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A caderneta de poupança voltará a render 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR) para todos os depósitos a partir desta quinta-feira, 29, com a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros de 8,5% para 9% ao ano.

O governo alterou as regras da poupança no ano passado. Depósitos feitos até 3 de maio permanecem com a remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR. Aplicações feitas a partir de 4 de maio seguem a nova metodologia de cálculo: 70% da taxa Selic mais TR, quando a taxa básica for igual ou inferior a 8,5% ao ano; ou 0,5% ao mês mais TR, quando a Selic superar o patamar.

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Como a nova mudança nos juros passa a valer nesta quinta, as poupanças com aniversário a partir desta data terão um rendimento maior. Com os juros em 8,50% ao ano, os depósitos que seguem a nova regra rendiam até esta quarta-feira, 28, 0,4828% ao mês mais TR.

Outro fator que vem favorecendo a poupança é a TR, que ficou zerada entre 7 de agosto do ano passado e 19 de junho deste ano. O índice é calculado diariamente pelo BC com base na taxa média dos CDBs prefixados, de 30 a 35 dias, oferecidos pelos 30 maiores bancos.

Simulação

A poupança vai continuar ganhando de vários fundos de renda fixa, apesar destes também serem beneficiados pela alta da taxa básica de juros, de acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Os fundos perdem para a poupança nas aplicações de até seis meses, que são tributadas com a alíquota mais alta do IR (22,5%).

Para investimento acima de seis meses e até dois anos, o fundo precisa ter taxa de até 0,50% ao ano para render mais que a caderneta. Se a taxa de administração for de até 1%, é preciso deixar a aplicação no fundo por mais de dois anos para ter a mesma vantagem, calcula a entidade. Em relação aos CDBs, o investidor deve exigir uma taxa de cerca de 85% do CDI para atingir o mesmo ganho da poupança, segundo a Anefac.

Captação

A caderneta de poupança registrou captação líquida positiva de R$ 9,3 bilhões em julho, segundo o BC. O número é a diferença entre saques e depósitos e representa um recorde para o mês na série histórica iniciada em 1995.

No acumulado do ano até julho, os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 37,6 bilhões. O volume de janeiro a julho também é o maior da série histórica do BC. Até então, o saldo mais robusto dos primeiros sete meses do ano havia sido em 2012, com um total de R$ 23,7 bilhões.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que o fato de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estar acima do teto da meta oficial justifica a elevação de 0,5 ponto porcentual da Selic, para 8,5% ao ano. Segundo a CNI, a decisão do Banco Central de subir o juro, anunciada na noite desta quarta-feira, 10, correspondeu às expectativas.

A entidade alerta, porém, que "todo o ônus do controle dos preços não pode recair sobre o setor produtivo". Em nota, a CNI adverte que "é necessária uma revisão da combinação de políticas e uma readequação do ritmo de expansão dos gastos públicos às necessidades da estabilização, de modo a gerar condições de um ciclo de juros menos intenso e evitar que todo o ônus do controle inflacionário recaia sobre o setor produtivo".

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Fiesp

O aumento da taxa básica levará a uma nova revisão para baixo nas expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, que pode ficar abaixo de 2%, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em comunicado, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que "os governos precisam aumentar a eficiência da máquina, e serem capazes de fazer mais pelas pessoas".

Firjan

Para a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a nova taxa da Selic era previsível, levando-se em consideração que pela segunda vez no ano a inflação medida pelo IPCA ultrapassou o teto da meta estabelecida. Ao mesmo tempo, afirma a Firjan por meio de nota, "observa-se persistente deterioração das projeções de crescimento para a economia brasileira, especialmente após os frustrantes resultados do PIB do primeiro trimestre e da produção industrial de maio".

Segundo a federação das indústrias fluminenses, "diante desse quadro de inflação elevada e baixo crescimento, o Sistema Firjan reforça a importância da adoção de uma política fiscal norteada pela redução dos gastos correntes e que efetivamente reduza a pressão exercida pelo consumo do governo sobre a inflação".

