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Bradley Wiggins e os três outros ciclistas britânicos bateram o recorde da perseguição por equipes nesta sexta-feira (12) no Velódromo olímpico do Rio, com um tempo de 3 min 50 seg 570. A Grã-Bretanha (Clancy, Burke, Kennaugh, Thomas) já detinha o recorde mundial com o tempo de 3 min 51 seg 659 nos JO de Londres.

Na final, prevista para as 18h10 deste sábado (13), a Grã-Bretanha, que tenta o título, enfrentará a Austrália (Edmondson, Bobridge, Hepburn, Welsford). Veja mais notícias sobre os Jogos do Rio.

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A primeira etapa de uma sequência nos Alpes da Volta da França aconteceu da forma que o líder da competição, o britânico Chris Froome, queria. Se não venceu, o ciclista conseguiu uma ótima 11.ª colocação no estágio e abriu vantagem na classificação geral. A primeira posição ficou com o russo Ilnur Zakarin.

O russo se aproveitou de uma arrancada na reta final da 17.ª etapa para cruzar na primeira colocação depois dos 184,5 quilômetros da capital suíça Berna ao lago artificial Finhaut-Emosson, também no país. O ciclista que cumpriu dois anos de suspensão por doping entre 2009 e 2011 terminou o percurso em 4h36min33s.

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Zakarin estava atrás do polonês Rafal Majka e do colombiano Jarlinson Pantano na descida da montanha La Forclaz, mas acelerou e garantiu a ultrapassagem a 6,5 quilômetros da linha de chegada para conquistar sua primeira vitória em uma etapa da Volta da França. Pantano foi o segundo, 55 segundos atrás, e Majka o terceiro, a 1min26s.

Mas o maior beneficiado após a etapa desta quarta-feira foi mesmo o atual campeão Chris Froome. O britânico que luta por seu terceiro título na França - venceu também em 2013 - terminou a pouco menos de oito minutos de Zakarin, resultado suficiente para que abrisse vantagem na ponta a poucas etapas para o fim da competição.

Após este estágio, Froome tem 77h25min10s já percorridos, ampliando para 2min27s a diferença para o segundo colocado, o holandês Bauke Mollema, 18.º nesta quarta. A terceira posição é do britânico Adam Yates, a 2min53s do líder, seguido do colombiano Nairo Quintana, a 3min27s.

Com isso, a camisa amarela segue com Froome, enquanto Majka tem a branca de bolinhas vermelhas (melhor montanista) e Yates, a branca (melhor jovem). A camiseta verde (melhor velocista) é do eslovaco Peter Sagan e a Movistar mantém-se como melhor equipe até o momento.

Restam somente quatro etapas para o fim da Volta da França, sendo que a última, no domingo, é praticamente um desfile dos ciclistas em Paris. Com Froome perto da conquista, a competição será retomada nesta quinta-feira com mais um estágio de contra-relógio nos 17 quilômetros de Sallanches até Megève.

A Volta da França seguirá adiante como estava planejado, um dia depois de um atentado mortal em Nice, confirmaram os organizadores da principal prova de ciclismo do mundo, mas com a etapa desta sexta-feira (15), a 13ª da atual edição, sendo realizada em clima de luto.

A França voltou a ser atingida por um ataque, depois de um caminhão avançar contra uma multidão, reunida para assistir os fogos de artifício do Dia da Bastilha, em Nice, na Riviera francesa. Pelo menos 84 pessoas morreram no ataque, cometido no dia da Festa Nacional Francesa. Outras 130 pessoas morreram em novembro passado em uma onda de ataques em Paris.

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O atual campeão e líder da Volta da França, Chris Froome, publicou em seu perfil no Twitter uma imagem com a bandeira francesa e indicou que seus pensamentos estavam "com as pessoas afetadas pelo terrível ataque terrorista em Nice".

Froome participará nesta sexta-feira do primeiro contra-relógio da prova, após os organizadores assegurarem que a etapa de 37,5 quilômetros entre Bourg-Saint-Andeol e La Caverne du Pont-d'Arc, na região de Ardeche, será realizada apesar do ataque em Nice, que fica a cerca de 300km da cidade onde os ciclistas largarão.

O diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, disse que será realizado um minuto de silêncio no início do estágio. Haverá outra cerimônia na linha de chegada com um momento de silêncio, com a participação do portador da camiseta amarela, do melhor velocista e do melhor escalador.

"Hoje queremos prestar homenagem às vítimas com dignidade", disse Prudhomme. "Nos perguntamos se a corrida deve continuar, e após consultar as autoridades, decidimos fazê-lo. A Volta da França continuará de uma forma solene e tranquila".

A caravana publicitária que precede os ciclistas em cada etapa, dando presentes e lembranças e com música alta, foi mantida nesta sexta-feira, mas em silêncio.

A segurança da prova já havia sido reforçada, pois a França está em estado de emergência desde os ataques em Paris. A corrida, que dura três semanas, conta com um esquema sem precedentes, com 23 mil policiais.

O ciclista Alberto Contador, que abandou a disputa da Volta da França no último domingo, afirmou nesta terça-feira que já é quase certo que não poderá disputar os Jogos Olímpicos do Rio, no próximo mês. Duas vezes campeão da Volta da França, em 2007 e 2009, quando triunfou na prova mais tradicional do ciclismo mundial, o espanhol disse que não deverá conseguir se recuperar a tempo de lesões sofridas nesta edição do grande evento francês.

