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Os cardeais se reuniram nesta segunda-feira pela última vez antes de se isolarem, amanhã, na Capela Sistina, para iniciar o conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, em meio aos rumores e prognósticos sobre quem será o próximo Papa. Nesta última "congregação geral", os cardeais abordaram o delicado tema das finanças do Vaticano, indicou o porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi.

O carmelengo Tarcisio Bertone (encarregado de dirigir a Igreja até a eleição do novo Papa) apresentou um breve relatório sobre o banco do Vaticano - o Instituto para as Obras Religiosas, IOR - e sobre sua integração no sistema internacional Moneyval de luta contra a lavagem de dinheiro, explicou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

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O IOR, com um patrimônio estimado em 5 bilhões de euros, se comprometeu a cumprir as normas europeias de luta contra a lavagem, embora sem obter até agora a autorização da comissão europeia de supervisão. Mas estas questões não representarão "o principal critério para eleger o Papa", disse Lombardi.

De fato, o pontífice que surgir do conclave assumirá as rédeas de uma igreja com problemas urgentes, como a secularização crescente do Ocidente e os escândalos de corrupção ou de acobertamento de abusos sexuais de menores.

Embora não existam favoritos claros, alguns nomes ganharam força nas últimas horas para ocupar o trono de Pedro, entre eles o do cardeal brasileiro Odilo Scherer, de 63 anos, que no domingo celebrou uma missa muito midiática na pequena igreja romana de Santo André do Quirinal.

Também estão na boca de vaticanistas e especialistas os nomes do italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, de 72 anos, o do americano Timothy Dollan, arcebispo de Nova York, ou do canadense Marc Ouellet, ex-arcebispo de Quebec, de 67 anos, um grande conhecedor da América Latina.

Seja quem for, o eleito deverá ser ao mesmo tempo um administrador, um poliglota, um homem carismático e um pastor, também capaz de responder às acusações de corrupção da cúria (o governo da igreja) após os escândalos do Vatileaks, de vazamento de documentos secretos.

Além disso, pela primeira vez na história moderna deverá conviver com um Papa emérito, após a renúncia de Bento XVI por "falta de forças" após oito anos de pontificado. O Vaticano indicou, por sua vez, que Georg Ganswein, seu secretário particular, participará da cerimônia de entrada no conclave em sua qualidade de prefeito da Casa Pontifícia.

O futuro da Igreja católica está agora nas mãos dos 115 "príncipes da Igreja" com direito a voto (por terem menos de 80 anos), majoritariamente conservadores, dos quais 60 são europeus (28 italianos), 19 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 10 asiáticos e um australiano.

Os cardeais se dirigirão na terça-feira, a partir das 07h00 locais (03h00 de Brasília), à Casa de Santa Marta, sua residência durante o conclave. Às 10h00 irá ocorrer a missa "Pro eligendo Romano Pontifice", presidida por Angelo Sodano.

Às 15h45 os cardeais, vestidos de vermelho, se dirigirão à Capela Paulina e dali, em procissão, irão à Capela Sistina. Às 16h45 em ponto pronunciarão o juramento solene de segredo, seguido pelo "Extra Omnes" ("Fora todos"), as palavras com as quais o mestre de cerimônias ordena que todas as pessoas alheias ao ritual deixem o local.

Depois de ouvir a meditação do cardeal Prosper Grech, os cardeais realizarão a primeira e única votação do primeiro dia de conclave.

Assim como os cardeais, os funcionários auxiliares do conclave (cerca de 90 pessoas, entre elas médicos, sacristões, enfermeiras e um motorista de ônibus) jurarão solenemente nesta segunda-feira guardar segredo sobre tudo o que virem durante as deliberações.

A partir do segundo dia, os cardeais votarão duas vezes pela manhã e duas vezes pela tarde. Se não for alcançada uma maioria, os papéis serão queimados em uma estufa instalada na mesma capela e a chaminé soltará uma fumaça preta.

Se o resultado for positivo, a chaminé liberará uma fumaça branca, o que anunciará a eleição de um novo Papa. Neste momento, os sinos da Basílica de São Pedro e de toda a cidade de Roma começarão a bater.

O Vaticano indicou nesta segunda-feira que a missa de entronização do próximo Papa não tem razão para ser realizada no domingo.

Do aparecimento da chamada fumaça branca ao anúncio da eleição por parte do cardeal protodiácono (atualmente o francês Jean-Louis Tauran) da sacada do Palácio Apostólico, transcorrerá cerca de uma hora, o tempo para o eleito assumir o cargo e se vestir com a batina branca.