O IPCA, indicador oficial da inflação, alcançou 6,7% no acumulado em 12 meses até junho. O sistema de metas estabelece 4,5%, com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

O aumento da taxa de juros, anunciado na noite desta quarta-feira, 10, pelo Banco Central (BC) após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi classificado pela Força Sindical como "nefasto" para a economia. "Esta medida mostra claramente a opção da equipe econômica do atual governo, amparada por insensíveis tecnocratas, de continuar privilegiando os especuladores, deixando em segundo plano a produção e a geração de novos empregos", disse a central sindical em nota distribuída à imprensa, assinada pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho).

Em decisão unânime, o Copom elevou a referência dos juros no País, a taxa Selic, em 0,5 ponto porcentual, para 8,5% anuais.

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Na visão do sindicalista, o aumento do juro básico da economia contraria os "pilares" da política de governo voltada para a geração de empregos e distribuição de renda. Além disso, a alta se dá em um cenário político conturbado pela queda na produção e do emprego.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu de forma unânime pela elevação da taxa Selic, referência do juro no País, para 8,5% anuais, na noite desta quarta-feira, 10. A informação foi divulgada no comunicado da autoridade monetária distribuído à imprensa após o término da reunião.

"O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", informou a nota do BC.

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Com o aumento da taxa básica em 0,5 ponto porcentual nesta noite, o rendimento da caderneta de poupança será elevado em 0,02 ponto porcentual, de atuais 0,4555% ao mês para 0,4828% mais a variação da Taxa de Referência (TR), que atualmente corresponde a zero.

Os porcentuais de reajuste da caderneta de poupança equivalem a 70% da Selic para os depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. É que no final daquele mês, mais precisamente no dia 30, o Copom reduziu a Selic de 9% para 8,5% ao ano. Ou seja, para abaixo de 8,75%, patamar que ainda mantém a atratividade dos fundos financeiros.

Para os depósitos feitos até 3 de maio do ano passado, a poupança continua a pagar 0,50% ao mês mais a TR. A remuneração poderá voltar a valer para todas as cadernetas de poupança, a partir de agosto, se a Selic voltar a uma taxa anual igual ou superior a 8,75% ao ano.

No mercado, a expectativa é de que o Copom promova uma elevação de mais 0,50 ponto porcentual da Selic, no mês que vem, para 9% ao ano.

O governo determinou que a poupança passaria a pagar apenas 70% da Selic mais TR a partir de 4 de maio de 2012 porque, estando a Selic num patamar inferior a 8,75% ao ano, a poupança passa a ser uma aplicação mais interessante para o investidor do que os fundos financeiros.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou em 0,5 ponto porcentual a taxa básica de juros no País, a Selic, para 8,5% ao ano, na noite desta quarta-feira, 10. Nesse patamar, a taxa referencial brasileira retoma o nível de maio do ano passado.

A decisão corresponde a expectativas de ampla maioria do mercado financeiro e se trata da terceira alta consecutiva da taxa. Segundo o AE Projeções, apenas 3 de 91 instituições financeiras consultadas esperavam um aperto monetário maior, de 0,75 ponto porcentual.

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A seguida elevação dos juros no País ocorre, principalmente, pela persistência na alta de preços. O IPCA, indicador oficial da inflação medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 6,7% no acumulado de 12 meses até junho. O resultado supera a meta fixada pelo BC de 4,5%, com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) destaca na ata da sua última reunião, divulgada nesta quinta-feira, 6, pelo Banco Central, que o cenário central também contempla expansão moderada do crédito. O Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito. A ata informa também que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos.

Nesse sentido, reitera que, no regime de metas para a inflação, o Copom orienta suas decisões de acordo com os valores projetados para a inflação pelo Banco Central e com base na análise de cenários alternativos para a evolução das principais variáveis que determinam a dinâmica dos preços.

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O Comitê entende, também, que riscos baixos para a inflação subjacente no curto prazo tendem a reduzir incertezas em relação ao comportamento futuro da inflação plena, facilitam a avaliação de cenários por parte da autoridade monetária, assim como auxiliam no processo de coordenação de expectativas dos agentes econômicos, em particular, dos formadores de preços.

