Tópicos | crianças com microcefalia

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Além da festa feita pelas torcidas e Santa Cruz e Sport, uma ação abrilhantou ainda mais a primeira final do Campeonato Pernambucano. Na noite dessa quarta-feira (4), no Arruda, a Associação União de Mães de Anjo (AUMA) recebeu doações dos tricolores e rubro-negros que passaram pela sede social da Cobra Coral. No total, cerca de 500 donativos, principalmente fraudas, foram arrecadados.

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Representante da AUMA, Germana Soares destacou que o Clássico das Multidões foi um ótimo momento de divulgação da AUMA. “É importante porque podemos atrair os olhares de uma torcida tão grande, como a do Santa Cruz, e os olhares da sociedade civil. Toda ajuda é muito válida para nós”, declarou Germana.

No total, 296 mães de todo o Estado fazem parte da AUMA. Associação fica na Avenida São Paulo, 813, no bairro de Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife. O horário de funcionamento é das 8h30 ás 16h, de segunda a sexta. Interessados em ajudar o grupo podem ligar para o telefone (81) 3017-1021.

A preocupação com a grande quantidade de casos de bebês diagnosticados com microcefalia também chegou à Ilha do Retiro. O clube rubro-negro, através do seu setor de Responsabilidade Social, convoca os torcedores leoninos para que eles doem leite e fraldas no clássico do próximo domingo (28), contra o Náutico, às 16h, no reduto vermelho e preto, pelo Campeonato Pernambucano.

Fruto de uma parceria entre o setor de Responsabilidade Social e a ONG Amar, a ação terá dois pontos de arrecadação das doações, sendo um na sede social e outro próximo à entrada da arquibancada frontal da Ilha do Retiro. A entrega dos produtos poderá ser feita a partir do meio dia.

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De acordo com o vice-presidente da área de Responsabilidade Social do Sport, Fábio Silva, a onda de casos de microcefalia merece a atenção de toda a sociedade. "O Sport, tem muitas ações na área de Responsabilidade Social e entende que a microcefalia é uma causa nobre e que precisa ter atenção. A ONG AMAR está dando apoio psicológico e nas necessidades básicas das crianças. Sabemos que a nossa torcida é solidária e vai ajudar a causa", declarou Silva, conforme informações da assessoria de imprensa.

A ONG Amar fica no o Centro Esportivo Santos Dumont, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Há dois anos e cinco meses, a instituição ajuda mães e familiares de pessoas com doenças raras.

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O Brasil vive um momento nunca visto em sua história. De forma inesperada, os casos de microcefalia aumentaram consideravelmente e esboçaram um desafio que passou a ser realidade nas vidas dos médicos, dos pais das crianças diagnósticas e entre os representantes do poder público. Estimativa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que neste ano, 16 mil novos casos serão identificados. Mas independente dos números e providências tomadas pelos órgãos competentes, uma conjuntura já se faz presente entre muitas famílias: como será o futuro dessas crianças? Entre tantas dúvidas, surgem também questionamentos sobre a vida escolar dos pequenos.

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Em Pernambuco, um dos estados que apresenta grande quantidade de crianças com microcefalia, a Rede Estadual de Ensino ainda não possui um plano de ensino ou projeto que visa receber estudantes com má formação no cérebro. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado, as escolas estaduais não possuem, atualmente, alunos com a anomalia. Segundo a assessoria, o primeiro atendimento escolar feito para essas crianças será de responsabilidade das escolas municipais, uma vez que elas são responsáveis pelo ensino infantil e fundamental. Só depois dessa fase os pequenos chegarão ao ensino médio, que fica sob os cuidados das escolas estaduais.

Diferente da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, as escolas municipais recifenses já têm experiência de ensino para crianças diagnosticadas com microcefalia. De acordo com a Secretaria de Educação da capital pernambucana, dois alunos apresentam a má formação cerebral e estudam, na perspectiva da educação inclusiva, fazendo valer um direito de todo o cidadão brasileiro. Nivaldo Gomes de Souza Júnior, de 12 anos, teve a oportunidade de estudar e trabalhar formas de se desenvolver, tanto pedagogicamente quanto pessoalmente. Aluno do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Diácono Abel Gueiros, no bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, o jovem começou a desfrutar da vida escolar no ano passado. “Ele passou quatro anos em uma escola particular e não conseguia se desenvolver. Do começo do ano para cá, a gente já notou que ele está mais falante, consegue escrever o próprio nome e tem uma boa relação com os colegas”, afirma a mãe do estudante, Ana Paula da Silva, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Educação.

Outro exemplo é Glauciane Kelly da Silva Barbosa, de 8 anos. Além de ter microcefalia, ela foi diagnosticada com Síndrome de Down. Sua mãe, Maria Elizabete da Silva, não abriu mão de educar a filha na escola. “Ela não andava e não falava quando entrou na creche, com 2 anos. Hoje ela consegue até comer sozinha e interage com os outros meninos”, conta dona Maria, conforme informações da assessoria. “Eu fico muito despreocupada porque aqui (na escola) eu sei que ela é bem cuidada”, complementa. A professora de Kelly, Vilma dos Montes Alves, procura trabalhar atividades diversificadas que ajudam no desenvolvimento da garota. “Nós trabalhamos com algumas atividades diferenciadas porque eles não conseguem acompanhar o conteúdo vivenciado em sala de aula. Nós incentivamos a coordenação motora, atividades lúdicas, como jogos, e atividades curtas de escrita”, explica a docente.

Em entrevista ao LeiaJá, a chefe da Divisão de Educação Especial da Prefeitura do Recife, Lauriceia Tomaz, afirma que a Rede Municipal está preparada para receber todas as crianças diagnosticadas com microcefalia. Porém, ela esclarece que cada aluno terá um atendimento conforme os níveis de deficiência diagnosticados. “A microcefalia pode acarretar várias deficiências. A gente ainda não sabe quais serão as limitações de cada criancinha diagnosticada agora a pouco. Cada caso é um caso. Eu garanto que todos têm o amplo direito de estudar com qualidade e nós vamos garantir tudo isso”, explica Lauriceia.

De acordo com Lauriceia, a Rede Municipal do Recife possui 770 professores especialistas em educação especial. Desses, 254 estão atuando no contexto das aulas inclusivas, porém, o número ideal é de 300 docentes em atuação. Entre as atividades trabalhadas com os alunos com deficiência, no contraturno das aulas normais eles passam por atendimentos específicos em 98 salas multifuncionais, onde são identificadas todas as limitações dos estudantes para que se possa trabalhar o melhoramento desses problemas. Confira no vídeo a seguir a entrevista com a chefe da Divisão de Educação Especial:    

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A neuropediatra Vanessa Van Der Linden acredita que a vida escolar traz benefícios para as crianças com algum tipo de deficiência. Além de ser um espaço que propicia experiências sociais, a sala de aula, segundo a médica, pode ajudar os pequenos praticarem suas habilidades. “Mesmo uma criança com deficiência, independente se mental ou motora, a escola é super importante para ela. É lá onde a criança socializa e desenvolve suas capacidades. Ela tem esse direito! Agora, o desenvolvimento dela não será igual ao de uma criança sem deficiência. Por isso, deve ser feita uma avaliação individual para a escola identificar como será o ensino do aluno”, explica a neuropediatra.

De acordo com a Secretaria de Educação do Recife, as escolas municipais possuem, ao todo, 3686 estudantes com deficiência, transtornos ou altas habilidades. Desse total, a grande maioria (2361 alunos) possui deficiência intelectual. 

 

Três pessoas apresentaram resultado positivo para zika em Nova York, o vírus apontado como a causa de nascimentos de crianças com microcefalia em vários países da América Latina, anunciaram funcionários do governo na sexta-feira.

As três pessoas viajaram para áreas onde o mosquito transmissor tem rápida expansão, segundo o Departamento de Saúde do estado de Nova York, que não especificou os locais. Os funcionários informaram que uma pessoa está completamente recuperada, enquanto as outras duas registram melhora.

Também na sexta-feira, as autoridades dos Estados Unidos ampliaram para 22 o número de países da América Latina, Caribe e outras regiões que as mulheres grávidas devem evitar devido ao surto de zika. O vírus foi vinculado a milhares de casos de nascimentos de crianças com microcefalia, que pode provocar danos cerebrais.

As autoridades de Nova York advertiram que qualquer viagem para regiões mais quentes deve seguir uma série de precauções. "Pedimos aos moradores, especialmente as mulheres grávidas, que chequem todas as advertências de saúde antes de viajar e adotem medidas preventivas quando viajarem aos países afetados", afirmou o comissário de Saúde do estado de Nova York, Howard Zucker.

As mulheres nas áreas e países afetados devem tomar medidas para evitar picadas de mosquitos que transmitem o zika vírus, tais como usar mangas compridas, calças longas e aplicar repelente de insetos.

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