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O discurso de ambiental é hoje um "ingrediente na guerra comercial pelo mercado global", de acordo com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Ao discursar na abertura do seminário "Agro em Questão", na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, ele afirmou: "Além de recorrer a inúmeras barreiras tarifárias e sanitárias para fazer frente ao comércio de grãos e carnes, onde o Brasil se destaca como um dos líderes mundiais, países e entidades ambientais utilizam meias-verdades pra tentar macular o agro brasileiro."

Para resolver esse problema, o vice-presidente falou que é necessário que o Congresso vote com urgência a Medida Provisória 910, que trata da regularização fundiária, "para que o Estado possa ter meios legais de responsabilizar os proprietários pela preservação de suas áreas coibindo excessos ou crimes ambientais".

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Ele também falou do Conselho da Amazônia Legal, criado pelo presidente Jair Bolsonaro e que Mourão foi designado para comandar. A criação do conselho "vem em boa hora como resposta às especulações e distorções sobre a preservação ambiental daquele bioma e a pretensa relação de sua degradação com o aumento da fronteira agrícola e o agronegócio brasileiro", disse ele.

Em outros momentos do discurso, Mourão falou sobre a importância de se preservar o meio ambiente. "Por prioritária que seja a expansão da produção agrícola, este governo enfrentará o desafio de equalizar os interesses setoriais da atividade agropastoril e as justas demandas da preservação ambiental, desconstruindo discursos que tendem a estigmatizar o Brasil no concerto das nações", comentou.

Quanto ao agronegócio, ele destacou conquistas do governo Bolsonaro, como investimento em produção, redução das amarras, queda no custo Brasil, melhora da estrutura para escoamento de produção e mais segurança para o produtor.

Outros desafios, segundo Mourão, são os sanitários, de genética, plantio direto, cadeias integradas e outros.

O candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, defendeu hoje (29) a simplificação tributária e a expansão das cooperativas financeiras e fintechs de crédito.

Essas e outras propostas foram apresentadas durante um encontro promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Conselho do Agro, que reúne as entidades do setor agropecuário.

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Segundo Meirelles, o número de bancos que ofertam crédito ao setor é muito restrito e precisa ser expandido, não apenas para aumentar o crédito, mas garantir maior competitividade. Ele defende a expansão das cooperativas e fintechs, que são empresas de crédito digitais e de custo baixo.

“Nós institucionalizamos as cooperativas de crédito e hoje elas são ponto importante de competição […]. Vamos regulamentar isso [as fintechs] e criar condições para elas serem usadas pelas cooperativas e terem uma expansão de crédito substancial para o setor rural brasileiro”, disse Meirelles.

Para o candidato do MDB, o seguro rural precisa ser ampliado, tanto da produção como do faturamento do produtor rural. O problema, para ele, é o custo desse seguro e a capacidade do governo federal de bancar uma parte desse risco. Por isso, Meirelles defendeu a continuidade das reformas estruturantes, principalmente a reforma da Previdência, para a redução de despesas da União.

“Se não fizermos as reformas, não poderemos pagar mais nada, não há investimento em setores fundamentais, porque vai se pagar a aposentadoria com 100% do orçamento”, disse.

Incorporar tecnologias, agregar valor e tornar o setor mais competitivo é fundamental para a expansão do comércio internacional, segundo o candidato à presidência. Ele defende a abertura de mercados e a promoção comercial do Brasil em países como China e Reino Unido.

“Temos condições de sermos mais competitivos, com uma integração de diversas políticas e usando a vantagem do setor agrícola e pecuário. No Brasil temos terra, tecnologia, agricultores e temos condições de ser cada vez mais o celeiro do mundo”, ressaltou.

Para reduzir a complexidade tributária no país, o candidato defendeu um projeto de simplificação, com o uso da tecnologia e digitalização, que vai reduzir o gasto das empresas com burocracia de 2,6 mil horas por ano para 200 horas por ano. Meirelles também pretende criar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com alocação para os diversos setores, e se comprometeu a não tributar as exportações.

Uma das prioridades do governo de Henrique Meirelles, caso seja eleito, será a finalização da BR–163, importante para o escoamento da produção do Centro-Oeste, e a integração dos modais, garantindo alternativas para a exportação de grãos, como a hidrovia Tocantins-Araguaia.

“É um compromisso investir em hidrovias, ferrovias e atrair investimentos de capital externo para a infraestrutura”, disse invocando sua experiência e articulação como ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central.

Reforma agrária e desmatamento

Ao ser questionado sobre a reforma agrária, o candidato defendeu o direito individual e a propriedade privada e disse que tem projetos para a resolução da questão.