Segundo o texto, os riscos baixos para a inflação subjacente no curto prazo tendem a potencializar os efeitos das ações de política monetária, fazendo com que elas possam afetar de forma mais duradoura a dinâmica da inflação plena no futuro.

Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.

A alta da taxa básica de juros (Selic) para 8% ao ano deve melhorar a rentabilidade das aplicações em renda fixa, mas não a ponto de mudar o cenário atual. A caderneta de poupança, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), seguirá como uma aplicação mais interessante do que a maioria dos fundos de investimento.

"Esses aumentos só minimizam o problema da renda fixa. Quando se desconta o IR (Imposto de Renda) e taxas, o rendimento fica próximo a zero", diz o administrador de carteiras Fabio Colombo. Ele frisa que alguns fundos têm aumentado a parcela da carteira de títulos privados para buscar uma maior rentabilidade.

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Para o pequeno investidor vale a velha recomendação de pesquisar taxas, já que, na comparação, a cobrança faz diferença. Quando se considera a nova regra da poupança (rendimento de 70% da Selic mais TR), a Anefac calcula que o retorno será de 5,6% ao ano. Assim, a poupança seria mais vantajosa na maior parte dos casos. Perde para os fundos só quando estes cobrarem menos de 1% de taxa de administração ou se o resgate for feito em prazos longos, sendo cobrado IR menor.

A alta do para 8% confirmou a expectativa da maior parte do mercado. Segundo o último relatório Focus, a taxa deve fechar o ano em 8,25%. Nesse cenário, investimentos de renda fixa pós-fixados, que acompanham a Selic, são recomendados por especialistas.

"Para o investidor conservador, que não se sente confortável com volatilidade, a renda fixa pós-fixada é boa opção. No curto prazo, o mercado de renda fixa está muito volátil, pois o grau dessa alta do juro ainda não está muito claro", diz o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Mario Amigo. "Não existe consenso sobre a inflação estar contida", diz o superintendente executivo da Santander Asset Mangement, Eduardo Castro.

As alternativas pós-fixadas mais acessíveis no varejo são o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que rende um porcentual do CDI (taxa que acompanha de perto a Selic), e a caderneta de poupança. Para o primeiro, vale a comparação das taxas entre os bancos e o poder de negociação. O CDB não tem taxa de administração como os fundos, mas só se torna interessante se for negociado a uma taxa acima de 95% do CDI, segundo especialistas.

"De forma geral, o investidor ao escolher um fundo deve optar por aqueles que têm uma gestão mais ativa, em que o gestor faz adaptações na carteira de acordo com o cenário", recomenda Castro, do Santander. Para ter certeza se o gestor conseguiu ter boas rentabilidades, é preciso avaliar o histórico do fundo tanto com juro baixo quanto em tempos de alta. Pela ferramenta "Escolha Seu Fundo", da Anbima, é possível tanto comparar as taxas de administração como verificar o histórico de rentabilidade.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, avaliou nesta quarta-feira, em nota, que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar para 8,0% ao ano a taxa Selic, com aumento de meio ponto porcentual, sinaliza a intenção da autoridade monetária de mostrar ao mercado a disposição de agir para conter a inflação, "apesar do crescimento da atividade econômica durante o primeiro trimestre ter ficado bem abaixo das expectativas, sinalizando fraca recuperação para o resto do ano".

"Será importante conhecer a ata da reunião, que deverá apresentar sinalizações mais claras sobre o movimento futuro da taxa de juros", diz Amato. Na avaliação da ACSP, outro fator que pode ter influenciado a elevação da Selic é a recente tendência de aumento da taxa de câmbio, "que ao encarecer a importação de componentes, insumos e máquinas, aumenta os custos de produção de alguns setores, contribuindo para a elevação dos preços".

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) considera "um grande equívoco" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros em mais 0,5 ponto porcentual, tomada no mesmo dia do anúncio do crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre, e "condena com veemência o verdadeiro terrorismo que o mercado financeiro vem exercendo sobre o Banco Central para que encampe seus interesses".

