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Uma cruz que pertencia ao papa Bento XVI e foi dada a uma paróquia na sua terra natal na região da Bavaria, na Alemanha, foi roubada da igreja onde estava exposta, disse a polícia local nesta terça-feira (21). Uma vitrine na parede da igreja da cidade de Traunstein foi quebrada e o objeto foi levado entre 11h45 e 17h de segunda-feira, dia 19.

A cruz foi descrita como uma cruz peitoral (usada no peito). A polícia disse que dinheiro também foi roubado do caixa de uma banca de revistas na igreja. "Para a Igreja Católica, o valor de um objeto religioso não é quantificável", disseram as autoridades da Bavaria em comunicado.

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O Departamento de Polícia Criminal do Estado da Baviera (BLKA) assumiu as investigações adicionais sob a direção do Ministério Público em Traunstein. As autoridades convocaram testemunhas que podem ter visto indivíduos suspeitos ao redor da igreja na segunda-feira ou podem dar qualquer outra informação para se apresentarem. "Mais informações sobre o curso específico dos eventos não podem ser fornecidas neste momento por razões de táticas de investigação", disse a política em comunicado.

Bento XVI morreu em 31 de dezembro, quase uma década depois de se tornar o primeiro papa em seis séculos a renunciar. O objeto foi enviado para Traunstein depois que Bento XVI renunciou e foi para a exibição no local de onde foi roubado em 2020. Fonte: Associated Press.

Morto neste sábado, 31, aos 95 anos, por causa de complicações da idade avançada, o Papa Bento XVI liderou a Igreja Católica entre 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013 e durante a vida se aproximou do esporte, mais especificamente do futebol, em algumas oportunidades.

Nascido em Marktl, um município da Baviera, na Alemanha, o pontífice emérito era apontado como torcedor do Bayern de Munique, algo nunca confirmado oficialmente. Apesar disso, tornou- se sócio honorário do clube, de acordo com o jornal italiano Gazzetta Dello Sport. Contudo, o clube não publicou em suas redes sociais ou site qualquer tipo de homenagem ou menção à morte de Bento XVI.

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Aproximou-se do futebol, de fato, no ano de 1985, um antes do planeta parar para acompanhar a Copa do Mundo do México, vencida pela Argentina. Na época, quando ainda era apenas o Arcebispo de Munique, o então Cardeal Joseph Ratzinger escreveu o artigo intitulado "O jogo e a vida: sobre o Campeonato Mundial de Futebol". No escrito, tentou identificar quais motivos levaram o esporte a atrair tantas pessoas ao redor do mundo. E chegou a apontar que a partida é uma "tentativa de retornar ao paraíso", escreveu.

"Nesse sentido, o jogo seria, então, uma espécie de tentativa de retornar ao paraíso: sair da escravizante seriedade da vida cotidiana e de seus cuidados para a seriedade livre do que não necessariamente tem que ser e que, justamente por isso, é bonito. Frente a isso, o jogo transcende, em certo sentido, a vida cotidiana; mas, sobretudo na criança, tem ainda outro caráter: é um exercício para a vida, simboliza a própria vida e, por assim dizer, a conduz de uma forma plasmada com liberdade", diz em um trecho do texto.

Ainda de acordo com o jornal italiano Gazzetta Dello Sport, Bento XVI tinha como costume praticar atividades físicas, mesmo depois de ter deixado o cargo, adotando uma bicicleta ergométrica como sua companheira de treinos.

CENA FAMOSA DE "DOIS PAPAS" É INVERÍDICA

O filme "Dois Papas" lançado e produzido pela Netflix em 2019, foi um sucesso arrebatador de público e crítica. No longa, o diretor brasileiro Fernando Meirelles conta a história da eleição e a renúncia de Joseph Ratzinger e a jornada do Cardeal Jorge Mario Bergoglio até se tornar o Papa Francisco, sucessor de Bento XVI.