"Dado o prognóstico (médico), os Jogos estão praticamente descartados. É uma pena e um importante golpe moral, pois eles eram o segundo grande objetivo do ano depois da Volta da França", lamentou Contador, em entrevista coletiva.

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Contador sofreu quedas na primeira e na segunda etapa desta edição da Volta da França, que ele acabou abandonando no último domingo quando faltavam pouco mais de 100 quilômetros para chegar à estação de Arcalis, em Andorra, após ter iniciado a etapa que teve largada em Vielha val D'Aran, na Espanha.

Contador foi submetido nesta terça-feira a exames de ressonância magnética que comprovaram que o ciclista sofreu lesões múltiplas, uma lesão muscular de grau 2 na coxa esquerda e uma outra na panturrilha da mesma perna esquerda. As lesões foram confirmadas pelo médico Manuel Leyes, que participou desta entrevista coletiva ao lado do ciclista espanhol. "O tempo estimados de recuperação para estas lesões é de umas quatro semanas", avisou.

Vencedor também da Volta da Espanha em 2008, 2012 e 2014 e do Giro d'Italia em 2008 e 2015, Contador, de 33 anos, chegou a ser suspenso por dois anos, em 2010, após ser considerado culpado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) por uso de doping, ocorrido durante a edição de 2010 da Volta da França. Assim, ele também perdeu o título da tradicional prova, que conquistou naquele ano.

Na época, a CAS não aceitou a justificativa de Contador, que havia declarado ter testado positivo para a substância proibida clembuterol por conta do consumo de uma carne contaminada. Com a decisão, o tribunal reverteu a decisão de Federação Espanhola de Ciclismo, que havia absolvido o ciclista.

Insatisfeitas com o julgamento da federação, a Agência Mundial Antidoping e a União Ciclística Internacional (UCI) recorreram à CAS pedindo a suspensão do ciclista espanhol por dois anos. E as entidades tiveram sucesso no recurso.

O ciclista alemão Marcel Kittel venceu nesta terça-feira a quarta e mais longa etapa da Volta da França após um sprint na parte final do percurso de 237,5 quilômetros entre Saumur e Limoges, concluído em 5h28min30 por um pelotão de 106 ciclistas.

O francês Bryan Coquard parecia próximo de garantir sua primeira vitória em uma etapa da maior prova de ciclismo do mundo, mas Kittel resistiu ao ataque do rival e triunfou por um triz. Assim, assegurou a sua nona vitória na história da Volta da França. À espera do resultado oficial, o alemão sentou-se na estrada e em seguida explodiu em alegria quando lhe foi dito que havia vencido.

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"Eu estou muito emocionado agora, parece como a minha primeira vitória novamente", disse. "Estou mega, mega feliz. Estou muito orgulhoso, porque a equipe realmente lutou por esta vitória. As coisas deram errado nos últimos dias, e assim estou feliz por estar de volta ao Tour (como é conhecida a Volta da França) e por ganhar um estágio como este".

O campeão do mundo Peter Sagan terminou em terceiro lugar e manteve a camiseta amarela. Além disso, ele ampliou sua vantagem sobre o francês Julian Alaphilippe, o vice-líder da classificação geral, para 12 segundos. O espanhol Alejandro Valverde está em terceiro, 14 segundos atrás.

A etapa desta terça-feira levou os ciclistas da cidade medieval de Saumur para Limoges, no centro da França. Depois de um primeiro ataque fracassado logo após o início, um grupo de quatro ciclistas escapou do bloco e construiu uma vantagem de cinco minutos sobre o pelotão.

Oliver Naesen e Alexis Gougeard, ambos estreantes na Volta da França, além de Markel Irizar e Andreas Schillinger, fizeram a ação perto da marca de 30km e rapidamente aumentaram a vantagem.

Determinada a defender a camisa amarela com Sagan, seus companheiros da equipe Tinkoff, aceleraram o ritmo e lideraram a perseguição com os times Lotto-Soudal e Etixx-Quick Step, e a diferença era de menos de quatro minutos, com cem quilômetros restantes.

No entanto, o pelotão não tinha pressa para conter os pilotos que empreenderam a fuga. Gougeard deixou grupo líder, com 35 quilômetros restantes, momentos antes da perseguição realmente começar no final montanhoso de Limoges. O trio remanescente foi engolido em uma pequena subida a sete quilômetros do fim.

Entre os favoritos, o britânico Chris Froome foi o 37º colocado, seis posição à frente do espanhol Alberto e sete à frente do colombiano Nairo Quintana, todos eles com o mesmo tempo do vencedor. Na classificação geral, Froome é o quinto e Quintana está em sétimo lugar, a 18 segundos de Sagan. Já Contador, com uma desvantagem de 1min06, ocupa a 54ª posição.

Nesta quarta-feira, será realizado a quinta etapa da Volta da França, em um trecho de média montanha entre Limoges e Le Lioran, com 216 quilômetros.

A prefeitura do Rio entregou neste domingo o Velódromo Olímpico ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A obra sofreu com atrasos e polêmicas na contratação da construtora e de um orçamento inicial de R$ 118 milhões, acabou recebendo R$ 143,5 milhões de investimentos.

"O campo de competições para a Olimpíada está extraordinário e vai permitir um alto nível de competições. Eu creio que o Rio de Janeiro terá a partir do fim das Olimpíadas, como legado, um grande equipamento para desenvolver o ciclismo no estado e no Brasil. Fazemos daqui um ponto de referência para o ciclismo de pista em todo o Brasil", disse Leonardo Picciani, ministro do Esporte, presente ao evento de entrega do Velódromo.

