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A Casa Civil confirmou nesta quinta-feira (18) que o Palácio do Planalto solicitou ao Supremo Tribunal Federal a íntegra das gravações divulgadas ontem pelo jornal O Globo, segundo as quais, em encontro gravado em aúdio pelo empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio.

Batista, que é dono do grupo JBS, firmou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e entregou gravações sobre as denúncias. A delação do empresário foi homologada na manhã desta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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De acordo com assessores do Planalto, o material solicitado servirá de base para o pronunciamento a ser feito pelo presidente da República, provavelmente ainda hoje.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer por obstrução, segundo informações do Valor Econômico. O pedido foi realizado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Fachin já havia homologado a delação premiada dos empresários Wesley e Joesley Batista, do grupo J&F, o que tornava possível que Janot realizasse os pedidos de inquérito relacionados às informações divulgadas pelos irmãos. 

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O ministro teria já sinalizado ao procurador-geral a intenção de tornar públicas as delações ainda nesta quinta-feira (18) , de acordo com o Valor. A expectativa é que o suposto áudio de Temer comprando o silêncio de Eduardo Cunha seja divulgado nas próximas horas. 

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), deve comunicar ao Palácio do Planalto ainda nesta quinta-feira (18) a saída do cargo. A notícia de que o pernambucano seria o primeiro a deixar o governo de Michel Temer (PSDB) foi publicada pelo jornalista Gerson Camarotti. Segundo a publicação, em conversas com deputados tucanos, Bruno Araújo ouviu e concordou que não dava mais para permanecer no governo após as denúncias contra o presidente. 

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa da pasta que não confirmou a saída, mas também não negou a possibilidade. O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) também foi ouvido pela reportagem e disse que Bruno já avisou a liderança do PSDB na Câmara que "estava à disposição da bancada caso a decisão fosse sair do governo". "Ele disse que apoiaria a posição, mas não sei se ele já comunicou mesmo e já saiu", frisou. O deputado Daniel Coelho (PSDB) também declarou que "pelos fatos é mais do que possível", mas disse que não poderia falar pelo correligionário.

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Caso seja confirmada, a saída após a divulgação da reportagem do jornal O Globo que revelou a gravação de um áudio em que o presidente Michel Temer (PMDB) teria incentivado o dono da JBS a manter uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações da Lava Jato.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, também foi citado pela mesma matéria. Segundo a reportagem, o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, teria recebido um pedido do senador de propinas no valor de R$ 2 milhões. No áudio, o presidente nacional do PSDB se justifica e diz que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. Em nota encaminhada à imprensa, o senador negou tudo. 

Na manhã de hoje uma nova fase da operação Lava Jato foi deflagrada com base na delação da JBS e cumpre mandados judiciais envolvendo o senador.

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