No filme, diversas cenas de interação entre os dois ficaram marcadas, sobretudo a derradeira, quando o argentino Jorge Mario Bergoglio assistiu a final da Copa do Mundo de 2014 com o alemão Bento XVI. Contudo, na vida real, apenas o hoje Papa Francisco é aficionado pelo futebol - torcedor declarado e fanático do San Lorenzo. Segundo jornais italianos, Bento XVI sequer assistiu ao duelo que trouxe o tetracampeonato mundial ao seu país, pois estava cochilando na hora da partida.

O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (14) que os papas Francisco e Bento XVI receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelas empresas Biontech e Pfizer.

A campanha de imunização no menor país do mundo começou na última quarta (13), e o jornal argentino La Nación chegou a publicar que Jorge Bergoglio havia sido um dos primeiros a serem vacinados.

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"Posso confirmar que, no âmbito do programa de vacinação do Vaticano, hoje [14] foi administrada a primeira dose da vacina para a Covid-19 no papa Francisco e no papa emérito [Bento XVI]", disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

Francisco está com 84 anos e também pertence ao grupo de risco por ter perdido parte de um pulmão devido a uma doença respiratória na juventude. Já Joseph Ratzinger tem 93 anos de idade.

Em entrevista a uma emissora italiana na semana passada, Francisco havia confirmado que tomaria a vacina contra o novo coronavírus e criticado o "negacionismo suicida" daqueles que são contrários à imunização.

"Eu acredito que, eticamente, todo mundo deva tomar a vacina. É uma opção ética porque você aposta na sua saúde, na sua vida, e também na vida dos outros", afirmara.

Da Ansa

O diretor brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus) vai dirigir filme para Netflix sobre o papa Francisco. Longa intitulado “The Pope”, conta com Jonathan Pryce (Game of Thrones), que irá interpretar o pontífice, e  Anthony Hopkins (Transformers: O Último Cavaleiro), que irá vier o Papa Bento XVI, predecessor de Francisco. 

O longa ainda não teve sinopse oficial divulgada, mas deve focar na renúncia de Bento XVI e na escolha de Francisco como novo papa.

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Com produção de Dan Lin, Jonathan Eirich e Tracey Seaward, filme começa a ser rodado em novembro, na Argentina, e conta com Anthony McCarten (A Teoria de Tudo) como roteirista.

O diretor de fotografia uruguaio Cesar Charlone, que trabalhou com Meirelles nos longas Cidade de Deus (2002), O Jardineiro Fiel (2005) e Ensaio sobre a Cegueira (2008), também está na equipe da produção.

“The Pope” ainda não tem data de estreia divulgada.

O Papa Francisco reforçou nesta quinta-feira a vigilância das operações financeiras do Vaticano, como parte da cooperação com o comitê de especialistas europeus Moneyval, que luta contra a lavagem de dinheiro. Francisco reforçou por "motu proprio" (decreto papal) as funções da Autoridade Financeira de Informação (AIF), criada em 2010 pelo Papa Bento XVI.

A iniciativa supõe uma continuação das medidas já aprovadas em termos de prevenção e luta contra atividades ilegais no setor financeiro e monetário pelo papa anterior, Bento XVI, em 30 de dezembro de 2010. Através do decreto, o papa aprova a introdução de muitas medidas e estabelece que as leis que se aplicam ao Estado Vaticano se estendem a seus ministérios, organismos e instituições que dependem da Santa Sé, assim como a organizações não lucrativas da Igreja, como, por exemplo, a Caritas.

A AIF também se converte em um organismo de "avaliação e aprovação" de atividades que impliquem movimentos financeiros, uma resposta ao pedido feito pelo Moneyval, o órgão do Conselho da Europa para a luta contra a lavagem de dinheiro, indicou em um comunicado o Vaticano.

