Tópicos | Cidade inteligente

Por Lenildo Morais*

Que a Internet das Coisas está trazendo uma revolução tecnológica é o mínimo que você pode dizer. Os benefícios da IoT são infinitos e, conforme a tecnologia amadurece, os projetos passam da prova de conceito à implementação comercial. A tecnologia IoT será capaz de ajudar as frotas comerciais em particular desde ajudar a aproveitar as vantagens do planejamento inteligente de rotas até aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos. Uma das maneiras pelas quais a tecnologia IoT pode ajudar a indústria automotiva é apoiando a construção e o desenvolvimento de cidades inteligentes.

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Cidades Inteligentes

Cidades inteligentes utilizam dispositivos e sensores IoT para coletar e analisar informações. Essas percepções podem ajudar os administradores da cidade a melhorar a utilização de recursos, aumentar a eficiência, reduzir custos, melhorar o transporte público e, em geral, melhorar a qualidade de vida dos residentes. Existem duas tecnologias que impulsionam o desenvolvimento de cidades inteligentes. Em primeiro lugar, diz respeito à próxima geração de redes (5G). Isso garante uma enorme aceleração do tráfego de dados. Os dados podem ser coletados, processados e analisados em grandes quantidades e em um ritmo mais rápido do que nunca.

Em segundo lugar, existe uma ampla disponibilidade de sensores compactos e acessíveis. As cidades inteligentes são alimentadas por uma rede inteligente de sensores que coletam e transmitem dados. Isso também ajuda na coleta de dados e na geração de insights. Os sensores atuais são aproximadamente do tamanho de uma bola de hóquei (ou menores) e prevê-se que sejam tão pequenos quanto uma partícula de poeira em um futuro próximo, quase invisíveis ao olho humano.

Sensores colocados ao longo de nossas estradas e conectados a dispositivos como telefones celulares e rastreadores de atividade podem transmitir informações sobre o uso da rede viária. Para as frotas, isso em teoria vira o mundo de cabeça para baixo. Graças aos inúmeros dispositivos conectados, eles têm acesso a uma quantidade de dados sem precedentes que torna o trabalho dos motoristas mais fácil e eficiente.

O potencial para gestão de frotas de automóveis

Já existe tecnologia para monitorar aceleração, frenagem e outros comportamentos de direção. Imagine as possibilidades se pontos de dados extras de dispositivos IoT forem adicionados a isso. Para operadores de frotas comerciais, o monitoramento em tempo real oferece oportunidades para aumentar a segurança e a produtividade. Por exemplo, os sensores podem monitorar as condições da estrada em diferentes condições climáticas e emitir um aviso em tempo real. Por exemplo, os motoristas podem ser aconselhados a evitar seções da estrada com gelo preto ou outros perigos.

Outra opção é usar dados em tempo real para alertar os motoristas sobre congestionamentos rodoviários pesados e propor uma rota mais inteligente, o que ajuda a reduzir o tempo de viagem. Problemas para encontrar vagas de estacionamento também são coisa do passado, porque os sensores podem indicar exatamente onde há uma vaga disponível. E como não é mais necessário circular pelo centro da cidade, isso reduz o consumo de combustível e as emissões de escapamento.

Além disso, os municípios e autoridades competentes podem utilizar os dados para avaliar o estado das estradas e, assim, definir prioridades para a sua manutenção. Em combinação com o aprendizado de máquina, os dados também podem ajudar a ajustar as programações de semáforos, determinar limites de velocidade variáveis e abrir faixas de emergência.

Planejamento urbano inteligente em ação

Cidades ao redor do mundo já estão começando a trabalhar com essa estratégia de cidade inteligente. Em Barcelona, eles utilizam dados para melhorar as rotas dos ônibus da cidade e horários de partida, com base em dados precisos e em tempo real. Em Cingapura, eles deram um passo adiante: lá, eles usam dados de sensores IoT para melhorar o desempenho do transporte público, mas também para informar aos cidadãos quais garagens na cidade ainda têm vagas livres, qual é o nível de água atual e muito mais mais. Cingapura também é o local do Robocars, um dos primeiros testes públicos de carros autônomos de consumo.