O Vaticano indicou que há 5.600 jornalistas de todo o mundo credenciados para seguir o conclave e que haverá permanentemente uma câmera focando a chaminé para que milhares de pessoas de todo o mundo possam acompanhar ao vivo o anúncio da eleição.

Um conclave podia durar semanas, ou até mesmo meses até as primeiras décadas do século XIX, mas desde então foram drasticamente encurtados e os cardeais que participam deles precisaram apenas de um a quatro dias para eleger um novo Papa.

Duração dos conclaves nos últimos dois séculos:

Papa eleito Ano Duração

Bento XVI 2005 2 dias

João Paulo II 1978 2 dias

João Paulo I 1978 1 dia

Paulo VI 1963 3 dias

João XXIII 1958 3 dias

Pio XII 1939 1 dia

Pio XI 1922 4 dias

Bento XV 1914 3 dias

Pio X 1903 4 dias

Leão XIII 1878 1 dia e meio

Pio IX 1846 Menos de dois dias

Gregório XVI 1831 54 dias

Pio VIII 1829 Mais de um mês

Leão XII 1823 26 dias

Pio VII 1799-1800 3 meses e meio

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O cardeal brasileiro Dom Odilo Scherer é o nome mais cotado da América Latina para assumir o posto deixado por Bento XVI. O gaúcho de 63 anos é Arcebispo de São Paulo, diocese com o maior número de católicos do mundo. Pela idade e características, Odilo Scherer tem o perfil desejado para este novo momento da Igreja Católica.

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O brasileiro integra a comissão administrativa do banco do Vaticano e também é especulado como o nome favorito da cúria romana. No Brasil, Odilo é considerado conservador, mas no exterior é tido como moderado e carismático. Neste domingo (10), ele celebrou uma missa em Roma, na Itália, e pediu para que os fiéis mantivessem a confiança na Igreja.

Os cardeais realizam, nesta segunda-feira (11), o último dia de debates antes do Conclave. A primeira rodada de votações está prevista para começar na tarde desta terça-feira (12), na Capela Sistina.

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Os sacerdotes que decidirão por meio de votação quem será o substituto de Bento XVI farão nessa segunda-feira (11) o último encontro da chamada Congregações Gerais, reuniões que começaram na semana passada e têm o objetivo de discutir o futuro da Igreja Católica, assim como o perfil do ocupante do seu cargo mais alto.

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A décima e última congregação acontece um dia depois da missa ocorrida em Roma, em que o ex-arcebispo de Quebec, Marc Ouellet pediu ajuda para a escolha do novo papa. "Vamos rezar juntos para pedir ao Espírito Santo que guie a igreja e o voto dos cardeais escolhidos por Deus", falou um dos nomes cotados para o cargo.

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O Opinião Brasil desta semana traz um debate sobre a renúncia do Papa Bento XVI e o Conclave, a reunião de cardeais para escolher o novo Papa da Igreja Católica, que terá início nesta terça-feira (12). Para falar sobre o assunto, o apresentador Thiago Graf recebe o Pe. Valdir Manoel dos Santos Filho, que é especialista em direito canônico, e o téologo Degislando Nóbrega.

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Sobre a renúncia do Papa Bento XVI, o Pe. Valdir Manoel destaca que esse foi um ato de coragem e sabedoria, pois o pontífice expôs suas dificuldades físicas em continuar à frente da Igreja Católica. "Num primeiro momento, todos nós ficamos surpreendidos", comenta o especialista em direito canônico. 

No Conclave, 115 cardeais estão habilitados a escolher o sucessor de Bento XVI, já que as normas não permitem que cardeais com mais de 80 anos tenham poder voto. Entre os desafios do novo Papa, de acordo com os convidados, está a capacidade de dialogar com outras religiões e culturas, além de enfrentar problemas disciplinares internos, como a questão da pedofilia.

O Opinião Brasil é exibido toda sexta-feira, aqui no portal LeiaJa.com.

Os cardeais que estão em Roma para a eleição do novo papa se reúnem nesta segunda-feira para o último dia de conversações antes do conclave, em meio a debates sobre se a igreja católica precisa mais de um papa administrador, para pôr em ordem o Vaticano, ou um papa pastoral, que possa inspirar a fé num período de crise.

Vários cardeais se inscreveram para falar na reunião a portas fechadas desta manhã, uma indicação de que os prelados ainda têm muito o que discutir antes de se isolarem, na tarde de terça-feira, no interior da Capela Sistina para a primeira rodada de votação.

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O cardeal Thomas Collins, de Toronto, Canadá, reconheceu a importância da tarefa que tem em mãos, dizendo aos jornalistas, ao chegar para as discussões desta segunda-feira que "sim, amanhã é um dia muito importante na história da igreja".

