Tópicos | demissão voluntária

A Caixa Econômica Federal abriu, na segunda-feira (9), um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV), com o objetivo de adequar a instituição a Emenda Constitucional nº103, da Reforma da Previdência. O banco estima adesão de 7,2 mil funcionários até 20 de novembro, data limite do programa. 

De acordo com a Caixa, os desligamentos serão realizados entre 23 de novembro e 31 de dezembro. Será oferecido um incentivo financeiro equivalente a 9,5 salários aos funcionários que aderirem o programa. No ano passado, o limite de desligamentos foi de mil funcionários. 

##RECOMENDA##

O programa é aberto para boa parte dos funcionários, no entanto, ficam de fora aqueles impactados pela emenda nos termos do RH 229, ou seja, aqueles trabalhadores que se aposentaram em 13 de novembro de 2019 e 5 de novembro de 2020, além de funcionários idade igual a 75 anos ou mais. 

De acordo com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), a Caixa tem demitido empregados da empresa sem que haja reposição de pessoal. Em um balanço desta situação, calcula-se um déficit de 17 mil empregados na estatal.

Como aderir ao PDV

Os empregados da Caixa, interessados em aderir o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), devem atender ao menos um dos requisitos cobrados pela Caixa. São eles: empregados aposentados antes do dia 13 de novembro de 2019 - data estabelecida por meio da Emenda Constitucional 103/2019, da Reforma da Previdência, que prevê a extinção do vínculo empregatício de empregados de empresas públicas aposentados após a publicação desta emenda; funcionários que recebem adicional de incorporação; empregados aptos a se aposentar até 31 de dezembro de 2020, que solicitem a aposentadoria ao INSS após o dia 6 de novembro de 2020; ou ainda, aqueles funcionários que têm 15 anos ou mais de efetivo exercício na Caixa.

Saúde Caixa

Mesmo aderindo ao PDV, os funcionários poderão manter o ‘Saúde Caixa’ - que é um planos de assistência à saúde do brasileiro -, por tempo indeterminado. No entanto, para isso, é necessário cumprir as regras propostas, como ser um empregado que se aposentou durante o vínculo empregatício com a Caixa até 13 de novembro de 2019; e aqueles que entraram na condição de aposentado e possuíam, na data do desligamento, 120 meses ou mais de contribuição ao plano.

Por fim, também serão validados no Saúde Caixa os funcionários que se aposentarem após o programa de desligamento e com data de início anterior à data da rescisão do contrato de trabalho com a empresa, ou seja, o empregado tem até 31 de agosto de 2022 para apresentar a Carta de Concessão. Já para os demais empregados do banco que não foram citados nos grupos acima, a estatal explica que este benefício será concedido por apenas 24 meses.

A Eletrobras estendeu o prazo de adesão ao Plano de Demissão Consensual (PDC) após 733 empregados aderirem a medida, o que gerou aos cofres da estatal economia de R$ 254 milhões ao ano. Agora, os demais funcionários têm até o dia 26 de outubro para se inscreverem.

O desligamento de empregados ocorre em meio ao processo de privatização de seis distribuidoras da empresa. O objetivo é reduzir as dívidas da estatal e reequilibrar suas finanças, que fecharam 2017 com um déficit de R$ 1,72 bilhão.

##RECOMENDA##

Em setembro, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, anunciou que a meta é reduzir o quadro de funcionários da estatal em cerca de 2,4 mil pessoas como parte de seu Plano de Demissão Voluntária (PDV). Segundo ele, as fases anteriores do plano e de programas de aposentadoria já desligaram 3 mil empregados. O intuito da reabertura do plano de demissões é chegar a uma economia de R$ 1 bilhão.

"Entendemos que tínhamos que avançar com algumas implantações de sistemas e com a mudança da companhia que ocorre já no mês que vem, obviamente isso [o PDV] é um precipitador”, afirmou o presidente da estatal.

Diante de todas as questões que têm movimentado a realidade política do Brasil, uma medida que deve ser anunciada pelo presidente Michel Temer, acerca de um programa de demissão voluntária para servidores públicos, tem gerado questionamento entre os membros da categoria, subentendendo que funcionários públicos serão demitidos. O assunto é tema do Minuto Político desta semana.

