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O alemão Jan Ullrich, campeão da edição de 1997 da Volta da França e dono de duas medalhas olímpicas, admitiu pela primeira vez que se utilizou de doping sanguíneo, através de tratamento realizado pelo médico espanhol Eufemiano Fuentes, durante a sua carreira, de acordo com uma entrevista publicada por uma revista alemã neste sábado (22).

Ullrich já havia reconhecido que teve "contato" com Fuentes, mas foi mais longe na entrevista para a semanal Focus. "Sim, recebi tratamento de Fuentes", disse o alemão. Perguntado se ele realizou apenas doping sanguíneo com Fuentes, Ullrich respondeu: "O diagnóstico do médico diz isso". Ele afirmou que não conseguia se lembrar quantas vezes havia recebido tratamento de Fuentes.

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Em fevereiro de 2012, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) suspendeu Ullrich por dois anos pelo doping sanguíneo. A CAS apontou que o alemão esteve "totalmente engajado" no programa de doping de Fuentes, exposto na Operação Puerto. O tribunal retirou o seu terceiro lugar na Volta da França de 2005. Ullrich se aposentou do ciclismo em 2007. O alemão não contestou a decisão do CAS, dizendo que no momento ele queria "pôr fim à questão".

Vice-presidente do COI, Thomas Bach, que também dirige o Comitê Olímpico Alemão, disse que a confissão é "muito pouco, tarde demais". "Jan Ullrich teve sua chance para a admissão alguns anos atrás e ele perdeu", afirmou Bach em um comunicado. "A confirmação de hoje de alguns bem conhecidos e estabelecidos fatos já não ajudam Jan Ullrich nem o ciclismo".

"Eu não prejudiquei ou fraudei ninguém", disse Ullrich, de 39 anos, declarando que tomou decisões erradas durante sua carreira. "Quase todos tomaram substâncias que melhoram o desempenho. Eu não tomei nada que os outros também não tomaram", afirmou. "Para mim, fraude começa quando você ganha uma vantagem. Esse não foi o caso. Eu queria garantir igualdade de oportunidades", completou. "Eu só quero olhar para frente, e nunca mais para trás".

A entrevista de Ullrich vem depois de Lance Armstrong admitir em janeiro que se dopou em todos os seus títulos da Volta da França, entre 1999 e 2005. Em três dessas ocasiões, Ullrich terminou em segundo. "Eu não sou melhor do que Armstrong, mas também não sou pior", disse. "'Os grandes heróis' de anos anteriores são agora as pessoas com falhas que precisam chegar a um acordo".

No início deste ano, Armstrong disse que o doping se tornou tão rotineiro que era "como dizer que tem que ter ar em nossos pneus ou água em nossas garrafas". Questionado sobre o comentário, Ullrich seguiu outra linha. "Eu não consigo entender isso. Eu sempre soube que eu estava fazendo algo proibido e errado".

Uma das maiores estrelas do atletismo mundial da atualidade, Veronica Campbell-Brown foi suspensa preventivamente pela Federação Jamaicana de Atletismo nesta terça-feira por ter sido reprovada em um exame antidoping. No sábado a entidade já havia confirmado um caso de doping entre seus atletas, sem revelar de qual corredor.

A denúncia foi feita pelo jornal The Gleaner, que acusou pontualmente a bicampeã olímpica dos 200m de ter testado positivo para um diurético durante o Jamaica Invitational, realizado em 4 de maio. Nesta terça a Federação Jamaicana confirmou o caso, mas não deu detalhes, sem precisar qual a substância proibida encontrada no corpo da velocista nem quando ela foi testada.

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Ainda segundo a entidade máxima do atletismo jamaicano, Campbell-Brown se retirou voluntariamente das competições e aceitou a suspensão preventiva imposta pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) enquanto não é julgada pelo painel.

Veronica Campbell-Brown tem 30 anos e tem como melhor marca pessoal nos 200m os 21s78 que fez quando ganhou o ouro nos Jogos de Pequim, em 2008. Ela depois repetiria a conquista em Londres, no ano passado. Na última Olimpíada ela também ganhou bronze nos 100m e prata no revezamento 4x100m, chegando a sete medalhas olímpicas na sua coleção.

Em Mundiais são nove medalhas, sendo duas de ouro e as restantes de prata, além de dois títulos mundiais de 60m em pista coberta.

O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) julgou o meia Deco por cerca de quatro horas e concluiu que o jogador não teve a intenção de fazer uso da substância dopante furosemida. Mas entendeu que ele é responsável por tudo que ingere e decidiu pela suspensão do atleta do Fluminense pelo período de 30 dias.

