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 A EV7 Live, produtora que traria a banda punk americana Dead Kennedys ao Brasil, publicou uma nota de esclarecimento nesta sexta-feira (3), via Facebook, a respeito do cancelamento dos shows no país. Na segunda-feira (29), a empresa afirmou que não tinha sido notificada oficialmente sobre o destrato e que aguardava uma posição da banda.

No texto, a EV7 Live diz que por "respeito à banda e pelo contrato que tínhamos, nos abstivemos de fazer qualquer comentário público sobre o assunto – até agora", no entanto a produtora não consegue mais contato com a banda e por isso resolveu se manifestar. De acordo com a nota, a empresa ofereceu "um generoso bônus" para que eles reconsiderassem a decisão e fizessem os shows, além de "apresentar vários cenários amigáveis de cancelamento".

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A produtora almejava que a banda arcasse com o custo de reembolso dos fãs que compraram os ingressos antecipadamente. Diante da falta de comunicação e sendo "lesada financeira e moralmente", a empresa resolveu vender camisas "Chicken Kennedys", a fim de levantar recursos e reembolsar as pessoas atingidas.

Os fãs que compraram os ingressos presencialmente para o show do Rio de Janeiro devem se dirigir ao Circo Voador, para que o valor seja ressarcido. Quem comprou online deve aguardar o reembolso automático. Para quem comprou ingressos para os shows de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, seja presencial ou online, deve preencher um formulário e aguardar instruções de reembolso.

Entenda o Caso

A ‘treta’ dos shows de Dead Kennedys no Brasil teve início após o pôster de turnê da banda no país gerar polêmica ao ser considerado uma clara crítica ao governo Bolsonaro. Com a viralização da arte, a banda, que tinha publicado a peça em seu Instagram oficial, apagou a postagem e disse que o pôster não tinha sido aprovado. Essa nota de esclarecimento também foi apagada horas depois de sua publicação.

A controvérsia foi motivo para que a banda recebesse uma enxurrada de críticas e virasse motivo de piada. Temendo a violência, a banda resolveu cancelar os shows no Brasil e comunicação a decisão via Facebook. Posteriormente, essa nota também foi apagada. Desde então, a banda assumiu uma postura silenciosa e não deu mais explicações aos fãs brasileiros.

No texto da produtora, a empresa afirma que o pôster foi aprovado por East Bay Ray, guitarrista da banda, um print do e-mail foi vinculado a publicação. Confira a nota na íntegra: 

"Nota oficial sobre o cancelamento dos shows do Dead Kennedys no Brasil

Fomos bombardeados de e-mails e telefonemas desde a segunda feira da semana passada (22) por causa do famigerado poster que criamos para a turnê do Dead Kennedys no Brasil. Em respeito à banda e pelo contrato que tínhamos, nos abstivemos de fazer qualquer comentário público sobre o assunto – até agora. Na última sexta-feira, sem nos comunicar previamente ou mostrar qualquer boa vontade de discutir a questão, a banda anunciou o cancelamento dos shows no Brasil.

Ao longo da última semana, enviamos vários e-mails à banda, seu empresário e agente de reservas. Chegamos a oferecer a eles um generoso bônus para que reconsiderassem a possibilidade de vir e fazer os shows. Também oferecemos vários cenários amigáveis de cancelamento. Tudo o que queríamos era que a banda arcasse com os custos de reembolso daqueles que compraram ingresso antecipadamente. Todos os nossos e-mails foram negligenciados.

Diante da ausência de interesse da banda por um acordo amigável, não temos mais por que segurar nada. Vamos lá.

1) O conteúdo da arte foi aprovado por East Bay Ray diretamente ao desenhista, Cristiano Suarez. Abaixo (nos comentários) o print do e-mail que poderíamos ter soltado semana passada, mas que seguramos na tentativa de contornar o problema.

2) O Instagram oficial do Dead Kennedys compartilhou o poster. Print também nos comentários. Foi o compartilhamento pela página da banda que levou à viralização da imagem.

