhando pelo mundo de maneira totalmente espontânea!", escreveu Alceu. Confira o vídeo:

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A Copa Sul-Americana conheceu nesta terça-feira o seu primeiro time classificado às quartas de final. Ele é o Independiente, da Argentina, o maior vencedor da Copa Libertadores com sete títulos na história, que em seu estádio, o Libertadores de América, em Avellaneda, na região da Grande Buenos Aires, derrotou o Atlético Tucumán por 2 a 0, revertendo a derrota por 1 a 0 da partida de ida.

Com a classificação assegurada, o Independiente agora terá de esperar para conhecer o seu adversário nas quartas de final. Ele sairá do confronto entre Nacional, do Paraguai, e Estudiantes, também da Argentina. No jogo de ida, em Assunção, os paraguaios venceram por 1 a 0 e terão a vantagem do empate na volta, que será no próximo dia 19, na cidade de La Plata.

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Em outro jogo desta terça-feira, Cerro Porteño e Junior Barranquilla empataram sem gols no estádio La Olla, em Assunção, no duelo de ida das oitavas de final. A volta na Colômbia será no próximo dia 19 e o vencedor deste confronto jogará nas quartas contra quem passar de Sport e Ponte Preta, que iniciarão o mata-mata nesta quarta-feira no Recife.

O Boca Juniors voltou a vencer o Cerro Porteño nesta quinta-feira (5), fez 3 a 1 em casa e se garantiu nas quartas de final da Libertadores. Após triunfar por 2 a 1 no Paraguai, a equipe suou mais do que o esperado e teve que suportar certa pressão no início do segundo tempo, mas contou com nova grande atuação de Carlitos Tevez para se classificar.

Como na primeira partida, Tevez marcou um gol e deu assistência para outro, de Pavón. E é embalado pela qualidade de seu principal jogador que o time argentino chega às quartas como um dos favoritos ao título. Agora, vai encarar o Nacional-URU, que eliminou o Corinthians nas oitavas.

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Se a situação do Cerro já era difícil nesta quinta, o Boca tratou de complicá-la ainda mais logo de cara. Aos dois minutos, Carrizo entrou na área pela esquerda, pedalou e foi calçado por Bonet. O árbitro brasileiro Wilton Pereira Sampaio viu o pênalti, Tevez bateu no meio do gol e abriu o placar para os donos da casa.

O jogo parecia controlado pelo time argentino, mas o Cerro empatou em sua primeira ida ao ataque. Aos 12 minutos, Leal tabelou com Domínguez pela esquerda e cruzou rasteiro. A defesa vacilou e Rodrigo Rojas chegou batendo no meio da área, entre as pernas de Órion.

O Boca era mais ofensivo, mantinha a posse de bola, mas pouco criava e ainda deixava espaços para o Cerro no contra-ataque. Aos 26, Domínguez recebeu lindo lançamento dentro da área, fez o que quis diante do experiente Díaz ao cortá-lo duas vezes e bateu de esquerda na trave.

No começo do segundo tempo, o Cerro quase virou. Domínguez recebeu na área e finalizou em cima de Órion. Mas o domínio era mesmo do Boca, que respondeu na sequência. Carrizo deu linda enfiada de bola para Pérez, que tocou com muito perigo. Mais dois minutos e foi a vez de Tevez entrar sozinho na área e bater rente à trave.

O Cerro tentava equilibrar e levou perigo aos 24 minutos, em cobrança de falta da intermediária de Leal, que obrigou Orion a fazer grande defesa. Só que a defesa paraguaia não conseguia tirar os espaços do Boca, e foi assim que os argentinos marcaram aos 27. Tevez recebeu na intermediária e deu ótima enfiada para Pavón, que bateu cruzado para vencer Silva.

O gol desanimou o Cerro, mas ainda assim os paraguaios tentaram uma última pressão. Aos 33, Ortigoza quase fez um golaço, mas Orion voou para salvar. Só que Valdez foi expulso e acabou de vez com qualquer chance de reação. O Boca, então, selou a vaga com o gol de Pérez, aos 44.

O Boca Juniors mostrou nesta quinta-feira o peso de sua camisa e por que é considerado sempre um dos favoritos ao título da Libertadores. Foi ao Paraguai e venceu o Cerro Porteño por 2 a 1 no estádio Defensores del Chaco, com ótima atuação de Carlitos Tevez, autor de um gol e uma assistência, para se aproximar das quartas de final da competição.