Deco, porém, já cumpriu suspensão preventiva de 30 dias imposta pelo TJD-RJ em 7 de maio. Assim, ele não terá nenhum problema em voltar ao time do Fluminense assim que o Campeonato Brasileiro for retomado, o que vai acontecer em 7 de julho, contra o Botafogo, em local ainda indefinido.

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Deco testou positivo para o diurético furosemida após a partida contra o Boavista, pela fase de classificação da Taça Rio, no dia 30 de março. O jogador corria o risco de ser punido por até dois anos de suspensão, mas confiava na absolvição, uma vez que o caso era o mesmo do meia Carlos Alberto, do Vasco, que teve a mesma substância encontrada em sua urina e foi inocentado pelo mesmo TJD-RJ.

Na audiência desta sexta, Deco disse que assim que chegou ao Fluminense, em 2010, comunicou o clube que ingeria vitaminas, que foram aprovadas por não conterem substâncias dopantes. Ele alegou ainda que passou por testes antidoping diversas vezes desde então e nada de irregular foi constatado.

Por isso, afirmou que acreditava que a furosemida poderia ter sido ingerida por meio de cápsulas contaminadas, uma vez que Carlos Alberto, que tomava os mesmos medicamentos, também testou positivo para essa substância.

A química Luciana Jansen também prestou depoimento e disse ter recebido as cápsulas restantes oferecidas pela farmácia de manipulação a Deco e as examinado: "Elas estavam protegidas da luz, da umidade, da temperatura e correspondiam aos mesmos lotes utilizados quando do exame feito pelo Ladetec", esclareceu. "A presença desses dois princípios ativos é inequívoca. Só pode ter ocorrido quando da manipulação", afirmou Luciana, convencendo os auditores.

O bielo-russo Andrei Mikhnevich, que já foi campeão mundial e europeu do arremesso de peso, foi banido pelo resto da vida do esporte após ser pego pela segunda vez em exame antidoping. A Federação de Atletismo da Bielo-Rússia impôs a punição após o dono de uma medalha de bronze olímpica testar positivo em novas análises de amostras de exames antidoping feitos no Mundial de Atletismo de 2005, em Helsinque.

Mikhnevich havia testado positivo anteriormente em 2001, quando foi suspenso por dois anos. O atleta diz que é inocente e vai tentar revogar a sua suspensão na Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suíça. O banimento entrará em vigor após ser confirmado pela Associação Internacional de Federações de Atletismo.

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Mikhnevich foi um dos seis atletas da Rússia e da Bielo-Rússia pegos em novas análises das amostras retiradas em Helsinque. Ele agora vai perder várias medalhas, incluindo o ouro do Campeonato Europeu de Atletismo de 2010, em Barcelona. O polonês Tomasz Majewski, que tinha ficado com a prata, herdará o ouro. Mikhnevich foi campeão mundial em 2003 e também ganhou o bronze nos Mundiais de Atletismo de 2007 e 2011 e na Olimpíada de 2008.

O meia Carlos Alberto, que vai ser julgado nesta quarta-feira pela denúncia de doping no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ), foi liberado dos treinos no Vasco pelo menos até o dia da audiência. O jogador já não participou da atividade desta segunda. Suspenso preventivamente, ele pode ficar até dois anos sem jogar, se for condenado e pegar pena máxima.

A defesa do jogador vai alegar que as duas substâncias proibidas encontradas no exame são resultado de contaminação dos remédios que Carlos Alberto toma em seu tratamento ortomolecular. As amostras foram colhidas após o clássico contra o Fluminense, realizado no dia 2 de março, pela semifinal da Taça Guanabara (primeiro turno do Campeonato Carioca) - vitória vascaína por 3 a 2.

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Enquanto vive a expectativa pelo julgamento de Carlos Alberto, o Vasco negocia a contratação do atacante André, que deve ser emprestado pelo Santos. A diretoria vascaína já teria fechado acordo com o clube paulista e agora estaria conversando com o Atlético Mineiro, dono de 75% dos direitos econômicos sobre o jogador.

A Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira que o brasileiro Fernando Romboli foi flagrado em exame antidoping realizado no dia 11 de julho de 2012, durante a disputa do Torneio Challenger de Bogotá, na Colômbia. A análise da amostra, realizada em um laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping apontou as substâncias proibidas furosemida e hidroclorotiazida.

O brasileiro, que está apenas em 452º lugar no ranking da ATP, afirmou que o resultado positivo aconteceu por causa do consumo de um suplemento contaminado, que foi prescrito por um médico, e garantiu que não teve a intenção de obter benefícios esportivos.

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A ITF aceitou o argumento de Romboli e lhe aplicou uma suspensão de oito meses e meio, iniciada em 1º de setembro de 2012. Assim, ele perdeu todos os resultados conquistados desde então e também a sua campanha no challenger colombiano, em que tinha avançado até as oitavas de final.

"A ITF aceitou a defesa do sr. Romboli sobre as circunstâncias de sua ingestão de furosemida e hidroclorotiazida, e ele (a) preenche os requisitos para satisfazer artigo 10.4 do programa (Eliminação ou redução do período de inelegibilidade por substância específica em determinadas circunstâncias), e (b) não tinha nenhuma falha significativa ou negligência", anunciou.

Agora, porém, Romboli está liberado para voltar a entrar em quadra após o encerramento da sua pena neste dia 15 de maio. "A violação da regra antidoping nos termos do artigo 2.1 do programa pelo sr. Romboli foi confirmada, e foi determinado que ele está suspenso por um período de oito meses e meio, datado para começar em 1º de setembro de 2012, a data em que ele aceitou uma suspensão provisória voluntária, e que terminou à meia-noite no dia 15 de maio de 2013", explicou a ITF.

O diretor executivo do Fluminense, Rodrigo Caetano, disse que o clube vai dar todo apoio ao jovem atacante Michael, flagrado por uso de cocaína no exame antidoping realizado após a vitória sobre o Resende, por 2 a 0, em 6 de abril, pelo segundo turno do Campeonato Carioca, quando ele marcou um dos gols. O dirigente afirmou que ainda vai conversar com o atleta para saber há quanto tempo ele vem fazendo uso da droga, ou se foi algo esporádico.

"Ele é um ativo do clube. É um rapaz jovem que vem de uma situação social humilde e as coisas aconteceram muito rápido nesses dois anos em que ele está aqui", disse Rodrigo Caetano, em entrevista nesta terça-feira, logo depois da divulgação do resultado positivo do antidoping do jovem atacante de 20 anos. "Esperamos que, mais para a frente, possamos nos orgulhar de ter ajudado a recuperar a carreira de um jovem promissor."

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O Fluminense foi notificado sobre o resultado do exame na noite de segunda-feira e procurou o atleta, que confirmou ter usado a droga. O vice-presidente de futebol do clube, Sandro Lima, disse que a diretoria informou a Michael que ele terá de passar por um tratamento. "Vamos encaminhá-lo ao departamento médico, que, por sua vez, deve indicar um psiquiatra ou psicólogo. Ele aceitou de prontidão realizar todo o planejamento que passarmos para se recuperar desse problema", afirmou.

O atacante Michael, de 20 anos, foi flagrado no antidoping após a partida contra Flamengo pelo Campeonato Carioca, realizada no último dia 14 de abril, indica o resultado do exame a que foi submetido. Michael é o segundo jogador do clube flagrado com substância proibida neste temporada. O primeiro, o meia Deco, está suspenso provisoriamente pela Justiça Desportiva do Rio.

Eventual reserva do artilheiro Fred e recém-convocado para a seleção brasileira sub-20, Michael aguarda o resultado da contraprova. Se for confirmado o doping, ele deverá ser suspenso pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio. O atacante já marcou quatro gols este ano pelo time profissional, defendido sete vezes por ele nesta temporada.

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A substância encontrada no organismo do jogador não foi revelada. O Fluminense ainda não se pronunciou sobre o caso, mas é certo que a notícia foi mais um grande baque para o time que acaba de ser derrotado pelo Botafogo na final da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca, e se prepara para enfrentar o Emelec, nesta quarta-feira, no Rio, pelo duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores.

Na semana passada, Deco foi punido após ter caído no exame antidoping realizado no último dia 30 de março, contra o Boavista, pela quarta rodada da Taça Rio. Na urina do atleta foi encontrada a substância furosemida, normalmente presente em vitaminas que são comercializadas em farmácias de manipulação. O resultado da contraprova confirmou a presença da substância e o experiente jogador de 35 anos, que se recuperou recentemente de lesão, já não vem sendo relacionado para os jogos da equipe desde o resultado do primeiro exame.

Em comunicado distribuído na semana passada, Deco disse ser inocente e explicou que a substância pode ter aparecido em seu organismo por causa do consumo de uma vitamina, assim como prometeu "ir até o fim" para esclarecer a situação.

O Vasco apresentou nesta sexta-feira ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ), no último dia de prazo, a defesa do meia Carlos Alberto, flagrado no exame antidoping realizado após a partida contra o Fluminense, em 2 de março, pelo Campeonato Carioca. A procuradoria do TJD-RJ tem até terça para decidir se oferece denúncia contra o jogador, que já está suspenso preventivamente por 30 dias.

Se denunciado e posteriormente condenado, Carlos Alberto pode ser suspenso por até dois anos - o departamento jurídico do Vasco não informou qual o conteúdo da defesa apresentada. Enquanto isso, o jogador continua integrado ao grupo vascaíno que faz uma espécie de "intertemporada" antes da estreia pelo Campeonato Brasileiro, marcado para o dia 26 de maio. A partir de segunda-feira, o meia segue com o elenco para o período de treinos em Juiz de Fora (MG).

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Também nesta sexta-feira, o zagueiro Renato Silva elogiou seu novo companheiro de zaga após a saída de Dedé, negociado com o Cruzeiro. "O Luan tem futuro, não foi capitão da seleção de base por acaso. Esperamos que ele possa conquistar o coração da torcida e seja o próximo Dedé, quem sabe?", afirmou o defensor, que também disse esperar um Vasco mais equilibrado para o Brasileirão, após um período de mais de 30 dias de treinos.

Campeã olímpica nos 1.500 metros nos Jogos de Londres, a corredora turca Asli Cakir Alptekin pode perder a medalha conquistada em 2012 por causa de uma denúncia de doping. A informação foi revelada nesta sexta-feira pela Iaaf (sigla em inglês para Associação Internacional de Federações de Atletismo).

O porta-voz Nick Davies explicou que a atleta foi acusada por causa de variações anormais no sangue em seu passaporte biológico, ferramenta que elabora um perfil genético dos atletas para eventuais investigações antidoping.

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Davis também confirmou denúncia sobre a corredora Nevin Yanit. Natural da Turquia, assim como Alptekin, Yanit pode perder o título europeu na prova dos 60 metros com barreira em março deste ano, na Suécia. Na Olimpíada, foi a quinta colocada na final dos 100 metros com barreira.

Os dois casos já estão sendo investigados pelas autoridades esportivas da Turquia. "Se foram condenadas, elas perderão as medalhas. Por enquanto, apenas vão ficar fora das competições enquanto o processo legal é finalizado".

Alptekin pode não apenas perder a medalha olímpica como também corre o risco de ser banida do esporte por ser reincidente. Em 2004, ela foi punida com uma suspensão de dois anos por testar positivo no Mundial juvenil. Em Londres, no ano passado, ela faturou o ouro nos 1500 metros, com o tempo de 4min10s23.

O meia Deco se pronunciou nesta quarta-feira pela primeira vez após a revelação que testou positivo para a substância Furosemida em exame antidoping feito depois da partida entre Fluminense e Boavista, disputada no dia 30 de março, e se defendeu através de uma nota oficial, citando a sua longa carreira sem polêmicas dentro e fora de campo. Além disso, prometeu "ir até o fim" para esclarecer a situação.

Em um comunicado breve, Deco disse que vai aguardar o resultado da contraprova para se manifestar e alegou que a substância pode ter aparecido no seu exame antidoping em razão do consumo de vitamina. A Furosemida normalmente está presente em vitaminas comercializadas por farmácias de manipulação.

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"Conversei com o meu advogado e vou aguardar a contraprova. Sempre tomei vitamina e jamais fiz uso de algo ilícito. São 18 anos de carreira e 15 anos na Europa sem qualquer problema. Vou me manifestar somente após o resultado e vou até o fim para esclarecer os fatos", afirmou Deco através de uma nota oficial.

Deco ainda não foi suspenso preventivamente pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio. Mas deverá ser punido se o resultado da contraprova confirmar o uso do medicamento. Mesmo assim, o Fluminense preferiu se precaver e não relacionou Deco para o jogo desta quinta-feira contra o Emelec, no Equador, válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

A Furosemida já deu dor de cabeça também a outros atletas brasileiros. Em 2011, exames com os nadadores Cesar Cielo, Henrique Barbosa e Nicholas dos Santos acusaram a presença da substância no organismo dos três. Mas eles foram apenas advertidos pela justiça desportiva, escapando de suspensão. O doping deles foi atribuído à contaminação de um suplemento alimentar manipulado por uma farmácia da cidade de Santa Bárbara D'Oeste, em São Paulo.

A situação de Cesar Cielo e de seus dois colegas foi atenuada quando a farmácia do interior paulista assumiu a culpa, em relatório enviado à Corte Arbitral do Esporte - instância máxima da justiça desportiva mundial -, no qual atribuía "a provável" contaminação das cápsulas à falta de higiene adequada no local onde as pílulas eram produzidas.

Além de deixar Deco fora do duelo com o Emelec, o Fluminense divulgou uma breve nota oficial na noite de terça-feira em que avisava que só ia se declarar sobre o assunto após a apresentação do resultado da contraprova do exame antidoping do seu jogador.

A Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) anunciou nesta quinta-feira que o velocista Shawn Crawford, campeão olímpico dos 200 metros nos jogos de Atenas, em 2004, recebeu dois anos de suspensão por não oferecer informações completas sobre o seu paradeiro para testes antidrogas fora das competições.

De acordo com a Usada, Crawford falhou três por três vezes nos últimos 18 anos. Isso pode incluir não fornecer regularmente informações sobre onde pode ser encontrado para testes, não estar disponível para os exames, ou passar informações incorretas sobre o seu destino.

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A punição de dois anos começou a ter validade na última quarta-feira, mas o atleta perde todos os seus resultados conquistados desde o dia 17 de novembro, na última vez em que a Usada tentou encontrá-lo e não conseguiu. Crawford também ganhou a medalha de prata nos 200m nos Jogos de Pequim.

A Espanha apresentou oficialmente nesta sexta-feira um projeto de lei, que ainda precisará ser aprovado pelo parlamento do país, para combater de forma mais rígida o uso de substâncias ilegais no esporte nacional e ficar em conformidade com as exigências da Agência Mundial Antidoping (Wada). A provável aprovação de uma legislação mais severa contra o doping também servirá para ajudar a impulsionar a candidatura de Madri a sede dos Jogos Olímpicos de 2020.

O Ministro do Esporte da Espanha, Jose Ignacio Wert, afirmou que, uma vez que o projeto de lei passar pelo parlamento, "a impressão é de que a falta de dureza (do país) contra o doping irá desaparecer".

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O projeto de lei inclui o aumento do número de exames antidoping, que poderão ser realizados até em horários incomuns, no período entre às 23 horas e às 6 horas do dia seguinte, prevê a aplicação de multas de mais de 400 mil euros (cerca de US$ 520 mil) e cria uma nova agência nacional antidoping, com poderes maiores do que a atual.

A primeira lei antidoping da Espanha foi aprovada em 2006. A ausência anterior de uma legislação contra o doping ainda prejudica a imagem do país no combate a este tipo de prática e também complica investigações da polícia local, como por exemplo a que ficou conhecida como Operação Porto. Ela apura um famoso caso de doping sanguíneo no país, que está sendo julgado por um tribunal de Madri.

Jose Ignacio Wert disse que o governo da Espanha tentará apressar a aprovação deste projeto de lei e espera que o mesmo esteja em vigor a partir de "junho ou julho".

A tentativa de aprovar uma nova lei antidoping mais rígida acontece em um momento considerado chave para Madri em sua luta para ser a sede da Olimpíada de 2020, sendo que a comissão de avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI) irá visitar a capital espanhola entre os próximos dias 18 e 21 de março, período em que também discutirá as novas medidas antidoping propostas pelos espanhóis.

Madri lutará para ser sede de uma Olimpíada pela terceira vez consecutiva, e agora compete contra Tóquio e Istambul por esta honraria. A cidade escolhida pelo COI para abrigar os Jogos de 2020 será revelada em setembro.

"Candidaturas anteriores de Madri foram questionadas por alguns setores por causa da legislação antidoping da Espanha. Esta lei reforça a sua candidatura", disse Wert, ao destacar a importância deste novo esforço do país contra o doping.

Um dos maiores tenistas de todos os tempos, Pete Sampras acredita que o tênis está praticamente livre do doping hoje em dia, assim como esteve durante o período em que o norte-americano trilhou a sua vitoriosa carreira de 14 anos no circuito profissional, do qual se aposentou em 2002.

Vencedor de 14 títulos de Grand Slam, o ex-tenista destacou que a modalidade teve apenas "um caso aleatório aqui ou lá" de doping em sua história e enfatizou que não vê os principais jogadores do mundo envolvidos em problemas com uso de substâncias proibidas.

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Todos os principais tenistas estão sujeitos a serem submetidos a testes antidoping sem aviso prévio, sendo que, em janeiro passado, a confissão do ex-ciclista Lance Armstrong, de que ganhou todos os seus títulos da Volta da França impulsionado pelo uso de substâncias ilegais, elevou o foco sobre o uso de doping em todos os esportes.

Sampras falou sobre o tema depois de ter participado de um evento de exibição no qual jogou uma partida de duplas de exibição ao lado do sérvio Novak Djokovic, atual tenista número 1 do mundo, em Los Angeles, na noite da última segunda-feira.

"Eu não acho que os jogadores são tão sofisticados no tênis", afirmou o ex-líder do ranking mundial, em referência ao complexo sistema elaborado por Armstrong para poder fazer uso de doping sem ser flagrado em testes. "Não é da sua cultura. Não acho que é da sua natureza", completou, ao se referir aos tenistas.

No mês passado, a Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) suspendeu a tenista checa Barbora Zahlavova Strycova, atual 124.ª colocada do ranking mundial, por uso de doping. Ela testou positivo para o estimulante sibutramina em 16 de outubro de 2012, durante o Torneio de Luxemburgo.

A atleta da República Checa disse que a substância proibida em questão, geralmente utilizada para combater a obesidade, acabou sendo detectada em seu corpo por meio do uso de um suplemento alimentar e ela negou ter feito uso desta droga não permitida para melhorar a sua performance nas quadras.

"É um caso aleatório aqui ou ali. Não vejo os caras (tenistas) tops brincando com isso (doping). Mas talvez eu seja ingênuo", apontou Sampras, que atuou ao lado de Djokovic contra os irmãos gêmeos Mike e Bob Bryan na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Principais duplistas da atualidade, os norte-americanos ganharam o confronto festivo, no evento que ainda teve o líder do ranking mundial derrotando Mardy Fish, atual tenista número 32 do mundo, em um jogo de apenas um set.

Djokovic, por sua vez, festejou o fato de ter atuado ao lado de Sampras, que é o seu grande ídolo no tênis. "Sempre quis jogar uma partida com ele ou contra ele apenas para compartilhar a quadra com ele. Todas as recordações voltaram para mim", ressaltou.

Os advogados de Lance Armstrong, que no mês passado confessou ter usado doping de forma continuada em seu carreira e teve todos os seus títulos cassados, confirmaram que o ex-ciclista está sendo processado pelo Departamento de Justiça do governo dos Estados Unidos. A ação movida contra o atleta que se dopou para ganhar sete vezes a Volta da França alega que ele escondeu a utilização de substâncias dopantes por mais de uma década e acabou enganando a US Postal Service, equipe pela qual correu entre 1998 e 2004 e era patrocinada pelo serviço de correio dos Estados Unidos.

O Departamento de Justiça norte-americano resolveu processar Armstrong depois de o ex-ciclista Floyd Landis ter movido, em 2010, uma ação contra seu ex-companheiro de US Postal Service. Baseado na lei federal de declarações falsas, que permite a qualquer cidadão dos Estados Unidos processar uma outra pessoa, em nome do governo, caso considere que a mesma enganou o País, ele disse que Armstrong se dopava quando era membro do time patrocinado pelo serviço de correio nacional.

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Landis, por sua vez, teve o seu título de 2006 da Volta da França, a mais importante prova do ciclismo mundial, cassado também por uso de doping.

Um advogado de Armstrong, Robert Luskin, afirmou nesta sexta-feira que as negociações do ex-ciclista com o governo em relação a este assunto fracassaram porque não houve consenso das partes de que a US Postal Service foi realmente prejudicada.

"Os próprios estudos da Postal Service mostraram que o serviço (de correios) lucrou tremendamente com o patrocínio, com benefícios que totalizam mais de US$ 100 milhões", afirmou Luskin ao defender o seu cliente.

O processo aberto por Landis contra Armstrong havia sido encerrado, mas será reaberto como parte importante da ação movida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que espera agora poder recuperar os milhões que foram investidos no ex-ciclista.

A Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou nesta terça-feira que a chinesa Li Zhesi, ex-recordista mundial, foi suspensa por dois anos após testar positivo para EPO em um exame antidoping. A entidade explicou que o treinador da nadadora, que não foi identificado, acabou sedo punido pela Federação Chinesa de Natação pelo envolvimento no caso, também por dois anos.

Li Zhesi deu positivo em exame antidoping realizado em março de 2012, fora do período de competição. O resultado do teste foi revelado semanas antes do começo dos Jogos de Londres, o que a deixou fora da última edição da Olimpíada.

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Aos 14 anos, Li Zhesi nadou o estilo livre na equipe de revezamento 4x100 metros medley da China que bateu o recorde mundial e venceu a prova no Mundial de Esportes Aquáticos de 2009, em Roma. Essa marca foi quebrada pelos Estados Unidos nos Jogos de Londres.

A chinesa também faturou a medalha de prata na mesma prova no Mundial de 2011, disputado em Xangai, além de ter conquistado o ouro nos 50 metros livre dos Jogos Asiáticos de 2010, realizados em Guangzou.

Lance Armstrong confessou que utilizou substâncias proibidas durante a sua carreira, mas, apesar da admissão, as autoridades esportivas querem saber mais. Presidente da Agência Mundial de Antidoping (Wada, na sigla em inglês), John Fahey, disse que o ciclista norte-americano precisa revelar detalhes e os nomes dos envolvidos no esquema de doping.

"Ele não citou nomes. Ele não disse quem lhe forneceu, quais autoridades estavam envolvidas", disse. "Meu sentimento depois de ver a entrevista foi que ele indicou que provavelmente não teria sido pego se não tivesse voltado para o esporte", acrescentou Fahey. "Se ele estava à procura de redenção, ele não teve sucesso em tentar obter isso".

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Depois de refutar acusações de que utilizou doping na conquista dos seus sete títulos da Volta da França, Armstrong admitiu nesta quinta-feira que usou EPO e testosterona, além de ter feito transfusões de sangue. No ano passado, ele perdeu todas as suas conquistas após a Agência Antidoping do Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) apresentar um relatório em que detalhou o seu esquema para utilização de substâncias proibidas.

"Deixou nós querendo mais. Temos que saber mais sobre o esquema", disse Christian Prudhomme, diretor da Volta da França. "Ele não poderia ter feito sozinho. Nós temos que saber quem sua equipe o ajudou a fazer isso".

Vice-presidente do COI, Thomas Bach disse que a admissão de Armstrong após anos de negativas não é suficiente para que ele volte a ter credibilidade. "Eu acho que isso é muito pouco, muito tarde", disse Bach, um advogado alemão que lidera as investigações antidoping do COI. "É um primeiro passo no direção certa, mas não mais do que isso. Se ele realmente ama o esporte e quer recuperar pelo menos alguma credibilidade, então ele deve dizer toda a verdade e cooperar com as entidades esportivas relevantes".

Chefe-executivo da USADA, Travis Tygart também cobrou mais detalhes de Armstrong. "Se ele for sincero em seu desejo de corrigir seus erros do passado, vai depor sob juramento sobre a extensão de suas atividades de doping", afirmou.

A admissão de doping de Lance Armstrong provocou grande repercussão no mundo do esporte. Nesta sexta-feira, o sérvio Novak Djokovic criticou o norte-americano e disse que o vencedor de sete edições da Volta da França (posteriormente, os títulos foram cassados) é uma vergonha para o ciclismo e "deve sofrer por suas mentiras".

A declaração foi dada após a vitória por 3 sets a 0 sobre o checo Radek Stepanek no Aberto da Austrália, em Melbourne. "Eu acho que é uma vergonha para o esporte ter um atleta como este", disse Djokovic. "Seria ridículo ele negar todas as acusações porque foi provado. Ele enganou muitas pessoas ao redor do mundo com sua carreira, com sua história de vida".

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A confissão de Armstrong também levantou questões sobre os exames antidoping no esporte. Djokovic disse apoiar o atual programa da Federação Internacional de Tênis, mas revelou que não realiza exames de sangue há algum tempo. "Pelo menos da minha perspectiva, é muito bom", afirmou o sérvio, aprovando a necessidade de revelar o seu paradeiro diário e a realização de testes fora do período de competições. "Eu não fiz exames de sangue nos últimos seis ou sete meses", admitiu.

A russa Maria Sharapova disse após sua vitória sobre a norte-americana Venus Williams que as revelações de Armstrong são "apenas uma história muito triste, triste para o esporte". Ela ressaltou que acredita na integridade do tênis. "Eu estou feliz que nosso esporte é o mais limpo que pode ser e que estamos constantemente sendo testados".

A União Ciclística Internacional (UCI) se manifestou nesta sexta-feira após a entrevista em que o norte-americano Lance Armstrong admitiu ter se dopado durante a sua carreira. A entidade avaliou a confissão como um importante passo na reparação aos danos causados ao esporte pelo ciclista e também ressaltou que as acusações contra ela foram negadas pelo ciclista.

O presidente da UCI, Pat McQuaid, disse que a admissão de Armstrong foi uma ação bem-vinda. "A decisão de Lance Armstrong de finalmente confrontar seu passado é um passo importante no longo caminho para reparar o dano que foi causado ao ciclismo e para restaurar a confiança no esporte", afirmou, em um comunicado oficial.

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Armstrong disse para Oprah Winfrey que tomou substâncias proibidas durante cada uma dos sete títulos da Volta da França, que lhe foram retirados pela UCI após um relatório publicado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) detalhar o seu esquema de utilização de substâncias proibidas.

A postura de McQuaid foi a mesma adotada por Hein Verbruggen, ex-presidente e presidente honorário da UCI, que também disse que se sentiu inocentado após anos de "teoria da conspiração" de que ele teria ajudado a ocultar casos de doping de Armstrong. Ele avaliou ser "bom que Lance Armstrong finalmente admitiu que se dopou".

Na entrevista para Winfrey, Armstrong declarou que os depoimentos de alguns companheiros de que a UCI escondeu um resultado positivo de exame realizado durante a Volta da Suíça de 2001 foram falsos. "Estou de acordo com as suas conclusões, em particular o fato de que não houve encobrimento", afirmou Verbruggen, que presidiu a UCI entre 1991 e 2005.

"Eu estou contente que anos depois de acusações feitas contra mim as teorias da conspiração tenham se mostrado nada mais do que isso", afirmou o holandês. "Eu não tenho nenhuma dúvida de que os responsáveis por tais acusações e conspirações ficarão desapontados com este resultado".

Segundo depoimentos de Floyd Landis e Tyler Hamilton à USADA, Armstrong teria doado US$ 125 mil para a UCU em troca da ocultação do seu teste positivo para EPO. "Eu não estou surpreso que Lance Armstrong confirmou isso na entrevista", disse Verbhuggen.

McQuaid insistiu que "não houve testes positivos que foram acobertados e ele confirmou que as doações feitas à UCI eram para auxiliar na luta contra o doping". "Lance Armstrong confirmou que não houve conluio ou conspiração entre

UCI e Lance Armstrong", disse.

As ligações da UCI com o caso Armstrong serão examinada por uma comissão independente ao longo de três semanas de audiências em Londres, em abril. McQuaid, que se tornou presidente da UCI em 2005, e Verbruggen disseram que vão apresentar provas ao painel.

McQuaid afirmou que foi "perturbador" assistir a entrevista Armstrong. "Foi perturbador vê-lo descrever um rosário de crimes incluindo entre outros doping ao longo de sua carreira, a liderança de uma equipe que se dopava, bullying, consistentemente mentindo para todos e produzindo uma prescrição médica retroativa para justificar um resultado", disse o chefe da UCI, referindo-se ao teste positivo de Armstrong para um corticosteroide durante sua primeira vitória na Volta da França, em 1999.

"No entanto, Lance Armstrong justamente também disse que o ciclismo é um esporte completamente diferente hoje do que era há 10 anos", lembrou McQuaid. Para Verbruggen a entrevista ajudou a mostrar que "a UCI tem estado na linha de frente da luta contra o doping no esporte".

Lance Armstrong é "uma vergonha para o esporte", declarou o número um mundial do tênis, o sérvio Novak Djokovic, nesta sexta-feira (18) durante o Aberto da Austrália, após as confissões do ciclista americano sobre o doping.

"Seria ridículo de sua parte negar a evidência, já que havia milhares de provas. É uma vergonha para o esporte ter um atleta como ele. Enganou o esporte. Enganou muita gente no mundo inteiro com sua carreira, com sua história", afirmou o sérvio depois de se classificar às oitavas de final da competição.

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"Deve ser despojado de todos os seus títulos. Mereceu sofrer. Como muita gente, perdi a confiança no mundo do ciclismo. Eu o seguia antes. Todos estes grandes campeões, Marco Pantani, agora Lance Armstrong... ocorreram tantos escândalos", acrescentou Djokovic.

"Os tenistas estão entre os atletas mais limpos. Não fico chateado de passar por testes antidoping 10, 20 ou 30 vezes por ano. As regras antidoping se tornaram mais rígidas. Enquanto ocorrer o mesmo com os outros jogadores, está bem", concluiu.

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