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O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), um dos maiores centro de tecnologia de informação e comunicação do Brasil, abriu seleção para 41 vagas no Recife, Rio de Janeiro, Curitiba, Sorocaba e São Paulo.

Toda a seleção será curricular e acontece pela internet, no site da empresa. No Recife, será 35 vagas, divididas entre os cargos de engenheiro de sistemas, engenheiro de teste e gerente de negócios.

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Para concorrer à vaga na função de engenheiro de sistemas, é preciso ter formação em ciência da computação, sistemas de informação ou áreas afins, além de conhecimento em fundamentos da ciência da computação e experiência em linguagens de programação.

Os interessados em concorrer à vagas de engenheiro de teste, precisam ser formados em ciência da computação, engenharia ou áreas afins, além de ter conhecimento na área de testes, experiência em análise de requisitos e  conhecimento no uso de ferramentas de automação de testes, linguagens de programação, e inglês avançado.

Há apenas uma vaga para gerente de negócios, ao qual é requisitado formação em ciência da computação, engenharia, administração ou economia, fluência em inglês, disponibilidade para viagens nacionais e internacionais. Ter concluído pós-graduação (MBA, mestrado ou doutorado), será um diferencial.

Os residentes em outras cidades podem concorrer às demais vagas, sendo duas para gerente de negócios na cidade de São Paulo; uma em Sorocaba para engenheiro de testes; além de duas para consultor de qualificação e uma vaga para coordenador de projetos na área de games no Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira (30), Recife sedia uma série de debates sobre segurança digital, no primeiro seminário do Owasp Chapter Recife, promovido pela Owasp (Open Web Application Security), uma organização apoiada por mais de 50 instituições da área de tecnologia e está focada em promover novas estratégias na área de segurança de aplicações web.

Durante o evento, que aconteceu no auditório da Faculdade Maurício de Nassau, Felipe Ferraz e Rodrigo Assad, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), foram apresentados como novos membros do conselho mundial da Owasp. Ambos são doutorados em segurança de aplicações web e já estão confirmados para o Owasp Summit, que acontecerá entre os dias 8 e 11 de fevereiro, em Lisboa (Portugal).

Até o fechamento desta matéria foram debatidos temas como segurança de aplicativos web, Cloud Computing, ciber crimes e segurança em TV Digital. No entanto, quem chamou mais atenção foi o Coronel Luiz Gonçalves, chefe do Núcleo de Defesa Cibernética do, Exército Brasileiro, que apresentou os projetos do Ministério da Defesa e do Comitê de Segurança Institucional para promover a capacitação profissional na área.

O Cel. Gonçalvez explicou como está sendo planejado o desenvolvimento de um "um complexo militar universitário e empresarial" em parceria com instituições públicas e empresas privadas, como o Congresso Federal, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o C.E.S.A.R. e o Comitê Gestor de Internet (CGI.br). "Queremos ter a experiência de uma Embraer, que se faça para a área militar, mas que também tenha capacidade de vender, de comercializar, de penetrar no mercado nacional e internacional", disse.

Entre outros projetos, estão o de desenvolvimento de um antivírus nacional, um firewall e um simulador de "guerra cibernética", orçados em R$ 5,8 milhões. No final de 2011, as empresas brasileiras BluePex e Decatron venceram as licitações para tirar os projetos do papel.

Outra ferramenta que deve ser desenvolvida pelo Ministério da Defesa é o "filtro de conteúdo web", que, nas palavras do Coronel, visa apenas "alimentar a inteligência no que tange as fontes abertas da internet", afastando a uma possível invasão de privacidade. "Não passa pela nossa cabeça entrar em e-mail e etc", completou.

Owasp no Brasil — Existem outros três "Chapters" brasileiros, como são conhecidos os comitês regionais da Owasp: Porto Alegre, São Paulo e Brasília. Esses comitês colaboram para inicativas educacionais e estão cada vez mais presentes na América Latina, com sedes em países como Chile, Peru, Colômbia, Venezuela e Costa Rica.

"O ambiente é todo colaborativo", garante Rodrigo Assad, que convidou os presente — a maioria formada por estudantes e profissionais de TI — a colaborar com as discussões e projetos, mesmo não sendo membros "oficiais".

O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, esteve no Recife, nesta quinta-feira (05), e realizou uma visita à sede do Porto Digital, onde conheceu a estrutura e o trabalho desenvolvido no pólo tecnológico do Recife. Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, e Cláudia Cunha, representante do CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), entre outros empreendedores ligados aos programas de encubação de empresas de TI, mostraram seus respectivos cases e perspectivas de crescimento e investimento para os próximos anos.

“É muito gratificante vir aqui, ver estas apresentações e notar o salto que Recife e que Pernambuco deram em relação ao Brasil”, disse Mercadante, após mais de uma hora de apresentações. O ministro estava acompanhado do deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), que também assistiu a apresentações, mas não chegou a se pronunciar.

Mais cedo, no Palácio do Campo das Princesas, Mercadante participou da cerimônia de oficialização da montagem de um grandioso data center da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que será instalado no Recife e usará hardware de última geração cedido pela empresa Huawei, durante visita da presidente Dilma Rousseff à China, em abril de 2011. “Um dos equipamentos, com maior capacidade, ficará na UFPE e irá trabalhar nas áreas de pesquisa e educação, distribuindo informações para todo o país”, contou, na ocasião. Este será o maior data center da América Latina voltado para pesquisas, segundo o ministro.

No evento, Mercadante destacou a importância da produção tecnológica local, lembrando que, em 2011, através de incentivos do governo federal, o Brasil entrou para o seleto grupo de 20 países que produzem chips eletrônicos. “Apenas 20 países tem esta tecnologia e o Brasil está dando seus primeiros passos nessa área”, disse.

“Não queremos apenas montar aparelhos, mas também produzir aqui”, citando a possibilidade da instalação, no Estado, da primeira fábrica de displays eletrônicos do país. Para que o projeto se consolide, ainda existem “fatores de infra-estrutura, como uma banda larga mais robusta, aeroporto internacional, mão-de-obra especializada e a também a questão do meio ambiente”, ressaltou, garantindo que o empreendimento proporcionará um grande salto a indústria tecnológica local.

Mercadante também comentou a possibilidade do governo federal estender os incentivos fiscais dos tablets aos aparelhos celulares produzidos no Brasil. “Isso depende ainda de uma negociação. Tem que ser feita uma consulta pública para que todas as empresas e especialistas se pronunciem, mas isto já está sendo encaminhado”, contou. “Temos que exigir mais conteúdo local. O Brasil, sendo o quinto mercado mundial [de telefonia], não pode simplesmente montar telefone. Nós queremos produzir componentes aqui, porque é isso que vai gerar tecnologia, que vai gerar emprego”, de acordo com ele.

Troca de Ministério — Em uma rápida entrevista, Mercadante fugiu das perguntas sobre os rumores de que assumirá o Ministério da Educação, após a já anunciada saída de Fernando Haddad (PT-SP), que disputará as eleições municipais de São Paulo. “Isso aí, só quem pode anunciar é a presidenta [Dilma], mas eu também não desminto matéria, quando tem alguma procedência”, disse. “Quem responde sobre Educação é o Haddad. Eu só trato da minha pasta”, retrucou, quando perguntado sobre os recentes problemas do Enem.

Ainda assim, ele fez uma rápida avaliação de seu trabalho à frente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Dilma, que exerce desde janeiro de 2011, comemorando o sucesso de projetos como o Ciência Sem Fronteiras, que provê bolsas de estudos para formação científica no exterior, a criação da Embrapii, empresa de pesquisa de inovação industrial, a retomada do projeto de construção de satélites brasileiros, em parceria com a China, o aumento de 54% do crédito para o setor e o recorde de aprovação de emendas constitucionais propostas pelo MCTI.

“As avaliações no Senado e na Câmara são super positivas, em relação ao Ministério, mas talvez o indicador mais positivo seja essa disputa que tem no MCTI, que não tinha no passado. Se tanta gente está querendo, de tantos partidos, é porque melhorou muito, melhorou para a melhor”, brincou. “[O Ministério] deixou de ser o ‘patinho feio’ e passou a ser o top das políticas públicas, que eu acho que é onde ele tem que estar. Pela primeira vez, o MCTI é um dos três objetivos satélites do Brasil no Plano Plurianual e o aumento que nós vamos ter de orçamento é o maior aumento relativo na explanada”.

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