Depois de um bom primeiro tempo, no qual abriu o placar, o time argentino se fechou e aproveitou a única chance que teve na etapa final para praticamente matar o confronto. Com a vitória na ida, o Boca pode até perder por 1 a 0 na volta, quinta que vem, em La Bombonera, que ainda assim passará das oitavas.

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Apesar do resultado, quem começou pressionando em busca do primeiro gol foi o Cerro, que teve o primeiro bom momento aos sete minutos. Após cobrança de escanteio da esquerda, Domínguez aproveitou sobra na entrada da área e bateu firme, com perigo.

Mas logo o Boca fez valer sua maior qualidade técnica. Aos 23, após linda troca de passes pela direita, Insaurralde aproveitou cruzamento e, sozinho, cabeceou para fora. Cinco minutos depois, mais uma vez o time argentino trocou passes como quis pela direita, Meli cruzou e Tevez se antecipou para tocar de cabeça para a rede.

O gol acordou o Cerro, que foi para cima em busca do empate. Ele quase saiu aos 39, quando Beltrán aproveitou falta cobrada do meio de campo, dominou com estilo e virou batendo rente ao travessão. Aos nove, Domínguez fez linda jogada pela esquerda, passou por Peruzzi e desabou ao ser tocado por Díaz. O árbitro viu pênalti, Luis Leal bateu, mas Orion espalmou.

Se de um lado o Cerro abusava das oportunidades desperdiçadas, do outro, o Boca precisou ir ao ataque apenas uma vez para ampliar. Aos 14 minutos, em rápido contra-ataque, Tevez recebeu pela esquerda e deu linda enfiada para Lodeiro. O uruguaio invadiu sozinho a área, driblou o goleiro e marcou belo gol.

Daí em diante o que se viu foi uma intensa pressão do Cerro, mais na base da vontade do que da qualidade. De tanto insistir, o time paraguaio aproveitou um erro do Boca para diminuir. Aos 37, Pablo Pérez errou domínio dentro da área, Domínguez roubou e foi derrubado infantilmente pelo volante do Boca. O mesmo Domínguez bateu com muito estilo, de cavadinha, e selou o placar.

A diretoria do Cerro Porteño, do Paraguai, já perdeu as esperanças de contar com o zagueiro uruguaio Diego Lugano para a próxima temporada. O defensor tem acerto com o São Paulo e deve ser anunciado pelo clube brasileiro nos próximos dias.

Neste domingo, o jogador não apareceu na reapresentação dos jogadores do time paraguaio para a pré-temporada e aumentou os boatos de que não vai permanecer em Assunção. O próprio presidente do Cerro Porteño, Juan José Zapag, se manifestou sobre o episódio e disse que deve acontecer uma reunião com o São Paulo nesta segunda-feira.

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"Estamos à espera do jogador. Seu representante comentou que chegaria gente do São Paulo amanhã (segunda-feira). Vamos esperar com tranquilidade uma comunicação dele na chegada, do representante e do clube que supostamente tem interesse, para definir se fica ou não. A princípio, ele tem contrato com o Cerro. Vamos conversar com tranquilidade para não dar informações erradas sobre o futuro do jogador", disse.

O dirigente aguarda o representante tricolor para oficializar a saída de Lugano. "É um tema para conversar pessoalmente, não por telefone. Não é uma questão de vida ou morte. Vamos respeitar o tempo. Queremos respeitar a instituição e o jogador. Estamos tranquilos", comentou.

O retorno de Lugano ao Morumbi ganhou força ainda maior depois de um ano ruim do elenco e por causa da aposentadoria do goleiro e capitão Rogério Ceni. A diretoria entende que o elenco carece de líderes e vê com bons olhos a volta do zagueiro uruguaio, ídolo da torcida do São Paulo.

O Cruzeiro conquistou nesta quarta-feira (30) uma emocionante classificação para as quartas de final da Copa Libertadores superando várias adversidades. Atuando fora de casa, o time derrotou o Cerro Porteño por 2 a 0, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, tendo marcado o seu primeiro logo após ter o zagueiro Bruno Rodrigo expulso, com Dedé. Depois, nos descontos, Dagoberto selou de vez a classificação ao marcar o segundo gol da equipe.

Assim, o time mineiro avançou mesmo após ter apenas empatado com o Cerro por 1 a 1, em casa, no Mineirão, numa partida em que só conseguiu igualar o placar no último lance, com o gol marcado pelo paraguaio Samudio. Dessa vez, o heróis cruzeirenses foram o zagueiro Dedé e o atacante Dagoberto, que iniciou o duelo no banco de reservas.

