Tópicos | Crianças com câncer

O ato inesperado de um ladrão chamou a atenção da Polícia Civil de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Após furtar um carro estacionado nas imediações da Escola Técnica em Saúde do Hospital das Clínicas, no último sábado (28), o criminoso devolveu uma sacola repleta de mechas de cabelo que foram doadas para confecção de perucas destinadas à crianças com câncer.

Em um bilhete colado na sacola que foi arremessada no pátio do hospital, o ladrão tentou se redimir por ter levado os donativos e ainda orientou a entregarem o pacote na recepção do centro clínico. "Peço desculpas pelo fato ocorrido, não sabia que era pras [sic] crianças com câncer. Entregar na recepção do hospital de clínica", informava o papel.

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De acordo com a Polícia Civil, o carro furtado era de uma cabeleireira que notou a falta do veículo ao deixar o hospital. A sacola com as doações foi devolvida na última terça-feira (1º). O pacote foi entregue à perícia para tentativa de localização do criminoso.

Em prol da caridade, o ator Keanu Reeves, famoso por interpretar Neo na franquia "Matrix" (1999), está leiloando 15 minutos em uma chamada de vídeo por meio do aplicativo Zoom. O valor será usado para ajudar a Camp Rainbow Gold, uma instituição do estado de Idaho (EUA) especializada no tratamento de crianças com câncer.

Os lances para conversar com o ator, que está finalizando as gravações de "Matrix 4", o mais novo longa metragem da franquia, já atingiram US$ 19 mil, cerca de R$ 100 mil. Para acompanhar ou participar do leilão, basta clicar aqui.

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Reeves também está envolvido em mais uma sequência para "John Wick", que tem data de estreia programada para 1º de abirl de 2021, no mesmo dia de "Matrix 4". O ator também voltará em um de seus papéis mais clássicos no filme "Bill & Ted 3", que chega em agosto aos cinemas.

 

O atendimento oncológico tem que estar integrado a um centro de tratamento especializado, dentro do qual se deve dar atenção especial à saúde mental dos pacientes, sobretudo quando se trata de crianças e adolescentes. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (10) à Agência Brasil pelo oncopediatra Marcelo Milone Silva, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope). “O paciente tem que ser visto não só pelo médico, mas por uma equipe multidisciplinar e, dentro dessa equipe, é imprescindível a presença de um psicólogo ou psiquiatra”, disse.

Segundo Milone, essa necessidade envolve não só o paciente, mas toda a família, englobando pais e, também, irmãos que, muitas vezes, se sentem negligenciados e desenvolvem irritação ou até mesmo raiva, porque todos os olhares passam a ser para a criança ou jovem doente. Ele acrescentou que é preciso levar em consideração também que o paciente, quando é feito o diagnóstico, tem sua rotina alterada completamente. “Devolver essa criança ou adolescente para o convívio dos amigos também é delicado”.

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Quando esses pacientes são submetidos a tratamentos de quimioterapia, por exemplo, ocorrem alterações no seu aspecto físico, o corpo fica inchado sob ação de algum medicamento. Ele fica careca, pálido, a família fica mais controladora e tudo isso afeta a cabeça do paciente, que pode requerer atendimento psicológico ou psiquiátrico para medicação. Tem que ser visto de forma mais intensa”.

Suporte

Na avaliação do médico, o suporte psicológico ou psiquiátrico durante e após o tratamento oncológico é fundamental, inclusive para adolescentes ou adultos jovens, entre 18 e 20 anos, porque, nesta idade, eles começam a achar que a “turma” deles não entende o que eles estão passando. “O convívio que eles têm com a morte é muito próximo”.

O oncopediatra explicou que esses pacientes têm um convívio muito grande com a população hospitalar e veem muitos dos amigos com que convivem nesse ambiente e que se tratam da mesma doença, falecerem durante o tratamento. Daí a necessidade de terem um suporte emocional. Os pais também convivem com a ideia de perda dos filhos, o que é uma ideia muito delicada. “A finitude da coisa toda é muito próxima”, disse, para completar que esse é mais um sinal da importância do suporte emocional.