Essas medidas respondem ao pedido feito pelo Moneyval, o órgão do Conselho da Europa para a Luta contra a Lavagem de Dinheiro, indica o Vaticano em um comunicado. O Moneyval reconheceu que a Santa Sé percorreu "um longo caminho em muito pouco tempo" em termos de luta contra a lavagem de capitais.

"Desejo renovar o compromisso da Santa Sé em adotar os princípios e executar os instrumentos jurídicos desenvolvidos pela comunidade internacional, adequando ainda mais a ordem institucional tendo como fim a prevenção e a luta contra a lavagem, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa", escreve o pontífice argentino no documento.

Com o documento papal, se cria o "comitê de segurança financeira" com o objetivo de coordenar as atividades da Santa Sé em matéria de prevenção e luta contra a lavagem, acrescenta a nota.

O "motu propio", estipulado em agosto, demonstra a vontade do papa Francisco de limpar as finanças do Vaticano, cujo banco esteve envolvido por anos em operações obscuras de lavagem de dinheiro e corrupção. "Trata-se de um instrumento que oferece a garantia de que se seguirá o caminho iniciado. No mundo atual tenta-se resistir diante de formas cada vez mais sofisticadas de criminalidade financeira. Temos que enfrentar os desafios para a proteção da legalidade, não ficarmos para trás", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"A promoção do desenvolvimento humano integral sobre o plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômicos e financeiros e sobre sua correspondência como fim último da realização do bem comum", afirma ainda o Papa. "Por este motivo - prossegue -, a Santa Sé, em conformidade com sua natureza e missão, participa nos esforços da comunidade internacional destinados à proteção e à promoção da integridade, estabilidade e transparência dos setores econômicos e financeiros e a prevenção e a luta contra as atividades delituosas", acrescenta.

Em 11 de julho passado, o papa Francisco aprovou com outro "motu proprio" uma reforma do código penal do Vaticano que reforça as sanções contra a corrupção e a lavagem de dinheiro e as ajusta aos parâmetros internacionais.

As novas normas, que entrarão em vigor em 1º de setembro, são aplicadas a todos os membros da Cúria, assim como a todo o pessoal diplomático e a todos os funcionários de organismos e de instituições vinculadas à Santa Sé. Antes de aplicar a reforma prevista para o Banco Vaticano, o Papa nomeou uma comissão de investigação para examinar o caso.

Francisco, eleito Papa em março, se comprometeu em realizar uma reforma profunda das instituições vaticanas. Em abril, designou um grupo de oito cardeais para que o aconselhem e estudem um projeto de reforma da Cúria Romana, o governo central, e, em junho, ordenou uma comissão de investigação para renovar o controvertido Banco do Vaticano.

O Vaticano instalou neste sábado uma chaminé especial na Capela Sistina a partir da qual a fumaça branca irá sinalizar a eleição de um novo Papa, num momento em que os cardeais se preparam para a votação na próxima semana após a histórica renúncia de Bento XVI. O conclave de 115 "cardeais eleitores" começará na terça-feira sob os famosos afrescos de Michelangelo para escolher o 266º Papa após o fim abrupto do papado de Bento XVI, que durou oito anos e que muitas vezes foi ofuscado por escândalos.

O cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, disse à AFP em uma entrevista que havia cerca de "meia dúzia de possíveis candidatos".

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O cardeal italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, é visto como um dos favoritos, junto com Marc Ouellet, do Canadá, e com o brasileiro Odilo Scherer.

Outros nomes mencionados na "fábrica de rumores" nos últimos dias são os do húngaro Peter Erdo, do mexicano José Francisco Robles Ortega, do austríaco Christoph Schönborn e de Albert Malcolm Ranjith, do Sri Lanka.

"O problema com este conclave é que não há alguém na liderança logo cedo, como Joseph Ratzinger em 2005", disse John Allen, especialista em Vaticano do National Catholic Reporter, uma revista semanal dos Estados Unidos.

Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, um cardeal jovem e popular, também tem sido mencionado como um possível novo Papa.

