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O Brasil deve colher safras recordes de soja, milho, trigo e sorgo este ano, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção de soja deve somar 148,4 milhões de toneladas, uma elevação de 24,1% em relação ao produzido no ano passado.

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Já a produção nacional de milho foi estimada em 124,5 milhões de toneladas, com crescimento de 13,0% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 96,3 milhões de toneladas, aumento de 13,7% em relação a 2022.

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,8% ante 2022.

A estimativa da produção do trigo foi de 10,6 milhões de toneladas, alta de 5,8% em relação a 2022.

A produção do arroz foi de 10,0 milhões de toneladas para 2023, queda de 6,0% em relação ao produzido no ano passado.

A produção de sorgo foi prevista em 3,8 milhões de toneladas, alta de 34,0% ante 2022.

Hoje (24) é comemorado o Dia Nacional do Milho e a segunda safra de milho do Brasil foi estimada em recorde de 102,4 milhões de toneladas para 2022/23, ante 97,2 milhões de toneladas na estimativa anterior, de março. O bom resultado deverá permitir exportações históricas de 54,1 milhões de toneladas, com alta anual de 16,3%, de acordo com projeções da Agroconsult.  

Segundo especialistas da consultoria, o clima tem se mostrado favorável na maior parte do país, permitindo um aumento de 11% na produção na comparação com a temporada anterior, graças a ganhos de produtividade. De outro lado, diante da sinalização da grande colheita que começa em junho, os preços estão sendo pressionados no Brasil, desafiando produtores que venderam em ritmo lento em sua safra em 2022/23.

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“A área plantada com milho segunda safra no Brasil ficou abaixo da expectativa inicial, somando 16,7 milhões de hectares em 2022/23”, indicou o analista coordenador do Rally da Safra, André Debastiani. A área diminuiu em alguns Estados porque produtores tiveram medo de enfrentar clima adverso depois de terem atrasado o plantio. A área estimada indica uma estabilidade na comparação com a temporada anterior, já que cortes da área em estados como o Paraná foram compensados por aumentos em Mato Grosso, segundo o analista.  

A consultoria viu inicialmente potencial para plantio do milho safrinha em 17,4 milhões de hectares, o que não se confirmou. Com a colheita próxima de começar, a Agroconsult vê a safra “salva” com elevada produtividade em várias partes do país. Em Mato Grosso, principal produtor nacional, 85% da safra está assegurada com alto potencial; em Goiás, outro importante produtor, 68% das lavouras também apontam para esta situação favorável.

Por ora, a produtividade média nacional da segunda safra está estimada em recorde de 102,1 sacas por hectare, também um crescimento de 11%, superando a estimativa de março (96,9 sacas/ha). A oferta da segunda safra vai se juntar à colheita de verão, estimada em 29,9 milhões de toneladas, 15% acima do ciclo anterior. 

O Brasil deve colher menos soja este ano, mas as produções de trigo e milho têm previsão de alcançar novo recorde, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto, divulgado nesta quinta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção de soja deve somar 118,8 milhões de toneladas, uma redução de 11,9% em relação ao produzido no ano passado.

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Já a produção nacional de milho foi estimada em 109,9 milhões de toneladas, com crescimento de 25,2% ante 2021. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 25,8 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% em relação a 2021. O milho 2ª safra deve totalizar 84,1 milhões de toneladas, aumento de 35,3% em relação a 2021.

A estimativa da produção do trigo foi de 9,7 milhões de toneladas, aumento de 24,1% em relação a 2021.

A produção do arroz foi de 10,6 milhões de toneladas para 2022, queda de 8,5% em relação ao produzido no ano passado.

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,7 milhões de toneladas, um avanço de 15% ante 2021.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segue apontando para uma safra de milho recorde em 2022. A projeção de julho aponta para uma safra total de 111,5 milhões de toneladas, salto de 27,0% ante 2021, quando houve uma grande queda na produção. O LSPA de julho aponta um crescimento de 9,7% na área total de milho.

"Diferentemente de 2021, em 2022, o clima contribuiu para as lavouras da 2ª safra, notadamente para o milho, que em função do adiantamento da colheita da soja, pôde ser plantado, em sua maior parte, dentro da 'janela de plantio' na maioria das Unidades da Federação produtoras", diz a nota do IBGE.

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Em relação ao LSPA de junho, a projeção para a produção total de milho foi ajustada ligeiramente para cima, com alta de 0,3%.

Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 25,8 milhões de toneladas, declínio de 0,2% ante o projetado no LSPA de junho. Em relação à produção de 2021, a estimativa é de alta de 0,3%, "apesar do acréscimo de 7,7% na área a ser colhida, tendo o rendimento médio apresentado uma redução de 6,8%, em decorrência da falta de chuvas, notadamente na Região Sul do País".

Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção foi ficou em 85,7 milhões de toneladas no LSPA de julho, aumento de 0,4% em relação ao mês anterior e de 38,0% em relação a 2021, "com crescimento de 8,5% na área plantada e de 10,4% na área a ser colhida", diz a nota do IBGE. Conforme o IBGE, o rendimento médio anual apresenta um crescimento de 25,0%.

"A produção brasileira de milho na 2ª safra é recorde da série histórica do IBGE, sendo resultado do aumento dos investimentos na cultura, motivada pelos excelentes preços do produto e pelas condições climáticas", diz a nota.

O IBGE destacou ainda que o forte crescimento na produção de 2022 se deve, em parte, à fraca base de comparação com a safra de 2021. Ano passado, "o clima prejudicou o desenvolvimento das lavouras da 2ª safra".

"Além disso, o ano agrícola atrasou, encurtando sua 'janela de plantio', o que também ajudou a reduzir a produção", reforça a nota do IBGE.

Produtor rural há dez anos, Fabrício Maestrello pela primeira vez vai reduzir a área plantada com soja na safra a ser semeada em setembro. Dos 1,2 mil alqueires (cerca de 2,9 mil hectares ou a área equivalente a quase 3 mil campos de futebol) que normalmente cultiva na região de Paranacity, noroeste do Paraná, ele vai plantar a metade. O motivo do corte foi a alta de preços dos insumos. "O aumento foi muito superior à valorização do grão, é um negócio que você entra devendo", afirma.

Os três vilões da alta de custos, segundo o produtor, são o fertilizante, o defensivo e o combustível. Neste ano, Maestrello desembolsou R$ 6,2 mil pela tonelada de adubo, 120% a mais do que na última safra. Pelo litro do herbicida, pagou R$ 90, quatro vezes o que gastou em 2021. Isso sem falar no diesel usado nos tratores. "Custava R$ 4 e pouco o litro e agora está quase R$ 7." No período, a soja no mercado futuro subiu cerca de 40%.

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Recorde indesejado

A forte pressão de custos dos insumos enfrentada por Maestrello é a realidade dos agricultores brasileiros que vão plantar a safra mais cara da história, apontam levantamentos de várias instituições. A guerra entre a Ucrânia e a Rússia, esta última um dos principais exportadores de adubos para o Brasil e a crise energética e logística da China, onde estão as fábricas de defensivos, além da alta do diesel, levaram os preços de insumos às alturas.

Pressões de custos dos grãos soam como um sinal de alerta para uma inflação de alimentos "encomendada", que pode se concretizar em 2023 ou não, a depender da situação do mercado na hora da comercialização da safra.

Onde o problema é maior

Nas contas da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o gasto médio no País para produzir um hectare este ano deve crescer 45% para a soja e aumentar quase 50% para o milho em relação ao anterior. "Pode ser que o custo seja ainda maior", frisa Maciel Silva, coordenador de Produção Agrícola da CNA. É que, neste momento, nem todos os insumos foram comprados e, portanto, estão sujeitos a altas de preços, diz.

No entanto, o aumento de custos em regiões específicas e consolidadas na produção de grãos supera a média nacional calculada pela CNA. A alta dos gastos com insumos para a próxima safra de soja varia entre 60% e 70% no norte do Paraná e no Mato Grosso em relação à anterior, apontam a cooperativa Cocamar, de Maringá (PR), e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil pode ter um déficit de abastecimento de feijão no ano de 2021. Uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a próxima safra do grão pode ser menor do que o necessário para suprir a demanda no país.

Segundo o IBGE, o Brasil consome cerca de 3 milhões de toneladas de feijão por ano. A perspectiva do órgão é que a próxima safra colha apenas 2,8 milhões de toneladas do grão.

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De acordo com o instituto, se não houver possibilidade de melhora no cenário, o país terá que recorrer às importações para completar o abastecimento em 2021.

Embora haja impressões pessimistas com a safra do feijão, para as demais culturas o IBGE projeta uma colheita recorde para o ano que vem. Segundo o prospecto, o agronegócio deve colher 256,8 milhões de toneladas de alimentos. O número representa um aumento de 1,9% em relação ao ano de 2020.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse na noite dessa quinta-feira (29) que o preço do arroz poderá ser reduzido com a chegada da nova safra, em janeiro. A ministra participou da live do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e explicou as medidas que foram tomadas para conter o preço do produto nas prateleiras dos supermercados. 

Tereza Cristina explicou que a pandemia da Covid-19 desequilibrou o mercado de grãos em todo o mundo. Segundo a ministra, a pandemia provocou aumento no consumo do produto pelos brasileiros e o preço aumentou. Para conter o aumento, o Brasil autorizou a importação da Guiana e do Paraguai para equilibrar o mercado.

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"No mundo houve um desequilíbrio em vários preços dos produtos das commodities. O arroz foi um desses. Nós passamos a comer mais arroz, o auxílio emergencial fez também o aumento dessa demanda. Nós, em setembro, tiramos o imposto de importação, ele parou de subir e hoje tem ligeira queda. Vamos ter nova sofra chegando em janeiro e os preços vão reduzir”, afirmou a ministra.