Não há um favorito claro para o posto que a maioria dos cardeais diz não querer, mas uma série de nomes circula como principais candidatos para liderar a igreja, que conta com 1,2 bilhão de fiéis, num período crítico de sua história.

O cardeal Angelo Scola tem boas credenciais gerenciais. Ele dirige a arquidiocese de Milão, a maior e mais importante da Itália e, antes disso, foi responsável pela diocese de Veneza. As duas arquidioceses já foram origem de vários papas no passado.

Ele é afável e italiano, mas não faz parte da burocracia ítalo-cêntrica do Vaticano. Isso o torna atraente, talvez, para os que buscam reformas no centro da igreja católica, que teve sua corrupção e disputas internas expostas com o vazamento de documentos no ano passado.

O cardeal brasileiro Odilo Scherer parece ser o favorito da cúria. Scherer tem forte participação nas finanças do Vaticano, já que faz parte da comissão administrativa do banco do Vaticano, assim como do principal comitê orçamentário da Santa Sé.

O campo pastoral parece se concentrar em dois norte-americanos: o cardeal Timothy Dolan, de Nova York, e Sean O'Malley, de Boston. Nenhum deles tem experiência no Vaticano, embora Dolan tenha sido, na década de 1990, reitor do Pontifício Colégio Norte-americano, um seminário para cidadãos dos Estados Unidos em Roma.

Ele admite que o italiano não é seu forte, provavelmente uma desvantagem para um posto no qual a língua do dia a dia é a italiana.

Se os principais nomes não conseguirem os 77 votos exigidos para uma vitória nas primeira rodadas, qualquer nome pode surgir como alternativa. As informações são da Associated Press.

A hierarquia da Igreja católica iniciará na terça-feira o Conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, o primeiro Papa em sete séculos que renuncia ao seu posto, consciente do desafio histórico que o novo pontífice deverá encarar diante da grave crise atravessada pela milenar instituição.

À frente de uma Igreja atingida por escândalos e pela perda de credibilidade na sociedade moderna, 115 cardeais eleitores deverão escolher em um prazo relativamente curto o pontífice número 266 da história, enquanto seu antecessor de 85 anos ainda vive, alheio aos ruídos mundanos na residência papal de Castelgandolfo.

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O solene rito da eleição será realizado na imponente Capela Sistina, um dos monumentos artísticos mais visitados do mundo, de onde sairá a famosa fumaça branca que anuncia ao mundo a eleição do Papa.

Os conclaves do último século duraram no máximo quatro dias, já que o ritmo de quatro votações por dia acelera o processo para identificar o favorito, explicou o porta-voz do Vaticano, o jesuíta Federico Lombardi.

Desafios da Igreja católica

Para iniciar uma nova era para a Igreja, marcada pela inédita renúncia de Bento XVI, que alegou falta de forças, mais de 150 cardeais abordaram por quase uma semana no Vaticano os temas mais espinhosos que afetam a entidade, de modo a poder definir o perfil do líder de 1,2 bilhão de católicos.

O novo Papa deverá combinar capacidades administrativas e organizacionais, manter as tradições e também ser poliglota, carismático, além de se comprometer a reformar a fundo a Cúria Romana, alvo de duras críticas após os escândalos do Vatileaks, que apresentou uma trama de abusos de poder, tráfico de influências e até sexo.

A Igreja também enfrenta uma onda de críticas internas que pedem reformas: mais democracia interna, modificar as regras do celibato dos sacerdotes e da ordenação de mulheres e que os divorciados que tenham voltado a se casar possam comungar.

A pressão da opinião pública e dos familiares das vítimas de abusos sexuais cometidos por padres obrigou inclusive o cardeal britânico Keith O'Brien a desistir de participar do conclave, depois de ter reconhecido que teve um comportamento sexual impróprio na década de 1980. Cerca de 12 cardeais, inclusive alguns da América Latina, foram acusados de terem acobertado tais crimes durante anos.

O casamento homossexual, a bioética, o aborto ou a eutanásia são valores considerados inegociáveis para a Igreja e é muito provável que o próximo Papa adote a tradicional linha de condenação.

Os papabilis

Sem um favorito claro, a lista de papabilis inclui europeus, italianos, sul-americanos, africanos e um filipino. Dos 115 "príncipes da Igreja" com direito a voto por terem menos de 80 anos, 60 são europeus (28 italianos), 19 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 10 asiáticos e um australiano.