A taxa de cura dos pacientes com câncer hoje é muito variada, dependendo do tipo do câncer. Nos países mais desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, Europa e Japão, por exemplo, atinge em torno de 80%. Segundo Milone, no Brasil o problema está na estrutura de modo geral. O oncopediatra disse que há condições de oferecer quimioterapia no Brasil como em qualquer outro país.

O problema é que, muitas vezes, o custo do remédio para o tratamento excede o valor pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há remédios que custam até R$ 20 mil. Ocorre, ainda, que durante o tratamento, o paciente pode sofrer uma intercorrência e ter que ser levado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas a estrutura do hospital não permite e ele acaba morrendo. Com isso, a taxa de cura no país, em geral, oscila entre 50% e 60%.

Transtornos

Segundo pesquisas internacionais, ex-pacientes da doença têm 10% mais transtornos psíquicos que a população em geral. Os resultados chamam a atenção para a importância de práticas relacionadas à saúde mental no tratamento oncológico de crianças e jovens, incluindo também familiares e profissionais de saúde. “O estresse pela perda de um paciente é muito intenso”. Daí a recomendação para que a equipe de saúde também tenha acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.

O mês de janeiro é considerado o mês de conscientização sobre a saúde mental, que é importante em situações de tratamento de doenças como o câncer, segundo o médico.

 

* Por Elaine Guimarães

No quinto andar do Centro de Onco-hematologia Pediátrica (Ceonhpe), do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, funciona a primeira, e única, classe hospitalar de Pernambuco, batizada de Semear. De um projeto experimental, nascido em setembro de 2014 e consolidado em março de 2015, o espaço incentiva o aprendizado de crianças em tratamento contra o câncer, promove atividades lúdicas e, juntamente com a participação familiar, viabiliza dias menos doloridos de internação na unidade de saúde.

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A iniciativa é uma parceria entre a Prefeitura da cidade e o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE). “Não há um tempo estipulado para a permanência das crianças e adolescentes na unidade. O tratamento de leucemia, por exemplo, não dura menos do que 28 dias. Assim, gerou-se uma inquietação no GAC, porque percebemos que as crianças e adolescentes, que estavam internados aqui, perdiam o ano letivo devido ao número de faltas nas respectivas escolas. A nossa antiga gestora foi em busca de informações para sanar esta problemática. A partir do momento que começamos a estudar sobre classe hospitalar, vimos que não precisávamos de um projeto, porque já era lei”, explica a gerente de desenvolvimento institucional Luciana Amaral.

A Semear funciona de forma diferenciada do ensino regular, ou seja, com carga-horária reduzida, flexibilidade e atendendo à necessidade individual do aluno. De acordo com levantamento divulgado em 2015, o Brasil possui cerca de 155 classes hospitalares, sendo a maioria centralizada na Região Sudeste (63).

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Entre as sessões de quimioterapia e, em determinados casos, cirurgias, os alunos da classe hospitalar revisam e aprendem português, matemática, história, entre outros conteúdos. À frente da sala, a professora e responsável pela Semear, Cristiane Pedrosa, desenvolve, juntamente com as crianças e adolescentes, atividades e segue o planejamento escolar, conteudístico,  idealizados pelas escolas de origem dos alunos ou desenvolvidos junto à Prefeitura.

“A classe hospitalar assegura a escolarização dessas crianças que estão em período de internamento. Aqui, elas têm aula como se estivesse na escola, mas com uma diferença. Se ela estiver bem, vem para a sala. Mas, se não, vamos até o leito com todo material”, ressalta a docente.

De acordo com Cristiane, cada aluno tem um portfólio, com informações sobre atividades executadas e desenvolvimento cognitivo. “A partir desta documentação e provas escritas, enviadas pelas escolas de origem, os alunos são avaliados. Além disso, preenchemos o diário online, que possui vínculo com a prefeitura”, comenta.