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O Velódromo foi a última obra a ser entregue, completando o Parque Olímpico da Barra. O palco das provas de ciclismo e paracilismo de pista recebeu R$ 118,8 milhões do Ministério do Esporte. Neste fim de semana, ciclistas de sete países - Brasil, Suíça, Austrália, Rússia, Japão, China e Hong Kong - realizaram o teste esportivo da pista.

Segundo informações do governo federal, a pista de 250 metros é feita de pinho siberiano e foi desenhada pelo alemão Ralph Schürmann. As placas e tesouras de madeira que dão suporte ao piso foram importadas da Alemanha. Foram utilizados cerca de 55 km de madeira e 94 treliças, além de 1,2 tonelada de pregos.

O tipo de pinho utilizado é menos suscetível à umidade e ao calor, o que torna a pista mais durável. A instalação terá flexibilidade para outras configurações de arena e permitirá que o Rio de Janeiro possa sediar competições internacionais após os Jogos.

O Velódromo é a única estrutura dos Jogos Olímpicos do Rio que ainda não havia sido entregue e também será a única que não receberá nenhum evento-teste. A ideia original era de um evento em março, o que acabou sendo cancelado. Uma segunda data foi sugerida, no dia 29 de abril. Mas também teve de ser anulada.

Considerada uma das construções mais difíceis devido à engenharia complexa da pista, a obra do Velódromo foi prejudicada por erros nos projetos básico e executivo, o que culminou no atraso de quatro meses no seu início. Não bastasse isso, a empresa que venceu a licitação está em recuperação judicial e precisou subcontratar outra empreiteira para executar o serviço. Para completar, a Prefeitura do Rio decidiu romper o contrato com a construtora em maio e o caso está na Justiça.

Contratada em fevereiro de 2014, a Tecnosolo questiona o rompimento. A construtora reclama atraso nos repasses da prefeitura - que afirma estar em dia com os pagamentos - e aponta para erros nos projetos básico e executivo. Segundo a empreiteira, os projetos apresentados no momento da assinatura do acordo precisaram ser refeitos sob risco de a obra apresentar "um enorme risco à população".

A mudança no escopo do contrato e o atraso nas obras obrigou a Prefeitura do Rio a autorizar um aditivo no contrato. Orçado em R$ 118 milhões, o Velódromo tem custo agora de R$ 143 milhões, um aumento de R$ 25 milhões.

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Neste final de semana teve fim a fase estadual dos Jogos Escolares de Pernambuco 2016 (JEPS), nas modalidades individuais. As finais das nove modalidades disputadas: atletismo, natação, judô, ciclismo, luta olímpica, tênis de mesa, badminton, vôlei de praia e xadrez contaram com presenças especiais, como de Cisiane Dutra, atleta olímpica da marcha atlética. As provas, que também contaram pela primeira vez com a delegação de Fernando de Noronha, aconteceram em seis localidades da região metropolitana do Recife.

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Ao todo foram 1.800 atletas e dirigentes do interior, da capital e de Fernando de Noronha participando dos dois dias de competição. As disputas ocorreram no Centro Esportivo Santos Dumont (Atletismo e Natação), Faculdade Universo (Badminton, Tênis de Mesa e Luta Olímpica), Colégio Motivo (Judô), Recife Praia Hotel (Xadrez), Praia de Piedade (Vôlei de Praia) e Rua da Aurora (Ciclismo). Os vencedores da fase estadual do JEPS irão competir agora representando o estado nos Jogos Escolares de Juventude marcados para setembro (mirim) e novembro (infantil), em João Pessoa, na Paraíba.

Ao lado de outros atletas do Time PE como Anderson Luiz, do decatlo, e Piscila Oliveira, do pentlato moderno, Cisiane Dutra prestigiou o atletismo no sábado (18) e premiou os vencedores. “É sempre importante a gente vir aqui passar um pouco da nossa experiência. Eles (atletas) podem contar sempre com nosso apoio, afinal, assim como foi com a gente, a vida esportiva começou nas disputas escolares”, comentou a marchadora

O Brasil já tem definida a equipe que o representará nas provas de ciclismo de estrada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na noite de quarta-feira (8), a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) anunciou os nomes de Murilo Fisher e Kleber Ramos no masculino e Clemilda Fernandes e Fernanda Oliveira no feminino - ambas já cumpriram suspensão por doping.

Com isso, está fechada a equipe da CBC para o Rio-2016, uma vez que a entidade já havia convocado Renato Rezende e Priscila Carnaval no BMX, Gideoni Monteiro no ciclismo de pista e Henrique Avancini, Raiza Goulão e Rubinho Donizete no mountain bike.

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Nestas três disciplinas, o ranking mundial foi adotado como único critério para convocação. No ciclismo de estrada, o Brasil conseguiu só duas vagas em cada uma das provas de resistência - não se classificou para o contrarrelógio - e convocou a partir de critérios subjetivos.

A escolha de Murilo Fisher já era esperada porque ele é o principal ciclista brasileiro da atualidade. Aos 36 anos, ele está há mais de uma década na Europa. Pela francesa FDJ, foi o único brasileiro no Giro D'Itália, mês passado, terminando só na 152ª colocação. Murilo esteve nas últimas quatro Olimpíadas, ficando em 19º em Pequim-2008.