A lista de favoritos inclui o brasileiro Odilo Scherer, de 63 anos, arcebispo de São Paulo, a maior diocese da América Latina, considerado um conservador moderado com muito carisma, o que contaria com o apoio da Cúria Romana.

Também conta com o italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão de 72 anos, ex-patriarca de Veneza, teólogo reconhecido, disposto a varrer todos os males e intrigas que atingem o governo central.

Outro papabile é o canadense Marc Ouellet, ex-arcebispo de Quebec de 67 anos, conhecido por seu rigor ao liderar uma das dioceses mais laicas de seu país, que preside a Pontifícia Comissão para a América Latina e é apreciado pelos países do sul, sobretudo pelos latino-americanos, onde residiu e conhece bem o idioma.

Desenvolvimento do conclave

Os 115 cardeais eleitores, provenientes de 51 países, se fecharão na Capela Sistina para eleger em segredo o novo pontífice, que deverá obter 77 votos.

A terça-feira começará com a grande missa "Pro eligendo Romano Pontifice" na basílica de São Pedro. Durante a tarde, os cardeais eleitores desfilarão da Capela Paulina à Capela Sistina cantando e orando para que o Espírito Santo os ilumine.

Já na Capela Sistina, sob os magníficos afrescos de Michelangelo e depois de terem jurado manter silêncio sob pena de excomunhão, o mestre de cerimônias pronunciará o "Extra omnes!" ("Fora todos"), ordenando que aqueles que não tiverem ligação com a eleição saiam da sala.

Os "príncipes da Igreja" não poderão se comunicar com o exterior, sem telefone ou computadores, e também não poderão enviar mensagens eletrônicas ou alimentar suas contas nas redes sociais.

O último ato do conclave é a pergunta que três cardeais fazem ao eleito: "Aceita sua eleição como Sumo Pontífice?". Após a resposta afirmativa, segue outra pergunta, "Quo nomine vis vocari?" ("Como quer ser chamado?").

Depois de ser parabenizado pelos cardeais, o sucessor do Papa alemão, que poderá escolher livremente seu nome, se dirigirá a uma pequena sala contígua onde o esperam três hábitos papais (de tamanhos pequeno, médio e grande) para se vestir. Costuma ser chamada de "Sala das Lágrimas", já que parece que todos os eleitos, sem exceção, choram ali em relativa intimidade diante da magnitude da responsabilidade que acabam de assumir.

Em seguida, o novo Papa vai à sacada da basílica de São Pedro depois que o protodiácono pronunciar o famoso "Habemus papam!" e é apresentado à multidão reunida na praça de São Pedro e ao mundo através das câmeras de televisão de diversos países que seguem ao vivo o evento.

Os trabalhos para adaptar a imponente Capela Sistina se aceleraram neste sábado (9), com a instalação da chaminé de onde sairá a célebre fumaça branca ao fim do conclave para eleger o novo Papa, que começa na próxima terça-feira.

Três dias antes de os 115 cardeais com direito a voto se fecharem na capela do Renascimento, jornalistas foram autorizados a visitá-la. Decorada con magníficos afrescos de Michelangelo, a capela, admirada por milhões de turistas anualmente, é, desde 1513, o local sagrado onde se escolhem os Papas.

Um pavimento de madeira protege o piso e elimina o desnível entre dois setores, enquanto toalhas de cor grená cobrem as mesas que serão usadas pelos cardeais eleitores. O que mais chama a atenção é o tubo de cobre que une os dois fornos à chaminé. Por ele passará a fumaça preta ou branca, que anunciará votação em andamento ou Papa escolhido, respectivamente.

Um dos fornos existe desde 1939, quando Pio XII foi eleito. Tem gravadas as datas dos conclaves em que foi usado, entre eles os de João XXIII, em 1958, e Paulo VI, em 1963. O outro é um forno auxiliar, eletrônico, para favorecer a emissão da fumaça, mas, na primeira vez em que foi usado, em 2005, o resultado não foi muito bom, gerando confusão.

Desde o último dia 5, restauradores, operários, eletricistas, técnicos, carpinteiros, costureiras, montadores e outros profissionais tomaram o lugar de centenas de turistas que visitam a capela diariamente. Outras salas do Museu do Vaticano, como a coleção de arte religiosa, continuam abertas ao público.

Próximo ao altar foram instaladas 115 cadeiras de madeira, cada uma com o nome gravado do cardeal que irá ocupá-la, e 12 mesas de madeira cobertas com panos bege e grená, para que os cardeais preparem a cédula de votação.