“A regularização fundiária e segurança jurídica são fundamentais para a produção. E o que impede é a burocracia e uma certa oposição ideológica dentro das estruturas normativas. Precisamos de um modelo de gestão mais eficiente e fazer um programa em massa de regularização fundiária”, disse.

Para compensar áreas desmatadas na Amazônia, Meirelles defende um programa de reflorestamento da Mata Atlântica, que não tem demanda para produção de alimentos.

Segurança pública

Na área da segurança pública, o emedebista quer ampliar o uso da tecnologia e inteligência, integrando informações e garantindo uma intervenção rápida das equipes de segurança, em especial na fronteira e também no combate a grupos criminosos que atuam no campo. “O governo tem o dever de garantir a defesa do cidadão”, disse, sendo contrário ao porte de arma para a população, mesmo na área rural.

Meirelles também recebeu o documento O Futuro é Agro 2018-2030, elaborado pelas entidades que integram o Conselho do Agro, com sugestões para a agenda do setor nos próximos anos. A apresentação de Alckmin, na sede da CNA em Brasília, foi acompanhada por lideranças do agronegócio e autoridades.

O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) também participou do evento na manhã de hoje. Estão confirmadas ainda as presenças dos candidatos Álvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede) nesta tarde.

O candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu hoje (29), em Brasília, um plano plurianual de safra e a criação do seguro de renda para a iniciativa privada e de um fundo anticatástrofe para atenuar grandes prejuízos.

Essas e outras propostas foram apresentadas durante  um encontro promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Conselho do Agro, que reúne entidades do setor agropecuário.

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“Se conseguirmos equacionar bem o recurso de renda, vamos resolver as questões do endividamento e do crédito agrícola”, disse, se comprometendo a oferecer um crédito mais barato para estimular a atividade econômica.

No comércio exterior, ele defendeu o combate ao protecionismo, com a abertura de mercados e novos acordos comercias, inclusive com países do Pacífico.

Para garantir a oferta de produtos nos mercados internacionais, o candidato acredita que é preciso dar mais segurança jurídica aos empresários, defendendo a propriedade privada, reduzindo a margem de discricionariedade, tornando as leis autoaplicáveis e dialogando com os poderes.

A proposta do candidato do PSDB, ex-governador de São Paulo, é zerar o déficit primário em até dois anos, caso seja eleito.

“Isso vai aumentar a confiança e atrair investimentos para o país”, disse, destacando que a estimativa é que a dívida pública bruta (que inclui tanto a dívida federal como dos estados e as compromissadas) chegue a R$ 5,3 trilhões, ou seja, 77% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o déficit primário (resultado das contas do governo excluindo os juros da dívida pública) previsto é de R$ 159 bilhões.

Segundo ele, isso pode ser feito com redução de despesas e reformas estruturantes, como a da Previdência.

“Nossa Constituição é detalhista e enciclopédica, temos que mudar isso”, disse, destacando que os primeiros meses de governo serão centrais para os arranjos e definição das reformas que serão feitas.

Alckmin defendeu ainda a simplificação do sistema tributário, com o estabelecimento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), uma boa política monetária e um câmbio competitivo para incentivar a atividade empreendedora.

Política fiscal

“Com uma boa política fiscal e zero de déficit primário, dá pra investir”, afirmou. A reforma política também é defendida pelo tucano, com o enxugamento no número de partidos, que hoje são 35.

Para a recuperação do emprego, ele quer investimentos em infraestrutura, com participação da iniciativa privada em concessões e parcerias públicos privadas, na recuperação de rodovias e integração de modais.

“Vamos ter uma agenda de competitividade, simplificação tributária, recuperação da capacidade de investimentos, tornando o dinheiro mais barato com a competitividade dos bancos, desburocratização, investimento na educação básica e abertura da economia”, ressaltou.

O candidato se disse ainda contrário ao tabelamento do frete, estabelecido após a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano.

Ele também sugere uma política de reajuste mensal do preço dos combustíveis pela Petrobras - hoje ele é diário - assim como um imposto regulatório para o insumo.

Tecnologia e inteligência

Na segurança área de pública, Alckmin defende o uso da tecnologia e inteligência no combate ao tráfico de drogas, armas e contrabando na fronteira.

Ele é favorável à posse e porte de armas na área rural, mas disse que é papel do governo combater as organizações criminosas e o roubo de equipamentos e defensivos agrícolas.

O candidato também recebeu o documento “O Futuro é Agro 2018-2030”, elaborado pelas entidades que integram o Conselho do Agro, com sugestões para a agenda do setor nos próximos anos.

A apresentação de Alckmin, na sede da CNA em Brasília, foi acompanhada por lideranças do agronegócio e autoridades, entre elas, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.

Os candidatos Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede) também confirmaram presença no evento.

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