"A elevação da Selic pela segunda vez consecutiva no ano é um desastre do ponto de vista econômico e social. Não existe a ameaça de descontrole inflacionário e vai frear ainda mais o ritmo do crescimento econômico, a expansão do crédito, o fortalecimento da produção e do consumo e a geração de empregos", critica, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "O Copom mais uma vez cedeu à chantagem dos rentistas e especuladores do mercado financeiro, os únicos que ganham com essa decisão."

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Força Sindical

A Força Sindical avalia que o aumento da taxa do juro é uma escolha ruim para o emprego. Segundo o presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, "a decisão acende o sinal de alerta para os trabalhadores porque, embora os índices mostrem bom nível de emprego, elevar a taxa Selic contribuirá para a redução de investimentos no setor produtivo". Na avaliação dele, com juros mais altos para os investidores financeiros, sobra menos capital para o investimento produtivo e também para programas sociais. "Aumentar os juros não é uma boa estratégia para reduzir a inflação. Para isso é preciso investir na produção", diz.

O aumento da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 8% ao ano, terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito, avalia a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para a entidade, que fez simulações em diversos cenários aplicando a nova taxa, há um deslocamento muito grande entre a taxa referencial Selic e as taxas cobradas dos consumidores pelos bancos. "Na média da pessoa física (as taxas) atingem 88,61% ao ano, provocando variação de mais de 1.000% entre as duas pontas", afirmou a entidade por meio de nota distribuída à imprensa.

"O último aumento da Selic (em abril, quando a taxa passou de 7,25% para 7,50%) não repercutiu em aumentos significativos nas taxas de juros dos bancos", lembrou o Diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

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Para Miguel, o recente ciclo de aperto monetário do Banco Central, iniciado em abril, reflete uma pressão da sociedade que está começando a ficar incomodada com o aumento da inflação. "Eles (BC) estão aumentando a taxa devido ao aumento da inflação, que começa a chegar no bolso das pessoas", avaliou.

Santander

O economista-chefe do Banco Santander, Mauricio Molan, avaliou que o aumento na taxa básica de juros pode representar o fim do ciclo de alta na taxa de juros. "Algumas palavras usadas no comunicado do Copom sinalizam uma probabilidade elevada que essa tenha sido uma alta definitiva e que (o Copom) não vá realizar movimentos posteriores", disse Molan, ressaltando que a alta foi descrita como sendo um processo que contribui para colocar a inflação em declínio.

"Se for verdade, temos uma decisão que faz sentido no ambiente de crescimento de demanda modesta (o consumo das famílias cresceu apenas 0,1% no trimestre)", disse. "Senão for, esse aumento colide e pode abortar ciclo de crescimento (do PIB) que já é fraco", emendou.

Molan disse, no entanto, que essas são interpretações possíveis, que uma visão mais clara do tema será possível apenas com a publicação da ata da reunião. "Essa interpretação é baseada nas palavras usadas no comunicado, há uma linha muito tênue entre uma coisa e outra. Apenas com a ata poderemos saber", ressaltou.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic, o juro básico da economia, de 7,5% para 8% ao ano. "A elevação da taxa básica de juros traz ganhos modestos contra a alta da inflação, prejudica a expansão dos investimentos e impede o aumento da oferta", citou a confederação, em nota.

Para a CNI, a nova elevação da Selic, de 0,50 ponto porcentual, apesar da intenção correta de segurar a pressão nos preços, traz ganhos modestos na contenção inflacionária e impõe mais dificuldades para o setor industrial retomar o crescimento. "Como acaba de mostrar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, a indústria permanece estagnada", destacou o texto.

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Segundo a CNI, o aumento nos juros é ainda mais prejudicial ao setor industrial, justamente o de maior capacidade de recuperação e de contribuição à retomada da economia. "Sem uma participação expressiva da indústria, o País cresce pouco".

Opinião semelhante tem o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Ele avaliou que a decisão do Banco Central está deslocada no tempo. "Não é hora para aumento de taxa de juros", disse, lembrando que a indústria está fraca e que aumento de juros prejudica ainda mais a competitividade do setor produtivo.