3) Horas depois que a imagem já era viral e trending topics no Twitter, a banda nos escreveu dizendo que a arte não havia sido aprovada para uso e que deveria ser retirada de toda a internet. Já era tarde, evidentemente.

4) Fizemos um acordo para continuar com os eventos na quarta-feira dia 24, mas a banda rompeu este acordo de maneira unilateral na sexta dia 26, anunciando o cancelamento dos shows.

5) A banda decidiu não devolver o dinheiro dos fãs. Em sua própria nota de cancelamento (que eles apagaram, mas pode ser lida em qualquer lugar na internet), a banda disse que pretende doar parte do dinheiro dos fãs que compraram ingresso para “instituições de caridade”. Não informaram quais instituições nem qual valor. Todos sabem o nome disto.

6) Nós da EV7 Live vamos arcar com o custo astronômico de reembolso de todos os ingressos. Para tanto, estamos abrindo venda de camiseta e pôsteres especiais com a famigerada arte no intuito de levantar recursos para cobrir o reembolso da galera. Não usaremos nome ou marca da banda no pôster. O site para aquisição de camiseta e poster é https://ev7live.lojaintegrada.com.br

7) Para aqueles que, como a gente, ficaram bastante decepcionados com tudo o que aconteceu de uma semana para cá, estamos com uma versão da camiseta chamada “CHICKEN KENNEDYS”. Atenção: “Chicken Kennedys” não possui relação alguma com nenhuma banda que você conhece e não infringe nenhum direito autoral ou propriedade intelectual. Se você está fazendo associação com alguma banda, isto é coisa da sua cabeça.

8) As vendas serão feitas exclusivamente pelo site https://ev7live.lojaintegrada.com.br e o frete já está incluso no preço dos produtos. As tiragens são limitadas e todos os recursos advindos da arte serão usados para cobrir o rombo causado pela inconsequente decisão da banda. Também está incluso no preço os devidos royalties ao autor da arte. Cristiano Suarez.

8) Comprando camiseta e poster no site abaixo, vocês terão certeza de que estarão adquirindo um produto com máxima qualidade de impressão. É possível encontrar a arte em outros sites por aí, mas eles estão usando imagens em baixa resolução. Além disso, comprando no site abaixo, vocês estarão ajudando uma produtora que foi lesada financeira e moralmente por pessoas mal organizadas, além de remunerar de maneira justa o ilustrador.

9) Sobre os reembolsos:

Rio: quem comprou presencialmente pode dirigir-se à bilheteria do Circo Voador. Quem comprou on-line basta aguardar o reembolso automático pela Tudus.

São Paulo, Belo Horizonte e Brasília: seja presencial ou online, os compradores devem preencher este formulário e aguardar instruções de reembolso pela TicketBrasil a partir de hoje : https://ticketbrasil.com.br/cancelamento-d…/evento-cancelado."

Na última sexta-feira (26), a banda de punk Dead Kennedys informou em sua página do Facebook o cancelamento da turnê que faria pelo Brasil. A decisão teria sido tomada após a polêmica envolvendo o pôster de divulgação dos shows da banda no país. No entanto, a produtora de eventos que traria a banda para o Brasil, a EV7 Live, informou nesta segunda-feira (29), via Facebook, que não foi notificada oficialmente sobre o cancelamento da turnê.

A informação do cancelamento da turnê vinculada na rede social da banda foi apagada. O mesmo aconteceu com o posicionamento sobre o pôster de divulgação dos shows. Confira nota na íntegra da EV7:

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“Bom dia a todos! Fomos surpreendidos na sexta-feira com um comunicado na página da banda Dead Kennedys de que a turnê havia sido cancelada. Não fomos informados sobre isto por e-mail ou telefone. Enviamos ontem um e-mail ao empresário e agente da banda solicitando informações e nos foi dito que teremos uma posição oficial da banda amanhã sobre isto, dia 30, à tarde aqui no Brasil. O post na página da banda foi apagado e não sabemos o que isto significa. Saberemos amanhã e voltaremos aqui com todos os detalhes. Caso os shows sejam efetivamente cancelados, todos serão devidamente reembolsados.”

