Tópicos | drama

A Fox Film do Brasil divulgou esta semana o trailer da comédia dramática A Vida Secreta de Walter Mitty, que chega aos cinemas em dezembro. O longa, dirigido e estrelado por Ben Stiller, é um remake do filme O Homem de 8 Vidas, estrelado por Danny Kaye em 1947, por sua vez baseado em um conto de 1939 da autoria do humorista norte-americano James Thurber.

A película conta a história de Walter Mitty (Stiller), gerente de uma loja de produtos fotográficos que leva uma vida simples. Perdido em seus sonhos, Mitty é obrigado a embarcar em uma verdadeira aventura quando um negativo desaparece.

##RECOMENDA##

No elenco estão nomes como Sean Penn (Sobre Meninos e Lobos), Kristen Wiig (Entre Segredos e Mentiras), Adam Scott (Quatro Amigas e um Casamento) e Shirley MacLaine (A Feiticeira). 

Confira o trailer:

Benedek (também chamado de Bence) Fliegauf possui referências e preferências disparatadas. Admira os irmãos Dardenne, Miranda July e Paul Greengrass e, em fevereiro do ano passado, em Berlim, confessou que seu filme recente preferido, em anos, era Headhunters, do nórdico Morten Tyldum, do qual gostava justamente por ser um thriller sombrio. Nada disso parece juntar, mas deu certo em Apenas o Vento, quinto longa de Fliegauf, que venceu o Urso de Prata na Berlinale de 2012. Se tivesse vencido o de Ouro, ninguém iria reclamar - mas era o ano de César Deve Morrer, dos irmãos Taviani, e o júri fez a coisa certa.

Apenas o Vento é definido pelo próprio diretor como cinema social (os Dardennes?) com uma pegada de thriller dark (Greengrass? Tyldum?). Fliegauf morava - e trabalhava - na Alemanha quando, em 2008 e 2009, acompanhou pela imprensa o que se passava no país em que nasceu, a Hungria. Uma série de ataques a ciganos - casas incendiadas, tiros desferidos contra pessoas desarmadas, crianças inclusive - produziram pelo menos 55 vítimas. Seis morreram, cinco tiveram ferimentos graves.

##RECOMENDA##

Num encontro com a reportagem, Fliegauf disse que foi uma sensação estranha ler a cobertura da imprensa estrangeira (alemã) sobre o que se passava.

"Já havia feito curtas, quatro longas, um em língua inglesa (Womb). Abandonei o projeto no qual trabalhava e voltei com minha família para a Hungria, para tentar entender o que se passava, já disposto a fazer um filme." Para Fliegauf, o empobrecimento geral da população e o racismo contra os ciganos, transformados em bodes expiatórios da crise, forneciam um retrato explosivo da situação no país. Durante dois anos ele pesquisou. Entrevistou grupos de ciganos em diferentes regiões. Sua intenção era fazer o filme com atores ciganos. Não encontrou o que procurava. Resolveu fazê-lo com não profissionais, como outros filmes de sua carreira. Foi mais difícil do que esperava.

"Descobri que há mais racismo entre os próprios ciganos do que seria desejável. E eles só queriam fazer o filme se fosse para a televisão, em busca de celebridade." Nascido em Budapeste, em 1974, Fliegauf ainda não chegou aos ‘enta’. Na época da entrevista, não tinha nem 38 anos - estava com 37. Seus curtas e longas lhe deram projeção no cinema do país, e ele agradece ao mítico Miklos Jancso, de quem foi assistente. Baseado em documentação, ele criou sua história: uma família de ciganos que vive numa área afastada, na floresta. A mãe trabalha, os filhos - o ponto de vista é o do garoto - estudam, mas se envolvem em atividades, digamos, ilícitas. Há um velho e o pai, ausente, está no Canadá, à espera de levar a família.

APENAS O VENTO - Título original: Csak a Szél Direção: Benedek Fliegauf Gênero: Drama (Hungria/2012, 86 min.). Classificação: 16 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com problemas de saúde desde o mês de abril, o cantor Netinho vem apresentando melhoras em seu quadro de saúde e agora já voltou a se alimentar sem a sonda e começa a ensaiar os seus primeiros passos. As informações são da página oficial do cantor no Facebook e foram divulgadas pela assessoria de comunicação do astro baiano.

Ainda segundo as informações divulgadas, ele se alimenta de frutas, carnes, massas e sucos. Ele já caminho pelo corredor do hospital e passa por sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Mesmo com melhoras, ele continua na Unidade Semi-Intensiva do Hospital Sírio-Libanês e não possui previsão de alta.