"É preciso quebrar paradigmas, o Brasil precisa de um choque de competitividade, investimento e produção, e não da mesmice do aumento de juros", afirmou, destacando que nesta quarta-feira, após a divulgação do fraco desempenho do PIB do primeiro trimestre, de alta de 0,6%, a Fiesp decidiu reduzir ainda mais a previsão para a expansão econômica neste ano, de 2,5% para 2%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira (29), em 0,5 ponto porcentual a taxa Selic, de 7,5% para 8% ao ano. É a segunda vez que o Copom eleva os juros básicos da economia, após uma sequência de três reuniões do comitê em que houve a manutenção no patamar de 7,25% anuais - o menor da história recente, desde outubro de 2012, quando o BC encerrou um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011.

Antes da decisão do Copom, os analistas estavam divididos nas apostas. Levantamento feito nesta terça-feira, 28, pelo serviço AE Projeções, da Agência Estado, mostrou que, de um total de 72 instituições consultadas, 37 previam aumento de 0,25 ponto porcentual e 34 esperavam elevação de 0,5 ponto. Apenas uma instituição estimava que o BC manteria a taxa Selic inalterada em 7,5% ao ano.

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Numa nova pesquisa com uma amostragem dos analistas, realizada nesta quarta-feira, após divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, não houve alteração nas previsões. O próximo encontro do Copom está marcado 9 e 10 de julho.

O economista e ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola afirmou nesta quinta-feira que o índice de difusão da inflação se mantém num nível muito elevado e que a perspectiva inflacionária de 2013 e 2014 "embute a ideia de que 4,5% não é mais a meta buscada". De acordo com Loyola, o governo parece dar-se por satisfeito com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo de 6%. "Os instrumentos de combate à inflação estão cada vez mais heterodoxos", criticou. Segundo ele, a política monetária tende a ficar "atrás da curva", entregando "menos do que deveria e mais tardiamente". Loyola prevê que a inflação fique entre 5,8% e 6% pelos próximos anos.

Conforme o economista e ex-presidente do BC, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic na última reunião foi lida como "dowvish" pelo mercado. "Acreditamos num ciclo de elevação de juros de 100 pontos, insuficiente", afirmou, em evento organizado pela Coface.

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Na análise de Loyola, a ata da reunião, divulgada nesta quinta-feira pelo BC, mostra um ciclo de aperto monetário, mas com muita hesitação. O economista e ex-presidente da instituição financeira afirmou que os canais de transmissão de política monetária do BC estão obstruídos e citou o mercado de crédito e o de câmbio. "Temos parte importante do mercado de crédito no Brasil inelástica à política monetária do BC. O crédito é um canal de transmissão de política monetária que está entupido", afirmou.

Loyola disse que a economia brasileira mostra dados mistos de recuperação e que o governo dá sinais de que não sabe lidar com cenário de baixo crescimento e alta inflação. "Vemos uma postura míope do governo (sobre combate à inflação e estímulo ao crescimento econômico) agravada pela antecipação da corrida presidencial", completou.

O conteúdo da ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, 25, pelo Banco Central configura uma combinação do teor do comunicado que se seguiu ao término da reunião do colegiado na quarta-feira da semana passada e do discurso feito pelo diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva.

Na palestra promovida pelo banco JP Morgan, durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, na semana passada, o diretor justificou o seu voto contrário à elevação da Selic com o argumento de que teria votado contra mais por uma questão de timing do que por diagnóstico.

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A elevação da Selic em 0,25 ponto porcentual, de 7,25% para 7,50% ao ano, se deu sob um placar de seis votos a favor da alta e dois pela manutenção. Além de Awazu, o outro diretor que foi voto vencido no Copom foi o de Política Monetária, Aldo Mendes.

Segundo Luís Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, o encadeamento dos parágrafos 28 e 29 da ata representa a síntese da combinação do comunicado com a fala de Awazu. No tópico 28, de acordo com o economista, está o comunicado e, no seguinte, a formalização do discurso do diretor de Assuntos Internacionais do BC.