Plano Safra

A ministra também informou que todos os recursos previstos no Plano Safra deste ano foram contratados e estão sendo investidos pelo setor agrícola, por exemplo, na construção de instalações para produção de aves, suínos e confinamento de gado. 

“O Plano Safra foi um sucesso e hoje nós temos um bom problema, porque o dinheiro de investimento já terminou praticamente”.

A ministra disse ainda que os recursos do plano também estão sendo utilizados na agricultura familiar. Além disso, vários títulos de regularização de terras já foram entregues para produtores rurais que fazem parte do programa. 

“Nós estamos trabalhando para fazer assistência técnica, e o dinheiro do Plano Safra foi muito maior para esse público da pequena agricultura”.

Com a supersafra deste ano, revisada para cima pelo IBGE ontem, o Brasil retoma dos Estados Unidos o posto de maior produtor mundial de soja. As projeções americanas indicam que o Brasil se consolidará na posição também na próxima safra, reforçando o bom desempenho da agropecuária brasileira, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.

No total, o Brasil deverá colher um recorde de 247,4 milhões de toneladas de grãos na safra que se encerra neste ano, 2,5% acima de 2019, conforme o IBGE. Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cujas estimativas atualizadas foram divulgadas também ontem, a produção total da safra 2019/2020 deverá atingir o recorde de 251,4 milhões de toneladas. O IBGE espera as maiores safras da história também para o café e para o algodão.

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A produção de soja será a principal responsável pela supersafra deste ano. Na estimativa do IBGE, foram colhidas 119,9 milhões de toneladas na safra encerrada ainda no primeiro semestre, 5,6% acima da produção de 2019. Já nos cálculos da Conab, foram 120,88 milhões de toneladas, aumento 5,1% ante a safra de 2018/2019.

Em 2018, o Brasil já havia batido os Estados Unidos como maior produtor mundial de soja, mas por uma diferença muito pequena. Ano passado, os produtores brasileiros de soja enfrentaram problemas climáticos e perderam para os americanos - o recorde na produção nacional total foi garantido pelo milho. Agora, a produção americana de soja na safra 2019/2020 foi de 96,68 milhões de toneladas, na estimativa mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês, equivalente a um ministério).

Para a próxima safra, 2020/2021, o Brasil deverá ficar novamente na frente, já que os Estados Unidos deverão produzir 112,3 milhões de toneladas de soja, enquanto os produtores brasileiros deverão colher 131 milhões de toneladas, renovando o recorde, ainda nas projeções do USDA, que abrangem o mercado global - as primeiras projeções do IBGE e da Conab para a safra 2020/2021 deverão sair no fim deste ano.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, do IBGE, elevou em 0,5% a estimativa do total de soja colhido no Brasil este ano. A produção recorde de soja só não foi ainda maior porque, nos últimos meses, o LSPA veio reduzindo suas estimativas para a colheita no Rio Grande do Sul. Na estimativa de junho, a produção gaúcha ficou em 11,2 milhões de toneladas, tombo de 39,3% em relação a 2019.

"Era para o Brasil ter colhido uma safra muito maior de soja. O problema todo foi que o Rio Grande do Sul sofreu muito com a falta de chuvas, de dezembro a maio", afirmou Carlos Antônio Barradas, analista de agropecuária do IBGE. "Não fosse a seca no Rio Grande do Sul, a produção de soja passaria de 125 milhões de toneladas", completou o pesquisador.

A disponibilidade de terras e a tecnologia de ponta, que leva eficiência ao campo, ajudam a explicar os sucessivos recordes na produção agrícola nos últimos anos, segundo Barradas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil deve colher novos recordes de soja e de algodão em 2020, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgado nesta terça-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção da soja deve crescer 10,4% ante 2019, totalizando 125,2 milhões de toneladas. O cultivo de algodão herbáceo deve crescer 1,8%, para um total de 7,0 milhões de toneladas.

Já a safra de arroz será 1,0% maior, somando 10,4 milhões de toneladas.

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Quanto ao milho, a expectativa é de um recuo de 4,0% na produção, em virtude de um crescimento de 4,2% no milho de primeira safra, mas decréscimo de 6,9% no milho de segunda safra. A produção total de milho será de 96,5 milhões de toneladas em 2020, sendo 27,1 milhões de toneladas de milho na primeira safra e outros 69,4 milhões de toneladas na segunda safra do grão.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 93,2% da estimativa da produção e responderam por 87,3% da área a ser colhida.

A área a ser colhida de milho aumentou 1,4% ante 2019, com alta de 3,9% no milho de primeira safra e elevação de 0,5% no milho de segunda safra.

A área de soja cresceu 2,6%, enquanto a de algodão herbáceo subiu 5,8%. Em contrapartida, houve declínio de 2,3% na área a ser colhida de arroz.