"Se houvesse uma eleição direta entre o 1,2 bilhão de católicos no mundo, ele teria uma vitória esmagadora, mas não é assim que a Igreja funciona", disse Allen.

A decisão sobre a data do conclave foi tomada na sexta-feira em uma das reuniões a portas fechadas realizadas pelos cardeais durante toda a semana para discutir os muitos desafios que o próximo Papa enfrentará.

Os cardeais, sem nenhum novo Papa a quem se submeter e sem nenhum falecido Papa para lamentar, aproveitaram a rara oportunidade de discutir e criticar a administração do Vaticano e de pedir mais transparência.

Bento XVI, de 85 anos, admitiu no mês passado que lhe faltavam forças e se tornou o segundo chefe da Igreja Católica Romana a renunciar por vontade própria em seus 2.000 anos de existência.

O Papa Emérito Bento XVI não participou do pré-conclave e está vivendo na residência de verão papal de Castelgandolfo, perto de Roma, onde permanecerá pelos próximos meses, antes de se mudar para um antigo convento dentro do Vaticano.

Enquanto isso, funcionários do Vaticano fazem os preparativos finais na Capela Sistina, selando as janelas para evitar espionagem no conclave e instalando dispositivos que evitem qualquer comunicação com o mundo exterior.

De acordo com as regras desta tradição secular, os cardeais precisam fazer um juramento solene de não revelar os detalhes de suas deliberações, sob pena de excomunhão.

Com o anúncio da saída de BentoXVI do cargo de líder da Igreja Católica, uma das suas inovações quanto pontífice irá ser desativado. 

O Twitter utilizado pelo Papa como ferramenta de comunicação com os fies deixará de existir assim que ele deixar o cargo, no dia 27 deste mês.  

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Segundo informações da Rádio do Vaticano, o @Pontifex será abandonado pelo Vaticano por conta do período em que o novo líder da Igreja Católica é escolhido. 

Mesmo a conta não carregando especificamente o nome de Bento XVI, ela será excluída, ou seja, se o próximo representante da igreja resolver aderir à rede social, será necessária uma nova conta no serviço, juntamente com as que traduzem as mensagens do Papa.

A última mensagem será publicada no dia um dia antes da saída do pontífice do cargo, na próxima quarta (27).  

Com informações da CNN

O Papa Bento XVI designou o padre italiano Gabriel Machesi, da paróquia de São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora do Rosário, no estado do Maranhão (MA), para assumir a diocese na cidade de Floresta, Sertão pernambucano.

O novo Bispo afirmou ter recebido a notícia com muita surpresa e disse que vai enfrentar uma realidade completamente nova. “Ainda não conheço a realidade de Pernambuco. Minha primeira atitude será fazer uma análise: escutar o testemunho das pessoas, valorizar as coisas boas que a Igreja está fazendo e tentar mantê-las", afirmou.

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Já o padre da diocese de Floresta, Henrique Sthucen, disse que espera que o novo bispo possa realizar melhorias na Igreja. “Espero que a nova diocese possa auxiliar na fé ligada a vivência do cotidiano, da realidade fria de cada dia, de uma Igreja tradicional e não de uma renovação alienada como a do padre Marcelo Rossi”, comentou.

O italiano alegou que a valorização da Renovação Carismática Católica (RCC) deve ser feita por membros da igreja já que o movimento faz parte da fé da Igreja. “Não podemos desprezar a contribuição da renovação para igreja, já que a nossa principal preocupação é com a mensagem de Jesus Cristo”, ressaltou.

O pároco da diocese de floresta afirmou que ainda não conhece o escolhido para a função de bispo mas espera que a nova gestão possa ter um diálogo adequado com as outras religiões. ”Atualmente vivemos uma diáspora na igreja e vemos que as tentativas de aproximação com as outras crenças não tem obtido êxito, acho que a aproximação deve vir desde a base da igreja", disse.