A segunda vaga era uma incógnita, disputada por diversos ciclistas. A comissão técnica optou por chamar Kleber Ramos, de 30 anos, atleta da Funvic, de São José dos Campos. Argumentou que ele foi o sétimo no evento-teste, com boa atuação nos trechos de subida. O percurso olímpico será bastante íngreme.

Rafael Andriato, que ficou três anos em equipes europeias, quase não competiu este ano e acabou preterido. Caio Godoy, de apenas 21 anos, apontado como futuro do ciclismo brasileiro de estrada, vai ficar como reserva apesar de ter sido terceiro melhor montanhista no Tour do Marrocos, em abril.

MULHERES - No feminino, não havia muito segredo. Flávia Oliveira (ou Flávia Paparella) é a melhor brasileira da atualidade, tendo sido bronze no Campeonato Pan-Americano realizado no mês passado, na Colômbia. Atleta da equipe belga Lensworld - Zannata, ela foi sétima na versão feminina do Giro D'Itália do ano passado, faturando a camisa de melhor montanhista, no melhor resultado do ciclismo feminino do Brasil em todos os tempos.

A segunda vaga ficou com Clemilda Fernandes, apesar de todo o envolvimento da família dela com doping. A irmã Márcia e a prima Uênia, também atletas que eram da seleção brasileira, estão suspensas por doping. Janildes, também irmã de Clemilda, fica como reserva no Rio-2016.

Clemilda vai à terceira Olimpíada (foi 23ª em Londres), enquanto Flávia é estreante. Em comum, as duas têm manchas de doping no currículo. Ambas foram flagradas em 2009. Clemilda, por EPO, hormônio sintético também encontrado no organismo de Márcia (em 2014) e Uênia (2015). Flávia testou positivo para um estimulante, mas sempre alegou contaminação de um suplemento. Ambas receberam dois anos de suspensão, mas a pena de Flávia depois foi reduzida a 18 meses pela Corte Arbitral do Esporte.

O Comitê Rio-2016 apresentou "provas" ao Comitê Olímpico Internacional (COI) de que o vírus da zika não será uma ameaça à saúde pública e disse que não se justifica um adiamento ou cancelamento dos Jogos Olímpicos. Mas o anúncio foi ofuscado pela desistência do primeiro atleta norte-americano por conta do vírus.

Momentos depois de Carlos Arthur Nuzman dar as garantias da queda na incidência de dengue no período de inverno no Brasil, a equipe de ciclismo dos EUA anunciou que um de seus atletas, Tejay van Garderen, se retirou da lista para o Rio. O motivo seria o risco do zika para sua esposa grávida. Ele já havia competido em Londres, em 2012, e era uma das esperança de medalha da equipe. O vice-presidente do COI, John Coates, afirmou ao Estado de S. Paulo que também recomendou a duas funcionárias grávidas do Comitê Olímpico Australiano que não fossem ao Rio.

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Mark Adams, porta-voz do COI, preferiu não comentar o caso específico do ciclista. Mas sugeriu que atletas e estrangeiros sigam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além das "provas" apresentadas, os brasileiros anunciaram que iniciarão uma campanha para informar ao mundo sobre a inexistência do risco e, no encontro com o COI, usaram ainda declarações de Neymar, Rafael Nadal, Usain Bolt e outros astros para insistir que não existe risco.

Nas últimas semanas, o Rio-2016 e o COI passaram a ser pressionados por cientistas e por um grupo de atletas questionando o evento no Brasil diante do zika. "Vamos aumentar a informação", admitiu Nuzman, que aproveitou para agradecer aos atletas que deram declarações favoráveis aos eventos. "Esses heróis apoiaram o fato de que não existe risco. Mas entendemos que precisamos explicar mais", disse o brasileiro.

Nuzman, numa coletiva de imprensa em Lausanne, insistiu que "não há risco à saúde pública com o zika" e repetiu a frase em duas ocasiões. A versão contradiz a mensagem passada pela OMS de que o vírus é uma ameaça global. Questionado pela reportagem sobre a declaração, o Comitê Rio-2016 ponderou que ela se referia ao fato de que o risco não justificaria o cancelamento dos Jogos.

Na OMS, a entidade explicou que, ainda que seja um risco, o vírus não será impedido de circular pelo mundo apenas por conta de um cancelamento dos Jogos no Rio e que o impacto seria "limitado". A manutenção dos Jogos, na avaliação da OMS, não se dá por conta da ausência do risco, mas sim porque a transmissão pode continuar, mesmo com o evento cancelado.

O Comitê Rio-2016 ainda garantiu que, em 44 eventos-teste com 7 mil atletas, nenhum caso de zika foi registrado. A OMS, porém, alerta que a maioria dos casos ocorre sem sintomas e, nesta semana, orientou casais a evitarem uma gravidez por dois meses após estarem em um local de surto, mesmo que não desenvolvam sinais da doença. O risco, segundo a OMS, é de que crianças sofram má-formação, com mães que foram infectadas e sequer sabiam que haviam tido o vírus.

Palco de provas de velocidade no ciclismo, o velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio, tem se notabilizado justamente pelo oposto: a demora. Considerada uma das construções mais difíceis devido à engenharia complexa da pista, a obra foi prejudicada por erros nos projetos básico e executivo, o que culminou no atraso de quatro meses no seu início.

Não bastasse isso, a empresa que venceu a licitação está em recuperação judicial e precisou subcontratar outra empreiteira para executar o serviço. Para completar, a Prefeitura do Rio decidiu romper o contrato com a construtora este mês e o caso está na Justiça.