Todos votarão "diante do célebre afresco de Michelangelo, pintado na parede do altar", citou o Vaticano. A chaminé será testada com fumaça amarela, para não confundir os turistas que estiverem na Praça de São Pedro. Os funcionários da "manutenção", bem como os cardeais de todo o mundo, terão que jurar manter silêncio sobre o conclave, que elegerá o 266º pontífice da História.

O Vaticano tentou neste sábado (9) reprimir a especulação de que divisões entre cardeais poderiam prolongar o conclave para eleger o novo papa, enquanto os preparativos para o voto prosseguiram com funcionários do corpo de bombeiros instalando a chaminé da Capela Sistina que sinalizará ao mundo quando a decisão for tomada.

Mas o espectro de uma inconclusiva primeira de algumas rodadas de votações secretas manteve-se elevado, sem um favorito claro para a eleição que começa na terça-feira (12) e uma longa lista de cardeais tentando discutir os problemas da Igreja antes da votação. "Você não tem absolutamente sua opinião formada para o conclave", disse, nesta semana, o cardeal norte-americano Justin Rigali, que participou do conclave que elegeu em 2005 Bento 16. "Você tem as suas impressões."

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O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, fez questão de salientar, no entanto, que a decisão quase unânime dos 115 cardeais eleitores foi que terça-feira seria a data de início do conclave e que nenhum conclave no século passado demorou mais de cinco dias. "Eu acho que é um processo que pode ser realizado em poucos dias, sem muita dificuldade", afirmou.

Embora a votação inicial de terça-feira provavelmente vá apresentar a nomeação de um amplo número de candidatos, as rodadas subsequentes vão reduzir gradualmente o campo rapidamente para aqueles candidatos que tem maior probabilidade de obter os dois terços, ou 77, dos votos necessários para a vitória, acrescentou o porta-voz. "O processo de identificação dos candidatos que podem receber o consenso e sobre quem os cardeais podem convergir pode se mover com notável velocidade", disse Lombardi.

O Vaticano estava prosseguindo neste sábado a todo vapor com os preparativos: dentro da Capela Sistina, operários pregaram um carpete de feltro marrom sobre o piso falso que foi construído para nivelar as escadas e cobrir o equipamento de interferência instalado para impedir o uso de celulares ou aparelhos de espionagem.

Segundo Lombardi, os cardeais se reuniram a portas fechadas pelo sexto dia, e discutiram novamente o trabalho dos escritórios da Santa Sé "e como melhorá-lo". As informações são da Associated Press.

O Vaticano instalou neste sábado uma chaminé especial na Capela Sistina a partir da qual a fumaça branca irá sinalizar a eleição de um novo Papa, num momento em que os cardeais se preparam para a votação na próxima semana após a histórica renúncia de Bento XVI. O conclave de 115 "cardeais eleitores" começará na terça-feira sob os famosos afrescos de Michelangelo para escolher o 266º Papa após o fim abrupto do papado de Bento XVI, que durou oito anos e que muitas vezes foi ofuscado por escândalos.

O cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, disse à AFP em uma entrevista que havia cerca de "meia dúzia de possíveis candidatos".

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O cardeal italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, é visto como um dos favoritos, junto com Marc Ouellet, do Canadá, e com o brasileiro Odilo Scherer.

Outros nomes mencionados na "fábrica de rumores" nos últimos dias são os do húngaro Peter Erdo, do mexicano José Francisco Robles Ortega, do austríaco Christoph Schönborn e de Albert Malcolm Ranjith, do Sri Lanka.

"O problema com este conclave é que não há alguém na liderança logo cedo, como Joseph Ratzinger em 2005", disse John Allen, especialista em Vaticano do National Catholic Reporter, uma revista semanal dos Estados Unidos.

Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, um cardeal jovem e popular, também tem sido mencionado como um possível novo Papa.

"Se houvesse uma eleição direta entre o 1,2 bilhão de católicos no mundo, ele teria uma vitória esmagadora, mas não é assim que a Igreja funciona", disse Allen.

A decisão sobre a data do conclave foi tomada na sexta-feira em uma das reuniões a portas fechadas realizadas pelos cardeais durante toda a semana para discutir os muitos desafios que o próximo Papa enfrentará.

Os cardeais, sem nenhum novo Papa a quem se submeter e sem nenhum falecido Papa para lamentar, aproveitaram a rara oportunidade de discutir e criticar a administração do Vaticano e de pedir mais transparência.

Bento XVI, de 85 anos, admitiu no mês passado que lhe faltavam forças e se tornou o segundo chefe da Igreja Católica Romana a renunciar por vontade própria em seus 2.000 anos de existência.