Sobre as possíveis mudanças na forma de organizar as igrejas de Floresta, o padre Henrique Sthucen afirmou que nada vai interferir no cumprimento da doutrina Católica. “Sabemos que com a mudança de gestor algumas alterações podem ser feitas. Mas assim como acontecerá com o novo papa, nada poderá mudar a essência das normas, como por exemplo a contrariedade em relação ao aborto”, afirma. Ainda não há uma data estabelecida para que o italiano tome posse, mas segundo ele, este momento já está sendo providênciado.















O processo de eleição do sucessor do papa Bento XVI pode ser antecipado, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. O conclave – quando os 117 cardeais se reúnem para a eleição do futuro papa – pode começar antes do período de 15 a 20 março, se todos os religiosos tiverem chegado ao Vaticano. De acordo com Lombardi, a antecipação está prevista na Constituição e na sua interpretação.

O processo de eleição do papa segue um rito que não tem prazo definido para ser concluído. A aprovação do nome do sucessor deve contar com o apoio de dois terços dos eleitores presentes. Ao ocorrer consenso, há uma fumaça branca divulgando que o nome do papa foi escolhido.

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"O papa [Bento XVI] olha para a eleição de um sucessor que tenha, como ele disse, vigor no corpo e no ânimo e uma personalidade que possa enfrentar os desafios do nosso tempo no modo adequado, o que ele sentia mais difícil com o passar do tempo e com o diminuir das forças", ressaltou o porta-voz.

No próximo dia 28, Bento XVI renuncia. A partir desta data ele ficará, por dois meses, na residência pontifícia de Castel Gandolfo. Em seguida, ele viverá no mosteiro de clausura, no Vaticano, que está sendo reformado. Segundo o porta-voz, a decisão de viver no local é para estar perto da Basílica de São Pedro. “[Por motivos de caráter] logístico organizativo, de comunhão, de apoio de continuidade espiritual com o seu sucessor", disse.

Ao longo desta semana, o papa ficará em retiro espiritual. O período acaba no dia 23. Segundo o porta-voz, três meditações diárias do cardeal Gianfranco Ravasi, que serão divulgada pela Rádio Vaticano. No próximo dia 27, Bento XVI tem uma audiência geral com 35 mil pessoas. A estimativa é que esse número aumente.

O papa Bento XVI busca ter "mais calma para sua velhice" com sua renúncia no fim deste mês, disse seu irmão Georg em uma entrevista publicada neste domingo (17) pelo jornal espanhol ABC. "Ele já não tem as forças. Está em um processo natural de envelhecimento, no qual eu também estou", declarou Georg Ratzinger, de 89 anos, sobre seu irmão, de 85, na entrevista publicada pelo ABC.

"Meu irmão deseja mais calma para sua velhice. É que, com a idade, as forças vão se perdendo. É uma decisão benéfica para a Igreja", explicou na entrevista, concedida por telefone a partir de sua casa em Regensburg, no sul da Alemanha. "Além disso, teve que enfrentar tarefas difíceis para as quais fez tudo o que pôde. É uma decisão que simplesmente ocorreu. É o curso da vida e ninguém se livra dele".

"Eu espero que ele seja lembrado como um Papa que se empenhou com todas as suas forças para aprofundar e ampliar a fé da Igreja", acrescentou.

O pontífice surpreendeu o mundo ao anunciar na última segunda-feira (11) que renunciará ao papado no dia 28 de fevereiro.

O papa Bento XVI convocou a Igreja e todos os seus membros a se "renovarem" e "se reorientarem em direção a Deus, rejeitando o orgulho e o egoísmo", neste domingo (17) durante seu penúltimo Ângelus antes de sua renúncia, prevista para 28 de fevereiro.