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Contratada em fevereiro de 2014, a Tecnosolo questiona o rompimento. A construtora reclama atraso nos repasses da prefeitura - que afirma estar em dia com os pagamentos - e aponta para erros nos projetos básico e executivo. Segundo a empreiteira, os projetos apresentados no momento da assinatura do acordo precisaram ser refeitos sob risco de a obra apresentar "um enorme risco à população".

A mudança no escopo do contrato e o atraso nas obras obrigou a Prefeitura do Rio a autorizar um aditivo no contrato. Orçado em R$ 118 milhões, o velódromo tem custo agora de R$ 143 milhões, um aumento de R$ 25 milhões. Mesmo assim, ainda não há data específica para ser entregue. "Será em junho", prometeu a Empresa Olímpica Municipal (EOM).

A EOM culpa a empreiteira pelos atrasos e decidiu romper o contrato no último dia 17. No lugar da empreiteira, quem executa as obras é a Engetécnica. A empresa já trabalhava na instalação olímpica desde fevereiro deste ano, subcontratada pela própria Tecnosolo.

Nos bastidores, já há quem se dá por satisfeito se o velódromo for entregue em totais condições de disputa. Mas isso provavelmente só será sabido durante os Jogos do Rio, já que o local não terá nenhum evento-teste. O motivo: o velódromo, que deveria estar pronto em dezembro do ano passado, atingiu nesta semana apenas 88% de índice de execução.

O que acontece no velódromo do Rio-2016 é bem diferente do que foi visto na última Olimpíada. Há quatro anos, a construção era a menina dos olhos dos Jogos de Londres pela complexidade e cuidado com os detalhes. Não era para menos: durante a competição, o príncipe William e a duquesa Kate Middleton foram dois dos torcedores ilustres a assistirem a uma das provas. Paul McCartney também foi lá.

A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) anunciou oficialmente nesta sexta-feira (27) os três atletas convocados para defender o País no mountain bike nos Jogos Olímpicos do Rio. Além de Henrique Avancini e Raiza Goulão, melhores brasileiros do ranking mundial, também foi chamado Rubens Valeriano Donizete, o Rubinho, que vai para a terceira Olimpíada consecutiva.

Para definir a convocação, a CBC não utilizou o ranking mundial divulgado na última quarta-feira (25) com Ricardo Pscheidt em 67.º lugar e Rubinho em 88.º A entidade somou os pontos que eles têm agora com os que tinham há um ano, levando em consideração, assim, os resultados das últimas 108 semanas - dois anos.

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Nessa conta, Rubinho se deu melhor. Somou 842 pontos, contra 774 de Ricardo Pscheidt. Henrique Avancini ficou muito à frente, com 1.852. Os resultados dos três deixaram o Brasil em 13.º lugar no ranking por nações, último posto dentro da zona que classificava dois ciclistas por país.

Esta será a terceira Olimpíada de Rubinho, que foi 21.º em Pequim e 24.º em Londres, sempre como único brasileiro. Pscheidt fica como suplente para o caso de lesão de Rubinho ou de Avancini.

Entre as mulheres, foi convocada Raiza Goulão, que aparece em 17.º no ranking mundial esta semana. Isabella Lacerda, que sofreu com dengue na reta final da corrida olímpica, fica como suplente.

No ciclo passado, o Brasil não se classificou para o mountain bike feminino dos Jogos de Londres. Jaqueline Mourão representou o País em 2004 e 2008. Entre os homens, o País teve dois atletas em 1996 (Ivanir Lopes e Márcio Ravelli), um em 2000 (Renato Seabra), em 2004 (Edvandro Cruz), 2008 e 2012 (Rubens Donizete foi às duas edições).

O ciclismo, especialmente de estrada, segue envolto em suspeitas de doping. Se ainda não conseguiu livrar-se dos recorrentes casos de atletas consumindo substâncias proibidas, a modalidade agora tem que lidar com o ruído cada vez mais alto a respeito do uso de motores escondidos dentro das bicicletas.

O burburinho não é novo. Em 2010, o suíço Fabian Cancellara, campeão mundial e olímpico, foi bombardeado de críticas por supostamente sua bicicleta conter um motor escondido durante uma prova clássica - de um dia. Vídeos circularam na internet com essa teoria, mas o chamado "doping mecânico" nunca foi comprovado. Ele sempre negou as acusações.

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No mundo do ciclismo, entretanto, a existência desse tipo de trapaça é fato conhecido. A partir deste ano, a União Ciclística Internacional (UCI) finalmente começou uma caça contra o doping tecnológico, utilizando uma filmagem computadorizada que é capaz de fazer uma leitura da bicicleta em radiografia.

De acordo com Mark Barfield, coordenador técnico da UCI, até o fim do ano 12.000 testes serão realizados em bicicletas, incluindo os Jogos Olímpicos do Rio e a Volta da França. A ideia é testar também as bikes que são substituídas pelos ciclistas durante o percurso de uma etapa e que ficam nos ônibus das equipes. "Isso é algo em que estamos de olho, assim como testar as bicicletas antes e depois das etapas", disse ele nesta terça-feira.

O primeiro caso de doping tecnológico comprovado aconteceu durante o Mundial de Ciclo-Cross, uma espécie de futsal jogado sobre bicicletas, modalidade oficial da UCI. Um belga foi flagrado exatamente na primeira competição com esse tipo de teste e recebeu seis anos de suspensão.