A produção brasileira de grãos na safra 2019/20 deve alcançar recorde de 251,9 milhões de toneladas, com aumento de 4,1% (mais 9,9 milhões de t) em comparação com o período anterior (241,99 milhões de t). O resultado representa também um leve crescimento de 0,3% ante o levantamento anterior, de fevereiro (mais 786 mil t). Os números fazem parte da sexta pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta terça-feira (10).

A área total, favorecida pela boa distribuição de chuvas na maioria dos Estados, deve crescer 2,4%, alcançando cerca de 64,8 milhões de hectares. As culturas de primeira safra estão respondendo por 46,5 milhões de hectares (71,7%), enquanto que as de segunda, terceira e de inverno, por 18 milhões de hectares (28,3%).

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A Conab informa em comunicado que "as condições climáticas vêm favorecendo as lavouras de grãos nas principais regiões produtoras do Brasil. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nesta temporada, sobretudo para as lavouras de soja e milho que impulsionam o volume total e devem garantir mais um recorde na safra de grãos do País."

Segundo a estatal, para as lavouras de soja está reservada uma área 2,6% maior, com expectativa de boa produtividade. A produção estimada é de 124,21 milhões de toneladas e um acréscimo de 8%, o que confirma mais um recorde na série histórica, graças à boa distribuição de chuvas, sobretudo nos Estados do Centro-Oeste, onde estão adiantadas as etapas de colheita.

A Conab destaca que a produção total do milho de primeira e segunda safras é de cerca de 100 milhões de toneladas, com um crescimento de 0,4% acima da safra passada, tendo como estímulo as boas cotações do cereal no mercado internacional. A estimativa de área semeada do milho primeira safra é de 4,23 milhões de hectares, 3,2% maior que o da safra 2018/19. Na segunda safra, cuja semeadura começou em janeiro e continua ocupando o espaço deixado pela colheita de soja, o crescimento de área deve ser de 2,1%, tendo em vista a rentabilidade produtiva e as condições climáticas favoráveis. A terceira safra está estimada em 1,2 milhão de toneladas.

Após crescimentos significativos da área de algodão nas duas últimas safras, que também aproveita o espaço deixado pela colheita da soja, a Conab observa que desta vez o crescimento deve ser com menor variação, cerca de 3,3% na área, atingindo 1,7 milhão de hectares. A produção também recorde, deve alcançar 2,85 milhões de toneladas de pluma, enquanto a destinação ao caroço alcança 4,28 milhões de toneladas, com 1,6 % de crescimento frente a safra passada.

Com relação ao feijão, a Conab informa que o feijão primeira safra, apesar de menor área semeada com acréscimo de 0,2%, pode ter produção 6,1% maior com a ajuda da produtividade, atingindo 1,05 milhão de toneladas. A segunda safra, que está em início de cultivo, deve ocupar pouco mais de 1,4 milhão de hectares, similar à safra passada. As maiores áreas estão nesse período nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. A segunda safra da leguminosa deve atingir 1,36 milhão de t, aumento de 5,2% ante 2018/19 (1,28 milhão de t). A terceira safra de feijão está projetada em 734 mil t, queda de 1,3% ante o período anterior (743,5 mil t). Assim, as três safras de feijão devem totalizar 3,14 milhões de t, aumento de 3,9% em comparação com 2018/19.

Em contrapartida, a safra de arroz apresenta redução de 2,4% na área cultivada, totalizando 1,6 milhão de hectares e uma produção de 10,5 milhões de toneladas, 0,8% acima da obtida em 2018/19 (10,45 milhões de t). Para a safra de inverno, ainda a ser cultivada, a Conab projeta safra de trigo de 5,35 milhões de t, aumento de 3,7% ante 2019 (5,15 milhões de t).

A safra agrícola de 2020 deve totalizar 238,5 milhões de toneladas, queda de 1,0% em relação à estimativa de 2019, ou 2.357.854 toneladas a menos. Os dados são do primeiro Prognóstico para a Safra Agrícola divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2019, a safra deve totalizar 240,8 milhões de toneladas, resultado 6,3% maior que a de 2018, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de outubro. O resultado de outubro supera em 77,5 mil toneladas a estimativa divulgada em setembro.

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A safra agrícola de 2019 deve totalizar 231,5 milhões de toneladas, uma alta de 2,2% em relação ao resultado de 2018, o equivalente a 5 milhões de toneladas a mais. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao levantamento de março, houve elevação de 0,6% na estimativa para a produção deste ano, o equivalente a 1,4 milhão de toneladas a mais.

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Área colhida

Segundo o IBGE, os produtores brasileiros devem colher 62,3 milhões de hectares na safra agrícola de 2019, uma elevação de 2,2% em relação à área colhida em 2018, ou 1,4 milhão de hectares a mais.

O resultado é 0,1% menor que o previsto no levantamento referente a março, divulgado no mês passado, o equivalente a 48,9 mil hectares a menos.

A área a ser colhida de soja em 2019 será 2,0% maior que a de 2018, enquanto a de milho deve crescer 4,8%. Por outro lado, a área de arroz encolherá em 10,0%.