O cientista político Adriano Oliveira* esclarece pontos importantes sobre o provável anúncio. Confira no vídeo a seguir:

##RECOMENDA##

[@#video#@]

*Adriano Oliveira é Doutor em Ciência Política e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Departamento de Ciência Política, além de ser, também, coordenador do Núcleo de Estudos de Estratégias e Política Eleitoral da instituição. Oliveira ainda é colaborador do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, colunista do Portal LeiaJá e sócio-cotista da Cenário Inteligência.

A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) apresenta hoje (7) ao Conselho Universitário uma proposta de austeridade financeira para a instituição. A íntegra do plano não foi divulgada, mas um dos seus objetivos é a redução de gastos com a folha de pagamentos. Nos últimos três anos, foram abertos dois programas de demissão voluntária que resultaram na dispensa de 3,5 mil servidores da USP. 

Em um vídeo divulgado no site da universidade, o reitor Marco Antonio Zago destaca os principais pontos que serão levados para apreciação do conselho e enfatiza a necessidade de que o comprometimento do orçamento da USP com salários retorne ao patamar de 85%. Atualmente, tais despesas ultrapassam os 100% das receitas da instituição, contribuindo para o déficit de cerca de R$ 660 milhões apresentado no ano passado, diz a universidade, que enfrenta uma crise desde 2014.

##RECOMENDA##

Além das demissões, o reitor tem buscado sanear as contas da instituição com uma série de medidas, como cortes em investimentos e revisão de contratos. “O Conselho Universitário – responsável pelas decisões administrativas da USP – vai discutir e votar parâmetros que fortalecerão o equilíbrio financeiro nos próximos anos. Tais critérios vão garantir que os docentes e servidores da casa recebam os salários em dia e que as atividades-fim da universidade continuem a ter excelência”, disse Zago, ao defender a proposta chamada de Parâmetros de Sustentabilidade.

A USP também vem tentando reduzir os gastos com as atividades que não são consideradas foco da instituição. Neste ano, foi desativada uma das creches da Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista. E, com a redução no quadro de funcionários, após os planos de demissão voluntária, o Hospital Universitário teve de reduzir o número de atendimentos no ano passado.

Qualidade

As entidades de representação de funcionários e professores se opõem às propostas. Para a Associação dos Docentes da USP (Adusp), é preciso buscar mais receitas. Segundo a entidade, a USP cresceu ao longo dos últimos anos sem que houvesse expansão dos recursos destinados a ela e a outras duas universidades estaduais, a Estadual Paulista (Unesp) e a Estadual de Campinas (Unicamp).

As três instituições são financiadas com 9,57% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado. A Adusp defende a revisão desse percentua, destinando 11,2% das receitas do ICMS para as três universidades.

Para o presidente da associação, César Augusto Minto, a proposta da reitoria coloca em risco a qualidade das atividades desempenhadas pela USP. “Muito provavelmente, nós não vamos conseguir manter a qualidade do ensino, pesquisa e extensão que é hoje realizado”, disse.

Minto critica ainda a falta de discussão e planejamento das medidas que vêm sendo tomadas pela universidade, dizendo que as dispensas do plano de demissões impactaram negativamente em diversos setores. “Tudo isso, sem discutir abertamente com a comunidade, sem planejamento prévio. Os dois planos de demissão voluntária foram feitos sem nenhum estudo prévio de consequências”, enfatizou.

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, anunciou hoje (10) que deve apresentar nos próximos dias um plano de demissão voluntária. A decisão foi tomada para evitar um problema financeiro na empresa em 2017. Em um primeiro momento, o plano será destinado aos funcionários com tempo de casa suficiente para requerer a aposentadoria e com mais de 55 anos de idade. Segundo levantamento da própria entidade, entre 13 e 14 mil funcionários estão aptos a aderir ao plano. Com essa iniciativa, caso a adesão fique dentro do esperado, os Correios esperam economizar entre R$ 850 milhões e R$ 1 bilhão nos próximos dez anos.

A empresa espera conseguir pagar as indenizações referentes ao Plano de Demissão Incentivada (PDI) em um período de até dois anos, o custo total chegará a R$ 2 bilhões. “Não é novidade para ninguém a situação bem grave que a empresa passa, (...) cinquenta por cento do faturamento é com atividade comercial de correspondência, principalmente boletos, e existe uma migração natural para o meio eletrônico. Cada vez que se atualizam esses valores de tarifas existe aceleração na saída dessas correspondências”, disse Campos.