A banda americana Dead Kennedys, que estava com shows agendados no Brasil no mês de maio, cancelou sua turnê brasileira. O motivo foi a grande 'confusão' que se instaurou na internet após a produtora nacional da tour publicar um cartaz que foi apontado pelos internautas como uma crítica ao governo do atual presidente do país, Jair Bolsonaro. O comunicado foi feito, nesta sexta (26), pelo Facebook da banda.

Em menos de uma semana, o Dead Kennedys (DK) passou por uma montanha russa com os fãs brasileiros. Na última segunda (22), o pôster produzido pelo ilustrador Cristiano Suarez, que anunciava os shows dos americanos em solo nacional, caiu nas graças dos internautas que apontaram na arte inúmeras referências à atual situação política do país. Horas mais tarde, o perfil oficial do DK no Facebook postou um comunicado afirmando não ter nenhuma relação com a iniciativa. Prontamente, os fãs se revoltaram com o posicionamento da banda e teceram inúmeras críticas ao grupo.

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Já nesta sexta (26), a banda de hardcore americana informou ao público sobre a decisão de cancelar a turnê brasileira. também através de seu Facebook, eles disseram que o momento não é oportuno para a sua vinda ao país - seria a quarta -, e que eles estariam preocupados com a segurança de seus fãs. Segundo o post, "ações estúpidas foram tomadas" o que fez "com que os pregadores de ódio se manifestassem por todos os lados"; e que apesar do cartaz ter ficado "bem legal" as "consequências criaram uma situação bastante perigosa" para os fãs. Parte da renda da venda dos ingressos será doada a uma instituição de caridade.

Confira a nota na íntegra.

Ok Pessoal; o promotor no Brasil realmente não soube como gerenciar as coisas da forma correta. Sem nos contatar sobre o assunto, ações estúpidas foram tomadas e que fizeram com que os pregadores de ódio se manifestassem por todos os lados. Mesmo assim, nós consideramos que o pôster ficou bem legal e nós concordamos com a ideia; as consequências criaram uma situação bastante perigosa para nossos fãs que frequentam nossos shows. Nós nunca colocamos nosso público em risco, visto que isso não representa o que somos. Por esta razão, infelizmente estamos bastante tristes em informar que a banda não mais poderá tocar no Brasil este ano; sentimos que esta é realmente a única alternativa de manter as pessoas seguras. Nós faremos uma doação da porcentagem dos rendimentos que nos foram antecipados para uma instituição de caridade.

O pôster de divulgação da turnê brasileira da banda Dead Kennedys (DK) - apontado como uma crítica ao governo do atual presidente do país, Jair Bolsonaro - continua rendendo na internet. Após sua divulgação na última segunda (22), a arte colocou a banda norte-americana nos Trending Topics, motivou uma reação dos músicos contrária à sua publicação e, então, o desgosto de inúmeros fãs que, como sempre, acabaram transformando o assunto em memes. A banda brasileira de hardcore, Ratos de Porão, também entrou na história e pediu para si o cartaz.

Horas após a divulgação do cartaz, ilustrado por Cristiano Suarez, a banda americana publicou uma nota, em sua página do Facebook, esclarecendo não ter nenhuma participação na iniciativa. O público do grupo, conhecido por seu posicionamento político, não gostou e choveram comentários negativos na postagem. Pouco tempo depois, ela foi apagada. Enquanto isso, no Instagram, Cristiano Suarez publicava em seus stories provas de que os DK haviam compartilhado a arte em seu Instagram mas teriam apagado o post após as reações dos seguidores. "Foi postada no perfil oficial da banda e removido logo após o boom das publicações e dos trending topics do Twitter, logo depois foi liberada uma nota, que também foi apagada quando se deram conta que muitas pessoas já tinham visto", esclareceu o ilustrador.