A ata, segundo o economista, dá a entender que o a elevação da Selic na semana passada é o início de um ciclo de aperto monetário, mas que o BC não se compromete com este ciclo. "Alta de juro é consenso no Copom, mas o BC não se compromete com uma nova elevação", diz.

Para ele, a ata deixa a questão tão em aberto que credencia o BC até a não aumentar mais a Selic. "Antigamente quando o BC indicava um início de ciclo, ele se comprometia com ele. Agora ele não se compromete e deixa a porta aberta para até mesmo não se elevar mais a Selic", completa.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira, 25, destaca uma melhora na avaliação da atividade interna e indica que o ritmo de 0,25 ponto porcentual no ciclo de aperto provavelmente vai ser mantido, avalia a economista e sócia da Tendências Alessandra Ribeiro. "Eles (os diretores do BC) sustentam a avaliação de que o nível de inflação e a dispersão ensejam resposta da política monetária, mas ela deve ser administrada com cautela devido a incertezas de origens interna e externa", disse a economista. A consultoria espera um ciclo que comporta mais três altas de 0,25 ponto porcentual na Selic, chegando a 8,25% ao ano em agosto.

Na reunião do Copom da semana passada, que elevou em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros, seis diretores votaram pela elevação de 0,25 ponto porcentual e dois pela manutenção da Selic em 7,25% ao ano. Para Alessandra, a ata mostra que todos os integrantes do comitê são favoráveis a uma ação de política monetária, mas divergiram quanto ao momento de atuação. "Provavelmente esses dois gostariam que fosse feito o ajuste mais para frente. A possibilidade de ter sido um único ajuste, portanto, foi excluída", afirmou.

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Uma piora no cenário externo, de acordo com a economista, pode fazer com que o ciclo seja mais curto do que o previsto. "Dois integrantes avaliaram que alguma coisa importante que está acontecendo no cenário internacional pode trazer a inflação para baixo", disse Alessandra. Na ata, o Copom aponta que "parte do Comitê, entretanto, pondera que está em curso uma reavaliação do crescimento global e que esse processo, a depender de sua intensidade e duração, poderá ter repercussões favoráveis sobre a dinâmica dos preços domésticos".

"Eles continuam avaliando que as maiores incertezas advêm do cenário externo, e claramente houve uma melhora na avaliação quando ao cenário interno. O Copom destacou a recuperação do investimento doméstico e a tendência de crescimento mais alinhado com o potencial", disse a economista. O BC, portanto, dará mais atenção agora às movimentações da economia internacional, aponta Alessandra.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira, 25, reconhece que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, mas reafirma sua visão de que cabe "especificamente à política monetária" se manter especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.

O Copom também avaliou que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. O Comitê considerou, também, que riscos baixos para a inflação no curto prazo tendem a reduzir incertezas em relação ao comportamento futuro da inflação plena, facilitam a avaliação de cenários por parte da autoridade monetária e auxiliam no processo de coordenação de expectativas dos agentes econômicos, em particular, dos formadores de preços.

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Preços

Sobre a alta dos preços o BC sintetizou da seguinte forma: a inflação de serviços segue em níveis elevados, e observam-se pressões no segmento de alimentos e bebidas.

O documento cita que o IPCA foi de 0,47% em março, 0,26 ponto porcentual acima da registrada em março do ano passado, levando a inflação acumulada em 12 meses a 6,59%. A marca é superior ao teto da meta de 2013 estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A ata traz também que o IGP-DI aumentou 0,31% em março e 0,20% em fevereiro, e acumula variação de 7,97% em 12 meses até março. O principal componente do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), variou 8,78%. De acordo com o Copom, em grande parte, essa alta foi reflexo de pressões no segmento agropecuário por causa de choques desfavoráveis de oferta.

Crédito

Para os Indicadores de Condições de Crédito, a ata do Copom informa que os indicadores evidenciam, para o segundo trimestre de 2013, expectativa de moderado aumento no ritmo de concessões de novas operações de crédito para todos os segmentos. O indicador é construído pela instituição com base em consulta trimestral realizada com instituições representativas de cada segmento do mercado de crédito.