O arroz, o milho e a soja respondem por 87,3% da área a ser colhida.

O aumento no preço do feijão está sendo sentido pelo brasileiro que está acostumado em ir à feira todos os meses. Desde o início do ano, seja no mercadinho do bairro, nos mercados públicos ou supermercados, o consumidor parece não ter outra alternativa, a não ser pesquisar bem antes de comprar. A falta da "pechincha" pode custar caro para o consumidor. 

De acordo com os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano de 2019 começou com a baixa estimativa e o país deve colher 2,929 milhões de toneladas de feijão neste ano - o que representa uma queda de 1,5% em relação ao resultado de 2018. O consumo doméstico do feijão gira em torno de 3 milhões de toneladas por ano.

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Essa estimativa menor de safra do grão de feijão é o que impulsionou o aumento no seu preço. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do feijão carioca - o mais consumido no Brasil -, aumentou 19,76% em janeiro deste ano.

O LeiaJá foi conferir de perto a variação do preço do feijão carioca nos mercados públicos e supermercados do Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. No mercado público de Afogados, Zona Oeste do Recife, o preço mais barato oferecido aos consumidores pelo feijão carioca foi R$ 7,50 o quilo; já o mais caro foi R$ 8,50.

Saindo do mercado público de Afogados e seguindo para alguns supermercados que estão espalhados pelo centro comercial do bairro, os preços mais altos cobrados pelo quilograma do feijão carioca quase que se repetiam: a oscilação foi R$ 9,98 e R$ 9,99.

Depois de conferir em vários supermercados, ainda de Afogados, o preço mais baixo encontrado foi de 6,99. Mais o consumidor deve ficar atento, muitos dos produtos que estão com preços baixos são do "tipo 2", classificação que se dá ao grão não tão puro, onde é possível encontrar até pequenas pedras na hora de "catar" o feijão antes de colocar no fogo.

Em Jaboatão dos Guararapes, pouca diferença nos preços do grão. No mercado público de Cavaleiro, a equipe de reportagem do LeiaJá encontrou o quilograma do feijão carioca por R$ 8. Já nos supermercados do entorno, o kg do grão varia entre R$ 7,29 e R$ 8.

De acordo com Reginaldo Gomes, dono de um mercadinho em Cavaleiro, muitos agricultores estão desistindo de plantar o feijão por conta da dificuldade. "Quem antigamente plantava feijão, agora prefere outros produtos mais fáceis", assegura seu Regi, como prefere ser chamado. Ele confirma que todos os seus feijões são comprados dos agricultores de Irecê, na Bahia e São Paulo.

Assim como seu Regis, Alexandre do Nascimento, proprietário de uma loja dentro do mercado público de Afogados, acredita que os preços tendem a cair nas próximas semanas. "Ainda está muito caro por conta da grande procura e da baixa oferta do feijão. Mas esses preços tendem a cair na próxima safra que é em abril", confirma Alexandre.

IPCA da Região Metropolitana do Recife

No último mês de fevereiro, a inflação da Região Metropolitana do Recife (RMR), medida através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE, cresceu, saindo de 0,27% em janeiro para 0,59% em fevereiro - superando os resultados de fevereiro dos últimos dois anos.

O grupo que mais pressionou o índice no mês, apesar da desaceleração em relação a janeiro, foi o de “Alimentação e bebidas”, com alta de 1,01%, ante alta de 1,77% no mês anterior. Os itens com os maiores reajustes foram o feijão-mulatinho (20,8%), feijão-carioca (54,0%), o coentro (19,4%) e a batata-inglesa (20,3%).

Esses itens são de natureza de preço livre, ou seja respondem às variações de oferta e demanda, e estão refletindo choques de oferta, geralmente ocasionados por questões climáticas que acabam comprometendo a produção.

A colheita da safra 2018/19 de soja atingiu 52% da área cultivada no Brasil até quinta-feira (28), informou a consultoria AgRural, nessa segunda-feira (4), em levantamento semanal.

Os trabalhos avançaram sete pontos porcentuais ante a semana anterior e continuam adiantados quando comparados com os 35% observados em igual período do ano passado e os 37% da média de cinco anos. Segundo a consultoria, o resultado poderia ter sido ainda melhor, se não fosse afetado pelas chuvas em diversos pontos do País.

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"Por conta das chuvas, lotes têm chegado aos armazéns com umidade entre 18% e 22% em alguns Estados, mas os casos de grãos com qualidade perdida ainda são pontuais", diz a AgRural em nota. Entretanto, no Rio Grande do Sul e no Matopiba - região que compreende o Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia - as chuvas são benéficas pois vêm em áreas onde as lavouras estão em fase de enchimento dos grãos.

De acordo com a AgRural, a produção brasileira de soja está estimada em 112,5 milhões de toneladas na safra 2018/19. Neste mês, haverá uma nova revisão da perspectiva de produção, que já foi cortada em 4,4 milhões de toneladas no início de fevereiro.

