Tópicos | deflagração de greve

Sindicatos e associações de profissionais da área de saúde realizam um protesto na manhã desta quinta-feira (20) em frente à unidade da Academia da Cidade da avenida Beira Rio. Os representantes de trabalhadores de Odontologia, Enfermagem e Educação Física se queixam da falta de negociação da Prefeitura do Recife, que não apresentou nenhuma resposta às propostas e contrapropostas dos trabalhadores em nenhuma das três mesas setoriais que foram realizadas com a categoria. 

Os profissionais pedem a realização de concurso público para a área da Educação Física, reajuste no salário e nos tickets para cobrir as perdas da inflação e melhores condições de higiene, trabalho e segurança nas unidades de saúde e Academias da Cidade. 

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A presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física de Pernambuco, Liana Lisboa, reclama da postura da prefeitura e afirma que as atuais condições de trabalho desanimam os trabalhadores. “Nas reuniões com os representantes das secretarias de Saúde e de Finanças, a gente apresenta proposta, contraproposta e eles só mostram os números da economia e dizem que não têm dinheiro. Na última mesa foi dito que nenhuma negociação financeira seria realizada até o mês de julho. É desanimador, de causar desalento de tentar atender, se empenhar e as condições não condizem com o esforço de trabalho da gente”.

Paralisações e estado de greve

Durante a semana foram feitas paralisações em unidades de saúde em diferentes distritos sanitários do Recife, também em protesto contra a atuação da prefeitura. Os sindicatos e associações também realizarão assembleias para decidir as próximas ações do movimento de reivindicação. De acordo com Liana, a Associação dos Profissionais de Educação Física de Pernambuco fará uma assembleia na tarde desta quinta-feira, após o ato, para deliberar sobre a decretação de estado de greve. 

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco, Berenice Garcês, afirmou que a categoria participará da paralisação nacional do próximo dia 28 e, após a data, também discutirá a possibilidade de decretar estado de greve. 

Posição semelhante foi dada pela vice-presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Pernambuco (Soepe), Roberta Souza. “A prefeitura culpa os trabalhadores pela crise, mas teve dinheiro para contratar médicos e diz que não tem para o nosso reajuste. Eu suponho que após a assembleia que faremos depois de participar da paralisação do dia 28, a gente deve decretar estado de greve e depois greve, pois não tem diálogo, o governo só mostra números e diz que não tem dinheiro enquanto a estrutura está ruim e não tem segurança”. 

Através de nota, a prefeitura se posicionou sobre a reivindicações dos profissionais de saúde. Confira a íntegra da resposta:

"A Secretaria de Saúde do Recife informa que tem mantido permanente diálogo com a categoria por meio dos espaços da mesa Geral de Negociação e Setorial de Saúde. A Prefeitura do Recife vem cumprindo todos os acordos discutidos com as categorias. O Recife, desde 2013 contratou 1917 novos profissionais de Saúde, aprovados por concurso.

O Programa de Academia da Cidade (PAC) atualmente tem 42 polos implantados no Recife. Destes, 32 foram requalificados e três novos foram entregues na atual gestão.  Cerca de 52 mil usuários são atendidos pelo PAC. Quanto à segurança, a Secretaria informa que está realizando o aumento de rondas da guarda municipal nos polos da Academia da Cidade e proximidades."

A deflagração de uma greve na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ficou só na ameaça. Professores da instituição de ensino rejeitaram uma paralisação após assembleia realizada na manhã desta terça-feira (25), no Clube Universitário do Campus Recife. Diante do resultado, durante este ano não devem acontecer novas reuniões tendo como pauta o início de uma greve.

Liderados pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), os professores reivindicavam um aumento salarial integral de 19,7% já para o próximo ano. Por outro lado, o governo federal propôs um reajuste de 21%, fracionado em quatro anos. Os educadores da Federal também pediam melhores condições de trabalho e mais investimentos nas universidades públicas.

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A última greve dos docentes da UFPE aconteceu em 2012. A paralisação durou mais de 110 dias e foi considerada um dos maiores atos grevistas da história.

Gilberto Cunha, presidente da Adufepe, acredita, levando em consideração os relatos dos professores na assembleia, que os professores rechaçaram a possibilidade imediata de greve por considerarem que a atual crise econômica e política impediria negociações de aumento salarial, além de melhoras nas condições de trabalho e uma reestruturação nas carreiras. Para ele, os mesmo problemas vão acabar atrapalhando a realização de algumas atividades acadêmicas na UFPE: "A gente sabe que a universidade está sucateada e enfraquecida, vamos ter problemas futuros."

Ao todo, 290 professores votaram. Destes, 168 foram contra a greve, 114 a favor e 8 se abstiveram.

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