A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE) realizou um levantamento com empresários e consumidores sobre a expectativa para o Dia dos Pais, primeira das grandes datas do varejo e serviços no segundo semestre.
De acordo com os dados, 74% dos 937 entrevistados esperam vendas maiores do que na mesma data do ano passado, contra 23,5% que prevêem resultados iguais e 2% que admitem queda. No comércio, o otimismo é um pouco maior do que nos serviços, mas ambos se preparam para uma boa movimentação. Segundo a Fecomércio-PE, a metodologia usada leva à estimativa de ampliação de 17% no faturamento com o Dia dos Pais, na comparação com 2011. “No varejo o percentual estimado é 18,3%, sendo 20% no comércio tradicional e 14,6% nos shopping centers. Nos serviços a expectativa é de um crescimento de 13,5%”, explica o consultor da Fecomércio, Luiz Kehrle.
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Durante a pesquisa realizada na terceira semana de julho, foram ouvidos 456 consumidores da Região Metropolitana do Recife e 481 empresários/gerentes, os quais 347 do comércio varejista, incluindo 236 nas áreas tradicionais, 111 nos shopping centers e 134 dos serviços, que neste estudo compreendem restaurantes/pizzarias e bares/lanchonetes. Ainda segundo os dados da pesquisa, o valor médio dos gastos com presentes deverá crescer de R$117,92 para R$166,88. Em todas as três faixas de renda pesquisadas há expectativa de aumento substantivo dos gastos, especialmente nas classes A-B, as de maior renda.
Além do varejo - As escolhas por outras formas de comemoração, como viagens e frequência a bares/lanchonetes, representam um pouco mais de 4% dos consumidores, mas restaurantes/pizzarias são a opção de mais de 10% deles, com um gasto médio de R$132,72, igual ao ano passado. Para realizar os pagamentos nas várias formas de comemoração na data, os consumidores estão dispostos a contrair novas dívidas. Mais da metade das despesas deverão ser pagas com cartão de crédito e cerca de 40% com dinheiro. Nas classes de renda A-B, os cartões de crédito deverão ser utilizados em cerca de três em cada quatro transações, além do seu uso em mais da metade das compras da classe C e cerca de 40% das classes D-E, as únicas onde os pagamentos em dinheiro suplantam àqueles com cartão.
A Fecomércio registrou um avanço dos eletroeletrônicos como presente em todas as classes de renda, especialmente na de maior poder de compra, onde se registrou um forte recuo na disposição de presentear com perfumes/cosméticos que, por outro lado, cresceu na preferência das outras classes. A escolha de presentes registrada este ano apresenta diferenças significativas em relação ao ano passado, numa clara indicação de mudança nas preferências dos consumidores em um curto período de tempo.
O Centro de Pesquisa (Cepesq) do Instituto Fecomércio entrevistou 456 consumidores, dos quais 52,6% do sexo masculino e 47,4% do sexo feminino, com idade média de 31,4 anos. Pouco mais de metade é residente no Recife, 21,5% em Jaboatão dos Guararapes, 11,6% em Olinda e o restante em outras cidades da RMR. Cerca de 70% de todos os entrevistados declararam renda familiar entre 1 e 5 salários mínimos.
*Com informações da assessoria.