Para pessoas jurídicas, a perspectiva de aumento nas concessões se deve, em parte, às expectativas de melhora nas condições da economia doméstica e de recuo no nível de inadimplência de micro, pequenas e médias empresas. Em relação ao crédito às pessoas físicas a expectativa é de aumento nas concessões, impulsionado pelo recuo na inadimplência e no comprometimento de renda das famílias com serviço de dívidas bancárias, no caso do crédito ao consumo; e pela concorrência, no segmento habitacional.

A maior parte dos diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que votou pela elevação da Selic de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano, levou em consideração o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, segundo a ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, 25. A decisão, porém, não foi unânime, já que Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva, avaliaram que o melhor para o momento era manter a taxa básica de juros no patamar de então. Os dois diretores argumentaram que está em curso uma reavaliação do crescimento global e por isso votaram pela manutenção da taxa.

De acordo com o documento, esse nível elevado da inflação e a dispersão do aumento de preços contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. O Comitê ponderou, porém, que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com "cautela".

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A ata explicou ainda que o julgamento de todos os membros do Copom é convergente no que se refere à necessidade de uma ação de política monetária destinada a neutralizar riscos que se apresentam no cenário prospectivo para a inflação, notadamente para o próximo ano.

Força desinflacionária

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, retirou a palavra "importante" do parágrafo 27, quando cita os ativos que apresentam força desinflacionária. "Importa destacar a moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão força desinflacionária", trouxe o documento.

Na ata de março, a frase era: "Além disso, importa destacar moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão importante força desinflacionária". Embora não diga na ata, o Banco Central tem citado como exemplo desses ativos em outros meios de comunicação o câmbio e o preço de imóveis.

Naquele mesmo parágrafo, o Copom ressaltou que o cenário central do BC contempla um ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano. "Nesse contexto, o Comitê destaca a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado".

O grupo também ponderou que, em tais circunstâncias, um risco significativo é a possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação.

O ciclo de alta da Selic - iniciado na quarta-feria, 18, não significa a volta do ganho fácil com aplicações em juro. Até porque o aumento total estimado pelo mercado prevê a taxa básica entre 8,5% e 9% ao ano. Isso significa que o investidor ainda vai precisar de cautela diante do cenário internacional turbulento e de planejamento para ampliar os prazos dos investimentos em troca de boa rentabilidade.

O primeiro trimestre de 2013 já trouxe um cenário desafiador para o brasileiro. Poucos ativos conseguiram superar a inflação oficial do País. Nos primeiros três meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta acumulada de 1,94% e, em 12 meses encerrados em março, de 6,59%.

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Entre as opções para o investidor, pelo menos indicadas no médio prazo, estão os papéis atrelados ao índice de preços. "Ativos indexados à inflação vieram para ficar tanto no portfólio de pessoa física quanto em fundo de investimento. Para o médio prazo, são papéis interessantes para serem carregados por causa da taxa que têm hoje", afirma Damont Carvalho, gestor responsável por fundos macro da Claritas.

Segundo Carvalho, alguns setores da Bolsa de Valores também podem ser interessantes. Este ano, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) acumula queda de 13,24% no ano - em 12 meses, o recuo foi de 15,66%. Esse movimento de aumento da taxa básica de juros já está embutido no preço da maioria dos ativos, analisa Beto Domenici, diretor de multiassets e portfólios da Rio Bravo. "A gente enxerga isso como a primeira abertura de oportunidade", afirma. "A nossa visão ainda é de cautela, mas para o investidor ficar mais líquido possível. Devem aparecer ótimas coisas para se aplicar", diz. Entre algumas possibilidades de investimentos citadas por ele, estão os títulos indexados e os fundos imobiliários.