"Isso é algo que consideramos uma séria trapaça no nosso esporte e estamos agindo contra isso", disse o presidente da UCI, Brian Cookson. "Queremos demonstrar que investimos firmemente nas pesquisas contra isso. Existe uma mensagem clara para os trapaceiros: 'se você está pensando usar esse método, não o faça. Nós vamos te pegar!"

Flagrada utilizando um motor em sua bicicleta durante uma prova do Mundial Sub-23 de Ciclocross, a belga Femke Van Den Driessche foi suspensa por seis ano do esporte. A punição imposta nesta terça-feira pela União Ciclística Internacional (UCI) foi a primeira com a utilização de suas regras sobre fraude tecnológica.

"Este caso é uma grande vitória para a UCI e todos aqueles torcedores, ciclistas e equipes que querem ter certeza de que vamos manter esta forma de fazer trapaça fora do nosso esporte", afirmou o presidente da UCI, Brian Cookson, em um comunicado.

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A UCI suspendeu Van den Driessche até de 10 de outubro de 2021, lhe retirou o título europeu sub-23 conquistado em novembro de 2015 e também a multou em 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 73 mil).

Ela também precisará devolver todas as premiações em dinheiro e troféus, incluindo o seu título belga, conquistados desde 11 de outubro de 2015, explicou o tribunal disciplinar da UCI. A ciclista, de 19 anos, havia declarado que não iria participar da sua audiência disciplinar na sede da UCI e que estava se aposentando do esporte.

O motor foi encontrado usando exames de ressonância magnética de bicicletas na área do pit dos ciclistas durante o Mundial Sub-23 feminino de Ciclocross, na Bélgica, em janeiro. "O motor era um Vivax, que estava escondido junto com uma bateria no cano do assento", explicou a UCI nesta terça-feira. "Era controlado por um interruptor Bluetooth instalado debaixo da fita do guidão", acrescentou a entidade.

"Este novo método de teste foi avaliado em estudos para ser extremamente eficaz na localização de motores ocultos ou outras formas de fraude tecnológica por rapidamente detectar motores, campos magnéticos e objetos sólidos escondidos em um quadro ou componentes", disse a UCI.

Não é de hoje que a faixa de BRT virou uma zona de conflito entre os motoristas do sistema e ciclistas. Nas redes sociais, mais uma ocorrência foi divulgada. Segundo o músico Eric Caldas, sua bicicleta foi intencionalmente esmagada por um ônibus do BRT na noite do domingo (23).

Caldas conta que era por volta das 21h20 e ele voltava de bicicleta pela faixa de BRT Leste-Oeste, na Avenida Caxangá, que liga a Zona Oeste ao centro do Recife. Um motorista da Linha TI Camaragibe-Centro teria fechado o ciclista na altura do viaduto da BR-101, no bairro da Iputinga, Zona Oeste da capital.

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Mais adiante, Caldas teria passado pelo motorista e dito “vamos respeitar a distância”. Pouco depois, perto do Caxangá Golf Club, o BRT novamente teria fechado o ciclista de maneira agressiva, deixando o ciclista com menos de um palmo de distância entre o canteiro central, segundo relato do mesmo. 

Na altura da Estação Riacho do Cavouco, Eric conta que parou em frente ao ônibus para questionar sobre a conduta agressiva. Neste momento, o motorista teria arrancado e passado por cima da bicicleta.

“Fiquei na estação esperando ele retornar, e deixei a bicicleta ao lado da parada para ele ver”, escreve Caldas. De acordo com o músico, o motorista retornou buzinando e ironizando com uma risada. “Um funcionário do BRT foi muito prestativo e me orientou a procurar a garagem da empresa e levar a bicicleta como prova”, ressalta. 

Apesar da Avenida Caxangá não possuir faixa exclusiva para bicicleta, a faixa de BRT, por ter um trânsito muito intenso, é convidativa aos ciclistas. Em setembro do ano passado, a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) realizou uma contagem na avenida. Das 6h às 20h, 3067 ciclistas utilizaram a Caxangá, 23,7% deles na faixa de BRT.

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Pela primeira vez em 24 anos, o Brasil terá um representante na prova considerada a mais complexa do ciclismo de pista olímpico, a omnium. O sergipano Gideoni Monteiro conquistou a vaga em Londres, na semana passada, e diz que a bicicleta ocupa um lugar maior que o esporte em sua vida.

“Hoje em dia, além de ser minha profissão, também uso a bicicleta como meio de transporte. É meu esporte e também o meu transporte”, conta ele, que diz ter um carro, reservado apenas para viagens de longa distância.

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Gideoni mora em Indaiatuba, no interior de São Paulo, cidade considerada estratégica pela proximidade do Rio de Janeiro e do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Com ruas planas, a cidade favorece o uso da bicicleta no cotidiano, segundo o atleta.

Além do Rio de Janeiro, o atleta costuma viajar para a Suíça, onde se junta aos melhores do mundo em um centro de treinamento de alto rendimento. “Cada treino é quase uma competição. Os melhores do mundo estão ali. A gente acaba tendo um intercâmbio de experiências.”

Nas horas vagas, Gideoni aproveita para andar de bicicleta no país europeu, onde encontra um ambiente mais favorável para a mobilidade urbana dos ciclistas.

"Quando estou na Suíça, nem tenho carro. Só uso a bicicleta para me locomover. É uma coisa normal. Eles entendem que é um transporte, uma forma de locomoção normal. E eles se respeitam, dão espaço para a gente passar”, compara.