A turma é composta por alunos de diferentes faixas etárias, das séries iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, do 1º ao 5º ano. Para pais e familiares, a classe hospitalar é um aliado para o tratamento e um sopro de esperança para dias melhores. “Quando chegamos aqui em agosto de 2018, tivemos a preocupação com a escola, se Hanna perderia o ano letivo. A classe escolar é muito importante, porque, além da parte cognitiva, há interação com os outros alunos e  com as professoras”, frisa Alexandre Barbosa, que acompanha a filha Hanna no tratamento.

Questionado sobre a efetividade das aulas durante o tratamento, Alexandre é categórico. “O tratamento é bastante complexo e agressivo. Então, algo que vai fazer com que ela se distraia. Já é ruim estar em um hospital, dentro de uma enfermaria. Imagine sem ter uma interação com outras crianças, com o estudo no geral?”, realça.

Visando contemplar também adolescentes, que estão nas séries finais do Ensino Fundamental, a Semear está viabilizando, junto à prefeitura, a expansão do projeto. “Este ano, o projeto comemora quatro anos e nossa intenção é expandi-lo para contemplar as séries finais do fundamental. Muitos pacientes questionam se também vão estudar, que a sala é apenas para os pequenos. Isso foi gerando outra inquietação. A prefeitura já assinou a documentação para que isso aconteça, mas ainda não temos uma data para iniciar a expansão das turmas”, pontua Luciana.

Confira o vídeo para conhecer mais sobre a classe hospitalar Semear:

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*Essa matéria foi publicada originalmente no site institucional da UNINASSAU

Uma ONG de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi roubada na madrugada desta sexta-feira (14). Os ladrões levaram cerca de 100 quilos de tampinhas de garrafas plásticas que seriam vendidas para uma recicladora parceira da Associação de Assistência em Oncopediatria, conhecida como AMO Criança. A organização utiliza o dinheiro da venda para bancar os tratamentos de 42 crianças e adolescentes com câncer de quatro municípios da região.

"Parece ridículo alguém roubar tampinhas de uma organização que ajuda crianças com câncer. Não é nem pelo valor, mas pelo que fizeram. Que miséria de caráter. Mas não julgo as pessoas que roubaram. Podem ser adolescentes que estão viciados e roubaram as tampinhas para trocá-las por drogas. O pior é que tem quem compre o material reciclável deles. Isso é o mais triste, saber que há pessoas que não pensam no outro", afirmou a gerente da unidade, Carla Silva, em entrevista ao jornal Extra. Segundo ela, a quantidade roubada daria para pagar a ecografia de um paciente.

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Ainda de acordo com a gerente, com a venda do material, a organização disponibiliza para elas remédios e exames, além de criar uma ponte com entidades que disponibilizam profissionais para atendê-las. As famílias desses pacientes também recebem ajuda com cestas básicas.

Para entrar no local, os ladrões cortaram a cerca elétrica do prédio e conseguiram passar pelo vigia. O roubo aconteceu por volta das 4h. Sem esperança de recuperar o material roubado, a AMO Criança espera contar com a ajuda dos moradores da região para que guardem as tampinhas e doem à associação.

Whinderson Nunes vai fazer uma doação milionária para crianças com câncer do Piauí, seu estado de origem. Ele anunciou, nesta quarta (10), em seu Instagram, que doará seu cachê de mais de  R$ 1 milhão de reais, arrecadado com o show Eita! Casei!, do Netflix, para a Fundação Lar de Maria, que cuida de pequenos que sofrem com esta doença. O anúncio emocionou os fãs do humorista.

Com uma foto em que aparece criança, Whinderson escreveu: "Nunca meu pai ia saber que esse cabeça de motor ia chegar tão longe! Feliz em poder anunciar que nós vamos doar mais de 1 MILHÃO DE REAIS para fundação Lar de Maria no Piauí, que ajuda crianças com câncer com a gravação do nosso próximo DVD pro Netflix". Ele ainda explicou que falou sobre a doação no plural porque são seus fãs quem o ajudaram a  chegar onde está: "E quando conseguimos fazer coisas como essa, eu entendo o caminho que Deus me mostra através da minha comédia. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar o mundo de algumas pessoas".

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Nos comentários, os fãs de Nunes se derreteram com suas palavras e, sobretudo, pela sua iniciativa. "Parabéns! Por mais pessoas assim no mundo"; "O bem gera algo ainda maior"; "Que gesto lindo! O nosso propósito é de ajudar ao próximo mesmo e melhorar a vida de quem precisa. Sou mais fã sua por isso"; "Tu é massa"; comentaram os seguidores.

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O Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC), a Faculdade Joaquim Nabuco e o Cinema UCI se juntaram para executar uma ideia invoadora e de total responsabilidade social. Será exibido no dia 19 de novembro, às 10h, o filme "O Pequeno Príncipe", no Shopping Tacaruna, no bairo de Santo Amaro, no Recife. Os bilhetes custam R$ 20; deste valor, R$ 7,50 será destinado ao NACC. A diferença deste projeto é que os ingressos estão sendo vendidos na instituição de ensino.

O Cine Nabuco Social tem a intenção de incentivar os interessados em assistir o longa-metragem a também conhecer e interagir com as crianças do NACC, que estão convidadas a acompanhar a exibição com cadeiras reservadas. “Escolhemos o NAAC pelo excelente e importante trabalho feito por eles, pela seriedade com a qual desempenham suas atividades. Além de sua relevância social”, disse o organizador do projeto e coordenador do curso de Direito da Joaquim Nabuco, Igor Cadena.

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Diretora-presidente do NACC, Arli Pedrosa vê a ação como uma oportunidade para as crianças e adolescentes vivenciarem uma experiência fora da rotina do hospital. “Ao recebermos o convite da Faculdade Joaquim Nabuco, identificamos esta oportunidade de promover uma manhã divertida, em um local onde, para muitos deles, será a primeira experiência de viver a magia do cinema, experiência que educa, diverte e encanta, com a certeza de proporcionar alegria para todos eles”, declarou.

O bilhete pode ser comprado na Faculdade Joaquim Nabuco, localizada na Avenida Senador Salgado Filho, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 18h às 20h. Mais informações por meio da coordenação na sede da faculdade, em Paulista, presencialmente ou pelo telefone (81) 2121-5979.

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A luta pela vida e em prol da educação é o que você confere na segunda matéria da série de reportagens “Nossa Escola”, do LeiaJá. Uma parceria entre instituições e a rede de ensino do Recife está possibilitando que crianças com câncer continuem estudando dentro do hospital. São lições para a gente aprender com pequenas pessoas que passam por cima da dor da doença e se debruçam sobre o aprendizado.

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A doença, várias crianças, uma classe e muitos sonhos

Nem sempre o dia começa bem para as crianças diagnosticadas com câncer. Os efeitos do forte tratamento de quimioterapia e a baixa no sistema imunológico dos pequenos os deixam indispostos para algumas atividades. Em alguns momentos, a dura rotina do internamento também provoca tristeza. Arrancar sorriso dos pacientes, então, pode até parecer uma tarefa difícil. Não para uma professora que, de segunda a sexta-feira, dedica toda sua sabedoria para ensinar crianças dentro do hospital.


É no Centro de Onco-Hematologia Pediátrica (CEONHPE) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, que funciona a Semear, a primeira classe hospitalar de Pernambuco que tem o objetivo de manter crianças com câncer estudando. A classe funciona de forma experimental desde setembro do ano passado. Oficialmente, após um decreto municipal, as atividades começaram em março deste ano. Mas independente de quando começou de maneira oficial, a certeza que há, segundo depoimentos dos envolvidos, é que a dor da doença é amenizada graças ao dom do aprendizado. Seja no leito do internamento ou na própria sala de aula, a educação tenta ganhar o espaço da tristeza e alimenta a esperança das crianças por uma vida melhor e mais saudável.

“Às vezes eu acordo triste, sem vontade de fazer nada, com o corpo doendo. Só que a tia vai lá no quarto, brinca, me faz sorrir e diz que me quer perto dela e dos outros amiguinhos. Quando a gente chega na sala e começa a estudar, toda aquela tristeza vai embora. E pra falar a verdade, eu gosto mais daqui do que minha antiga escola”, conta o paciente João Gabriel Quirino, de 11 anos, aluno da 5ª série. João é natural de Maceió, em Alagoas, e faz tratamento no Recife desde novembro do ano passado.

A classe hospitalar é fruto de uma parceria entre o Grupo de Ajudada à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), Prefeitura do Recife e o Instituto Ronald McDonald. A Secretaria de Educação Municipal é responsável por todo aparato pedagógico material e pessoal. As aulas são aplicadas com base nas informações prestadas pelas escolas de origem dos pacientes, podendo, inclusive, as provas serem aplicadas no próprio hospital. São beneficiadas crianças de 6 a 14 anos, alunas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.

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Professora da Rede Municipal de Ensino há 15 anos, Cristiane Pedrosa nunca viveu a experiência de ensinar para crianças enfermas. Agora, diante dessa nova realidade, a docente afirma que é feito um trabalho que prima pelas obrigações escolares, mas que respeita o estado de saúde dos meninos. “Falando pelo meu lado profissional, é uma experiência maravilhosa. Aqui eu convivo com crianças de várias séries e de conhecimentos diversos. E claro que vou aprendendo também como professora. Agora, pelo lado pessoal, é um pouco difícil porque são crianças com doenças crônicas. Nem sempre elas estão bem para estudar e eu tenho que respeitar isso. É um trabalho muito rico e que precisa ser espalhado para crianças de outros cantos do Brasil”, conta Cristiane.

As aulas na classe são realizadas no turno da tarde. O horário da manhã fica reservado para que a professora visite nos leitos as crianças que não reúnem no dia condições para assistir à aula. Mesmo impedidas de se locomoverem, a docente leva livros e materiais pedagógicos em bandejas até elas e aplica o assunto, respeitando limite de cada aluno. No encontro da sala, os pacientes são acomodados conforme suas séries. Adrienne Isabelly Alves, de 6 anos, é uma dos alunos que fazem questão de frequentar as aulas. Sorridente e brincalhona, a pequena é clara ao responder sobre o que mais gosta de fazer. “O que eu mais gosto de fazer aqui é a tarefa. Português é a minha matéria preferida, mas, também amo muito fazer pintura”, relata a aluna do 1º ano.

Entre as cerca de 20 crianças atendidas pela Semear, existem casos que o contato escolar foi retomado dentro do hospital ou incrivelmente apenas teve início após o internamento hospitalar. A jovem Larissa Gomes, 13, não estava estudando onde mora, no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. “Deu vontade de voltar a estudar aqui com a professora e os colegas. Escrevi até uma história bem bonita da sereia”, conta, aos risos.

Reflexos da educação no tratamento

Segundo uma das médicas responsáveis pelo tratamento dos pacientes, Laurice Siqueira, aplicar educação dentro do hospital, possibilitando que os pacientes continuem o que faziam antes do internamento, ajuda no processo médico. “A sala de aula hospitalar contribui fortemente para essa adesão ao tratamento, principalmente porque implica numa continuidade das atividades habituais da criança dentro do hospital. A criança vem para o hospital sabendo que vai ser submetida ao seu tratamento para a doença, atrelado a vários motivos de sofrimento, mas também com a certeza de que vai continuar com sua atividade escolar”, explica a médica.

A profissional também destaca que o psicológico dos pacientes é beneficiado pelas aulas. “É como se não houvesse uma interrupção da sua atividade, que é a única obrigação da criança: ir para a escola. Ele vem, faz o tratamento e continua com sua atividade cotidiana”, salienta a médica.

Mãe do paciente João Gabriel, a técnica em enfermagem Maria Nilza Machado acredita que a sala de aula ajuda João a se manter feliz e esperançoso pela melhora. “Em alguns momentos difíceis, quando ele está pra baixo e triste, a professora chega, fala das brincadeiras, das leituras, e ele se levanta e vai para a sala. Quando reencontro ele, João já está bem melhor e às vezes nem sente mais dor. Ele também sabe que aqui é um lugar que tem uma grande probabilidade da sua cura. Sempre digo pra ele que é melhor passar uns dias aqui e se curar”, relata dona Maria.

O investimento para construção da Semear, oriundo do Instituto Ronald McDonald, foi de pouco mais de R$ 44 mil. Além de contar com profissionais da Rede Municipal de Ensino do Recife, os alunos são beneficiados com diversos materiais pedagógicos, como tablets, livros e robôs das aulas de robótica. E justamente a pedagogia atrelada aos robôs é o tema da próxima matéria da série de reportagens “Nossa Escola”. Você poderá conferir, na próxima quinta-feira (20), como a robótica vem mudando a vida de alunos das escolas municipais do Recife.

>> Leia também as outras quatro reportagens da série: Em busca do letramentoOs reflexos da robótica na educação municipal do RecifeO silêncio que não cala a educação e O jogo em que a educação sai vencedora.         

 

O São João chegou ao fim, mas quem não quer se despedir do arrasta pé vai fazer a festa no Arraiá  Solidário, promovido pelo Grupo de Ajuda à Crianças Carentes com Câncer  (GAC). O evento será realizado na próxima sexta-feira (10), na Usina Dois Irmãos, a partir das 19h. 

Quem comanda a festa são os forrozeiros Nádia Maia, Dudu do Acordeon, Irah Caldeira, Forró Balaio de Cheiro, Rodrigo Raposo e Fabiana Pimentinha. Como o arraial é beneficente, parte dos recursos arrecadados serão destinados à compra de medicamentos e quimioterápico em falta, utilizados no tratamento das crianças e adolescentes assistidos pela instituição. 

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Os ingressos para o Arraiá Solidário podem ser adquiridos ao preço único de R$40. Os tickets estão à venda no prédio do GAC, localizado no Hospital Oswaldo Cruz, ou no estande montado no piso térreo do Shopping Paço Alfândega. 

 

Serviço 

Arraia Solidário 

Sexta (10) l 19h

Usina Dois Irmãos  (Apipucos)

R$40

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Pela primeira vez no Estado, Pernambuco tem uma sala da aula escolar funcionando dentro de uma unidade hospitalar. Crianças com câncer, dos 4 aos 15 anos de idade, ganharam um espaço dedicado ao aprendizado no quinto andar do Centro de Onco-hematologia Pediátrica (CEONHPE) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Ao todo, 25 pacientes poderão desfrutar dos conteúdos escolares sem se afastar do tratamento médico, dando continuidade a sua formação.

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Semear é o nome dado à sala de aula, fruto de uma parceria entre o Grupo de Ajudada à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), Prefeitura do Recife e o Instituto Ronald McDonald. A solenidade de assinatura do convênio para instalação do espaço educacional foi realizada na tarde desta segunda-feira (2), no HUOC, e contou com representantes das instituições responsáveis pelo projeto. 

De acordo com a presidente do GAC-PE, Vera Morais, oito alunos por vez são atendidos na sala, de segunda à sexta-feira, no turno da tarde. As manhãs ficam reservadas para que a professora responsável pelos encontros faça visita aos leitos de internamento para verificar o desempenho escolar dos pequenos. Vera também falou de como a instalação da sala de aula representa um marco para o GAC. “Representa um fato muito importante para o nosso grupo, crianças e famílias. Eles são a razão maior da assistência da nossa instituição. Nosso foco é na humanização do tratamento”, disse a presidente do Grupo, bastante emocionada. Haverá aulas de matemática, geografia, português, ciências e história, com assuntos que vão da educação infantil ao ensino fundamental I.

A professora responsável por conduzir as aulas, Cristiane Pedrosa, explicou que as provas e avaliações continuarão sendo preparadas pelas escolas de origem das crianças. “Nós mantemos o vínculo com as escolas de origem das crianças. A escola funciona uma hora e meia por dia, dependendo das condições de saúde de cada paciente. Pra mim, se eu conseguir passar meia hora com uma criança, é um tempo precioso para o aprendizado e tratamento dela”, completou. A docente também se mostrou realizada com o trabalho. “É um trabalho muito gratificante. Dentro da sala a gente consegue às vezes diminuir a dor pelo tratamento, quando estamos juntos estudando e pensando no futuro dessas crianças”, disse.

Uma das crianças que estuda na sala hospitalar, Maria Tatiane da Silva, de 14 anos, está no 5º ano do ensino fundamental. De voz baixa e com sorriso no rosto, a pequena revelou que a professora é legal e qual disciplina mais gosta: “português, porque é mais fácil”. O gerente geral do Instituto Ronald McDonald, Roberto Mack, acompanhou a alegria das crianças em receber a sala de aula e disse que esta experiência educacional ajuda, inclusive, no tratamento dos pequenos. “Já tive experiência com uma sala de aula hospitalar no Rio de Janeiro e o que a gente pode observar é que além da contribuição escolar, existe uma melhora no nível de energia  e alegria dessas crianças”, comentou.

O prefeito Geraldo Julio também participou da assinatura do convênio e pediu que o trabalho seja feito da melhor maneira possível. “Vamos tentar fazer o melhor. A gente tem que olhar para a família e para o futuro dos meninos. É uma forma de garantir o direito à educação e ajuda a minimizar o atraso escolar e combate o abandono da escola”, falou o gestor. As aulas das discplinas tradicionais serão trabalhadas em conjunto com outras atividades, como jogos e brincadeiras pedagógicas. Os pequenos também terão 12 tablets com conteúdos inclusivos

Parceria - A ideia de instalação partiu do GAC e o investimento é do Instituto Ronald McDonald. A Secretaria de Educação do Recife ficou com a responsabilidade de ceder o material didático e pedagógico. Já o Hospital ofereceu o espaço para a instalação.

 

 

 

Crianças com câncer poderão ter aulas escolares dentro do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife. A proposta será firmada na tarde desta segunda-feira (2), com a solenidade de assinatura do convênio para a instalação da primeira classe hospitalar de Pernambuco, graças a uma ideia do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), em trabalho conjunto com a Prefeitura local e o Instituto Ronald Mc Donald.

Segundo informações da Prefeitura do Recife, a sala de aula hospitalar, batizada de Semear, pretende fazer com que crianças e adolescentes da unidade possam continuar os estudos mesmo internados para tratamento contra o câncer. Caberá à Secretaria de Educação da capital pernambucana colaborar com a mão de obra e o material didático.

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Ainda de acordo com a Prefeitura, nesta fase inicial, houve colaboração financeira do Instituto Ronald Mc Donald para implantação da estrutura. O funcionamento da classe hospitalar será numa sala do 5º andar do hospital, onde há leitos de enfermarias para internamento.

A classe terá estudantes e conteúdos de diversas séries da educação infantil, bem como do ensino fundamental I, com alunos de 4 a 15 anos de idade. A solenidade de assinatura do convênio será às 15h de hoje, no HUOC, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade.

Por Paulo Uchôa 

Nesta terça-feira (26), Valesca Popozuda compartilhou com os fãs, através do seu perfil no Instagram, uma mudança no visual. O novo look tem uma proposta beneficente. A cantora doou o aplique de cabelo para a campanha Mecha da Alegria, ação em apoio à crianças com o câncer.

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“Resolvi participar da campanha em prol do lar Teresa de Jesus. Estou me sentindo muito bem e gostaria do apoio dos meus fãs que ajudassem também nessa corrente de amor”, escreveu Valesca.

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