##RECOMENDA##

Os Correios detêm o monopólio dos serviços postais no Brasil, mas, defendem a concorrência com os serviços de entrega de encomendas para aumentar sua receita. De acordo com o presidente, a empresa tem uma representatividade entre 35 e 40% desse mercado, com uma "marca de peso, o Sedex, sinônimo de encomenda”. Uma consultoria internacional foi contratada para auxiliar a transição do modelo utilizado pela empresa pelos próximos três anos.

A Universidade de São Paulo (USP) planeja fazer uma nova rodada de seu Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), incluindo mais de 1 mil servidores que haviam ficado de fora das duas primeiras etapas.

A reitoria da universidade enviou nessa sexta-feira (4) ao Conselho Universitário um pedido de recursos adicionais de R$ 206 milhões para incluir mais 1.057 servidores no programa. Desses, 507 fazem parte do público-alvo do PIDV - servidores com mais de 55 anos de idade e pelo menos 20 anos de serviço.

##RECOMENDA##

De acordo com o documento, caso o Conselho Universitário não concorde com o atendimento da totalidade dos inscritos, a Comissão de Orçamento e Patrimônio da universidade "recomendou vivamente a ampliação do PIDV 2016 para alcançar, pelo menos, o público-alvo".

Na primeira edição do PIDV, feita em 2015, 1.433 servidores de áreas técnicas e administrativas foram desligados da USP, representando redução de cerca de 4% dos gastos com a folha de pagamento. A segunda edição, lançada em julho deste ano, aprovou o desligamento de 398 funcionários, com o custo de R$ 102,8 milhões.

De acordo com a USP, o PIDV tem o objetivo de "reduzir o grau de comprometimento dos repasses financeiros do governo estadual com a folha de pagamento de pessoal", além de "reestruturar o quadro de recursos humanos e racionalizar a atividade administrativa". Atualmente, o gasto da universidade com a folha salarial é 5% maior que sua receita.

Segundo o documento, estima-se que a demissão dos 398 servidores que aderiram ao programa em 2016 reduza a folha de pagamento da universidade em 1,5%, economizando R$ 71,5 milhões por ano. Caso seja aprovada a expansão do PIDV aos outros 1.057 servidores, a folha encolherá mais 3,4%, o equivalente a R$ 167,5 milhões. A USP teria então uma redução total de 4,9% da folha salarial e gastaria R$ 239,1 milhões a menos anualmente.

Orçamento

De acordo com a proposta de Diretrizes Orçamentárias de 2017 da USP, também enviada ontem pela reitoria para aprovação do Conselho Universitário, a previsão de receitas da universidade no próximo ano é de R$ 5,05 bilhões. A previsão de despesas, no entanto, é de R$ 5,62 bilhões, sendo R$ 4,8 bilhões com pagamento de servidores. A universidade estima que o déficit no fim de 2017 será de R$ 569 milhões.

Estima-se ainda que, no fim de 2017, seu saldo financeiro será de R$ 850 milhões, mas com o desconto do déficit orçamentário e outros restos a pagar, a universidade acabará o ano com uma reserva financeira de R$ 182 milhões.

Em setembro de 2016, a USP tinha R$ 1,29 bilhão em caixa, mas, com um déficit orçamentário de R$ 623 milhões e os R$ 102,5 milhões gastos no PIDV, a universidade acabou o ano com reserva de R$ 570,5 milhões. A reitoria da USP informou que não se pronunciará sobre as propostas de orçamento e expansão do PIDV até que elas sejam analisadas pelo Conselho Universitário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras é alvo de denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio em razão do plano de demissão voluntária de 12 mil trabalhadores. A denúncia questiona os riscos gerados à operação das atividades petrolíferas da empresa com a saída de funcionários efetivos e o aumento da terceirização das atividades-fim da estatal. Anunciadas no início do mês, as demissões integram o enxugamento da estrutura administrativa da empresa.

A denúncia, formulada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 14 entidades sindicais de todo o País, foi entregue ao MPT na quarta-feira (20). Também a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) foram acionados para fiscalizar os termos do plano de demissão proposto pela Petrobras.