O respeito ao ciclista, segundo o atleta brasileiro, é mais importante que a infraestrutura urbana, e está em falta no Brasil. “Nesses últimos tempos, tivemos casos de atropelamento. Espero que todo mundo se conscientize de que quem está ali pedalando é uma vida também. Não custa nada você desviar um pouco a mais para passar pelo ciclista. Espero que as pessoas se conscientizem, e vejam a bicicleta não só como esporte, mas como transporte. E que cada um tenha o seu espaço.”

Quem pontuar menos vence

Considerada a mais complexa da modalidade, a disputa omnium é composta por seis provas. O atleta que fica em primeiro lugar em cada uma delas recebe a menor pontuação e, no final do torneio, que dura dois dias, quem estiver com menos pontos é o campeão.

Gideoni se classificou na 15ª posição entre 18 atletas que conquistaram vaga na mesma competição, que ele considera uma prévia dos Jogos Olímpicos Rio 2016, já que grande parte da elite do esporte estava presente.

Mesmo morando longe da família e da namorada desde 2014, Gideoni tem motivos para comemorar: foram dois anos de muito sacrifício para fechar esse ranking. “Começou em 2014 e foram dois anos sem Natal, sem ano novo e com muito planejamento", conta ele, que foi medalhista de bronze nos jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado. "Me deram 10 dias de folga para respirar um pouco, mas dia 25 eu recomeço".

* colaborou a repórter Nanna Possa, das Rádios EBC

Ciclistas recifenses participaram, neste sábado (5), da 1ª edição da World Naked Bike Ride (WNBR), a Pedalada Pelada, como é conhecida no país. Seminus, os participantes alertavam para os riscos que os ciclistas correm com a falta de estrutura e educação no Recife.

Pintadas no corpo e em faixas, frases como “Corpo nu choca mais que atropelado”, “Agora você me vê?” e “Obsceno é o trânsito” ilustravam o ato, que saiu da Praça do Derby, no centro do Recife, por volta das 18h45. “Obscenidades são as mortes no trânsito que temos observados. Apesar dos movimentos cicloativistas terem ficado mais fortes nos últimos anos, a gente não vê política pública nenhuma”, criticou o ciclista Enio Paipa, que usa a bicicleta como meio de transporte desde 2009.

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“O nu do ato significa como o ciclista se sente na cidade. Todo mundo que está no carro está coberto de metal e o ciclista só tem o corpo. Também estamos nus diante do poder público”, disse um cicloativista participante, que preferiu não se identificar.

A dentista Paty Sampaio está há um mês usando apenas bicicleta e ônibus como transporte público. Leva as crianças à escola, vai ao trabalho, vai buscar as crianças, volta para casa – tudo com a bicicleta. “É importante destacar a importância da bicicleta. Eu tenho depressão crônica, mas depois que comecei a incorporar esse transporte na minha rotina, a liberação de hormônios tem diminuído a necessidade de medicamentos”, comemorou. Paty reforça que os ciclistas não se sentem seguros. “Falta infraestrutura cicloviária e a lei não está sendo sabida pela população e nem cobrada pelo poder público. Os policiais de trânsito não ligam, se a gente ficar uma denúncia não dá em nada...”, acusou. 

A nudez não era requisito para participar do evento – o LeiaJá não flagrou participantes completamente nus. Apesar disso, a própria página do evento destacava o simbolismo da nudez. “Seria de bom tom que, nesta ‘festa’, vocês comparecessem com o traje recomendado: a ausência dele! Entretanto, caso não se sintam à vontade, roupas de banho serão aceitas. Atentado ao pudor é um corpo estirado no chão.”, dizia a descrição da Pedalada Pelada no Facebook. 

Recife, além de Blumenau-SC, Salvador-BA, e Fortaleza-CE, confirmaram a realização da Pedalada Pelada pela primeira vez.  Em Porto Alegre-RS, os ativistas pedalam nus pela quarta vez, em Florianópolis-SC pela quinta e no Rio de Janeiro-RJ pela segunda. Em São Paulo, a manifestação chega ao seu nono ano. 

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O principal nome do ciclismo brasileiro na atualidade, Renato Rezende, sofreu um acidente feio durante uma prova de BMX neste fim de semana, em Oldsmar, nos Estados Unidos. Na semifinal, ele sofreu uma queda e fraturou a clavícula. Apesar do temor de que pudesse perder a Olimpíada, a lesão não é tão grave quanto o imaginado inicialmente e, ainda que precise passar por uma cirurgia nesta segunda-feira, em São Paulo, a tendência é que ele esteja sem problemas nos Jogos do Rio, em agosto.

"Felizmente, o problema será menor do que eu esperava. Terei que ficar parado por um tempo para me recuperar, perderei algumas competições que estavam previstas, mas em poucos dias poderei voltar aos treinamentos sem bike, e em mais algumas semanas já com a bike. Com toda certeza, estarei 100% para os Jogos Olímpicos", contou Renato.

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Curiosamente, a lesão de Renato prejudica mais os demais ciclistas brasileiros de BMX do que ele mesmo. Isso porque o Brasil, atualmente, pelo ranking mundial, tem direito a só uma vaga no Rio-2016. Em casos de bons resultados de Renato nos próximos meses, uma segunda credencial poderia ser obtida - ainda que a possibilidade fosse remota.