Em San Mateo, nos Estados Unidos, eles têm uma abordagem de "região inteligente". O projeto envolve várias cidades no Vale do Silício trabalhando juntas com o objetivo de compartilhar recursos de cidades inteligentes e resolver problemas juntos.

Esses são apenas alguns exemplos de como as cidades inteligentes ajudam os governos e planejadores a entender melhor como a infraestrutura urbana funciona e a tomar decisões mais inteligentes para o futuro. Uma boa infraestrutura combinada com um planejamento inteligente de rotas ajuda a tornar as cidades mais acessíveis aos veículos, o que significa que o fluxo de tráfego melhora e os motoristas passam menos tempo presos no trânsito.

IoT requer MRM

Como as empresas podem aproveitar todas essas novas informações fornecidas pelas cidades inteligentes? Tradicionalmente, os órgãos públicos funcionam mais ou menos independentemente uns dos outros. Este não é um modelo viável em um ambiente de cidade inteligente. As empresas precisam de uma plataforma de software comum que forneça acesso a todas essas informações diversas.

É aí que o Mobile Resource Management (MRM) se torna útil. MRM é a tecnologia que ajuda os gerentes de frota e diretores operacionais a conectar todos os pontos de dados. Combina a telemática tradicional e o rastreamento por GPS com a otimização de rotas, com o objetivo de conectar o front e o back end de uma organização - ajudando as empresas a aumentar a eficiência de suas operações. Ao navegar pelas novas cidades inteligentes com MRM, os gerentes de frota podem estimular e melhorar o comportamento de direção segura, trabalhar com mais eficiência e, assim, aumentar a produtividade.

A tecnologia da cidade inteligente, portanto, funciona nos dois sentidos. Por um lado, ajuda a melhorar o fluxo do tráfego e torna as cidades mais acessíveis aos veículos, reduzindo o tempo que os motoristas ficam presos no trânsito. E, por outro lado, isso - em combinação com o MRM - contribui para a obtenção de resultados positivos para os clientes e suas organizações.

*Lenildo Morais é professor dos cursos de Tecnologia da Informação da UNINASSAU

Uma pesquisa realizada pela Urban Systems elencou as cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil. O ranking Connected Smart Cities traz a capital pernambucana em décimo lugar, ficando à frente de Porto Alegre (RS), Palmas (TO) e Salvador (BA). A lista traz cem nomes e é liderada por São Paulo (SP), com 33,197 pontos.

A tabela, divulgada pela Exame.com, reúne as cidades que conseguem juntar inteligência e tecnologia na melhoria de aspectos como urbanização, meio ambiente, mobilidade, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. Ao todo, foram analisados 70 indicadores. 

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As cinco primeiras posições são ocupadas por São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). Isto acontece porque são municípios que concentram mais recursos, porém, o Recife é uma das cidades que corre contra esse fluxo. 

O levantamento realizado em 2016 apontou a capital de Pernambuco em nono lugar, mesmo ocupando uma posição abaixo, em 2017, o município recebeu a pontuação 29,339, 79 pontos abaixo do colocado acima, São Caetano do Sul (SP). O levantamento levou em conta não apenas o grau de digitalização da infraestrutura municipal, mas também indicadores sociais, econômicos, ambientais e de desenvolvimento humano.

Conforme o site Mundo Corporativo Deloitte, O Recife conta com iniciativas como o Porto Digital e aponta ser uma cidade que quer se transformar em um dos maiores polos nacionais de transformação digital. 

No último fim de semana, o ministro do Turismo, Vinicius Lages, aportou em Pernambuco. Acompanhado do secretário de Turismo do Recife, Camilo Simões, ele conheceu os projetos e equipamentos turísticos da capital, como Marco Zero e Parque da Jaqueira, realizando o circuito pela ciclofaixa. Mas não foi apenas o passeio que encantou o ministro. A capacidade tecnológica de Recife garantiu investimentos na ordem dos R$2 milhões, com o propósito de conceder ao município a qualificação de Cidades Inteligentes. 

