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As bolsas europeias fecharam em território negativo, nesta segunda-feira, 12. As dificuldades na negociação do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, influíram negativamente, bem como o caso da Itália. O país precisa entregar até a terça-feira, 13, uma revisão de sua proposta orçamentária para o próximo ano, mas não tem dado sinais de que pretende ceder muito para agradar os parceiros do bloco europeu. Nesse contexto e em dia de feriado nos Estados Unidos, ações do setor de tecnologia tiveram jornada ruim.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,01%, em 362,03 pontos.

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O Reino Unido precisa chegar a um acordo logo no Brexit, já que todas as partes concordam que uma saída "desordenada" da UE seria um desastre. Diante disso, investidores acompanham com atenção os sinais de Londres e Bruxelas.

Da parte da UE, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que um acordo deve ser concluído "nas próximas semanas", enquanto o principal negociador do assunto no bloco, Michel Barnier, mostrou menos otimismo, comentando que a negociação continua, mas não há ainda acordo. Analistas têm destacado que esta semana é crucial para o assunto, apontando ainda que a solução no assunto poderia surgir apenas em dezembro.

Já a Itália tem até a terça-feira para apresentar uma revisão de sua proposta orçamentária para o ano que vem. Nesta segunda, o governo da Alemanha voltou a insistir na necessidade de ajustes, mas Roma não tem dado sinais de que pretenda mudar muito o que já preparou. Vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), o espanhol Luis de Guindos afirmou que as finanças públicas da Itália são "o fator mais preocupante" neste momento na Europa, embora o contágio até agora seja "limitado".

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,74%, em 7.053,08 pontos, na mínima do dia. Entre os bancos, Lloyds caiu 3,39% e Barclays cedeu 3,43%, mas a petroleira Shell avançou 0,56%, em jornada positiva para o petróleo.

Em Frankfurt, o índice DAX teve queda de 1,77%, a 11.325,44 pontos. A ação da SAP caiu 5,64%, após anunciar acordo para a compra da Qualtrics por US$ 8 bilhões. Fabricante de semicondutores, Infineon Technologies teve baixa forte, de 7,83%, após balanço e revisão em projeções. Deutsche Bank também se saiu mal, em queda de 3,19%.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou com baixa de 0,93%, em 5.059,09 pontos. Orange recuou 0,82% e Natixis caiu 3,63%, enquanto Crédit Agricole perdeu 1,81%.

Em Milão, o índice FTSE-MIB caiu 1,05%, a 19.055,92 pontos, na mínima do dia. Entre os bancos italianos, Intesa Sanpaolo (-2,26%), BPM (-0,85%) e UniCredit (-1,83%) recuaram. Telecom Italia, por outro lado, teve alta de 2,79%, após a companhia informar que poderia colaborar com uma concorrente menor, a Open Fiber, em meio a especulações de que o governo trabalha em mudanças legais que poderiam levar a uma fusão dessas empresas.

Em Madri, o IBEX-35 teve queda de 0,64%, a 9.076,30 pontos. Entre os papéis mais negociados, Vértice Trescientos subiu 1,09%, mas Santander caiu 1,00% e Abengoa recuou 2,63%. Repsol caiu 0,32%.

Na Bolsa de Lisboa, o PSI-20 recuou 0,57%, a 4.992,03 pontos. Banco Comercial Português caiu 1,25% e Ibersol teve queda de 0,71%, enquanto Galp terminou estável. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Conforme as operações Lava Jato e Zelotes avançam no País, seus desdobramentos ultrapassam as fronteiras brasileiras e colocam uma dupla pressão sobre as empresas nacionais. As companhias ficam na mira dos órgãos regulatórios de outros países. Já os investidores estrangeiros se unem em grupos para entrar com ações coletivas na Justiça. Os exemplos mais recentes são os casos da Eletrobrás e do banco Bradesco, mas outras companhias passaram por situações parecidas, como a Petrobrás, a Gerdau e a OAS.

Ter operações ou captar recursos no exterior tem se tornado mais simples e, por isso, as companhias ganham mais obrigações a seguir. "O mundo virou do tamanho de uma bola de gude. Uma empresa que atua em escala global precisa se proteger não apenas com o que pode acontecer com elas no Brasil, mas também em outras partes do mundo", aponta o advogado José Ricardo de Bastos Martins, sócio do escritório Peixoto & Cury Advogados.

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A Eletrobras corre o risco de ser excluída da Bolsa de Nova York (NYSE) e teve a negociação de seus papéis suspensa por não ter entregue no prazo seu balanço auditado de 2014, conforme exige a agência reguladora do mercado financeiro dos Estados Unidos, a SEC. A companhia alega que, apesar dos esforços de investigação interna, a dificuldade de acesso a informações da Operação Lava Jato impediu que a empresa avaliasse a "eventual ocorrência de impactos sobre suas demonstrações financeiras."

O caso da estatal ainda deve ter um longo percurso pela frente, na avaliação de Hsia Sheng, professor da Fundação Getúlio Vargas. "Ela já ficou no radar da Justiça americana, mas a verdade é que ninguém manda demonstração financeira para auditores em cima da hora. Nesse caso, mais do que transparência, é preciso organização."

Outro fator importante é que os Estados Unidos vivem um cenário jurídico mais consolidado no combate à corrupção. Criada em 1977, a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), legislação norte-americana que trata dos atos de corrupção, é referência em todo o mundo e já está mais amadurecida do que a lei brasileira, regulamentada só em 2014.

Tal contexto pode, de acordo com Martins, levar as companhias brasileiras a desenvolver melhor suas ferramentas de compliance. "Numa investigação americana é muito mais natural que as coisas caminhem mais rápido", explica. Além disso, o advogado lembra que uma empresa global pode descobrir uma bomba-relógio em suas mãos caso não assuma uma política de governança corporativa antes de qualquer denúncia. "Após uma punição em um país, a empresa vai precisar contratar auditorias em todos os lugares onde tem operações."

Além do combate aos atos ilícitos, há quem acredite que o maior rigor das autoridades estrangeiras também esteja ligada a uma questão de disputa de mercado. Jorge Nemr, advogado sócio do escritório Leite, Tosto e Barros, explica que as empresas envolvidas em escândalos de corrupção acabam tendo vantagens competitivas em relação às demais. "A legislação vem para quebrar isso", diz.

Para Nemr, a operação Zelotes pode ter impacto ainda maior no exterior por envolver diferentes setores do mercado. "É uma forma do setor privado estrangeiro colocar as autoridades do País para trabalhar para eles", acredita o advogado.

Por isso, não adotar estruturas de fiscalização é perder competitividade. "Se não andar de acordo com as normas locais e internacionais, você não vai conseguir competir e sobreviver", aponta Nemr. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta segunda-feira, 25, em queda, pressionadas pela baixa do petróleo e por dúvidas em relação a balanços corporativos.

O petróleo começou o dia sem direção definida, mas mergulhou no território negativo depois de a consultoria Genscape informar que os estoques no centro de distribuição Cushing (Oklahoma) subiram cerca de 1,5 milhão de barris na semana. Este foi mais um sinal de que a oferta global da commodity pode estar voltando a crescer, apesar dos esforços de congelamento de produção.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em queda de 2,49%, a US$ 42,64 por barril. Na IntercontinentalExchange, em Londres, o Brent para o mesmo mês cedeu 1,40%, para US$ 44,48 por barril.

Desta forma, as petroleiras lideraram as baixas em Nova York. A Chevron fechou em queda de 0,49%, a ConocoPhillips cedeu 2,83% e a ExxonMobil recuou 0,23%. O subíndice de energia da Nyse perdeu 1,26% na sessão.

Operadores também relataram baixos volumes de negociações, em uma semana com balanços importantes, como os de Apple, Facebook, Procter&Gamble e ExxonMobil.

Outras duas empresas se destacaram entre as maiores baixas da sessão.

As ações da empresa de tecnologia de documentação Xerox recuaram 13,34%, depois de a companhia informar que seu lucro caiu 85% no primeiro trimestre do ano. Já os papéis da farmacêutica Perrigo cederam 18,09%, com o anúncio da diminuição de seu guidance para o ano e a saída do presidente-executivo, Joseph Papa.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 26,51 pontos (-0,15%), aos 17.977,24 pontos; o Nasdaq caiu 10,44 pontos (-0,21%), para 4.895,79 pontos; e o S&P 500 perdeu 3,79 pontos (-0,18%), terminando em 2.087,79 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires

As bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira, 4, sem direção clara, influenciadas pelo noticiário corporativo. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou em alta de 0,40%, aos 334,49 pontos. Em uma sessão com baixo volume de liquidez, todas as atenções dos investidores se concentraram no noticiário corporativo.

Um dos destaques foi o setor de telefonia, diante da notícia de que a Orange está em processo de aquisição da Bouygues. O acordo proposto, de 10 bilhões de euros, desencadeou uma onda de vendas no setor. Na bolsa de Paris, os papéis dessas companhias caíram, respectivamente, 6,17% e 13,45%.

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O setor tem sido afetado desde que a operadora francesa Iliad expandiu as suas operações no segmento de baixo custo. Os papéis dessa companhia também caíram nesta segunda-feira, fechando em baixa de 15,10%.

Em Milão e em Madri, o setor foi destaque entre as principais quedas. Os papéis da Telecom Itália perderam 3,83% e os da espanhola Telefónica cederam 0,71%. O FTSE-MIB, índice de referência da bolsa italiana, terminou em 17.639,26 pontos (-0,77%). Já a bolsa espanhola cedeu 0,06%, encerrando em 8.597,50 pontos.

Por sua vez, o avanço de ações dos setores farmacêutico e de saúde compensaram a queda forte dos papéis de telefonia, em um movimento do mercado em busca de papéis mais defensivos da alta volatilidade. Houve também ganhos no setor de mineração e siderurgia. Em Frankfurt, os papéis da farmacêutica Merck subiram 3,44%. O índice DAX fechou em alta de 0,28%, aos 9.822,08 pontos.

Em Londres, as ações do grupo hospitalar Mediclinic ganharam 3,40%. Ainda na bolsa londrina, os papéis da Anglo American avançaram 1,69% depois de a empresa anunciar a venda de 70% dos seus negócios de carvão na Austrália, o que impulsionou o desempenho do setor. As ações da Rio Tinto subiram 1,67%. O índice FTSE-100 terminou com alta de 0,30%, em 6.164,72 pontos.

Em Paris, compensando a baixa do setor de telefonia, as ações da ArcelorMittal tiveram alta de 1,93% e as da LafargeHolcim saltaram 3,44%. O índice CAC-40 terminou com ganho de 0,53%, aos 4.325,22 pontos. A bolsa de Lisboa encerrou em queda de 0,26%, aos 4.977,05 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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