Número 14 do ranking mundial, Renato Rezende tem 740 pontos. O segundo melhor brasileiro é Anderson Ezequiel, em 49.º lugar com 314 pontos. O garoto de apenas 20 anos teria que somar mais de 400 pontos em um curto espaço de tempo para passar Renato. Quem fechar o ranking olímpico na frente fica com a vaga brasileira no Rio.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 coloca à venda, a partir das 10h desta sexta-feira (22), ingressos para a maior competição esportiva do planeta, marcada para agosto, no Rio de Janeiro. Será possível encontrar tíquetes para competições como ginástica artística, ginástica rítmica e de trampolim, judô, ciclismo de pista e saltos ornamentais.

Além disso, ainda há bilhetes disponíveis para as modalidades disponibilizadas na quinta(21), como futebol, tiro com arco, handebol, boxe, rugby, basquete, tênis de mesa e vôlei.

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Para comprar o ingresso – que será vendido de forma direta (sem sorteio) – é preciso acessar o site do Comitê Organizador (www.rio2016.com/ingressos). É possível comprar ingressos de quatro a seis entradas (por sessão) para até seis sessões. O pagamento pode ser feito através de cartão de crédito Visa e Solução de Pagamento Virtual.

A Volta da França e outras corridas renomadas deixarão de fazer parte do calendário de elite da União Internacional de Ciclismo (UCI, na sigla em inglês) em ação vista como mais uma capítulo da disputa pelo controle do esporte.

A Amaury Sport Organisation (ASO), organizadora da Volta da França, rejeitou no mês passado as reformas propostas pela UCI para o calendário de 2017, e conta com o apoio de vários organizadores de provas em sua tentativa de se livrar da tutela da entidade gestora do ciclismo.

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A ASO declarou em um comunicado nesta sexta-feira que disse à UCI que "optou pelo registro de seus eventos no calendário Hors Classe para a temporada de 2017", o que significa que terá mais liberdade para convidar as equipes que desejar para os seu eventos.

A organização descreveu a reforma do calendário para 2017 como um "sistema de esporte fechado". Ela teme que o novo plano só irá reforçar o poder das mais poderosas equipes, e, finalmente, levar a um sistema de franquias.

"Mais do que nunca, a ASO permanece comprometida com o modelo europeu, e não pode comprometer os valores que ele representa: um sistema aberto que dá prioridade ao critério esportivo", disse. "É, portanto, neste novo contexto e dentro de seus eventos históricos que a ASO continuará a manter esses valores vivos".

A ASO possui a Volta da França e outras provas, como as clássicas Paris-Roubaix e Liège-Bastogne-Liège, bem como as corridas de uma semana Paris-Nice e a Criterium du Dauphine.

A UCI, que tem estado regularmente em desacordo com os organizadores da Volta da França nos últimos 15 anos, anunciou em setembro reformas destinadas a simplificar o calendário.

Além disso, decidiu adotar outras medidas, incluindo a implementação de licenças de três anos concedida a um máximo de 18 equipas para o circuito mundial entre 2017 e 2019, e a adoção de mais rigorosos protocolos antidoping. Um número limitado de novas provas também podem ser adicionadas, enquanto novas e corridas já existentes serão submetidas a um rigoroso conjunto de normas. As equipes também serão obrigadas a seguir as regras sobre seus ciclistas e outros membros.

Mas a Associação Internacional de Organizadores de Provas de Ciclismo (AIOCC, na sigla em inglês), presidida pelo diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, votou esmagadoramente contra as reformas no mês passado, expressando "extrema preocupação" sobre os planos da UCI.

O AIOCC também pediu para "um grupo de trabalho ser criado o mais rapidamente possível que reúna todas as partes interessadas, a fim de propor as necessárias medidas corretivas". Agora, com a saída da Volta da França do calendário da UCI, o racha no ciclismo aumentou.

Após meses de negociação, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou nesta quarta-feira a transferência das provas de ciclismo indoor dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, para fora da capital japonesa. A medida faz parte da política da organização de reduzir custos na preparação do grande evento esportivo.

De acordo com o COI, transferir as provas de Tóquio para a cidade de Izu, a 120 quilômetros de distância, vai trazer uma economia de US$ 100 milhões (cerca de R$ 382 milhões) na construção da estrutura para receber as provas indoor. No total, os organizadores já calculam economia de US$ 1,8 bilhão com mudanças nos locais das disputas.

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A mudança nas provas de ciclismo levaram meses para ser confirmada em razão da resistência da União Ciclística Internacional (UCI). Para a entidade, a transferência para uma cidade a cerca de duas horas de distância de Tóquio prejudicaria a "experiência olímpica" dos atletas e torcedores. Mas a UCI acabou aceitando a mudança, corroborada pelo Comitê Executivo do COI.

Para tanto, o Comitê Olímpico Internacional prometeu promover uma "significativa remodelação" do atual velódromo localizado em Izu, principalmente em relação à capacidade de público. Eventos de mountain bike também serão disputados em uma pista que já existe na cidade.

"A experiência dos atletas está garantida. Todos os esportistas e suas equipes que competirão em Izu terão a opção de morar na Vila dos Atletas antes e depois de competirem [fora de Tóquio]. Durante as competições, eles ficarão em vilas satélites localizados próximo ao local da disputa", informou o COI.

Nos Jogos de 2020, as disputas de estrada e provas contra-relógio vão ocorrer na capital, com largada e chegada no Palácio Imperial do Japão. Os eventos de BMX serão realizados numa estrutura temporária erguida em Ariake, no centro de Tóquio, com capacidade para receber 5 mil torcedores. Seria em Ariake que seriam disputadas as provas de pista indoor, agora transferidas para Izu.

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