O Papa Emérito Bento XVI não participou do pré-conclave e está vivendo na residência de verão papal de Castelgandolfo, perto de Roma, onde permanecerá pelos próximos meses, antes de se mudar para um antigo convento dentro do Vaticano.

Enquanto isso, funcionários do Vaticano fazem os preparativos finais na Capela Sistina, selando as janelas para evitar espionagem no conclave e instalando dispositivos que evitem qualquer comunicação com o mundo exterior.

De acordo com as regras desta tradição secular, os cardeais precisam fazer um juramento solene de não revelar os detalhes de suas deliberações, sob pena de excomunhão.

O conclave para a escolha do sucessor de Bento XVI terá início na próxima terça-feira, anunciou hoje o Vaticano por meio de nota oficial. A votação começará na parte da tarde. Mais cedo, os cardeais celebrarão uma missa pré-conclave no Vaticano.

A votação para escolher o papa em um conclave terá início imediatamente depois que todos os cardeais eleitores - os que têm menos de 80 anos - entrarem na Capela Sistina, no Vaticano, local tradicional para a definição dos sucessores.

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Caso ninguém seja apontado por ao menos dois terços dos membros votantes do colégio cardinalício, nos dias seguintes ocorrem duas votações de manhã e outras duas à tarde.

Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão ou ter acesso à internet. Nem tradutores são admitidos.

Após três dias de votações sem resultado, ocorre uma suspensão de um dia para uma "pausa de oração". Em seguida, as votações voltam a ser realizadas e, se ainda assim o pontífice não for escolhido, será efetuado outro intervalo, seguido por sete tentativas.

O processo pode ser repetido em caso de indefinição e chegar a mais de 30 votações. No conclave para escolher quem substituirá Bento XVI serão necessários os dois terços dos votos em todas as eventuais votações, sejam quantas forem. Também foi estabelecido que, caso se chegue à etapa de escolha entre os dois mais votados, os finalistas não poderão mais votar, como era admitido.

Acordos vetados - O voto no conclave é secreto. Além disso, os cardeais eleitores continuam obrigados a se abster de qualquer forma de pacto, acordo ou promessa que possa obrigá-los a dar ou negar o voto a outros. Quando foi eleito papa, em 25 abril de 2005, o então cardeal Joseph Ratzinger obteve dois terços dos votos já na quarta votação.

A data do conclave para a eleição do sucessor de Bento XVI será conhecida nesta sexta-feira à tarde, informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"Está prevista para esta sexta-feira à tarde a votação para fixar a data do conclave pelos mais de 150 cardeais presentes", declarou Lombardi durante uma entrevista coletiva.

Os cardeais celebraram nesta sexta-feira no Vaticano a sétima reunião preparatória, com a presença de todos os 115 cardeais com direito a voto e com menos de 80 anos.

Os cardeais se reúnem a portas fechadas desde segunda-feira na Sala do Sínodo para preparar o conclave e definir o perfil do Papa que será o sucessor de Bento XVI, que renunciou em 28 de fevereiro ao cargo.

O último dos 115 cardeais esperados para a realização do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI chegou ao Vaticano nesta quinta-feira. Com isso, a decisão sobre a data do início do conclave será conhecida "logo", disse um cardeal norte-americano.

O cardeal vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Man chegou discretamente a Roma pela manhã e não conversou com jornalistas, mas já participou de uma reunião pré-conclave na tarde desta quinta-feira.

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Ele era o último dos cardeais com direito a voto ainda esperado para o conclave. A chegada dele significa que os cardeais católicos podem finalmente estabelecer uma data para o início do conclave.

Ainda não se sabe, no entanto, quando a data será decidida. Alguns cardeais têm manifestado a intenção de passar mais algum tempo discutindo os rumos da Igreja e quais características precisaria ter o próximo papa para lidar com as questões mais prementes do Vaticano.

Em sua conta no microblog Twitter, o cardeal norte-americano Roger Mahony escreveu que as discussões pré-conclave estão "chegando a uma conclusão".

Em declarações ao jornal sensacionalista alemão Bild, o cardeal Paul Josef Cordes projetou que o conclave "vai ser curto e começará logo". E comparou o conclave a uma consulta com o dentista: "Você quer que tudo acabe rápido".

Durante a sessão pré-conclave desta quinta-feira, os cardeais que estão em Roma para eleger o próximo papa receberam um resumo das finanças da Santa Sé, em meio a questionamentos sobre a administração da burocracia do Vaticano e as suspeitas a respeito do banco católico.