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Nesse meio tempo, o público tratou de fabricar memes e elaborar piadas em relação ao recuo do Dead Kennedys. "Nem de direita, nem de esquerda, Dead Kennedys"; "Todo mundo sabe que o dead Kennedys mamou desde sempre na Lei Rouanet, vai"; "Dead Kennedys não assumiu o pôster, que pi*** mixuruca, por isso o rock morreu"; "Arregada do Dead Kennedys apenas confirma a minha teoria de que punk só tem sentido na juventude. O punk velho quer pagar os boletos e andar em casa de cueca". 

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Além disso, uma outra banda, também conhecida pela sua acidez e ativismo político, a Ratos de Porão, reclamou o pôster para si. Nos comentários do Instagram de Suarez, João Gordo, vocalista do RDP disse: "Muda, em vez de Dead Kennedys põe Ratos de Porão". E o pedido foi prontamente atendido.

 

 A banda punk americana Dead Kennedys se pronunciou na noite desta segunda-feira (22), em sua página oficial do Facebook, após um pôster polêmico da turnê brasileira do grupo viralizar na internet. Na manhã desta terça-feira (23), a declaração não estava mais disponível.

A arte feita pelo ilustrador Cristiano Suarez foi considerada um claro protesto ao atual governo brasileiro e mostra uma família de palhaços armados, tendo no segundo plano uma comunidade em chamas. No entanto, a banda disse não ter aprovado a divulgação do pôster e não tem conhecimento para opinar sobre política em outros países. Confira na íntegra:

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"Chegou até nos do Dead Kennedys que um pôster foi lançado promovendo os próximos turnês da banda pelo Brasil. Esse cartaz foi divulgado pelo promotor dos shows sem o conhecimento do Dead Kennedys e não foi autorizado. O Dead Kennedys é uma icônica banda americana de punk que é conhecida pelas suas declarações políticas e tem um forte posicionamento anti-fascista e contra a violência, entretanto, a banda sente que não sabe o suficiente a respeito das situações de outros países para se meter na sua política. O pôster lançado recentemente não reflete um posicionamento político do Dead Kennedys. A mensagem básica da banda tem sido, e ainda é, a de pedir para que as pessoas pensem por conta própria, e não dizê-las como pensar."

A turnê brasileira da banda punk americana Dead Kennedys ainda nem começou e já está arrebatando os fãs, além de chamar a atenção de quem nem conhece o grupo. Isso porque um pôster exclusivo para a passagem dos caras pelo país ‘causou’ na internet pela eloquência de suas ilustrações. Os internautas apontaram diversas críticas sociais no desenho e colocaram a banda entre os assuntos mais comentados da internet, nesta segunda (22).

Nele, uma família caracterizada como palhaço, inclusive o famoso Bozo, segura armas, em meio a tanques e uma favela em chamas. O desenho é uma criação do ilustrador Cristiano Suarez. Na internet, os comentários apontaram críticas sociais presente na ilustração. "Acho que tem uma pequena provocação do Dead Kennedys com o presidente eleito, coisa leve, quase imperceptível"; "O pôster é lindo, uma porrada na fuça dos fascistas"; "A quantidade de detalhes e críticas específicas nesse pôster me surpreendeu bastante, não é apenas uma crítica barata jogada de qualquer jeito, teve um trabalho e cuidado de pesquisa real. Nada além de admiração".

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Esta é a quarta vez que os americanos tocam em solo brasileiro. Eles fazem quatro shows, passando pelo Rio de Janeiro (23 de maio); São Paulo (25 de maio); Brasília (26 de maio) e Belo Horizonte (28 de maio).

A grandiloquência wagneriana de coros lúgubres, seguida de assaltos de guitarra da canção California Über Alles, dos Dead Kennedys, virou um símbolo de resistência nos últimos 26 anos. Uma das bandas punk do final dos anos 1970 menos tocadas, menos cortejadas pelas gravadoras (sempre fez discos por selos independentes) e revistas especializadas, menos entrevistadas e das mais influentes da história, a californiana Dead Kennedys e seus hinos ganham uma primeira biografia de fôlego. E o que é mais interessante: a partir de um recorte curto, a feitura do seu primeiro disco.