"A Igreja convoca todos os seus membros a se renovarem (...), o que envolve uma luta, um combate espiritual, porque o espírito do mal quer nos desviar do caminho em direção a Deus", declarou o Papa a partir do balcão do Palácio Apostólico, diante de dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

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São Paulo, 11/02/2013 - O Papa Bento VXI vai renunciar a seu pontificado no próximo dia 28 de fevereiro, anunciou nesta segunda-feira o Vaticano. Leia abaixo a íntegra do anúncio da renúncia do Papa:

"Caríssimos irmãos,

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Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI"

A edição online do El País informa que, segundo um porta-voz do Vaticano, o papa Bento XVI vai renunciar em 28 de fevereiro. Segundo o jornal, o porta-voz confirmou a informação à agência France-Press.

O Papa Bento XVI apelou nesta segunda-feira (7) para que seja encontrada uma solução negociada para conflitos como os da Síria e Nigéria, e denunciou as desigualdades sociais com o aumento do aumento do abismo entre pobres e ricos, em seu tradicional discurso de início do ano para representantes diplomáticos.

Pronunciado em francês, como exige o protocolo da Santa Sé, aos embaixadores e representantes diplomáticos de 179 países credenciados pelo Vaticano, o Papa resumiu suas principais preocupações e pediu pela paz em vários países.

"Que deponham as armas e prevaleça o mais rápido possível um diálogo construtivo", pediu Bento XVI, um dia depois do presidente sírio, Bashar al-Assad, propor um "diálogo nacional" para acabar com o conflito que assola o país há 21 meses.

"Um conflito que, se continuar, não conhecerá vencedores, apenas vencidos, deixando para trás apenas um campo de ruínas", alertou o pontífice.

"Cabe às autoridades civis e políticas a responsabilidade de trabalhar pela paz. Elas são as primeiras que têm a obrigação de resolver os muitos conflitos que continuam ensanguentando a Humanidade, a começar por esta região privilegiada no desígnio de Deus que é o Oriente Médio", declarou o chefe da Igreja Católica.

O Papa, que desde dezembro alimenta uma conta no Twitter, enviou uma mensagem pedindo aos católicos que rezem por um diálogo na Síria.

Aos diplomatas reunidos na Sala Real do Palácio Pontifício, Bento XVI também mencionou os conflitos e tensões que assolam Iraque, Líbano e Egito, além de citar a situação tensa na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, na Nigéria e no Mali.

"Alimento os esforços para construir a paz, sobretudo onde permanece aberto o flagelo da guerra, com graves consequências humanas", afirmou.

Em sua reflexão, o Papa lembrou que "a educação é um dos caminhos privilegiados para a construção da paz. É o que nos ensinou, entre outras coisas, a crise econômica e financeira atual", afirmou.

"Convém encontrar de novo o sentido do trabalho", acrescentou, depois de denunciar o preocupante aumento das desigualdades sociais.

"Trata-se, em uma palavra, de não se resignar ao 'spread' de bem-estar social", enquanto se luta contra o setor financeiro", comentou Bento XVI, ao pedir que lutem pelo bem-estar social, assim como lutam contra o aumento do prêmio de risco nos mercados.

Para reduzir o fosso entre ricos e pobres, o Papa exortou os países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina a "investir em educação".

"Isto significa ajudá-los a superar a pobreza e a doença, assim como estabelecer sistemas de igualdade de direitos e respeito pela dignidade humana", disse.

"Para estabelecer a justiça, não basta apenas bons modelos econômicos, embora necessários. A justiça é feita somente se houver pessoas justas", ressaltou ao defensor os valores éticos.

"A construção da paz significa, portanto, educar os indivíduos para combater a corrupção, a criminalidade, a produção e o tráfico de drogas e evitar divisões e tensões que ameaçam minar a sociedade, impedindo o desenvolvimento e a convivência pacífica", explicou.

O Papa voltou a ressaltar que "a paz social está ameaçada por alguns atentados contra a liberdade religiosa" e reiterou "que a construção da paz passa pela proteção do homem e de seus direitos fundamentais", ao reiterar sua firme condenação ao aborto e à eutanásia.

