Tópicos | debate acalorado

O Projeto de Lei que prevê um reajuste de até 40% no soldo de policiais e bombeiros militares pernambucanos deve ser votado pelo plenário da Assembleia Legislativa (Alepe) nesta terça-feira (14). A sessão de apreciação, marcada para as 14h30, acontece um dia depois da Casa Joaquim Nabuco ser palco de um debate acalorado sobre o tema. A expectativa é de que a votação também seja protagonizada por discussões entre oposição e governo. 

Apesar de ter sido aprovado pelas Comissões de Justiça, Finanças e Administração, o projeto foi apreciado sob protesto de deputados de oposição, que consideraram haver descumprimento das regras de tramitação da matéria. Também houve manifestações contrárias feitas por militares, nas galerias e em frente a Alepe.

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A bancada de oposição tentou adiar a votação, argumentando que o Regimento Interno prevê um prazo de cinco reuniões ordinárias para apreciação e apresentação de emendas a projetos em regime de urgência, como é o caso. Esse período se encerraria no dia 15. 

“Nosso Poder, que já está tão desmoralizado, vai perder o reconhecimento da sociedade se não respeitarmos o Regimento. Se houver descumprimento, vamos ingressar com uma ação judicial contra a decisão”, anunciou o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PRB). Também se manifestaram a favor do adiamento os deputados Edilson Silva (PSOL), Priscila Krause (DEM), Teresa Leitão (PT) e Joel da Harpa (PTN). Já o líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), afirmou não ter havido qualquer questionamento relativo à realização da reunião conjunta, e foi a oposição quem pediu a presença de secretários do Governo para esclarecer alguns pontos da matéria. 

“Estamos discutindo uma filigrana técnica, enquanto todos sabemos que o Governo já apresentou sua proposta máxima, que vai custar quase R$ 1 bilhão em dois anos. A quem interessa estender essa discussão, num momento próximo a um grande evento como o Carnaval?”, indagou. 

Ao fim da reunião, o presidente da Comissão de Justiça, Waldemar Borges (PSB), decidiu votar questão de ordem sobre a votação ou não do projeto pelos integrantes desse colegiado, que tem maioria governista. A oposição, por discordar da decisão, decidiu se retirar do Plenário, assim como os representantes dos militares. Com isso, suplentes governistas que estavam no local completaram a composição da Comissão de Justiça e aprovaram a matéria por unanimidade. 

*Com informações da Alepe.

A comissão especial do impeachment se reúne, na manhã desta quinta-feira (2), para discutir o plano de trabalho do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Com os ânimos acalorados, os parlamentares iniciaram a sessão debatendo uma questão de ordem da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) sobre o prazo para a defesa apresentar a alegação final. Ela pediu a redução de prazo das alegações finais, em 10 dias do proposto por Anastasia, e foi atendida pelo presidente Raimundo Lira (PMDB-PB).

A proposta de Tebet foi questionada pelo advogado de defesa José Eduardo Cardozo. “A mais importante das manifestações é a alegação final. Este encurtamento viola o direito de defesa, o princípio da razoabilidade e a decisão do Supremo Tribunal Federal”, cravou. 

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Corroborando Cardozo, o senador Lindemberg Farias (PT) disse que acatando a questão de ordem da peemedebista, o presidente da comissão estaria “rasgando” a ponderação com que conduziu os trabalhos até agora. “O senhor quer dar um tempo menor do que o de Collor. Estamos começando muito mal. Os senhores querem cortar 20 dias do que foi apresentado pelo senador Anastasia. Está havendo uma pressão sim, deste presidente interino Michel Temer para que tudo seja votado antes das Olimpíadas”, observou o petista.

Rebatendo os argumentos, Raimundo Lira disse que a decisão de aceitar a questão de ordem da senadora Simone Tebet foi baseada na lei e os que questionam recorram ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoviscki. “Não estou sendo pressionado por ninguém, não aceito pressão para fazer o que não acho certo”, cravou o presidente da comissão. 

Além da discussão dos prazos apresentados por Antônio Anastasia, a expectativa é de que também sejam votados alguns requerimentos. Há um do senador José Medeiros (PSD-MT), que pede uma audiência com o secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira de Medeiros. Há ainda uma solicitação do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) para que o STF encaminhe à comissão os autos que demonstrem a possível ocorrência de crime de obstrução da Justiça com a nomeação de Luis Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

Com as mudanças, o período de alegação final da defesa seria modificado de 21 de junho a 5 de julho, para 21 junho a 25 de junho; 4 de julho a nova data para a leitura do relatório na comissão e 12 ou 13 de julho para a votação final do processo de impeachment.

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