Dead Kennedys - Fresh Fruit for Rotting Vegetables (Edições Ideal, 240 páginas, R$ 59,90) é muito mais do que a história de como as 14 faixas do álbum se tornaram símbolos de resistência política. O autor, Alex Ogg, acredita com tranquila convicção que Fresh Fruit for Rotting Vegetables, que chegou num momento de esgotamento do punk britânico, é um disco mais importante do que a tríade do punk: os álbuns Never Mind the Bollocks (Sex Pistols), The Ramones (Ramones) e London Callling (The Clash).

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Ogg conta duas histórias: a de como a banda construiu sua lenda e a de como ele sofreu horrores para publicar um livro sobre o grupo. Ogg tinha sido procurado em 2005 pela banda para escrever notas de encarte para a reedição do seu primeiro disco. Mas, a essa altura, a banda já estava afundada em ações judiciais e seus principais integrantes (o vocalista Jello Biafra, o baixista Klaus Flouride e o vocalista East Bay Ray) tinham tudo, menos afeto uns pelos outros.

"A mesquinharia não tinha fim. Os dez rascunhos acabaram ultrapassando 64 mil palavras; tínhamos espaço para cinco mil. A certa altura, um funcionário da Alternative Tentacles (selo dos Dead Kennedys posteriormente administrado por Biafra) reclamou que eu, sozinho, havia quebrado sua impressora. Houve um longo debate telefônico para decidir se seria permitido que um integrante da banda usasse o pronome pessoal no singular ao invés do plural. Nas cada vez mais desesperadas tentativas de apaziguamento, eu acabei colocando aspas para provar que as ideias de todos eles estavam corretamente representadas", conta o escritor.

Os Dead Kennedys surgiram no mesmo cenário em que o movimento beatnik eclodiu. Tudo começa com um anúncio do guitarrista Ray na loja Aquarius Records, de São Francisco, em 1978. "Guitarrista quer começar uma nova banda punk ou new wave").

East Bay, nome que indicava a região de onde vinha, não era um inepto musical: tinha começado a tocar aos 12 anos, ouvira muito Duke Ellington na infância e conhecia Scotty Moore (guitarrista de Elvis) e Syd Barrett. O primeiro a responder ao anúncio foi Eric Boucher, que vinha do Colorado - e que depois escolheria aleatoriamente o codinome Jello Biafra ("jello" parodiava certa gelatina), punk que chegou a ser candidato à prefeitura de São Francisco.

Biafra adorava Blue Öyster Cult e Allen Ginsberg e tinha formação política, providenciada pelos pais intelectuais. O próximo a responder ao anúncio seria o baixista Klaus Flouride, que já tinha uma bagagem musical, tinha gravado com MC5 e Stooges.

O Dead Kennedys fez sua estreia no Mabuhay Gardens em 19 de julho de 1978. Ali começaria uma reputação de bola de demolição e também de barricada de problemas. O prêmio Pulitzer Herb Caen reclamou publicamente do nome Dead Kennedys, achando que era uma falta de respeito para com a família mais adorada da América.

O clube Mabuhay recebeu diversas ameaças de bomba durante suas apresentações e havia um caminhão de bombeiros do lado de fora. Mas a casa estava lotada. Como Biafra contou a Ogg, "todas as mentes estranhas da área se arrastaram das profundezas para nos ver". Essas sessões são magnificamente reconstituídas.

Demonstrando um nível de consciência política acima de seus pares, fizeram de canções como Holiday in Cambodia e Kill the Poor antenas de uma disposição revolucionária. "Somos terroristas culturais, usando a música ao invés de armas", disse Biafra. East Bay conta que Biafra sempre gostou mais de dar entrevistas, mas que as ideias não lhe pertenciam, como querem fazer crer. Hoje em dia, East Bay Ray e Jello Biafra andam por aí em bandas diferentes, não se falam e vivem às turras. Ambos vieram recentemente a São Paulo, devidamente separados pela vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para quem achou pouco a maratona de 18 shows da 21ª edição do Abril Pro Rock na sexta (19) e no sábado (20) o festival mostra fôlego e encerra o mês de abril com a última edição do APR Club, nesta sexta (26), às 21h, no Downtown Pub, com apresentação dos músicos Di Melo e Juvenil Silva. 