A safra agrícola de 2019 deve totalizar 233,4 milhões de toneladas, uma alta de 3,1% em relação à estimativa de 2018, o equivalente a 7,0 milhões de toneladas a mais. Os dados são do terceiro Prognóstico para a Safra Agrícola divulgado nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2018, a safra totalizou 226,5 milhões de toneladas, resultado 5,9% menor que o de 2017, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro.

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O resultado é 0,4% menor que a estimativa de novembro, com 834,9 mil toneladas a menos. Na comparação com 2017, a safra de 2018 foi 14,2 milhões de toneladas inferiores.

Área colhida

Os produtores brasileiros devem semear 62,2 milhões de hectares na safra agrícola de 2019, uma elevação de 2,1% em relação à área colhida em 2018.

A área a ser colhida com soja em 2019 será 2,1% maior que a de 2018, enquanto a de milho deve crescer 3,6%. A área a ser colhida com algodão herbáceo será 17,1% superior a do ano passado. Em contrapartida, a área de arroz encolherá em 6,2%, enquanto a de feijão diminuirá 1,8%.

A área colhida em 2018 ficou em 60,9 milhões de hectares, 248,3 mil hectares menor que em 2017, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro.

O Banco Safra divulgou a abertura das inscrições para o seu programa de trainee. Os selecionados receberão remuneração mensal de R$ 6,8 mil. Os interessados têm até o dia 7 de outubro para realizar as candidaturas através do site da empresa.

Os interessados em participar do programa devem ser recém-formados nos cursos de administração, arquitetura, ciências contábeis, direito, economia, engenharia (todas as especialidades), estatística, física, gestão política, psicologia, relações internacionais, matemática, sistemas de informação, tecnologia da informação e ciência da computação.

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É necessário ter concluído a graduação em dezembro de 2015 ou com previsão para dezembro de 2018. Ainda entre os pré-requisitos estão inglês intermediário e disponibilidade para trabalhar em São Paulo. Não é necessário ter experiência prévia no assunto.

O processo seletivo será realizado através de  testes online, business case, painel de negociação com gestores e entrevistas presenciais. Selecionados serão inscritos em um curso intensivo sobre o segmento e terão experiência em várias áreas da empresa.

Ainda há a possibilidade de, após o programa, os concluintes participarem de um MBA ou pós-graduação. Também está previsto um incentivo de contratação de R$ 20 mil. O programa tem duração total de nove meses e previsão de início para janeiro de 2019.

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O candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu hoje (29), em Brasília, um plano plurianual de safra e a criação do seguro de renda para a iniciativa privada e de um fundo anticatástrofe para atenuar grandes prejuízos.

Essas e outras propostas foram apresentadas durante  um encontro promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Conselho do Agro, que reúne entidades do setor agropecuário.

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“Se conseguirmos equacionar bem o recurso de renda, vamos resolver as questões do endividamento e do crédito agrícola”, disse, se comprometendo a oferecer um crédito mais barato para estimular a atividade econômica.

No comércio exterior, ele defendeu o combate ao protecionismo, com a abertura de mercados e novos acordos comercias, inclusive com países do Pacífico.

Para garantir a oferta de produtos nos mercados internacionais, o candidato acredita que é preciso dar mais segurança jurídica aos empresários, defendendo a propriedade privada, reduzindo a margem de discricionariedade, tornando as leis autoaplicáveis e dialogando com os poderes.

A proposta do candidato do PSDB, ex-governador de São Paulo, é zerar o déficit primário em até dois anos, caso seja eleito.

“Isso vai aumentar a confiança e atrair investimentos para o país”, disse, destacando que a estimativa é que a dívida pública bruta (que inclui tanto a dívida federal como dos estados e as compromissadas) chegue a R$ 5,3 trilhões, ou seja, 77% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o déficit primário (resultado das contas do governo excluindo os juros da dívida pública) previsto é de R$ 159 bilhões.

Segundo ele, isso pode ser feito com redução de despesas e reformas estruturantes, como a da Previdência.

“Nossa Constituição é detalhista e enciclopédica, temos que mudar isso”, disse, destacando que os primeiros meses de governo serão centrais para os arranjos e definição das reformas que serão feitas.

Alckmin defendeu ainda a simplificação do sistema tributário, com o estabelecimento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), uma boa política monetária e um câmbio competitivo para incentivar a atividade empreendedora.

Política fiscal

“Com uma boa política fiscal e zero de déficit primário, dá pra investir”, afirmou. A reforma política também é defendida pelo tucano, com o enxugamento no número de partidos, que hoje são 35.

Para a recuperação do emprego, ele quer investimentos em infraestrutura, com participação da iniciativa privada em concessões e parcerias públicos privadas, na recuperação de rodovias e integração de modais.

“Vamos ter uma agenda de competitividade, simplificação tributária, recuperação da capacidade de investimentos, tornando o dinheiro mais barato com a competitividade dos bancos, desburocratização, investimento na educação básica e abertura da economia”, ressaltou.

O candidato se disse ainda contrário ao tabelamento do frete, estabelecido após a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano.

Ele também sugere uma política de reajuste mensal do preço dos combustíveis pela Petrobras - hoje ele é diário - assim como um imposto regulatório para o insumo.

Tecnologia e inteligência

Na segurança área de pública, Alckmin defende o uso da tecnologia e inteligência no combate ao tráfico de drogas, armas e contrabando na fronteira.

Ele é favorável à posse e porte de armas na área rural, mas disse que é papel do governo combater as organizações criminosas e o roubo de equipamentos e defensivos agrícolas.

O candidato também recebeu o documento “O Futuro é Agro 2018-2030”, elaborado pelas entidades que integram o Conselho do Agro, com sugestões para a agenda do setor nos próximos anos.

A apresentação de Alckmin, na sede da CNA em Brasília, foi acompanhada por lideranças do agronegócio e autoridades, entre elas, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.

Os candidatos Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede) também confirmaram presença no evento.

A safra agrícola de 2018 deve totalizar 226,8 milhões de toneladas, uma queda de 5,7% em relação à produção de 2017, o equivalente a 13,8 milhões de toneladas a menos. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado é em 1,1 milhão de toneladas menor do que o estimado pelo levantamento de junho, o que representa um recuo de 0,5%.

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Em 2017, a safra somou 240,6 milhões de toneladas.

Área colhida

Segundo o IBGE, os produtores brasileiros devem colher 61,2 milhões de hectares na safra agrícola de 2018, uma elevação de 0,02% em relação à área colhida em 2017, o equivalente a 12.161 hectares a mais.

A expectativa é 0,03% menor que o previsto no levantamento de junho, devido a um decréscimo de 18.848 hectares.

Itens

De acordo com o IBGE, a produção nacional de soja deve alcançar o recorde histórico de 116,4 milhões de toneladas em 2018. O resultado é 1,2% maior este ano do que o obtido em 2017. A área colhida deve aumentar em 2,5%.

A safra de milho, porém, deve encolher 16,7% em 2018, com queda de 7,1% na área. Já

o arroz registra recuo de 7,3% na produção, e redução de 5,4% na área colhida.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos agrícolas do País, responsáveis por 93,0% da estimativa da produção brasileira em 2018 e 87,0% da área a ser colhida.

Comparação

Em relação às estimativas de junho, a produção de soja será 0,1% maior que o previsto. A colheita de milho de segunda safra será 1,5% inferior. Já a produção de milho de primeira safra será 0,3% maior que o estimado em junho.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu para 228,1 milhões de toneladas a estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2018. A previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizada em maio, é 0,8% inferior a estimativa de abril.

A safra deste ano deverá ser 5,2% menor que a de 2017, que ficou em 240,6 milhões de toneladas. A queda em comparação ao ano passado poderá ser influenciada pelas diminuições nas safras de milho (-15,1%) e de arroz (-7%). Deve diminuir também a produção de uva (-17,5%), batata-inglesa (-11,1%), laranja (-9,4%) e banana (-3%).

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No entanto, segundo o IBGE, outras lavouras de grãos terão aumento na produção, como o algodão (21,6%), soja (0,7%), feijão (2,6%) e trigo (0,2%). A safra de cana-de-açúcar, principal lavoura em volume de produção do país, deve fechar o ano com 703,1 milhões de toneladas, equivalente a 2,2% a mais do que em 2017. Já o café, com 3,4 milhões de toneladas, poderá ter crescimento de 23,3% em relação ao ano passado. O cacau deve subir 8,3%, o tomate 0,6% e a mandioca 0,5%.

A colheita da safra de soja 2017/18 chega ao fim nos campos brasileiros com recorde de produção. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume colhido deve atingir 116,9 milhões de toneladas, após registrar 114,1 milhões na safra anterior. Algumas consultorias, como a Céleres, estimam uma produção ainda maior, de 117,8 milhões. A expectativa é de que, já na próxima safra, pela primeira vez, o Brasil possa ultrapassar os Estados Unidos como maior produtor mundial do grão.

Conforme o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção americana nesta safra, de 119,5 milhões de toneladas, ainda foi maior que a do Brasil, mas a previsão para 2018/19 é de que ela deve recuar para 116,4 milhões de toneladas. "Para o Brasil, ainda não temos estimativa, porque esta safra só se inicia em setembro. De toda forma, a produção nos últimos anos foram muito próximas. Com qualquer deslize climático ou produtivo dos EUA, o Brasil poderá ser o líder", avalia Enilson Nogueira, analista de mercado da Céleres.

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Segundo ele, o maior volume de soja da nossa história resulta de uma combinação de clima e tecnologia. "As chuvas desde o plantio até fevereiro vieram com bastante força, ajudando as lavouras a atingirem o potencial tecnológico esperado. Como estão cada vez com mais tecnologia aplicada, o crescimento na produção não surpreende."

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan, o País tem potencial para ser o maior produtor mundial de soja já nas próximas safras, mas enfrenta gargalos. "Temos mais áreas para expansão do que eles, podendo plantar a soja em pastagens degradadas, porém precisamos corrigir nossos problemas de logística. Estamos na parte mais distante da área de produção e sofremos o impacto do alto custo do combustível no frete", avalia.

O Estado é o maior produtor de soja do País, mas tem um custo alto para escoar a produção. "Há trechos de rodovias que não foram concluídos e outros que estão com o asfalto deteriorado. Levar a soja até a hidrovia, no norte, está tão caro quanto descer com ela para os portos do sul. O frete está saindo entre R$ 250 e R$ 270 a tonelada", diz Galvan. Apesar disso, segundo ele, a situação é favorável para o produtor. "Com a soja a R$ 65 (a saca de 60 kg), como está hoje, o produtor começa a ter renda. Melhor que no ano passado, quando vendemos a R$ 53". Ele acredita que, em parte, o bom preço se deve à quebra de produção na Argentina. "Eles tiveram problemas climáticos severos e colheram muito pouco."

Conforme Nogueira, a valorização do dólar ante o real teve influência na formação do preço da soja brasileira - na última sexta-feira, a moeda americana fechou a R$ 3,60. Esse não foi, porém, o único fator, segundo ele. Além da quebra da produção argentina, a possível taxação chinesa à soja americana, como retaliação às barreiras propostas pelos americanos aos produtos chineses, favoreceu o grão do Brasil. "De um mês para cá, aproveitando a janela de preços remuneradores, o produtor vendeu mais de 10% do volume da safra. Em Paranaguá, no dia 7, a saca foi negociada a R$ 87, 4% acima do mês passado e quase 25% sobre o mesmo dia de 2017 ", disse.

Mesmo diante de uma produção maior, o cenário de demanda interna e externa, com redução na oferta global, é favorável à manutenção dos preços, segundo ele. A Céleres estima embarques recordes de 70 milhões de toneladas, 3% maior que na safra 2016/17. O interesse externo pela soja brasileira poderá diminuir a disponibilidade do grão no segundo semestre, sustentando a boa cotação. "A valorização do dólar no mundo, frente ao fortalecimento da economia americana e dos esperados aumentos de juros por lá, deverá continuar contribuindo para a formação de preço no Brasil durante 2018", disse Nogueira.

Rainha

No Estado de São Paulo, a soja passou a reinar absoluta nos campos de produção que se estendem pelo Vale do Paranapanema, no sudoeste paulista. A entrada da soja na região de Capão Bonito, tradicional produtora de feijão, causou uma transformação que ainda impressiona o produtor Leomir Baldissera. As fazendas têm frotas de máquinas modernas e estão pontuadas pelos conjuntos de silos. "A agricultura aqui era de alguns picos altos e muitos baixos, pois a batata, o milho e o feijão são assim. A soja veio e deu estabilidade, se adaptou bem à região, ocupou quase todos os espaços. Hoje, ela é a rainha das lavouras", disse.

O produtor destaca a boa adaptação da oleaginosa numa região em que a cultura é de sequeiro - que dispensa a irrigação. "Nessa região, a terra é muito boa e as chuvas são bem definidas. É possível fazer duas culturas e meia por ano, o que não se consegue no Centro-Oeste." Ele conta que a região não tem áreas para expansão das lavouras, por isso o agricultor usa a renda para investir em tecnologia. "Muitos adotaram a agricultura de precisão, que permite identificar manchas de solo mais fracas e fazer a correção. Com isso, o produtor padroniza a lavoura e sabe quanto vai produzir. Aqui, o produtor está sempre na ponta em tecnologia."

Apenas na área de atuação da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, os 20 produtores colheram 1,1 milhão de sacas (66 mil toneladas), com produtividade média de 72 sacas por hectare e picos de até 85 sacas/ha, uma da mais altas do Brasil. Com a expectativa de bons preços, o produtor não teve muita pressa para vender, segundo o administrador Luiz Carlos Mariotto. "Ainda temos 27 mil toneladas em estoque, 42% do que entrou. No início da safra, o preço estava baixo e o produtor preferiu segurar", disse. Na região, nesta sexta-feira, a soja era vendida a R$ 78,50 a saca, preço livre para o produtor. Em janeiro, a saca estava a R$ 65.

O responsável pelo setor comercial de cereais, Fernando Nascimento, acredita que a cultura chegou para mudar o perfil agrícola da região. "A soja é o grão do momento no mundo, tanto para consumo direto como para a produção de proteína animal. Só a China vai consumir este ano 118 milhões de toneladas, que é tudo o que o Brasil vai produzir." Ele diz que, por conta dessa dependência, os chineses ampliaram muito a presença no País, adquirindo tradings e se colocando em posições estratégicas. "Eles chegaram sem alarde e já estão nos portos de Santos e de Paranaguá." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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