Os chefes dos três principais escritórios financeiros do Vaticano passaram as informações aos cardeais nesta quinta-feira, como exigido pelas regras a respeito do período de transição entre papados, durante o qual os cardeais se reúnem diariamente para discutir problemas da igreja e as qualidades necessárias para o novo papa. As informações são da Associated Press.

O último dos 115 cardeais necessários para a realização do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI chegou ao Vaticano nesta quinta-feira. O cardeal vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Man chegou discretamente a Roma pela manhã e não conversou com jornalistas, mas já participou de uma reunião pré-conclave na tarde desta quinta-feira.

Ele era o último dos cardeais com direito a voto ainda esperado para o conclave. A chegada dele significa que os cardeais católicos podem finalmente estabelecer uma data para o início do conclave.

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Ainda não se sabe, no entanto, se a data será escolhida hoje ou se os cardeais passarão mais algum tempo discutindo os rumos da Igreja e quais características precisaria ter o próximo papa para lidar com as questões mais prementes do Vaticano. As informações são da Associated Press.

Vítimas de pedofilia recolheram mais de 20.000 assinaturas de apoio a uma carta que pede ao cardeal mexicano Noberto Rivera que se abstenha de participar do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, disse à AFP nesta quinta-feira um dos promotores da iniciativa.

As vítimas de abuso sexual, que acusam o hierarca da Igreja Católica no México de acobertar pedófilos, publicaram a carta no site Change.org, onde havia acumulado até a manhã desta quinta-feira um total de 20.120 assinaturas.

Rivera, que se encontra no Vaticano, também foi incluído na quarta-feira em uma lista negra de 12 cardeais acusados de proteger sacerdotes pedófilos e de fazer declarações públicas ofensivas, elaborada pela Rede de Sobreviventes dos Abusados por Sacerdotes (SNAP, em inglês), com sede nos Estados Unidos.

No México, os promotores apresentaram na terça-feira a carta diante da Nunciatura Apostólica mexicana com o apoio de 15.000 pessoas, mas a iniciativa segue coletando assinaturas.

"Acreditamos que é preciso enfatizar que uma instituição religiosa e ética", como deve ser a Igreja Católica, não pode permitir que "pessoas envolvidas em processos legais (...) sejam chamadas a participar do conclave. Não podem votar", disse à AFP Alberto Athie, um ex-sacerdote comprometido com esta causa e um dos impulsionadores da carta.

Os autores da carta afirmam que Rivera acobertou vários religiosos pedófilos, como o falecido Marcial Maciel, fundador da congregação Legionários de Cristo e acusado de abusos sexuais contra menores, assim como de manter uma vida dupla com duas mulheres e vários filhos.

É uma eleição, mas não há cartazes de campanha, nenhum candidato oficial, e, aqueles que poderiam ser eleitos, juram por Deus que não gostariam de carregar este fardo: bem-vindo ao conclave que elegerá o novo Papa.

Diante da "você acha que tem chances?", os cardeais que se encontram no Vaticano para a preparação da eleição do chefe de uma Igreja Católica de 1,2 bilhão de fiéis respondem com um ar modesto ou uma grande gargalhada.

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"Estamos em 'Alice no País das Maravilhas'", respondeu o cardeal americano Daniel DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston (Texas), a um jornalista engraçadinho que perguntou a ele se usaria um chapéu de cáuboi se fosse eleito Papa.

Seu colega de Boston, o cardeal Sean O'Malley, afirmou, por sua vez, que não tinha a intenção de abandonar a sua vestimenta de frade capuchinho. "Eu estou vestindo este uniforme durante 40 anos e pretendo usá-lo até que eu morra. Eu não pretendo mudar", disse.

Ser papa não deve ser uma ambição pessoal e menos ainda deve ser expressa publicamente: a eleição é inspiração divina, e está fora de questão tentar competir com o Espírito Santo.

Há um provérbio italiano para alertar os cardeais movidos pela arrogância, "quem entra no conclave como Papa, sai como cardeal".

As candidaturas são discutidas com bastante tato, mas normalmente apenas em privado ou durante as pausas para o café durante a série de reuniões pré-conclave. E os cardeais são ligados pelo juramento de guardar segredo, sob pena de excomunhão.

"Não são os caucasus doIowa", explica John Allen, o vaticanista do National Catholic Reporter, em alusão ao estado americano onde a campanha para as eleições presidenciais americanas atinge seu auge com debates febris.

"O simples fato de dar a impressão de fazer campanha para o cargo é o beijo da morte, tudo é feito em voz baixa", acrescenta.

O mistério em torno da eleição do Papa foi parodiado por um grupo de artistas italianos que montou uma campanha em favor do cardeal ganês Peter Turkson, com falsos cartazes eleitorais colados por toda Roma.