O pernambucano Di Melo acumula sucessos desde de 1975, quando suas músicas foram lançadas pela EMI-Odeon no disco que leva seu nome, com  participações de Hermeto Pascoal e de Heraldo do Monte. O álbum Di Melo imortalizou hits como Kilariô, A Vida em Seus Métodos Diz Calma e Se o mundo Acabasse em Mel. Além desse disco, estima-se atualmente que o cantor/compositor possua mais de 400 músicas inéditas criadas ao longo dos últimos 35 anos.

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Juvenil Silva, contra-baixista da banda pernambucana Dunas do Barato e ex-guitarrista de projetos como Canivetes, apresenta o seu trabalho solo Desapego, lançado virtualmente. Representante da cena pós-mangue recifense, o artista traz no disco um clima de Rock Brasil setentista, aproximando-se do som de sua antiga banda, Canivetes, que fazia o gênero rock’n roll anos 60 e movimento Mod.

A 21ª edição do Abril Pro Rock apresentou, para cerca de 12 mil pessoas, shows históricos, como as presenças inéditas no Recife de referenciais do rock como Television, Dead Kennedys, Sodom e Fang. Além de lançar algumas apostas como Tagore, Babi Jaques e os Sicilianos, o cantor Silva, e a nova cara do metal pernambucano com Vocífera e Kriver. 

Serviço

APR Club

Sexta (26), às 21h

Downtown Pub (Rua Vigário Tenório, 105 – Bairro do Recife)

R$ 20 (preço único)

(81) 3424 6317

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A noite do último sábado (20) foi para bater cabeça com o Abril Pro Rock ao som de muito punk rock, hardcore e metal. O segundo dia do festival, tradicionalmente dedicado ao rock pesado, contou com shows nacionais e internacionais. Entre as atrações, se apresentaram as bandas Dead Kennedys, dos Estados Unidos; Sodom, da Alemanha; e as brasileiras Devotos, Krisiun, Kataphero e Kriver.

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O Abril Pro Rock, um dos festivais de música mais importantes do Brasil, aconteceu no Chevrolet Hall, em Olinda. Confira mais detalhes sobre a noite dos camisas pretas na reportagem da TV LeiaJá.

 

Um dos principais expoentes da música punk, a banda estadunidense Dead Kennedys está no Brasil. E a chegada dos músicos ao país não foi nada boa: equipamentos e instrumentos da banda foram extraviados pela companhia aérea e a produção agora busca quem possa ajudar com uma guitarra, um baixo e alguns pedais.

A banda tem um show marcado já nesta quinta (18) em Curitiba, onde os integrantes já chegaram. Os Dead Kennedys também são uma das principais atrações do festival Abril Pro Rock, no Recife, neste sábado (20).

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Mais importante festival de rock de Pernambuco, o Abril Pro Rock anunciou duas atrações para sua próxima edição, que acontece nos dias 19 e 20 de abril de 2013. Os americanos da Dead Kennedys, uma das mais importantes bandas de punk rock e hardcore do mundo, são a grande novidade da grade. Já os brasileiros da Krisium, que já estiveram no festival, voltam em 2013 trazendo todo o peso do seu som. A produção do APR já havia anunciado a participação do ex-Los Hermanos Rodrigo Amarante na 21º edição do festival.

A Dead Kennedys é uma banda formada em San Francisco, Estados Unidos, em 1978. Com um humor ácido e apresentações de performances vigorosas, a DK teve seu auge na primeira metade da década de 1980. O posicionamento político, expressado em músicas que ridicularizam políticos e costumes da sociedade americana e na postura antibelicista do grupo sempre foi o grande diferencial da banda, que investe no som agressivo do punk e do hardcore. A Krisiun é uma das bandas de metal mais respeitadas do mundo e já esteve em outras oportunidades no Abril pro Rock.

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