Poupança

A alta dos juros também vai aumentar a atratividade da nova poupança, cujo rendimento está atrelado a 70% da Selic. Com a taxa básica em 7,5% ao ano, a nova poupança vai ter um rendimento de 0,43% ao mês e de 5,25% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR). Ou seja, um investidor que aplicou R$ 10 mil teria um ganho de R$ 525 ao final de 12 meses, mostra um cálculo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A nova poupança só perde para os fundos com baixa taxa de administração, porém destinados para investidores com grandes quantias. Vale lembrar que a poupança também está isenta de Imposto de Renda (IR).

A poupança antiga segue com rendimento de 0,5% ao mês e de 6,17% ao ano, também com o acréscimo da TR. Um investimento de R$ 100 mil chega ao final de 12 meses com ganho de R$ 617. "Uma taxa de juros maior vai fazer com que a caderneta volte a render mais", diz Juan Jensen, professor do Insper e sócio da Tendências Consultoria. A aplicação continua imbatível na comparação com fundos de renda fixa. "O investidor, se puder, não deve mexer na poupança antiga", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac.

Na comparação com o desempenho da nova poupança, somente os fundos de renda fixa com taxa de administração baixa têm melhor desempenho. "A poupança nova continua sendo interessante principalmente pelo fato de não ter Imposto de Renda e só perder para aplicações com baixas taxas de administração", diz Oliveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira, 17, em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic, para 7,50% ao ano. A decisão rompe uma sequência de três reuniões do comitê, em que o juro básico da economia brasileira havia sido mantido em 7,25% anuais - menor patamar da história recente, desde outubro do ano passado, quando o BC encerrou um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011.

O anúncio do BC confirmou a expectativa da maioria das instituições financeiras ouvidas pelo AE Projeções. O levantamento no início desta semana com 83 analistas mostrou que 53 esperavam por elevação do juro ante 30 que apostavam em Selic igual. Do grupo que projetava o aperto monetário, a maior parte (33) sinalizava para 0,25 ponto porcentual de alta, contra 20 profissionais indicando 0,50 ponto. Para encerrar o ano, as indicações sinalizam taxa entre 7,5% e 9%.

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As apostas do mercado financeiro em uma taxa maior cresceram desde a semana passada, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA (índice oficial da inflação) rompeu o teto da meta do governo, de 4,5% com dois pontos porcentuais de flutuação. O indicador de preços acumulou avanço de 6,59% em 12 meses até março.

O próximo encontro do Copom está marcado para os dias 28 e 29 de maio. A ata da reunião desta quarta-feira será apresentada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 25.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) torce para a desaceleração da inflação, mas diz que falta ao governo da presidente Dilma Rousseff disciplina no gasto público. Sem saber da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que na noite desta quarta-feira, 17, elevou a taxa básica de juros de 7,25% para 7,50% ao ano, FHC declara que aumento de juros "ninguém quer" e que, portanto, não torceria para isso.

"Aumentar juros também não é bom, não é? Estaria torcendo para que não tivéssemos chegado a este momento. O fundamental seria evitar isso antes. E como se evita isso? Com um pouco mais de disciplina no gasto público", avaliou o ex-presidente, após participar, nesta quarta-feira, de uma palestra para estudantes de relações internacionais.

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Dizendo-se não ser do grupo que pensa que "quanto pior melhor", o ex-presidente tucano ressaltou que não se pode "brincar com a inflação". Fernando Henrique entrou para a história do País como 'pai' do Plano Real, que debelou a elevada inflação no País, na década de 1990.

Mandioca

FHC disse estar mais preocupado com a alta nos preços da mandioca e, por consequência na farinha, do que com o tomate, apontado como um dos vilões da alta da inflação. "Me preocupa mais a mandioca que o tomate. Subiu muito o preço. Eu sei também que é sazonal, mas como se tem vários elementos que colocam pressão sobre a inflação simultaneamente, precisa ficar atento", apontou.

Apesar de a inflação oficial ter furado a meta oficial, ele acredita que isso não é dramático, mas preocupante. "Tem de estar atento. Não se resolve (a inflação) com bravata, não se resolve com declarações, se resolve com ação e a ação principal (do atual governo) é restabelecer a confiança do País de que o governo está indo no caminho certo", disse, reafirmando que, se o País estivesse no caminho certo, a inflação não estaria da forma como está.

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