”Tenho acompanhado todo o investimento que vem sendo feito para revitalizar espaços importantes da cidade, desde praças, parques e até mesmo um bairro inteiro, como é o caso do Recife Antigo. Isso é muito interessante do ponto de vista turístico. E ainda há a vantagem do Recife ser um polo de economia criativa e digital, o que vem a calhar neste momento, em que a prefeitura quer transformá-lo em uma cidade inteligente, que tenha possibilidades de interações diversas, não apenas a criação das artes, mas também de soluções urbanísticas”, pontuou Lages, ressaltando que a ideia é pensar como o Brasil pode ser mais promovido para os brasileiros. 

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De acordo com o secretário de Turismo da cidade, os investimentos que a capital pernambucana irá receber reflete o alinhamento entre os interesses do ministério do turismo e da respectiva secretária. “O plano confirma o alinhamento de pensamento que existe entre o Ministério e a secretaria e só reforça o projeto municipal de tornar a cidade, em especial o bairro do Recife, uma segunda moradia para o recifense. Com o investimento, poderemos, entre outras coisas, criar um mapa interativo em que o turista diga onde está, para onde quer ir e seja informado qual o melhor caminho para chegar até lá e quais os pontos turísticos que encontrará no trajeto”, afirmou Camilo Simões. 

A agenda do Ministro em Recife se encerra esta segunda-feira (22), no Porto Digital, onde será anunciado o Plano de Marketing do Ministério de Turismo até o ano de 2018. Segundo o ministro dentre as ações implementadas no respectivo Plano de Marketing estará a criaçãod e um calendário de eventos, que reúna feiras, festas e eventos de diversos locais, ao longo do ano. 

O governador Eduardo Campos está, nesta quarta-feira (06), em  Londres (Inglaterra), com empresários e representantes de multinacionais e empresas de tecnologia para discutir sobre cidades inteligentes. A programação do evento contou com a participação de representantes da Microsoft, Amazon, Cisco, Hitachi, Philips, McLaren entre outras.   

Campos fez uma palestra no King's College London com o tema "Brasil do Futuro: um olhar estratégico para o país no século XXI". O objetivo maior do governador é ressaltar o potencial de Pernambuco e chamar a atenção de companhias que desejam expandir para a América Latina.

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Ainda em Londres, Eduardo se reunirá com o CEO da Living PlanlT, Steve Lewis. 

Nesta quarta-feira (23) foram selecionadas, no Expoidea, na Biblioteca Central da UFPE, sete ideias consideradas impossíveis. Com o mote "Qual sua ideia para o Recife que parece impossível, mas você acredita que vai melhorar a vida dos cidadãos se for executada?" o evento buscou selecionar ideias criativas que sigam o modelo de cidades inteligentes. A seleção aconteceu na Biblioteca Central da UFPE, no horário das 14h30 às 17h.

Nesta etapa as ideias selecionadas serão chamadas de “Ideias bem possíveis para o Recife”. A Expoideia vai até sexta (25) e a entrada é gratuita.

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Confira a lista:

Bus +: App mobile social e colaborativo que visa melhorar a qualidade do transporte público, de Mauricio de Oliveira Dias Fernandes.

Swimming Recife: A Casa de Banhos 2.0 – histórica Casa de Banhos transformada em piscina flutuante, de Julien Ineichen Chitunda.

Recife na Rua: Um mapa turístico inovador, de Txai Ferraz.

Colabore – Consórcio Criativo: Rede Colaborativa de profissionais do Setor Criativo), de Gabriela de Almeida Apolonio.

Home Escambo: Rede de e-imobiliaria baseada no intercambio residencial temporal, de Flávio Domingues.

Programa Mobilidade de Academias: Sistema de acesso a academias conforme proximidade, de Maria da Conceição Pereira Paulino.

Recife (Esteira Rolante na Mobilidade Urbana) de Pedro Carneiro da Cunha

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