O papa Bento XVI premiou seu leal secretário de longo tempo com o título de bispo em uma elaborada cerimônia, na Basílica de São Pedro, neste domingo (6), Dia de Reis. O pontífice e monsenhor, Georg Gaenswein, companheiro alemão, agradeceu.

Bento XVI, com 85 anos, se manteve bem durante a cerimônia de quase três horas que comemorou também a festa católica que marca o encerramento dos festejos natalinos, quando são desarmados os presépios e retirados todos os enfeites de Natal.

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Gaenswein, de 56 anos, tem sido durante anos o ajudante mais próximo de Bento XVI. O pontífice ajudou o Vaticano a lidar com o embaraçoso escândalo de vazamento de documentos, ano passado. A corte do Vaticano condenou o ex-mordomo do papa, Paolo Gabriele, por roubar documentos do apartamento do papa, mas Bento XVI concedeu perdão a Gabriele.

As informações são da Associated Press.

O papa Bento XVI pediu neste sábado (8), durante o Ângelus no Vaticano, "solidariedade fraterna" aos católicos para ajudar as vítimas do tufão Bopha, que deixou ao menos 500 mortos e milhares de atingidos no sul das Filipinas

Bento XVI, que falou pela festa da Imaculada Conceição, disse se sentir "próximo da população das Filipinas afetada nos últimos dias pelo violento tufão".

"Rezo pelas vítimas, por seus familiares e pelas pessoas sem casa. Que a fé e a caridade cristãs sejam uma força para enfrentar esta difícil prova", disse, em uma mensagem à maior nação católica da Ásia.

O Vaticano apresentou nesta segunda-feira (3) a conta do Twitter do papa Bento XVI (@pontifex), que começará a ser atualizada no dia 12 de dezembro. A página já passa de 200 mil seguidores.

Cinco horas após a apresentação da conta do papa na rede social, mais de 130 mil pessoas começaram a seguir o usuário "pontifex" no idioma inglês e outras 33 mil no idioma espanhol.

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Em português, os seguidores já são quase cinco mil, em italiano 12 mil, em árabe mil, em alemão três mil, em polonês dois mil e em francês quase três mil.  

O papa terá twitts publicados em oito idiomas: espanhol, inglês, italiano, português, alemão, polonês, árabe e francês. 

No primeiro dia, Bento XVI responderá perguntas sobre a fé. Fiéis poderão enviar perguntas até o dia 12, em um dos oito idiomas previstos. 

O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, o arcebispo Claudio María Celli, que apresentou a entrada do papa na rede, disse que a primeira pergunta feita foi em espanhol. 

"Querido papa, qual é a intenção de sua mensagem?", perguntou um fiel.

O Papa Bento XVI enviará no dia 12 de dezembro seu primeiro "tweet", através de sua conta no site Twitter, @pontifex, anunciou nesta segunda-feira o Vaticano.

O primeiro tweet papal será dedicado à Nossa Senhora de Guadalupe, cuja comemoração é no dia 12 de dezembro, acrescentou a Santa Sé.

"Os primeiros tweets serão respostas a perguntas enviadas ao Papa sobre a fé", indicou o Vaticano. "O público pode enviar as perguntas a partir de agora", disse a Santa Sé.

As mensagens serão postadas inicialmente todas as quartas-feiras, coincidindo com as audiências-gerais no Vaticano. Os textos papais estarão escritos em inglês, espanhol, italiano, português, francês, alemão, polonês e árabe, acrescentou.

O Papa, que continua escrevendo a mão, foi quem incentivou a criação de sua conta no Twitter, consciente do potencial que a rede oferece para chegar a boa parte dos 1,2 bilhão de católicos em todo o mundo.

Indagado sobre possíveis reações negativas ou insultantes às mensagens do Papa, o novo conselheiro do Vaticano para as comunicações, o jornalista americano Greg Burke, disse que isso faz parte do "livre mercado das ideias".