##RECOMENDA##

"O teor principal da argumentação é a segurança. Tanto o Ministério Público quanto a ANP têm regras específicas sobre a quantidade de trabalhadores efetivos nas operações das unidades de produção, terminais e refinarias", explica o diretor da FUP, José Maria Rangel.

A denúncia acusa a Petrobras de descumprir duas Normas Regulamentadoras (NRs) expedidas pelo Ministério do Trabalho referente à segurança das operações com combustíveis e em alto-mar. A NR 20, por exemplo, estabelece que, "na operação com inflamáveis e líquidos combustíveis, o empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das tarefas operacionais com segurança".

A FUP também aponta um descumprimento de cláusulas de acordo coletivo da Petrobras com os sindicatos. Uma das cláusulas prevê que, "nos casos em que haja excedente de pessoal decorrente de reestruturações e redução de atividades", a empresa deveria realocar os funcionários em outras unidades. A denúncia questiona também o descumprimento das regras estabelecidas nos Sistemas de Gestão de Segurança Operacional da ANP.

"Não há dúvida de que as demissões comprometem a segurança das atividades, sobretudo nas áreas operacionais. A terceirização já está em curso. Nas plataformas afretadas a tripulação é estrangeira, por exemplo. Isso deve piorar. Um PDV desse porte não pode ocorrer sem negociação", avalia Rangel.

O plano de demissões foi anunciado no início do mês, mas só foi discutido com os sindicatos em reunião na última semana, de acordo com o sindicalista. A orientação da FUP é que os trabalhadores não aceitem as condições, uma vez que elas estão sendo questionadas judicialmente. Procurada, a estatal não se posicionou até o fim da tarde deste domingo (24).

De acordo com a FUP, no encontro a empresa teria informado que o objetivo da medida é ampliar a rentabilidade dos acionistas, em razão da redução de R$ 33 bilhões em despesas com salários. No anúncio do plano, a direção da estatal justificou os ajustes dizendo que servem para adequar a Petrobras "à realidade atual, com foco na otimização da produtividade, considerando o plano de negócios vigente e as reestruturações em andamento".

A previsão da Petrobras é de que as demissões do PDV sejam concluídas até maio do próximo ano. Não há restrição à adesão ao plano - mesmo funcionários recém-admitidos podem ser beneficiados com indenizações que variam de R$ 211 mil a R$ 706 mil, de acordo com o tempo de serviço e a idade do trabalhador.

Como parte de seu processo de integração com a Vivo, a Telefônica anunciou ontem um plano de demissão voluntária para 1,5 mil pessoas, de um total de 20 mil funcionários. A partir da próxima quinta-feira, os serviços da empresa, como telefonia fixa, banda larga e TV paga, passarão a adotar a marca Vivo.

Cristiane do Nascimento, diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sintetel), afirmou que a empresa planejava cortar um número ainda maior de funcionários. "Foi cogitado um corte de 2 mil pessoas", disse ela, que participou das negociações com a Telefônica. A Telefônica não comentou a decisão.

##RECOMENDA##

Apesar de a redução ser equivalente a 7,5% do pessoal, Cristina considerou que o plano de demissão voluntária, com o pacote de benefícios oferecidos pela Telefônica, foi um bom resultado para o acordo. "Muitos aposentados e pré-aposentados têm a intenção de sair", disse a diretora do Sintetel. "O mercado está aquecido, principalmente nas áreas técnicas. Algumas pessoas podem sair por terem uma oportunidade melhor."

A Telefônica está oferecendo, a quem aderir à demissão voluntária, meio salário-base por ano trabalhado; indenização mínima de um salário e máxima de 10 salários, independentemente do tempo do contrato de trabalho; seis meses de plano de saúde; serviço de apoio à transição de carreira; doação do celular funcional; e o não desconto dos valores do vale refeição ou alimentação no mês de desligamento.

Os interessados têm até a próxima quarta-feira para aderir ao plano. Ainda não está definido o que será feito se a adesão não alcançar os 1,5 mil postos que são a meta da Telefônica. "Se não acontecer, vamos ter de negociar e decidir depois", disse Cristiane.

A Telefônica vai analisar individualmente cada inscrição de funcionário ao plano, e pode decidir que não interessa a ela demiti-lo. "Se todo um setor resolver aderir, a Telefônica pode decidir manter alguns funcionários, para que o setor continue funcionando", afirmou a diretora do Sintetel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando