Tópicos | Doença Renal Crônica

Os portadores da Doença Renal Crônica de Pernambuco pedem socorro. Em reunião aberta realizada na tarde desta quarta-feira (8), os pacientes apresentaram falhas nas condições do tratamento do Estado e as situações da clínicas que oferecem a diálise. O encontro foi realizado na Santa Casa da Misericórdia, no bairro de Santo Amaro, região central do Recife.                

O objetivo da reunião é pedir pelo direito à vida. "Hoje em dia o tratamento carece de muitos fatores que precisam ser melhorados. Algumas clínicas e hospitais estão sem condições de oferecer o tratamento, por falta de dinheiro", disse o presidente da Associação Pernambucana de Renais e Transplantados (ASPRET), Rubens Costa.                                                      

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Além da falta de investimento nos locais de tratamento, a falta de médicos neufrologistas também preocupa os pacientes. "A lei diz que o certo é ter um médico para 35 pacientes. Mas a realidade é outra. O que vemos é um médico para cada 100 pacientes. Com isso, o tratamento fica ainda mais demorado", complementou Costa.

Portador da doença há 15 anos, a falta de medicação é um problema que sempre esteve presente na vida do psicólogo Azael Santos, de 48 anos. "Usamos medicamentos muito específicos pra nossa doença. Uns chegam a custar R$ 1,8 mil e não temos condições de pagar tudo isso. Às vezes, passo mais de três meses para conseguir uma medicação. Outras vezes, quanto tenho o remédio, chego a dividir com outro portador, que não tem nenhum. Mas minha saúde fica bem debilitada. Só que não posso deixar o outro de lado", explica.

Diante dos fatos apresentados, a Secretaria de Saúde do Estado se responsabilizou em levar pra mais perto das casas dos pacientes o tratamento. "Estamos nos mobilizando para facilitar o tratamento aos portadores, tanto através de medicamentos como também pela construção de novas clínicas que oferecem a diálise. O objetivo da Secretaria também é levar para mais perto do povo o direito ao tratamento, através da construção de novas clínicas de diálise. Atualmente, os municípios de Palmares, Petrolina e Arcoverde oferecem o tratamento, além da Região Metropolitana do Recife", afirmou o representante da SES, Ruy Cavalcanti.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) também esteve presente na reunião e se colocou a disposição dos portadores. "Diante de tudo o que nos foi apresentado, iremos fiscalizar estas ações. Porém, só podemos fazer isso se a Associação nos solicitar através de documento", explicou o conselheiro do Cremepe, Fernando Cabral.

Entenda aqui como é feito o processo da hemodiálise e o que é a Doença Renal Crônica.

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