##RECOMENDA##

Com texto de Alexsandro Souto Maior e encenação de Eron Villar, o espetáculo Mariano, irmão meu faz temporada no Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro. Sempre às 20h, em todas as quartas e quintas-feiras do mês de junho, a peça trata de abandono, incompletude e desrespeitos às diferenças através da história de dois irmãos que tentam não esquecer o afeto enquanto lutam por sua sobrevivência.

Inspirada na literatura de Guimarães Rosa e Manoel de Barros, a história gira em torno de Damião (Alexasandro Souto Maior) e Mariano (Tatto Medinni), dois irmãos que sofrem com a ausência de sua mãe. O primeiro assume os cuidados do segundo, que possui um tipo de deficiência cognitiva. Na tentativa de proteger o irmão menor, Damião decide criar uma explicação fantasiosa para o sumiço de sua mãe, que teria fugido logo após o parto do pequeno por conta de um dragão cor de fogo.

##RECOMENDA##

 

Serviço

Mariano, irmão meu

Teatro Marco Camarotti - Sesc Santo Amaro (Rua do Pombal, s/nº - Santo Amaro)

5 a 27 de junho (quartas e quintas-feiras) | 20h

R$ 20 e R$ 10 (meia)

(81) 3216 1728

Ter uma casa e não poder morar. Esse é o drama de 144 famílias que há oito anos precisaram sair de seus apartamentos, em Jardim Piedade, condenados pela Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes. Os noves blocos de prédios do tipo caixão, do Residencial Arrecifes, apresentaram estalos, fissuras, rachaduras e infiltrações.

A história se confunde com a vivenciada pelos moradores do Conjunto Residencial Eldorado, no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife. Nos dois casos, o medo de um desabamento tiraram o sono e a tranquilidade das famílias que moravam nos locais. Essa situação se espalha por vários prédios do tipo caixão na capital e outras em cidades do Estado.

##RECOMENDA##

Em Jaboatão, os transtornos começaram em agosto de 2005. Os moradores identificaram as rachaduras no momento em que iriam realizar a pintura dos prédios. “Estávamos lavando os edifícios quando notamos algumas fissuras. Com medo, acionamos uma vistoria e recebemos e informação do risco de desabamento”, lembra a última sindica do residencial, Sandra Valéria.

Os moradores tiveram que sair dos apartamentos cinco dias após o resultado da perícia, pois, segundo eles, as falhas estavam evoluindo. Muitos móveis permanecem até hoje nos apartamentos. “Foram dias de pânico, desespero, além de muita confusão. Algumas pessoas resistiram para deixar os imóveis”, contou.  

Inicialmente, as famílias passaram a morar nas casas de parentes e amigos. Um ano depois, após acionarem a justiça com advogados particulares, os proprietários começaram a receber o auxílio aluguel, no valor inicial que variava entre R$ 300 e R$ 500. “Fizemos tudo por conta própria, pois as financiadoras não nos ajudaram em nada. Até mesmo a remuneração dos advogados até hoje nós temos que tirar do auxílio aluguel”.

Durante esses oito anos quase nada mudou. As famílias do ‘Arrecifes’ continuam morando de aluguel, na casa de parentes e muitos já se mudaram cinco vezes. Eles contam que também não receberam retorno dos órgãos envolvidos e nem sinal de uma indenização. O residencial está cada vez mais destruído, o que aumenta a revolta dos moradores. “Já tentaram invadir nossas casas duas vezes. Além disso, roubaram janelas, grades, portas e até as bacias sanitárias”. 

O caso continua tramitando na justiça e a única coisa que alguns moradores conseguiram foi um aumento do auxílio aluguel, que passou a valer R$ 1 mil. Enquanto isso, eles continuam impossibilitados de retornar aos imóveis e sem condições de comprar uma nova casa. “Resumo nosso drama como um descaso e uma frustração. O sonho de qualquer pessoa é ter uma casa própria, e isso nos foi roubado”, concluiu.

Dirigido por Luciano Moura, o filme A busca estreia nas telas dos cinemas nesta sexta-feira (14) e traz o tema sobre paternidade. Wagner Moura recebeu o papel de ator principal o qual interpreta o médico Theo, que sai à procura do filho desaparecido, com quem tem uma relação difícil. Luciano Moura marca sua estreia em longa-metragem. O filme com orçamento de R$ 6,8 milhões também traz no elenco Mariana Lima e Leandro Firmino.

A história do filme narra a busca desesperada do médico Theo pelo filho Pedro (o estreante Brás Antunes, filho do cantor Arnaldo Antunes). No fim de semana em que completaria 15 anos, o garoto viaja sem dizer o destino. O sumiço é o ponto de partida para uma jornada que vai acabar transformando o médico e marcando o reencontro com seu próprio pai (Lima Duarte) e consigo mesmo. No caminho, Theo se depara com situações limite, além de conhecer pessoas que vão ajudá-lo não só a localizar o filho, mas a entender seu papel de pai na difícil relação com Pedro.

##RECOMENDA##

 

 

Steven Spielberg é um cineasta de carreira estável, mas que já teve seus trabalhos acusados de muita coisa. Seus detratores batem bastante na tecla do maniqueismo de seus personagens e na esterilidade quase higiência de suas histórias. Depois de trabalhos visualmente fortes  fortes mas pobres em conteúdo como a animação Tintin, a expectativa era alta num trabalho como a representação da vida daquele que pode ser considerado o presidente mais importante da história americana. Felizmente Spielberg se mostra o mesmo diretor que nos deu Munich, e traz um filme dirigido com mão forte e visão clara.

##RECOMENDA##

Lincoln nos mostra o fim da guerra civil entre norte e sul que terminou com a união dos estados e com o fim da escravatura. Observamos os meses finais do segundo mandato do icônico presidente americano apelidado de Abe, o Honesto, na época em que luta para aprovar a décima terceira emenda da constituição que aboliria a escravatura. O assunto polêmico foi uma das causas da grande guerra entre norte e sul que já durava quatro anos. É um filme com um passo lento e cuidadoso, que procura mostrar bem as múltiplas facetas de um personagem tão complexo quanto este foi. 

E é nisso que brilha o trabalho de Daniel Day Lewis, que encarna o finado presidente como se tivesse nascido vestindo a pele dele. Lincoln é um personagem que é facilmente representado de maneira inumana e unidimensional, como vimos recentemente em Abraham Lincoln, caçador de Vampiros. O que vemos é uma pessoa presa entre o dever do trabalho, o oposição ao filho que deseja arriscar-se na guerra contra a sua vontade, a esposa Mary, em dores devido à perda do primeiro filho em anos anteriores e o papel de pai. E também, felizmente, vemos a rara representação de Lincoln enquanto político matreiro, capaz de dobrar a verdade para satisfazer meias verdades, e usar de vários "toma-lá-dá-cá" nada honestos para garantir a aprovação da mudança da constituição que seria seu legado. A voz cansada e a cadência da fala evocam as complexidades de uma figura histórica que geralmente é adorada quase como uma figura santa pelos americanos. 

Num auxílio de luxo estão os atores coadjuvantes, todos muito bem dirigidos por Spielberg. A grande supresa é a atuação de Tommy Lee Jones como Thaddeus Stevens,o explosivo líder radical do movimento que defende a igualdade total entre negros e brancos, numa atuação particularmente divertida. É sua a grande frase do filme, e que define a história como um todo: A emenda constitucional mais libertadora da história, aprovada via corrupção e vista grossa de um bom homem." É onde vemos que a política é algo cinza e tortuosa, independente de país e época. Os lobistas pagos para subornar e convencer políticos do senado para a aprovação da mudança na constituição são contrapontos de trama imitados diretamente de Shakespeare e são eles que efetivamente tornam a narrativa coesa no nível político. Os diálogos do roteirista Tony Kushner (Munique) são humanos em bem escritos, e as seções na câmara são particularmente fascinantes.

Algo que chama a atenção é a qualidade da direção de fotografia de Janusz Kamisnki ( A Lista de Schindler) que tem trabalho com Spielberg nos últimos quinze anos numa parceria de sucesso que chega ao topo com Lincoln. As cenas são bens construídas com tons cinza-azulados que da ao filme inteiro um aspecto de uma memória antiga, mas não com os tons sépia que associamos às produções de época. 

Um aspecto curioso é observamos o respeito que os americanos tem sobre o processo político, assim como os tabus auto impostos que possuem sobre o que pode ou não pode ser mostrado: Lincoln tem uma das mortes mais icônicas da história para um líder político, sendo assassinado por John Wilkes Booth com um tiro na nuca num teatro. Isto é representado apenas com a notícia sendo dada a seu filho, mas Steve Spielberg não tem problemas em apresentar soldados sem nome tendo suas cabeças sufocadas dentro da lama por botas inimigas até a morte logo no início do filme. Aparentemente, cabeças presidenciais são sagradas, mas soldados com as entranhas espalhadas sob os cascos do cavalo do presidente não são tanto assim. Mas é um filme cortado e lapidado de maneira amorosa, e uma prova de que a política é um minado de gente atrás dos próprios interesses, independente de que época e que causa, e que os problemas não magicamente se resolvem. 

O conflito racial é um tema recorrente nas últimas três premiações do Oscar, com filmes como Preciosa (Precious) e Histórias Cruzadas (The Help), e Django Livre (Django Unchained). Aparentemente os problemas que o presidente se preocupava não estão com a igualdade tão igual como os políticos do século XIX pensavam que estaria no futuro….

Uma tibetana de 16 anos se imolou com fogo, informou nesta segunda-feira (10) a agência Nova China. O drama ocorreu no domingo (9) à noite na Prefeitura de Huangnan, região da província de Qinghai (noroeste), povoada em 68% por tibetanos e convertida em eixo do protesto contra o domínio chinês.

A agência oficial informou que o corpo da jovem foi cremado e suas cinzas entregues à família. Acrescentou que as autoridades locais abriram uma investigação sobre sua morte.

Mais de 90 tibetanos se imolaram ou tentaram fazê-lo desde 2009, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.

Baseado no livro homônimo de 2009 – traduzido para 31 idiomas – o filme Um dia, que estreia nesta sexta-feira (30) nos cinemas brasileiros, retrata uma história de amor no decorrer de duas décadas. Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess) se conhecem no dia 15 de julho de 1988, após a festa de formatura dos dois. A partir daí, acompanha-se a jornada do casal que passará por grandes mudanças em relação ao estilo de vida, à maturidade e a como eles encaram essas transformações. O diferencial diz respeito a maneira como a história é contada. Ao invés de acompanhar períodos da trama, o filme acompanha a temporalidade na vida do casal, a partir do mesmo dia (15 de julho), durante esses vinte anos.

Emma e Dexter são duas faces de uma mesma moeda. Apesar do enorme carinho que nutrem um pelo outro, ambos representam realidades bastante diferentes. Ela vem de origem humilde, é batalhadora, insegura e sonha em escrever, mas mantém os pés bem fincados no chão. Já ele, vem de uma família rica, é mimado, confiante e pretende apenas viver a vida se divertindo, sem grandes preocupações. O filme portanto explora essas contradições, além de abordar temas como as expectativas e os caminhos que uma pessoa pode seguir – caminhos esses, muitas vezes, diferentes daqueles imaginados no início da jornada. Como pano de fundo entram em discussão ainda questões relacionadas à família, perda, necessidade de encontrar-se no mundo, caráter, busca pessoal, amor e amizade.

Essa passagem por um longo período de tempo abre muitas possibilidades para a direção de arte, figurinistas, maquiadores e cabeleireiros envolvidos no processo, pois o tempo deve ser sentido pelo espectador que acompanha a projeção. No caso de Um Dia, essa caracterização merece destaque uma vez que consegue refletir essa passagem – especialmente por meio da moda, dos cortes de cabelo e da trilha sonora que marca os diferentes períodos – de maneira homogênea e discreta. O filme imprime elementos distintos dos anos 1980, 1990 e 2000, de maneira natural, sem que essa ambientação tome o foco da narrativa.

Apesar da estrutura diferenciada, o filme não consegue propriamente inovar. Mostra-se bastante cansativo e, por vezes, forçado. Com tantos elementos e subtextos a serem explorados, o enfoque permanece majoritariamente na história de amor que custa a evoluir. Não no sentido de evoluir até um romance, mas sim de lançar-se sobre as nuances e fendas apresentadas. As indecisões intermináveis do casal se tornam cansativas para os que esperam um pouco mais do enredo.

No entanto, os espectadores que procuram apenas por uma história de amor podem até se satisfezar com Um dia, especialmente diante de cenários tão encantadores como as urbanas Londres (onde se passa grande parte do longa) e Paris. Enfim, uma boa pedida apenas para os casais apaixonados em um final de tarde.

Assista ao trailer:



Ficha técnica
Um dia (One Day/ 2011/ 108min)
Dir. Lone Scherfig
Roteiro: David Nicholls. Baseado no livro homônimo do próprio David Nicholls
Elenco: Anne Hathaway, Jim Sturgess, Patricia Clarkson, Ken Scott, Romola Garai e Rafe Spall

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando