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Não é fácil e pouco comum estar feliz e triste ao mesmo tempo. Mas este foi o sentimento de Cuca após o empate sem gols contra o Botafogo, neste domingo (20), no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador era só satisfação com o desempenho do time e pura frustração pela falta da vitória após sufocar o rival em grande parte do jogo.

"A atuação foi muito boa. O resultado, muito ruim", lamentou Cuca. Com razão. O Santos criou mais de 20 chances de gol, grande parte claras, mas esbarrou no goleiro paraguaio Gatito Fernández ou na falta de capricho.

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"Jogo muito bem jogado da nossa parte, controladíssimo, com posse de bola, movimentações interessantes, bonitas, envolvendo adversário e criando muitas chances, tanto no primeiro quanto no segundo tempo. Mais de 20. Saímos tristes por deixar dois pontos aqui", avaliou.

O treinador, que não costuma citar jogadores e sempre fala no conjunto, fez questão de frisar sobre o desempenho ou a atitude de alguns atletas após o 0 a 0. "Jogamos com dois meias, tivemos mais criatividade, mais jogo pelo meio. Arthur Gomes fez uma grande partida. Faltou fazer o gol. Se faz o gol, coroa uma atuação tão bela", disse sobre o atacante, que ajudou nas armações e, ao mesmo tempo, deu calor enorme aos marcadores rivais em jogadas individuais pela esquerda.

Cuca elogiou o uruguaio Carlos Sanchez, a apresentação segura da defesa e comentou sobre a reação irritada e desolada de Marinho após o empate. "Chorou, socou o gramado, ficou desolado. E não é só ele. São todos. E o torcedor tem que valorizar esse tipo de profissional. Esses meninos, e Marinho também, com espírito jovem, passam dificuldade enorme. E ninguém reclama de atraso, ou disso e daquilo", observou.

E foi além: "Estamos construindo uma família. Quando fazemos uma partida tão bela e não ganhamos, entra o emotivo. Por essa razão imagino o motivo de ele ter ficado bravo", afirmou Cuca. "E como fazemos tudo e mais um pouco, também fico sentido. Temos que valorizar o jogo ao invés de reclamar".

Em sua retomada na Copa Libertadores, o Santos ficou no empate sem gols contra o Olimpia, do Paraguai, na noite de terça-feira (15), no estádio da Vila Belmiro, em Santos. O time brasileiro conseguiu manter a liderança do Grupo G, agora com sete pontos após três jogos, mas o técnico Cuca vê dificuldades com o elenco que tem em mãos. E vai ter que se virar com o que tem porque o clube segue punido pela Fifa e impedido de registrar novos jogadores.

"Difícil. Quando se tem opções para mudar taticamente a equipe, dois centroavantes ou dois armadores. Temos dificuldades. Bom plantel, mas sem equilíbrio em alguns setores. Não preciso dizer, vocês sabem. Buscamos criar essas oportunidades", disse Cuca, em entrevista coletiva após a partida contra os paraguaios.

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"Conseguimos chegar nesse jogo com a equipe principal. Raniel ficou 10 dias parado (em quarentena em função do novo coronavírus), há uma queda física e técnica. Mas tecnicamente não fizemos grande jogo no meio-campo, na criação, na individualidade. Nos faltou isso", prosseguiu.

Cuca afirmou que o time precisa "entrar no espírito da Libertadores" e falou sobre o alto número de cruzamentos - foram 28 ao todo e apenas dois acertados. "Era o que sobrava, cruzamento. Por dentro estavam fechados. Queriam que afunilássemos. Jogo é diferente. Até entender a arbitragem se fica nervoso, o pau come. Para lá e para cá, é preciso entrar no espírito da Libertadores", comentou.

O treinador discordou quando questionado que parte da torcida pede por Madson e Lucas Lourenço no time titular, com Pará e Alison no banco de reservas e Diego Pituca como primeiro volante. "Discordo que Madson seja mais ofensivo. Madson tem fundo melhor, Pará entra muito bem na diagonal e por dentro, por termos um ponta aberto. Aproveita mais esse espaço que Madson. Motivo de ter jogado é esse. Saiu machucado e era titular, questão de coerência e confiança no jogador", disse Cuca, antes de falar sobre Alison.

"Depende da maneira que se joga. Se jogar com poucos atacantes, não tem problema. Mas pela maneira com que se joga, time fica vulnerável sem um defensor no meio-campo. Nós tiramos o Alison durante o jogo. Melhorou depois que ele saiu? Quantas chances tivemos a mais? Não se trata de culpar um jogador", completou.

Com a cabeça agora voltada para o Campeonato Brasileiro, o Santos começa a preparação para enfrentar o Botafogo, neste domingo, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, pela 11.ª rodada.

O Santos conseguiu neste domingo a sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, após três rodadas, ao bater o Athletico-PR por 3 a 1, no estádio da Vila Belmiro, em Santos. Para o técnico Cuca, o bom rendimento do time em campo passa, além do fator técnico, pela experiência de alguns jogadores do elenco como o atacante Marinho.

"Depende do Marinho, depende do Soteldo, depende do Sánchez, depende do Lucas (Veríssimo), depende desses caras mais experientes carregar junto essa meninada. Porque os meninos são bons jogadores, mas precisam estar escorados. É o trabalho desse pessoal mais experiente, eles têm que agir assim, com essa liderança", disse Cuca em entrevista coletiva virtual após a vitória santista.

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No caso de Marinho, o bom desempenho em campo após a retomada das competições impressiona. Desde que retornou de lesão, no último dia 22, atuou em seis partidas, marcou cinco gols e deu duas assistências. O atacante santista participou dos últimos sete gols do clube, utilizando principalmente duas das suas principais características: o chute de média distância e o confronto "mano a mano" com o zagueiro adversário.

Cuca destacou também que a vitória foi importante para recuperar o moral do elenco. "Se você não vence, é uma pressão muito grande para uma equipe jovem. E a moral você não adquire se você não tiver um resultado para conseguir a moral. Acho que a gente recupera um pouco da autoestima, o que é importante pra gente melhorar a performance durante o campeonato", afirmou.

O treinador só não gostou de ter tomado o gol do Athletico-PR no final da partida, quando vencia por 3 a 0. Isso, para ele, tirou "meio ponto" do time na avaliação final. "Dou nota 7,5. Se a gente não toma um gol no final, tiraria oito. Aquele gol no final é um relaxo natural que o jogador tem, por faltar três quatro minutos e estar 3 a 0, mas a gente tem que corrigir isso. O jogo só acaba no apito final. De repente você toma um segundo gol e vira um 'perereco' só. Tem que tomar cuidado. Já conversei isso com eles lá dentro", completou.

Com o resultado positivo, o Santos chegou a quatro pontos e ocupa a oitava colocação. O próximo compromisso no Brasileirão é contra o Sport, fora de casa, nesta quinta-feira, pela quarta rodada.

O técnico Cuca admitiu o fraco desempenho do Santos no primeiro tempo contra o Internacional, na noite de quinta-feira (13), mas culpou a arbitragem pela derrota por 2 a 0, no beira-rio. Na sua avaliação, o árbitro Marcelo de Lima Henrique errou ao não marcar pênalti no lance em que anulou o que seria o gol de empate do Santos, no segundo tempo - o time gaúcho vencia por 1 a 0 naquele momento da partida.

"Depois do 1 a 0, cedemos dois ou três contra-ataques, não fizeram o gol e veio lance fatídico, o gol anulado do Kaio Jorge. No meu modo de ver, um erro absurdo. A bola bate na mão antes de entrar, é nítido, mas por quê? Se jogou? Foi derrubado. Lomba o derruba. Bateu na mão, mas é lance interpretativo. Antes de bater na mão ele foi derrubado. Não é mão, é pênalti. Foi muito claro o pênalti", criticou Cuca.

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Na sua avaliação, o lance foi decisivo para o placar final da partida - o Inter anotou o segundo gol aos 42 minutos da etapa final. "É um erro que nesse momento que vivemos é crucial fazer o gol, equipe retoma a confiança e parte até quem sabe para virar", afirmou o treinador.

Cuca lembrou que o Santos viveu situação incomum na rodada de abertura do Brasileirão, quando sofreu gol de empate após a arbitragem não autorizar uma das substituições. Na ocasião, Sánchez deixou seu posto de marcação dentro da área e se encaminhou para deixar o gramado quando o juiz negou a troca e autorizou cobrança de escanteio na área. Na sequência, o Red Bull Bragantino empatou o confronto, que terminou 1 a 1.

"Não é choro, é segundo jogo e segundo erro gravíssimo. Não vou atribuir a isso, depois o Internacional fez o segundo gol, mas é consequência de se jogar no ataque. Sabia da necessidade de muito trabalho, temos que retomar a confiança", disse o técnico, que assumiu o comando do time às vésperas da estreia no Brasileirão.

Cuca considerou que o Santos fez um primeiro tempo ruim, mas "equilibrou" o duelo no segundo tempo, apesar da atuação dominante do Inter ao longo dos 90 minutos - a equipe gaúcha chegou a registrar 72% de posse de bola na partida.

"O primeiro tempo não foi bom, mas no segundo melhoramos, equilibramos. Inter teve mais chances por cedermos o primeiro gol e terem contra-ataque. Tentamos, tivemos gol anulado também no impedimento. São coisas que temos que trabalhar", afirmou o treinador.

Poucas horas após ser anunciado como novo treinador do Santos, Cuca já foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira. E, na entrevista coletiva virtual, o técnico não fugiu de perguntas e demonstrou estar ciente das dificuldades enfrentadas atualmente pela equipe da Vila Belmiro. "Hoje, eu chego sabendo dos problemas do Santos", declarou.

"Lógico que é meu primeiro dia aqui, já comecei trabalhando bastante, mas são todas situações que temos de fazer essa gestão. Sei que o momento do Santos é um momento complicado. Sabendo disso, aceitei esse desafio e tenho plena convicção de que vamos fazer um bom trabalho ao longo do ano, junto com todos", afirmou.

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Nas últimas semanas, o clube paulista enfrentou problemas internos por atritos com o elenco diante da redução de 70% dos salários dos jogadores, devido à crise econômica causada pela pandemia. Neste contexto, o atacante Eduardo Sasha e o goleiro Everson acionaram a Justiça para obterem a rescisão contratual unilateral com o clube. Ao mesmo tempo, o presidente José Carlos Peres vem sofrendo com as investidas da oposição na tentativa de um impeachment.

"Eu sei das coisas que podem e devem acontecer ao longo do ano. E estou preparado para isso. Eu faço parte dessa engrenagem. De repente, tenhamos que vender um ou outro jogador, mas que não podemos perder a força. Temos de criar alternativas, descobrir jogadores. Não só aqui no profissional, mas lá na base, também, ir ver jogos", comentou o treinador.

Bem informado sobre questões mal resolvidas entre elenco e diretoria, Cuca se prontificou para "azeitar" essa relação. "Já conversei com o presidente, os vices, tivemos uma conversa muito boa. Esse é meu trabalho. Fazer essa gestão, é ser a pessoa de confiança dos jogadores, não só como treinador, mas como parceiro. Tenho um conhecimento muito grande da maioria dos jogadores. É jogar sempre aberto, limpo com todos eles, porque esse grupo é muito bom. Não pode contratar, mas temos de extrair o máximo e o melhor de cada jogador que aqui tem."

Apesar das limitações financeiras do Santos, Cuca disse apostar em uma boa campanha da equipe no Brasileirão. "A minha ideia é fazer um grande campeonato, sabendo que temos esse problema de não contratar. Mas temos um time bom. O principal é poder tirar o máximo de cada jogador, passar o máximo de confiança possível. É pensar jogo a jogo, pouco a pouco, e resolvendo os problemas. Sabemos que existem atrasos e de repente essas coisas podem ser sanadas a qualquer momento."

Cuca ainda minimizou as divergências que teve com o presidente José Carlos Peres, em sua primeira passagem pelo clube sob a gestão do atual mandatário, em 2018. Na ocasião, eles tiveram discussões públicas sobre a decisão de mandar as partidas do Santos na Vila Belmiro ou no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

"Os meus problemas que tiveram eram mais em relação ao local do jogo. Eu achava que tinha jogos que podiam ser aqui. Eram problemas pequenos. Sempre tive o máximo respeito pelo presidente, figura máxima. Vai ser bom para mim, também. Preciso fazer um trabalho bom e estou muito determinado para isso", disse Cuca.

"Cada ano que passa é de amadurecimento em todos os sentidos. A gente reflete muitas coisas, entende e sabe que o ser humano só vai sair dessa se for parceiro do próprio ser humano. Estamos todos envolvidos praticamente no mesmo processo, que é essa pandemia. Estou pela primeira vez dando essa entrevista sem ver, só ouvindo. O jogo sem torcida..."

O Santos anunciou nesta sexta-feira a contratação do técnico Cuca. Aos 57 anos, ele retorna ao clube para uma terceira passagem. Será o substituto do português Jesualdo Ferreira, demitido na quarta-feira. Com contrato válido até março de 2021, o técnico chega ao clube junto com o auxiliar e irmão, Cuquinha, e o preparador físico Omar Feitosa.

Cuca passou pelo clube a primeira vez em 2008 e mais recentemente em 2018, quando deixou o comando do time por questões de saúde. O último trabalho dele foi no São Paulo, no ano passado. O técnico, na ocasião, foi vice-campeão paulista e se desligou do cargo em setembro, com a justificativa de que o estilo do elenco não condizia com a proposta de futebol que gostaria de aplicar.

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Curiosamente, Cuca também teve uma passagem pelo Santos como jogador, em 1993. Foram 46 partidas e 15 gols marcados pelo então meio-campista. Como treinador, ele tem a Copa Libertadores de 2013 pelo Atlético-MG como a principal conquista. Outro feito importante foi com o Palmeiras, em 2016, quando ganhou o Campeonato Brasileiro com o time após um intervalo de 22 anos.

Ainda não é certo que o treinador comande o time já no domingo, na estreia pelo Campeonato Brasileiro diante do Red Bull Bragantino, na Vila Belmiro. Para isso, será preciso registrar o contato no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF ainda nesta sexta-feira. Se não houver tempo, a estreia dele será na próxima quinta-feira, no Beira-Rio, contra o Inter.

Em carta publicada no site do clube, Cuca disse estar motivado pelo desafio de comandar a equipe. "Assumo em um momento que o Santos passa por um processo de reestruturação, de organização do futebol, sem condições de fazer grandes investimentos. Estou muito motivado com essa responsabilidade e me sinto extremamente capacitado e comprometido em ajudar este processo", afirmou.

A contratação de Cuca se dá em um contexto bastante conturbado no Santos. O clube vive crise financeira e política atualmente. O presidente José Carlos Peres reduziu os salários do elenco em 70% durante a pandemia e teve ainda problemas com atrasos no pagamento. Por causa disso, o atacante Eduardo Sasha e o goleiro Everson foram à Justiça para pedir rescisão contratual.

"Não venho pensando em questão financeira, mas sim no prazer de trabalhar no clube. Estou chegando ao Santos pelo desafio de fazer um bom trabalho, e acredito que podemos conseguir isso, pois o grupo é qualificado", explicou Cuca. "O torcedor pode ter a certeza que estou muito contente pelo acerto e pelo desafio que será comandar a equipe. Será diferente também, por tudo que está acontecendo no mundo, com novas dificuldades, mas tenho certeza que, com muito trabalho, poderemos alcançar bons resultados", completou.

Após pedir demissão do São Paulo, o técnico Cuca explicou por que tomou a decisão de deixar o comando da equipe. Em entrevista coletiva ao lado do diretor-executivo de futebol Raí, nesta quinta-feira, o treinador afirmou que seu estilo não deu liga com o elenco. Cuca se despede do clube após 26 jogos: nove vitórias, 10 empates e sete derrotas, com 47% de aproveitamento. O time está em sexto lugar no Campeonato Brasileiro.

"Lógico que não é em cima de uma partida. Conversamos ontem (quarta-feira) à noite com Raí e (gerente Alexandre) Pássaro, hoje (quinta) expus mais uma vez meu pensamento em cima do que tem sido essa sequência de jogos e eles entenderam. Neste momento, não estou pensando em mim no lado profissional, estou pensando mais no próprio São Paulo. Acho que o melhor hoje é minha saída para que possa ser criado um fato novo para esse grupo. Teve um investimento alto e foi formado um grande elenco. É fácil falar que faltou isso ou aquilo, mas para mim não faltou nada. Eles me deram tudo que eu pedi, mas o trabalho infelizmente não fluiu", afirmou Cuca.

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"Tivemos uma arrancada, depois uma caída. Após a Copa América, a mesma coisa. Pelo grupo, o São Paulo pode estar em uma posição melhor e eu senti que era o momento que eu deveria sair em cima dos jogos que não têm sido contundentes em termos de desempenho, principalmente, e acabamos por entender assim. Quero agradecer a Pássaro, Raí e (presidente) Leco. Se as coisas não deram certo, não foi por culpa deles. Não deu uma liga sobre o que eu penso de futebol e o que pude produzir. Esperei muito tempo pra vir pro São Paulo, esperava sair vencedor, mas infelizmente não ocorreu. São coisas da vida. Desejo sorte ao São Paulo, tenho certeza de que esse grupo vai dar uma resposta positiva até o fim do ano, vai classificar o São Paulo de forma direta para a Libertadores, que era o nosso projeto", acrescentou.

Cuca também se mostrou chateado com os xingamentos de torcedores durante e após a derrota para o Goiás, na noite de quarta-feira, no estádio do Morumbi. Na entrevista coletiva logo depois da partida, o técnico falou que também protestaria se estivesse nas arquibancadas do estádio. Nesta quinta, ele ainda lamentou não ter conseguido conquistar um título em sua segunda passagem pelo clube (a primeira tinha sido em 2004).

"Estou muito triste. Esperei 15 anos para voltar aqui. Mas são coisas do futebol. É a primeira vez em todos os clubes que estive que eu fui xingado. Foi a pior coisa que existe, dói demais. Até dei risada de um cara que me chamou de cabelo de boneca. Já passei duas vezes por Flamengo, duas no Fluminense, por Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Santos... Isso dói demais. A ideia de ir embora não é só minha. Se perguntasse para grande parte da torcida, ela ia querer. Se as coisas não estão fluindo, tem que dar espaço para outro. E minha vida vai continuar", disse.

Cuca retornou ao São Paulo em abril e pediu demissão na tarde desta quinta-feira. Em outras respostas de sua entrevista coletiva no CT da Barra Funda, o treinador voltou a falar que a falta de padrão, cobrada até pelo lateral-direito Daniel Alves, foi ocasionada porque seu estilo não casou com o do São Paulo.

Confira abaixo as outras respostas do técnico:

Diversos técnicos passaram pelo São Paulo nos últimos anos. Qual é o maior problema?

Não sei dizer ao certo qual é o problema. Se eu soubesse, teria resolvido. Eu tentei fazer meu trabalho. Cada um tem uma característica. Vocês (jornalistas) bateram muito no padrão de jogo. Todo ser humano tem sua característica, em qualquer função, e eu tenho a minha, assim como outros treinadores têm seus métodos. Eu gosto de marcação alta, time rápido. Não gosto de time com morosidade para construir jogadas. Infelizmente, meu estilo não casou com o estilo do São Paulo, e isso é a falta do padrão de jogo. Não combinou, mas não é por isso que os caras não são bons, eles são ótimos jogadores. Até por isso estou saindo, para vir outro profissional e tirar o que os jogadores podem dar. Ou vocês acham que eles estavam contentes comigo? Tenho certeza de que os jogadores vão vingar e dar uma arrancada, como já deram outras vezes.

Não acha que a decisão de sair foi precipitada?

Se hoje for perguntar para todos, não é o caso de eu estar me demitindo. Se eu estou colocando meu cargo à disposição e a diretoria aceita, é que eles não estão contentes com meu trabalho, assim como o torcedor. O investimento foi muito grande. Vocês mesmo têm cobrado padrão de jogo. É característica de cada um. É a minha característica, mas não combinou. Foi isso que conversei. Em um outro modelo, pode ser que o São Paulo dê uma arrancada nesta reta final. Não era o que eu queria. Demorei muito tempo para vir para cá, queria uma conquista aqui, mas não foi possível e vida que segue.

Você sai com qual sentimento?

Saio com sentimento ruim. Você passar seis meses em um grande clube não é o ideal. O São Paulo é especial, mas as coisas não fluíram, não deu aquela liga. Tem um momento do futebol que as coisas precisam ir indo por conta própria, mas, mesmo nas vitórias, tivemos que fazer muita força. Não é feio falar isso. Naturalmente, foram poucas vezes. Sentimento é de que poderia ter sido melhor, mas não aconteceu. Peço desculpas.

Cuca não é mais o técnico do São Paulo. O treinador pediu demissão nesta quinta-feira à tarde, um dia depois da derrota por 1 a 0 sofrida para o Goiás, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 21.ª rodada do Campeonato Brasileiro. A tendência é que Vagner Mancini, atual coordenador técnico, assuma o comando da equipe e possa ficar para a sequência da temporada de 2019.

A informação da saída de Cuca foi confirmada pelo Estado com pessoas ligadas ao clube. Contratado em abril deste ano, o treinador deixa o São Paulo com um aproveitamento de 47,4%. Em 26 jogos - contando Brasileirão, Campeonato Paulista e Copa do Brasil - foram nove vitórias, 10 empates e sete derrotas.

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Diante do Goiás, Cuca montou um time que não conseguiu chutar a gol com a bola rolando - o lateral-esquerdo Reinaldo desperdiçou uma cobrança de pênalti no segundo tempo -, tampouco oferecer grandes perigos ao adversário. A derrota provocou xingamentos da torcida. O técnico, em sua entrevista coletiva após a partida, disse que faria o mesmo se estivesse nas arquibancadas do estádio do Morumbi.

O São Paulo voltou bem após a parada da Copa América, em julho, mas o time caiu de rendimento nas últimas rodadas do Brasileirão. Dos últimos 18 pontos disputados, o time conquistou apenas cinco. Perdeu para Goiás, Internacional e Vasco, empatou contra Grêmio e CSA e venceu apenas o Botafogo nesta caminhada. Nem a contratação de dois pesos pesados do futebol, o lateral-direito Daniel Alves e o lateral espanhol Juanfran, foi suficiente para dar rumo ao time.

O São Paulo tem 35 pontos em 21 partidas e ocupa a sexta colocação na tabela de classificação. Hoje estaria classificado às fases eliminatórias da próxima edição da Copa Libertadores. Na próxima rodada, a 22.ª, o time tricolor encara o líder Flamengo, neste sábado, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Desde o começo de 2018 passaram seis pessoas pelo cargo de técnico do São Paulo. Além de Cuca, o time foi comandado por Dorival Júnior, Diego Aguirre, André Jardine e Vagner Mancini, este como interino.

O técnico Cuca admite que o São Paulo "deveria estar rendendo mais". A equipe não vence há quatro jogos, com duas derrotas e dois empates. Após o 1 a 1 com o CSA na noite deste domingo, no Morumbi, o treinador lembrou os desfalques que teve nas últimas partidas.

Hernanes, Alexandre Pato, Pablo e Toró estavam no departamento médico e voltaram a jogar justamente contra o CSA. Além disso, Daniel Alves e Igor Gomes retornaram na última quinta-feira da seleção brasileira principal, enquanto Antony voltou na terça da seleção olímpica.

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"Acho que poderia e deveria estar rendendo mais, principalmente em cima dos últimos quatro resultados. Antes, a gente vinha de cinco vitórias seguidas e estava rendendo bem. A perda de um setor inteiro (ofensivo, por causa da lesões) traz um prejuízo enorme. Esses jogadores recuperados clinicamente não vão render tudo que podem. Entram outras questões, precisam readquirir o ritmo de jogo e a confiança, que vêm com o passar dos jogos. Eles jogam e rendem mais do que hoje", disse Cuca.

O treinador também explicou a opção por escalar Daniel Alves na lateral-direita, sua posição de origem. Desde que o jogador estreou pelo São Paulo, vinha sendo utilizado como meia. Contra o CSA, Hernanes entrou no meio-campo e Daniel Alves foi para a lateral, com Juanfran no banco de reservas.

"Teve a perda do setor inteiro de ataque, tem que dar tempo para os caras se entrosarem. O Daniel e o Igor chegaram na quinta-feira. Colocamos o Daniel na lateral, com Hernanes no meio, um meio de campo criativo. Começamos o jogo muito bem, o time bem espaçado. Mas a bola não entra, começa a bater ansiedade e a confiança vai saindo. O adversário marcou muito bem, mas não justifica. Esse é um jogo que deveríamos ter ganhado", afirmou Cuca.

"Não é para abrir espaço no meio. O Daniel é importante em todos os sentidos, principalmente no aspecto técnico. Hoje (domingo), em uma parte do jogo, o Tchê Tchê foi para a direita e ele para a armação. No começo da semana, vocês todos falavam do Daniel na lateral. Agora acaba o jogo e uma parte vai falar que ele tem que ser meia. O que fizer e vencer vai estar certo, e o que fizer e não vencer vai estar errado. O futebol é assim", acrescentou o treinador.

O São Paulo está em sexto lugar na tabela do Campeonato Brasileiro, com 32 pontos, dez a menos do que o líder Flamengo. Na próxima rodada, a equipe visita o Botafogo no sábado, às 11h, no Engenhão.

O técnico Cuca pediu paciência com Daniel Alves e Juanfran após a estreia da dupla no São Paulo na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, neste domingo, no Morumbi. O camisa 10 não atuava desde o dia 7 de julho, enquanto o espanhol havia feito sua última partida em 18 de maio.

"Temos que dar um desconto porque é uma equipe que ainda está em formação. É natural que eles não vão render tudo que possa na estreia. Juanfran foi o primeiro jogo fora do país dele por uma equipe. Temos de ter paciência e calma. Achei que tinha de colocar para não perder tempo", afirmou Cuca, em entrevista coletiva.

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O treinador também falou que a dupla dá uma "luz bem maior" ao São Paulo. Aos 36 anos, Daniel Alves é o maior vencedor do futebol mundial, com 40 títulos. Juanfran tem 34 anos e é ídolo do Atlético de Madrid, além de já ter conquistado uma Eurocopa com a seleção espanhola. "Dão uma luz bem maior a todos. Para a torcida e para todo mundo. Mas a responsabilidade é a mesma. O São Paulo tem obrigação de lutar pelo título em qualquer competição que disputar", disse o comandante.

Cuca ainda comparou a presença de Daniel Alves no São Paulo com a de Ronaldinho Gaúcho no Atlético-MG. Ele tem encantado os jovens do elenco, que admitem serem fãs do jogador. "O Daniel se apresentou bem para o jogo, muitas vezes foi servido e outras não. Ele está buscando o encaixe, são poucos treinos, jogadores diferentes e outra posição. Essa idolatria é normal com esses jovens que estão jogando. Acho que é a mesma idolatria de quando eu dirigi o Atlético-MG com o Ronaldinho. Espero que dê uma luz aqui também", analisou o técnico.

Camisa 10, Daniel Alves atuou como meio-campista no São Paulo. O jogador tem o objetivo de disputar a Copa do Mundo de 2022 e é convocado pelo técnico Tite para a lateral direita. Cuca pensa em falar com o treinador da seleção brasileira sobre o assunto.

"Acho que não impacta porque é um jogador versátil. Eu já até pensei se tem algum reflexo negativo, penso em até falar com o Tite a respeito disso, mas o Daniel sabe que aqui é uma situação e a seleção é outra. Eu ia fazer uma troca tática colocando o Daniel na direita e o Antony na esquerda, mas fizemos o gol e achei que seria desnecessária essa mudança", declarou Cuca.

O São Paulo volta a campo nesta quarta-feira, às 19h15, contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada, em jogo adiado da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe tricolor vem de quatro vitórias consecutivas e ocupa o quinto lugar na tabela.

Enquanto o ataque do São Paulo ainda gera dúvidas e desconfiança, a defesa deixa o técnico Cuca satisfeito. A equipe tricolor tem a segunda melhor zaga do Campeonato Brasileiro, com seis gols sofridos, apenas um a mais do que o Palmeiras, líder no quesito.

Na avaliação de Cuca, o sistema defensivo são-paulino está encaixado. O técnico busca agora evolução nas saídas de bola da equipe a partir dos zagueiros. Foi por esse motivo que Bruno Alves e Arboleda inverteram de lado. O equatoriano passou a jogar pela esquerda, enquanto o brasileiro foi para a direita.

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Na nova formação, Cuca acredita que as saídas de bola do São Paulo ficam mais qualificadas. É um pedido constante nos treinamentos para que as jogadas sejam iniciadas desde a defesa. Bruno Alves e Arboleda têm a missão de passar a bola para os laterais ou para os volantes.

Na lateral direita, inclusive, os zagueiros agora têm um novo companheiro. Igor Vinícius assumiu a posição de titular após o pedido de Hudson para voltar a ser utilizado como volante, sua posição de origem. O jovem de 22 anos tem características mais ofensivas.

Na esquerda, Reinaldo também se destaca mais pelas chegadas ao ataque do que pela marcação. Por conta disso, Cuca não descarta utilizar Hudson como lateral-direito em algumas partidas para equilibrar a equipe. O próprio volante se colocou à disposição, mas quer que seja situações pontuais - não ser fixado como lateral, como vinha acontecendo.

Cuca volta a treinar o São Paulo na manhã desta sexta-feira, na última atividade do elenco antes da viagem para o Rio de Janeiro. A equipe enfrentará o Fluminense no sábado, às 19h, no Maracanã, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O técnico Cuca assumiu a responsabilidade pela eliminação do São Paulo para o Bahia nas oitavas de final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (29). O treinador também disse entender a torcida estar 'p' da vida", após a derrota por 1 a 0 na Fonte Nova, mesmo resultado do primeiro confronto da série, disputado no Morumbi.

"Se a torcida está de cabelo em pé, é com toda a razão. Ser eliminado como São Paulo foi na Libertadores (para o Talleres, da Argentina) e agora na Copa do Brasil é lógico que o torcedor fica 'p' da vida. E os maiores responsáveis somos nós. Sou eu quem escala e quem põe as ideias em campo. O time está há quatro jogos sem fazer gols. Sou eu o maior culpado. Se tem que bater em algum, se tem que levar porrada no bom sentido, o culpado sou eu", afirmou Cuca.

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O treinador elogiou o empenho dos jogadores mesmo com a eliminação do São Paulo e exaltou o sistema defensivo do Bahia. "O time foi motivado, jogou com inspiração, não jogou mal, é que estávamos atrás e o Bahia estava encaixado. É difícil fazer gol no Bahia, uma marcação muito forte e uma saída rápida, a exemplo do Corinthians. Motivar é falar palavra bonita? É ir lá e trabalhar. Eles estão isentos da culpa das derrotas. A culpa é minha, já falei uma, duas e falo a terceira, porque não estou conseguindo fazer o time ganhar os jogos", acrescentou o treinador.

Cuca também analisou o que o São Paulo precisa para se reabilitar. A equipe disputará até o fim desta temporada apenas o Campeonato Brasileiro, no qual está em quarto lugar, com 11 pontos. "Silêncio e trabalho. Isso que temos que fazer. Ficar de boca fechada e trabalhar bastante e ouvir bastante, que é o que vai acontecer", disse Cuca.

O treinador afirmou ainda que falar sobre os desfalques seria "desculpinha". Ele não pôde contar com o atacante Antony, que está com a seleção brasileira olímpica para a disputa de um torneio na França. Outros desfalques importantes foram Luan e Liziero, que vinham sendo titulares antes de se lesionarem.

"O que eu falar aqui agora vai servir de desculpinha. Então não adianta aqui falar que Liziero machucou, Luan machucou, Antony na seleção. E ele tinha que estar na seleção, não tem que ficar bravo. Se ele está aqui e é eliminado e ele não foi para a seleção, ele entra em parafuso. Ele perde a chance de se tornar um grande jogador. Fizemos o que é certo. Se os outros não fizemos a coisa certa, problema deles. Não adianta culpar a diretoria. Eu fui favorável a isso, falei com a diretoria. Eu não sei se ele está aqui a gente ganha o jogo. Eu acho que não. No geral o Bahia foi melhor nos dois jogos. Pouca coisa, mas o suficiente para passar", declarou Cuca.

O técnico Cuca festejou bastante a vitória do São Paulo por 1 a 0 sobre o Fortaleza, na noite deste domingo, pela quarta rodada do Brasileirão. O treinador ressaltou as dificuldades de enfrentar o adversário no Castelão.

"A gente tem que saborear muito a vitória, porque eu quero ver ao longo do campeonato quantas equipes vão vir aqui e ganhar do Fortaleza. Poucas ou talvez nenhuma, porque é uma equipe muito organizada. Eles te dão campo e no contra-ataque te complicam. Tem jogadores muito velozes. Eles tiveram chance, o primeiro tempo do Fortaleza foi melhor, não nos adaptamos, o clima, calor enorme, o campo fofo... No segundo tempo, sim, fomos um pouco melhor que o Fortaleza, tirando a correria do jogo e criando as principais chances. Fizemos um, criamos outros e sem dar chance ao adversário", analisou Cuca, em entrevista coletiva após a partida.

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Com a vitória, o São Paulo chegou a dez pontos e igualou-se a Santos e Palmeiras. A equipe tricolor está em terceiro lugar na tabela porque tem saldo de gols menor do que o dos rivais.

"Chegamos a dez pontos e ganhamos duas fora de casa, algo que não é fácil. A gente quer fazer o máximo possível até a Copa América. Aí na parada você consegue equilibrar e até fortalecer seu elenco. Vamos devagarzinho que está bom", disse Cuca.

O São Paulo agora tem a semana cheia para trabalhar. O próximo jogo será no sábado, contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada, pela quinta rodada do Brasileirão. O elenco ganhou folga nesta segunda-feira e se reapresenta na terça, no CT da Barra Funda.

Em sua estreia no São Paulo, sábado (27), diante do Botafogo, Alexandre Pato atuou como centroavante e teve uma discreta atuação. Diante do Goiás, na vitória por 2 a 1, no Serra Dourada, nesta quarta-feira (1°), o atacante jogou mais recuado, com liberdade para se deslocar pelos lados do campo e rendeu muito mais que na estreia. O próprio atacante ficou feliz com o novo posicionamento.

"Estou feliz por ter ajudado e grupo e ter contribuído com a vitória. Nós marcamos os gols e criamos muitas oportunidades", disse Pato, que marcou seu primeiro gol em sua segunda passagem pelo clube do Morumbi. "O professor falou comigo que ia jogar mais atrás. Fiquei feliz com a posição, acho que o time rendeu bem", completou o atacante.

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O técnico Cuca afirma que Pato ainda não tem condição física ideal para jogar pelos lados do campo. "O Pato ficou quatro meses sem jogar. Hoje, eu não consigo vê-lo jogando pelos lados do campo. A intensidade é muito grande pelos lados. Eu falei que o melhor para ele é trabalhar a bola por dentro, como segundo atacante ou até como primeiro", disse o técnico Cuca, em entrevista coletiva em Goiânia.

A escalação de Toró como titular, ao lado de Pato e Antony, deixou o ataque mais dinâmico. Nenhum dos três tinha posição fixa. Todos se movimentavam para compensar a falta de uma referência na área. O esquema favoreceu a atuação de Toró que fez seu primeiro gol como profissional. "Estou muito feliz porque minha vida teve uma grande reviravolta nas últimas duas semanas. Estou conseguindo ajudar com boas atuações e fiz um gol", disse o atacante de 19 anos.

As duas primeiras rodadas sinalizam uma recuperação do ataque do São Paulo. Antes do jogo de Goiânia, o time havia feito 22 gols em 23 jogos, menos de um gol por jogo. Nos clássicos que decidiram o Campeonato Paulista, por exemplo, o time havia feito um gol em quatro partidas. Diante do Goiás, foram dois e várias chances criadas. "Eles foram bem. São ideias que a gente vai testando até acertar a equipe", avaliou Cuca.

A classificação do São Paulo para a final do Paulistão marcou o retorno de Cuca aos gramados após ter sido submetido a uma cirurgia cardíaca no fim do ano passado. Com o empate no tempo normal por 0 a 0 e vitória nos pênaltis sobre o Palmeiras, neste domingo (7), o time do Morumbi vai disputar a final do Estadual pela primeira vez depois de 16 anos, o que significa maior pressão para o treinador.

"Fica gostoso estar em casa, fica na zona do conforto, mas ela é boa um pouquinho. Falta a adrenalina que a gente reclama tanto. Na verdade, a gente não sabe o que quer. O ideal é ficar meio a meio. Esse ano tem Copa América, um mês para respirar. Final do ano tem mais. É seguir", afirmou o treinador em entrevista coletiva no Allianz Parque.

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O comandante ressaltou que a decisão por pênaltis representou emoção além da conta. "O Volpi foi herói, vilão e herói de novo. Ele gosta de emoção. Não precisava tanto", brincou.

A classificação para a final do Campeonato Paulista mudou o planejamento de Cuca para as próximas semanas. "Já tinha programado na cabeça. Se perco hoje, o que era uma coisa natural, eu trabalharia três semanas para jogar contra o Botafogo no Brasileiro. Iria uma semana pra Cotia, tudo planejado na minha cabeça. Nosso projeto maior é o Brasileiro e a Copa do Brasil. Agora não! Agora passa a ser a final do Paulista, que vai condicionar para o Brasileiro. É melhor estar competindo do que só treinando. O que vale pra esses meninos só estando aqui para saber. A alegria que estão lá dentro, o amadurecimento que dá na carreira deles. O torcedor tricolor tem todos os motivos para estar muito feliz com a equipe dele", disse Cuca.

O técnico revelou também o que havia conversado com os jogadores na véspera do confronto. "O que conversei é que não tínhamos obrigação de vencer. Vamos jogar. Não é se divertir. Não é assim. A responsabilidade é muito grande. Com responsabilidade, com diminuição de espaço, criando espaço", afirmou.

O técnico Cuca assumirá o São Paulo nesta terça-feira (2) após a equipe ser comandada por 47 dias pelo interino Vagner Mancini. E ele terá até domingo (7) para preparar os jogadores para o duelo de volta pela semifinal do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, fora de casa - o primeiro confronto no Morumbi terminou em 0 a 0.

"Vou até o fim do campeonato, mas agora em outra função. O que acertamos com Cuca foi cumprido. A única maneira de ele assumir era que alguém fizemos por esse período a parte dele, pois ele estava impedido de assumir em termos médicos. Agora, chega com uma equipe no caminho do que achamos ideal", comentou Mancini.

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Cuca vai encontrar um time motivado por ter reagido na temporada após eliminação precoce na fase preliminar da Copa Libertadores para o Talleres, da Argentina. Alguns jogadores mais jovens ganharam a titularidade e tornaram a equipe mais dinâmica. O atacante Alexandre Pato foi contratado e o volante Tchê Tchê está perto de ser anunciado.

Com os reforços, que não podem jogar o Campeonato Paulista, Cuca vai tentar dar a sua cara ao time para o restante da temporada. "Vão haver mudanças quando ele assumir. O São Paulo acertou quando fechou com o Cuca. Estamos numa semifinal em igualdade de condição, ele chega num momento bom, felizmente, e a entrega é natural, foi acordado", disse.

Mancini conta que o jeito de formar a equipe já foi a partir de conversas que teve com o próprio Cuca. E isso vai ajudar na continuidade do trabalho. "Tentamos alinhar o que pensamos para que essa transição fosse feita com inteligência e atingimos isso. O time joga de uma forma muito mais leve e solta, e o Cuca vai pegar o time já mais perto do que ele pensa", afirmou.

Após passar por um momento turbulento na temporada, o São Paulo conseguiu reagir. O técnico André Jardine, que começou 2019 no comando, foi descartado em fevereiro e a diretoria traçou um novo planejamento. Mancini, coordenador no clube, aceitou assumir o time interinamente até passar o bastão para Cuca.

Uma das avaliações feitas foi de que o time precisava de atletas mais dinâmicos e que corressem mais. Foi aí que jovens como os volantes Luan e Liziero, o meia Igor Gomes e o atacante Antony ganharam a titularidade. E o quarteto foi importante nos últimos jogos do Paulistão, ajudando o time a passar pelo Ituano nas quartas de final.

"Em termos técnicos e táticos, a equipe evoluiu muito, mas ainda falta alguma coisa. Falta apertar mais, sair de trás com rapidez, ter um pouco mais de velocidade objetiva. Essa mudança leva tempo, não são em semanas ou um mês que você consegue atingir a plenitude. O São Paulo está em sua segunda metodologia de treinamento no ano e agora vai ter a do Cuca", lembrou Mancini.

Para os jogadores, a chegada de Cuca também será um estímulo para enfrentar o Palmeiras. "Vai ser bom porque o Cuca vai fazer o esquema para vencermos. Ele sabe que vai poder contar com todos os jogadores", completou o lateral-esquerdo Reinaldo, otimista com a presença do treinador.

O técnico Cuca vai iniciar seu trabalho no São Paulo no dia 2 de abril. O treinador conseguiu liberação médica após a cirurgia cardíaca realizada em dezembro e vai voltar aos gramados 13 dias antes do previsto. A previsão inicial era que ele começaria a trabalhar no dia 15.

O treinador já vem participando ativamente da vida do clube. Ele visitou o CT na semana passada, conversa diariamente pelo com o interino Vagner Mancini e acompanha as negociações para reforçar a equipe.

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Depois de sugerir Tchê Tchê e Keno, jogadores de difícil contratação por questões econômicas, ele pediu a contratação do atacante Marquinhos Calazans, que pode ser trocado por Nenê. A ideia do treinador é mudar o perfil do elenco, apostando em jogadores mais jovens e dinâmicos.

