Tópicos | Contra o governo

Os "coletes amarelos" iniciaram nas ruas de Paris, pelo décimo sábado consecutivo, seus protestos contra o governo, apesar do debate nacional lançado pelo presidente Emmanuel Macron para debater as exigências desse movimento.

"Esperamos uma mobilização pelo menos igual à da semana passada", declarou uma fonte da polícia à AFP.

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No último sábado, pouco mais de 80.000 pessoas saíram para se manifestar em todo o país.

Eram 30 mil a mais do que em 5 de janeiro, mas menos do que os 280 mil que marcharam em 17 de novembro, quando esta onda de protesto social começou.

Em Paris, cerca de 5 mil policiais acompanharão a rota planejada pelos manifestantes, que esperam reunir um milhão de manifestantes para pedir a demissão de Macron.

Durante a semana, presidente francê pediu um diálogo "sem tabus" ao abrir um grande debate nacional para tentar desativar os protestos dos "coletes amarelos".

"Este debate está"aberto a todos os temas (...) não deve haver tabus", declarou Macron durante um encontro com 600 prefeitos e representantes locais em Grand Bourgtheroulde, um pequeno povoado da Normandia (noroeste).

Com este diálogo nacional o presidente tenta arrefecer as manifestações dos "coletes amarelos", um coletivo de franceses que protesta em todo o país desde meados de novembro contra a política social e fiscal do governo, que considera favorecer os ricos.

"Acho que podemos converter este momento que a França atravessa em uma oportunidade", considerou o presidente de 41 anos.

Também reiterou o seu pedido para acabar com a "violência" que manchou alguns protestos. "A ira nunca trouxe soluções", apontou.

Esta reunião marcou o início de dois meses de diálogo nacional que será estruturado em torno de quatro grandes temas: o sistema fiscal e a ação pública, o funcionamento do Estado e dos coletivos públicos, a transição ecológica e a democracia.

A tarefa de Macron será árdua para convencer os franceses, muitos dos quais não veem utilidade nesta discussão.

Segundo uma pesquisa Elabe para a emissora BFMTV, divulgada na terça, 40% dos cidadãos querem participar das conversas, mas somente 34% consideram que ajudarão a sair da grave crise política que a França atravessa.

Na madrugada desta sexta-feira (30) para o sábado (31), o site oficial do presidente do Brasil, Michel Temer, foi hackeado por um grupo denominado NOV3. Após a invasão, o página passou a exibir a imagem de Temer com uma expressão de raiva e ao fundo uma música de rap criticando o atual governo do país.

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Abaixo da imagem, também havia um texto pedindo pela "pena de morte para quem tá no Congresso", afirmando que políticos devem responder por crime hediondo. Complementando a legenda, os hackers faziam uma crítica ao consumismo. "Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que o dinheiro não se come. Eu quero pena de morte para quem tá no congresso, vocês deveriam responder por crime hediondo", escreveu.

Apesar de se declararem contra Michel Temer, os hackers apresentaram-se como apartidários. "Antes de me chamar de esquerda ou direita, eu quero é que se dane a direita, meio e a esquerda! Dane-se os partidos", finalizou.

A invasão hacker, no entanto, já foi desfeita na manhã deste sábado (31). O site de Michel Temer já está podendo ser acessado normalmente.

O Partido Social Cristão (PSC) lançou uma nota informando que a decisão do deputado federal Sílvio Costa (PSC-PE) de assumir uma das dez vice-lideranças do governo na Câmara dos Deputados é estritamente pessoal. No texto, o partido esclarece que "não concorda com a decisão" e que "ela não reflete o encaminhamento político decidido pela bancada federal e pela Executiva Nacional da sigla". O partido, oficialmente, é oposição ao PT.

O líder do partido, deputado André Moura (SE), assinala que a postura adotada anteriormente pelo PSC, decidida de forma colegiada e respeitando sua tradição democrática, permanece sendo de independência dentro do Congresso Nacional, “sem atrelamento a grupos, priorizando, nas votações do Legislativo, acima de tudo, os interesses da família, da cidadania e do Brasil”.

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Moura diz que foi informado na quarta-feira (11) pelo próprio deputado Silvio Costa, sobre sua decisão, “tomada de forma individual e sem consulta prévia às instancias partidárias”. Ele acrescentou que “o parlamentar pernambucano seguiu apenas a sua consciência em favor do Executivo, e deve ele mesmo responder por sua decisão isolada.”

*Com informações da Agência Câmara

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