Tópicos | Defesa do padrinho

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta quarta-feira, que acredita na “total inocência” do ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014, e pontuou que sabe da “responsabilidade” com que o líder socialista conduzia as campanhas eleitorais as quais concorreu. 

A defesa de Câmara acontece um dia depois da Polícia Federal (PF) apontar indícios de que as campanhas de Campos em 2010 e 2014 quando disputou a reeleição ao governo e a Presidência da República, respectivamente, receberam propina de uma organização criminosa composta por empresas fantasmas, desarticulada na Operação Turbulência.  

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“É importante que as investigações prossigam e sejam logo solucionadas, pois mexe com o dia-a-dia de todos nós que convivemos com Eduardo. Sei da conduta e responsabilidade de Eduardo com os recursos públicos e a forma com que ele tratava as campanhas”, ressaltou Paulo Câmara em entrevista a uma emissora de rádio local. 

Apadrinhado político de Campos, Câmara destacou que nunca se envolveu efetivamente nas campanhas do ex-governador, quando exerceu a função de secretário. “A gente sempre soube diferenciar o secretario e administrador do político. Nunca me envolvi em nada na política, a gente sempre fornecia informação, mas nunca nos envolvemos em ações efetivas de campanha. O que queremos é que se investiguem tudo e com celeridade, para que não contamine nada”, disse, referindo-se as eleições deste ano. 

Questionado se as acusações pesariam na campanha pela reeleição do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e nas demais postulações do PSB em Pernambuco, o governador salientou que “este debate tem que acontecer para melhorar a política”. “Vamos trabalhar dizendo a verdade, sendo transparente e isto é que vai prevalecer. Geraldo vai mostrar o seu trabalho. Temos plena convicção de que isso é possível e o PSB estará sem qualquer receio de ir ao debate sobre isso”, observou. 

Diante das novas regras de financiamento eleitoral, principal aspecto posto em xeque com a Operação Turbulência, Paulo Câmara criticou o fim do financiamento empresarial de campanha e disse que a legislação é “muito dura”. “Talvez em 2018 possamos fazer uma ideal. Mas é certo que da forma que estava não dava para continuar. Estava trazendo muita corrupção a este país”, amenizou.  

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A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, neste sábado (26), em publicação na sua página oficial no Facebook que levará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a sua gestão. O padrinho político da petista foi nomeado como ministro-chefe da Casa Civil, no entanto, ele não pode assumir o cargo porque o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a posse. 

“Nós traremos o presidente Lula para nos ajudar no governo. Não há como barrar, não há como impedi-lo de ajudar o governo”, crava. “Ele é um hábil articulador político, conhece o Brasil e tem imenso conhecimento sobre todos os problemas do país”, acrescenta.

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A publicação ainda faz referência à entrevista que a presidente concedeu a veículos internacionais na última quinta-feira (24). Em mais de 1h40 de conversa, Dilma voltou a refutar a possibilidade de renunciar ao cargo e reforçou estar sendo vítima de uma tentativa de “golpe constitucional”, por meio do processo de impeachment em análise na Câmara dos Deputados –que, segundo ela, começou como uma estratégia do presidente da Casa, Eduardo Cunha, para “ocultar os seus próprios problemas”. 

A petista ainda criticou os “vazamentos seletivos” dos documentos que são investigados pela Operação Lava Jato e do grampo telefônico autorizado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo em primeira instância. 

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