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Com essa classificação, o Cruzeiro repetiu o roteiro da fase de grupos da Libertadores, quando esteve próximo de ser eliminado, mas acabou avançando com uma vitória na rodada final da sua chave, também como visitante, daquela vez diante da Universidad de Chile.

O JOGO - Nesta quarta-feira, o Cruzeiro encontrou dificuldades para conter a velocidade dos irmãos Angel e Oscar Romero, especialmente no primeiro tempo, mas evitou ser vazado e conseguiu garantir a sua classificação em um momento de adversidade, quando o Cerro Porteño tinha um jogador a mais em campo - depois, o time paraguaio teve dois expulsos, mas apenas um deles estava em campo. No final, ainda aproveitou o nervosismo do adversário para ampliar o marcador.

Cerro Porteño e Cruzeiro começaram a partida desta quarta-feira em ritmo forte, tanto que criaram chances de gols nos momentos iniciais do jogo. A primeira delas foi com Julio Baptista, mas a mais perigosa acabou sendo do time paraguaio, aos dois minutos, quando Oscar Romero cruzou para Guiza, que cabeceou por cima da meta defendida por Fábio.

O time da casa, então, passou a sobressair com a individualidade dos irmãos Oscar e Angel Romero, que aplicou dribles desconcertantes sobre Bruno Rodrigo, Dedé e Lucas Silva em diferentes lances. Depois de um deles, aos oito minutos, ele passou para Corujo, que bateu firme de dentro da grande área, obrigando Fábio a realizar bela defesa.

Com o controle do jogo, o Cerro Porteño desperdiçava várias oportunidades de gol. Aos 17 minutos, Bonet cruzou para Angel Romero, que bateu da primeira e acertou o travessão cruzeirense. Os irmãos Romero, aliás, sobressaíam diante dos zagueiros cruzeirenses, tanto que Dedé e Bruno Rodrigo foram advertidos com o cartão amarelo praticamente em sequência.

Acuado, o Cruzeiro só conseguiu responder aos 33 minutos, quando Henrique lançou Everton Ribeiro na entrada da área. O meia chutou forte, mas a bola acabou indo para fora. O lance, aliás, representou uma mudança de panorama na partida, pois o time mineiro conseguiu equilibrar o restante da etapa inicial.

O começo do segundo tempo também foi mais igual, pois o Cruzeiro conseguiu ficar por mais tempo com a posse de bola no campo de ataque. Mas a primeira chance clara foi do Cerro, aos nove minutos, com um chute de longe de Guiza, defendido por Fábio. A resposta do Cruzeiro foi praticamente imediata. Aos 12 minutos, Everton Ribeiro acionou Júlio Baptista na grande área. Ele finalizou para a defesa de Fernández.

Com o Cruzeiro sendo eliminado, o técnico Marcelo Oliveira promoveu as entradas de Dagoberto e Borges. E o time passou a se expor mais aos contra-ataques do Cerro. Em um deles, aos 25 minutos, Guiza finalizou rasteiro e a bola passou rente à trave direita do time mineiro.

A situação do Cruzeiro pareceu se complicar aos 32 minutos, quando o zagueiro Bruno Rodrigo foi expulso após cometer falta em Beltran. Mas logo depois, aos 34 minutos, o time mineiro abriu o placar da partida. Everton Ribeiro cobrou falta da intermediária e Dedé cabeceou para as redes, com a bola encobrindo o goleiro Fernández.

O gol enervou o Cerro Porteño, que teve Corujo expulso por chutar Dagoberto, e também Guiza, que já havia sido substituído, por reclamação. O time ainda tentou empatar o jogo e levar a definição da vaga para as quartas de final da Libertadores nos pênaltis, mas não teve sucesso.

A sua grande chance surgiu aos 47 minutos, quando Gamarra recebeu passe na grande área e chutou para fora. No contra-ataque, então, Dagoberto aproveitou vacilo da defesa do Cerro e chutou rasteiro para fazer 2 a 0, aos 48 minutos. Assim, o Cruzeiro avançou no torneio continental, mais uma vez fora de casa e com muita emoção.

OUTRO JOGO - Também nesta quarta-feira, o Arsenal, da Argentina, se classificou às quartas de final ao derrotar o Union Española, no Chile, por 1 a 0. Seu adversário será o Nacional, com a primeira partida sendo disputada no Paraguai.