"As mensagens serão pérolas de sabedoria do Papa, direto de seu coração", assegurou.

O Papa Bento XVI nomeou, neste sábado, em cerimônia solene na basílica de São Pedro, seis novos cardeais, na quinta promoção de seu pontificado.

Os novos "príncipes" da Igreja, incluindo um da América Latina - o colombiano Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá -, receberam o chapéu vermelho, além do título e do anel de cardeais, durante uma cerimônia simples, com a presença de cerca de cem cardeais de todo o mundo.

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Na lista dos novos príncipes da Igreja figuram ainda o norte-americano James Harvey, prefeito da Casa Pontifícia; Bechara Boutros Rai, patriarca Maronita de Antioquia; John Olorunfemi Onaiyekan, arcebispo de Abuja; Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, e Baselios Cleemis Thottunkal, arcebispo de Trivandrum da igreja Siro-Malankarese.

Trata-se em sua maioria de religiosos que vivem em países com graves conflitos e que são testemunhas da complexidade da Igreja fora do velho continente.

Com estas designações, o papa alemão responde indiretamente às críticas de "eurocentrismo" lançadas no início do ano após ter designado em fevereiro 16 cardeais provenientes da Europa, de 22 escolhidos, dos quais sete eram italianos.

Com as nomeações deste sábado, o Colégio dos Cardeais ficará composto de 211 membros, dos quais 120 têm mais de 80 anos e têm direito a voto em um eventual conclave ou eleição papal.

"Ao receber o chapéu vermelho, lembre-se que você deve estar preparado para se comportar com força pelo aumento da fé cristã, pela paz e pela tranquilidade do povo de Deus", disse o Papa ao entregar o chapéu que simboliza a fidelidade à Igreja.

Em seu discurso, o papa Bento XVI destacou que a Igreja pertence "a todos os povos e expressa as diversas culturas dos distintos continentes".

"Não se trata de uma comunidade local que cresce e que se expande lentamente, mas sim de algo destinado ao universal, à totalidade e que carrega dentro de si a universalidade", afirmou.

A América Latina, com 46% de todos os católicos do mundo, possui agora 21 cardeais eleitos, contando o novo cardeal colombiano, atual presidente da Conferência Episcopal Colombiana.

Nenhum europeu figura na lista de empossados, embora eles representem o maior grupo de cardeais, com 62, seguidos por 21 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos e 11 asiáticos.

Também não figura na lista de novos cardeais nenhum italiano, o que reduz o peso de uma das igrejas mais representativas no colégio.

O Papa Bento XVI canonizará neste domingo sete pessoas, entre elas a primeira ameríndia convertida pelos jesuítas no final do século XVII e considerada um exemplo para a Igreja Católica do continente americano.

A cerimônia solene será celebrada na Praça de São Pedro e terá a presença dos 262 padres provenientes de todo o mundo para participar no Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização, que quer reativar o papel da Igreja na sociedade moderna.

Além da primeira santa ameríndia, Kateri Tekakwitha, serão canonizados a espanhola Carmen Salles y Barangueras (1848-1911), fundadora da Congregação Irmãs da Imaculada Conceição, a alemã Marianne Cope of Molokai (1838-1918), que estabeleceu um sistema de cuidados para os leprosos no Havaí, filipino Peter Calungsod, laico e mártir (1672), o padre jesuita francês, Jacques Berthieu, martirizado em 1896, o padre italiano Giovanni Battista Piamarta (1841-1913), fundador da Sagrada Família de Nazareth, e a alemã laica Anna Schaffer (1882-1925), que aceitou seus sofrimentos como forma de santificação.

Cerca de 1.500 peregrinos canadenses, majoritariamente aborígenes, chegaram a Roma para assistir à canonização da primeira santa ameríndia, algonquina por parte de mãe e mohawk por parte de pai, que morreu aos 24 anos enquanto vivia em um território perto de Montreal atualmente pertencente aos Estados Unidos.

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