Nessa propaganda, vê-se o arcebispo Turkson olhando para o céu com seu chapéu de cardeal junto ao slogan "no conclave, votem Kodwo Peter Appiah Turkson", e ainda tem uma cruz que mostra aos eleitores como votar.

As perguntas incessantes da imprensa sobre um eventual candidato podem ser dolorosas para os cardeais que enfrentam a decisão mais importante de suas carreiras.

Questionado sobre sua possível candidatura, o cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, falou de "erro" antes de fugir a toda velocidade.

Um cardeal americano, Timothy Dolan, sem rodeios respondeu a um repórter que "qualquer um que pense que será eleito Papa fuma maconha".

Em uma entrevista ao jornal Messaggero, o britânico Cormac Murphy O'Connor, ex-arcebispo de Westminster, a quem foi perguntado se ele havia comprado uma passagem para sair de Roma após a eleição, respondeu lançando dúvidas: "Eu não comprei ainda... vou comprar em alguns dias".

Por sua parte, o cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação dos Bispos e citado com um dos mais prováveis pelos vaticanistas, confessou: "Eu não posso pensar nisso agora, mesmo considerando que ser Papa seria um pesadelo".

"Razoavelmente, eu tenho que entrar no conclave dizendo 'se ... se ...'. Admito que isso me faz pensar, me faz rezar, me assusta um pouco. Estou muito consciente do peso da tarefa", disse ele, apressando-se a acrescentar: "Há um número de pessoas que são mais propensas a serem eleitas do que eu".

A data do conclave para a eleição do sucessor de Bento XVI "não foi fixada", indicou nesta quinta-feira o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"Ainda não foi fixada a data do conclave", declarou sorridente o religioso durante a conversa diária com a imprensa.

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"Quero desmentir também as notícias que anunciam que será realizada uma missa na próxima segunda-feira em São Pedro como início do conclave", acrescentou.

Lombardi explicou que os sacerdotes podem celebrar missas e orar nas igrejas pelo início do conclave.

Mais de 150 cardeais se reúnem desde segunda-feira no Vaticano a portas fechadas para preparar o conclave e definir o perfil do Papa que deverá suceder Bento XVI, que renunciou há uma semana ao seu cargo.

Os cardeais que estão em Roma para eleger o próximo papa receberam um resumo das finanças da Santa Sé, em meio a questionamentos sobre a administração da burocracia do Vaticano e as suspeitas a respeito do banco católico.

Os chefes dos três principais escritórios financeiros do Vaticano passaram as informações aos cardeais nesta quinta-feira, como exigido pelas regras a respeito do período de transição entre papados, durante o qual os cardeais se reúnem diariamente para discutir problemas da igreja e as qualidades necessárias para o novo papa.

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Os cardeais não estabeleceram a data para o início do conclave durante a sessão de discussões desta manhã, pois o último dos cardeais votantes, o vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Man, ainda não estava em Roma, embora sua chegada seja aguardada para esta quinta-feira. A data não pode ser determinada até sua chegada. As informações são da Associated Press.

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, presidirá nesta sexta-feira (8) uma missa especial onde se rezará pela eleição do novo papa. A celebração será às 10h, na Igreja da Sé, em Olinda. 

A liturgia, que também será de agradecimento pela passagem de Bento XVI, segue um ritual próprio. Ela é celebrada durante o período de Vacância da Cátedra de São Pedro e também durante a realização do Conclave, reunião onde os cardeais eleitores escolhem o novo pontífice.

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Participam do rito litúrgico o clero arquidiocesano, religiosos e representantes das paróquias presentes nos 19 municípios que compõem o território da arquidiocese.

Os cardeais norte-americanos, que estão em Roma para o conclave que vai escolher o próximo papa, cancelaram sua popular coletiva de imprensa diária, supostamente por causa dos temores de que detalhes dos procedimentos secretos que têm ocorrido vazem para a imprensa.

O Vaticano negou que tenha exercido qualquer pressão para que os cardeais se mantivessem quietos. Mas o porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi, disse que a Santa Sé considera secretas essas reuniões pré conclave e que elas são parte de um solene processo de discernimento para a escolha do papa.

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A porta-voz dos cardeais norte-americanos, irmã Mary Ann Walsh, disse que a coletiva desta quarta-feira foi cancelada após temores expressados por outros cardeais "sobre o vazamento de procedimentos confidenciais relatados por jornais italianos". Como precaução, as entrevistas foram interrompidas.

Jornais italianos não divulgaram qualquer informação significativa a respeito das conversas confidenciais. As informações são da Associated Press.

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