 

FICHA TÉCNICA

CERRO PORTEÑO 0 x 2 CRUZEIRO

CERRO PORTEÑO - Roberto Fernández; Carlos Bonet, Luis Cardozo, Danilo Ortiz e Júnior Alonso (Gamarra); Mathías Corujo, Julio dos Santos, Fidencio Oviedo e Óscar Romero; Ángel Romero (Diego Godoy) e Daniel Güiza (Guillermo Beltrán). Técnico: Francisco Arce.

CRUZEIRO - Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Samudio; Henrique, Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto); Júlio Baptista (Borges, depois Léo). Técnico: Marcelo Oliveira.

GOLS - Dedé, aos 34, e Dagoberto, aos 48 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Dedé, Luan (no banco) e Samudio (Cruzeiro).

CARTÕES VERMELHOS - Mathías Corujo e Daniel Guiza (Cerro Porteño) e Bruno Rodrigo (Cruzeiro).

ÁRBITRO - Darío Ubriaco (Fifa/Uruguai).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai).

O técnico Marcelo Oliveira lamentou o fato de que o Cruzeiro precisou atuar diante do Cerro Porteño, na noite da última quarta-feira, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, apenas três dias depois de ter encarado o Atlético-MG no confronto de volta da decisão do Campeonato Mineiro. O comandante admitiu que o desgaste físico acabou atrapalhando a equipe na partida com o rival paraguaio, que terminou empatada por 1 a 1 graças a um gol salvador marcado por Samudio aos 48 minutos do segundo tempo.

"O adversário não usou o seu time no último jogo. Nós usamos, como usamos em uma final de campeonato, um jogo duríssimo contra o nosso maior rival. Ficou muito claro, para mim, a diferença do desgaste físico de um time para o outro. O Cruzeiro vem de cinco jogos decisivos, que você tem que se doar muito fisicamente e emocionalmente também. E é muito mais fácil defender, como eles fizeram muito bem", ressaltou o treinador, lembrando que o time cruzeirense também fez outras partidas importantes pela Libertadores e pelo próprio Campeonato Mineiro antes de encarar este confronto de ida das oitavas de final da competição continental.

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Marcelo Oliveira, porém, valorizou muito o empate por 1 a 1 conquistado pelo Cruzeiro, embora a equipe mineira agora seja obrigada a vencer a partida de volta ou empatar por dois ou mais gols para avançar às quartas de final no duelo de volta com o Cerro, no dia 30 de abril, em Assunção, no Paraguai.

"Tentamos jogadas pelo lado, pelo meio, com o adversário fechado. Pecamos algumas vezes na parte técnica, em um passe ou outro e na finalização, mas o time mostrou que é guerreiro. Acho que o torcedor compreendeu dessa forma, ajudando muito e possibilitando esse gol que pode ser o início de uma virada", completou, já projetando com otimismo a partida de volta.

O volante Henrique, que completou 200 jogos com a camisa cruzeirense nesta quarta-feira, foi outro que mostrou confiança na sua equipe para o jogo em Assunção. "O resultado da partida, pelo momento que vivíamos, até que não foi ruim. Ir com um 1 a 0 para lá ia ser muito mais difícil. O empate, um placar que não esperávamos, até pelas circunstâncias do jogo, foi dos males, o menor. Acredito que temos tudo para ir ao Paraguai fazer uma grande partida, como já fizemos na competição, e reverter essa situação", completou o jogador.

Terminam hoje as quartas de final da Copa Libertadores da América sub-20 e os dois brasileiros que disputam a competição estarão em campo na noite desta terça-feira (26). O Corinthians enfrenta o Cerro Porteño e o América/MG encara o River Plate. O cruzamento das chaves prevê o encontro de Timão e Coelho nas semifinais se ambos ganharem os confrontos.

A outra semifinal já está definida. A Unión Española, do Chile, eliminou o Alianza Lima, do Peru, e vai encontrar o Defensor Sporting, do Uruguai, que passou pelo Universitario, do Peru. Ambas as partidas foram decididas nos pênaltis.

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Histórico

A competição foi disputada pela primeira vez no ano passado, com 12 equipes, de onze países diferentes. O Peru, que foi o país-sede, teve direito a dois clubes, enquanto os demais países tiveram apenas um representante. O Flamengo, então campeão da Copa São Paulo, foi o representante brasileiro.

Em 2012, o Brasil tem dois representantes. O Corinthians conquistou a vaga por ter sido campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, enquanto o América/MG está na competição, pois foi campeão do Campeonato Brasileiro da categoria, disputado em dezembro do ano passado.

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