Cuca tem passado seu período de repouso com a família, em Curitiba. Ele não tem nenhuma limitação clínica, mas os médicos recomendaram que ele se afastasse do estresse dos jogos. Em função da evolução clínica, ele estará pronto para voltar no começo de abril.

Na partida deste domingo, o jogo de ida das quartas de final do Paulistão, diante do Ituano, o time vai continuar a ser comandado pelo interino Vagner Mancini. O mesmo acontece no jogo de volta, marcado para a próxima quarta-feira.

Em seu primeiro pronunciamento como técnico do São Paulo, Cuca, oficializado pela diretoria na última quinta-feira, em seguida ao anúncio de que André Jardine não seguiria no cargo, comentou ao site oficial do clube sobre a expectativa de iniciar o quanto antes sua segunda passagem pelo Morumbi - na anterior, em 2004, ele chegou à semifinal da Copa Libertadores.

O treinador passa por tratamento cardiológico e depende da liberação médica para voltar ao dia a dia do futebol. Na quinta-feira, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, revelou uma hipotética data, segundo o próprio, informada a ele por Cuca: 15 de abril. Mas o prazo pode se estender, dependendo da evolução da recuperação. Em dezembro, o técnico foi submetido a uma cirurgia porque apresentava quadro de entupimento arterial.

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"Minha vontade era de me apresentar agora, mas ainda não fui liberado pelo meu médico e terei de continuar com o tratamento aqui em Curitiba. Enquanto esses dois meses não chegam, estarei me preparando ainda mais para desenvolver meu trabalho", afirmou Cuca, que terá mais uma vez a parceria se seu irmão, Cuquinha, como auxiliar. Ele vai começar a trabalhar antes, até para ajudar na transição futura.

Enquanto Cuca não puder trabalhar, a equipe será dirigida por Vagner Mancini, que é coordenador de futebol do São Paulo desde o início deste ano. "Quero agradecer ao Mancini, porque todos sabemos que ele chegou ao São Paulo para exercer outra função, de coordenador, e ele só está assumindo o time de forma interina pelo nosso bem, especialmente pelo bem do São Paulo", comentou o treinador. "Eu já tinha uma admiração grande por ele, e agora essa atitude só reforça o meu apreço. Estou muito feliz por esse desfecho e desejo ao Mancini e aos atletas toda a sorte do mundo no clássico contra o Corinthians no domingo. Estarei na torcida."

Em sua primeira passagem pelo São Paulo, em 2004, Cuca comandou o time em 51 jogos: 30 vitórias, oito empates e 13 derrotas (64,05% de aproveitamento). Semifinalista da Libertadores daquele ano, foi um dos responsáveis pela montagem do elenco que fez história na temporada seguinte com os títulos continental, do Mundial de Clubes e do Campeonato Paulista.

"Tenho um carinho muito grande pelo São Paulo, desde 2004. Agradeço a todos, especialmente à diretoria são-paulina, pela compreensão e também pela decisão de esperar pela minha plena recuperação. Chegarei com toda a força para ajudar o clube a cumprir com todos os objetivos", finalizou.

O técnico Cuca colocou o prazo para assumir o São Paulo até o dia 15 de abril, quando já estarão sendo disputadas as finais do Campeonato Paulista. É uma data estipulada pelos médicos que cuidam da saúde do treinador, que teve problemas na temporada passada e precisou deixar o Santos. "O contrato dele vai até o final de 2020", avisou o presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.

Segundo o dirigente, Cuca vai aparecer no São Paulo com frequência mesmo antes de assumir. Fisicamente ele está bem, mas por recomendações médicas não pode se estressar. É possível até que ele já seja apresentado na próxima semana. Enquanto isso, o time será comandado por Vagner Mancini, que é coordenador técnico no clube.

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"O Cuca recebeu nosso convite muito animado. Ele estabeleceu um prazo para se efetivar aqui em 15 de abril. Temos a humildade de reconhecer que infelizmente esse trabalho (de André Jardine) não deu certo", comentou Leco, ciente de que a situação médica de Cuca requer cuidados.

"Garantia não temos, mas se ele se animou a nos dar essa esperança e tem a segurança de que virá, ele deve sentir isso. Espero que as coisas corram bem e que possa emprestar ao São Paulo a mesma qualidade que ele já fez no início dos anos 2000", disse o dirigente, citando o período que Cuca comandou o time, de janeiro a setembro de 2004.

Quem ajudou na aproximação com Cuca foi Carlinhos Neves, preparador físico do São Paulo. Os dois trabalharam juntos por muitos anos. "Nós temos aqui, hoje, integrando a equipe do São Paulo, um homem que conviveu com ele em quatro agremiações diferentes", disse Leco, esperançoso para que a parceria dê certo novamente.

O técnico Cuca foi submetido a uma cirurgia nesta quinta-feira, no Hospital Cardiológico Constantini, em Curitiba, para corrigir um problema cardíaco. O procedimento foi realizado com sucesso e a expectativa é de que o treinador receba alta já na sexta.

De acordo com familiares, Cuca está bem e descansa em seu quarto no hospital. Ele ainda passará por uma última avaliação na sexta pela manhã, antes de ser liberado para iniciar a recuperação em casa.

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O treinador teve diagnosticado um problema cardíaco após sentir-se mal durante o confronto do Santos diante do Cruzeiro, no último dia 23 de setembro, pelo Campeonato Brasileiro. Após a realização de exames, foi apontada a necessidade de intervenção cirúrgica.

Tudo isso só foi revelado após o presidente santista, José Carlos Peres, revelar que o treinador tinha um "problema de saúde". Cuca, então, confirmou a condição e a necessidade de ser submetido a esta operação, antes de anunciar que se afastaria do Santos e do futebol ao término da temporada.

O próprio Cuca destacou que tentaria realizar a cirurgia o quanto antes, para que pudesse retornar ao futebol "o mais rápido possível". Sem ele, o Santos ainda procura um técnico para 2019 e já admitiu o interesse em Abel Braga.

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