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A revista The Economist destacou nesta segunda-feira, 6, as reviravoltas na campanha eleitoral pela Presidência do Brasil, classificando-a como uma "montanha-russa". Para a publicação britânica, a ultrapassagem de Aécio Neves sobre Marina Silva decorreu de "passos lentos" da ambientalista no Sudeste.

A Economist enfatizou o desempenho de Aécio no debate de Quinta-feira passada na TV Globo e a estratégia da presidente Dilma Rousseff, que "injustamente acusou Marina de querer acabar com os programas sociais e fazer acordos escusos com banqueiros".

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Segundo a revista, Aécio precisará ganhar espaço "especialmente em regiões como o pobre Nordeste" e para isso o apoio de Marina seria decisivo. "De origem humilde e lutadora, ela tem mais credibilidade nos setores menos favorecidos que o PSDB", diz o texto.

A revista salienta a proximidade entre as propostas econômicas dos dois, mas considera impossível prever quantos eleitores de Marina votarão no PSDB "já que muitos são de esquerda e consideram esse partido elitista". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff (PT) pode não ter a mesma sorte do ex-presidente Lula (PT), que saiu "ileso" do escândalo do mensalão, diz a revista britânica The Economist, em artigo publicado em sua edição online. A publicação compara o mensalão às denúncias de um esquema de propina na Petrobras e diz que a delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa pode afetar o resultado das eleições.

"Lula teve um ano para sacudir a poeira, enquanto desta vez Dilma tem somente um mês até o dia do pleito", afirma a Economist, destacando que vencer Marina Silva (PSB) já era um forte desafio para a petista. O artigo aponta que o nome de Eduardo Campos também foi citado por Costa, mas argumenta que nenhum outro nome ligado ao PSB foi envolvido e que Marina é vista como uma pessoa "ética" pela maioria dos brasileiros.

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A revista destaca que a delação de Costa precisará ser "cuidadosamente corroborada". "Mas a questão deve despertar memórias de deslizes do PT que a presidente vem tentando arduamente colocar para trás", diz a publicação. "Não ajuda a presidente o fato de que, se forem verdade, os desvios alegados na Petrobras aconteceram debaixo do seu nariz, primeiro como ministra de Minas e Energia de Lula, depois como presidente do conselho administrativo da companhia."

Segundo a Economist, a campanha eleitoral, que já havia recomeçado do zero após a morte de Eduardo Campos, foi "sacudida" novamente.

A revista britânica The Economist traz editorial com tom crítico à candidatura de Marina Silva à Presidência da República. No texto, a publicação defende que Marina tem de "fazer mais para provar que merece" o Palácio do Planalto. A Economist diz que "há pouca substância e muita conversa sonhadora sobre a 'nova política'" no discurso da ex-ministra.

Após a subida das intenções de voto da candidata do PSB, a The Economist dá amplo espaço à Marina Silva na edição impressa que chega às bancas neste fim de semana. Além de uma reportagem sobre o avanço da ex-ministra, a revista publica editorial em que critica a falta de substância do discurso da candidata que atualmente é a principal concorrente de Dilma Rousseff. "Marina Silva ainda tem de dizer mais sobre como exatamente uma pessoa relativamente estranha (outsider, em inglês) iria governar o Brasil. No momento, há muito pouca substância e muita conversa sonhadora sobre 'nova política'", diz o editorial. "No final, os eleitores do Brasil têm de fazer uma escolha entre ficar entre a Rousseff sem brilho, o Aécio amigável aos negócios ou apostar na emocionante, mas obscura Marina Silva", diz o editorial.

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Para a Economist, Marina precisa superar "duas preocupações". "A primeira é a reputação de intransigência que tornaria difícil administrar o Brasil, onde o multipartidarismo é a norma", diz o texto, ao lembrar que a candidata deixou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por oposição em relação a algumas políticas ambientais. "Sua fé pentecostal faz com que ela não seja liberal em algumas áreas", completa o texto, ao citar a questão dos direitos civis dos homossexuais.

A outra preocupação da Economist é a experiência. "Dilma Rousseff já é presidente e Aécio Neves governou bem o Estado de Minas Gerais durante anos. Há pontos de interrogação sobre o fracasso de Marina Silva em registrar seu próprio partido político a tempo da campanha presidencial", cita o editorial. "Ela sabe pouco sobre economia." A revista reconhece, porém, que a experiência tem benefícios questionáveis. "Dilma era considerada uma gestora competente antes de assumir o cargo, mas sua interferência ajudou empurrar o Brasil para a recessão", diz o editorial. "Marina tem um mês para preencher essas lacunas."

A última edição da revista The Economist traz uma reportagem bastante crítica ao mercado de trabalho no Brasil e em especial à produtividade dos trabalhadores. Com o título "Soneca de 50 anos", a reportagem diz que os brasileiros "são gloriosamente improdutivos" e que "eles devem sair de seu estado de estupor" para ajudar a acelerar a economia.

A reportagem diz que após um breve período de aumento da produtividade vista entre 1960 e 1970, a produção por trabalhador estacionou ou até mesmo caiu ao longo dos últimos 50 anos. A paralisia da produtividade brasileira no período acontece em contraste com o cenário internacional, onde outros emergentes como Coreia do Sul, Chile e China apresentam firme tendência de melhora do indicador.

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"A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012 em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego", diz a revista.

A reportagem diz que uma série de fatores explicam a fraca produtividade brasileira. O baixo investimento em infraestrutura é uma das primeiras razões citadas por economistas. Além disso, apesar do aumento do gasto público com educação, os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros não melhoraram. Um terceiro fator menos óbvio é a má gestão de parte das empresas brasileiras.

Há ainda a legislação trabalhista. A revista diz que muitas empresas preferem contratar amigos ou familiares menos qualificados para determinadas vagas para limitar o risco de roubos na empresa ou de serem processados na Justiça trabalhista. A revista também cita que a proteção do governo aos setores pouco produtivos ajuda na sobrevivência das empresas pouco eficientes.

A reportagem ouviu um empresário norte-americano que é dono do restaurante BOS BBQ no Itaim Bibi, em São Paulo. Blake Watkins diz que um trabalhador brasileiro de 18 anos tem habilidades de um norte-americano de 14 anos. "No momento em que você aterrissa no Brasil você começar a perder tempo", disse o dono do restaurante BOS BBQ, que se mudou há três anos para o País.

A revista The Economist publica reportagem crítica sobre a possibilidade de que bancos sejam obrigados a pagar bilhões de reais para poupadores do Brasil, num caso que se arrasta há décadas na Justiça. Ao lembrar da frase que afirma que "no Brasil até o passado é imprevisível", a revista diz que o caso ameaça a credibilidade do País. "É difícil atrair negócios para um país onde a incerteza não assola apenas o futuro, mas também o passado", diz o texto.

A reportagem publicada na edição que chega este fim de semana às bancas com o título "O passado é o epílogo" explica a cobrança feita pelos poupadores que pedem a correção dos valores depositados nas cadernetas durante os vários planos econômicos vividos pelo Brasil há algumas décadas. O caso está, atualmente, no Supremo Tribunal Federal (STF).

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O conteúdo destaca que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, já divulgaram carta aberta com um alerta para o efeito negativo sobre a economia, caso as instituições financeiras sejam derrotadas no caso. Na eventualidade de as instituições perderem no STF, a revista prevê forte queda da oferta de crédito, o que prejudicaria a já "combalida" economia brasileira.

Além disso, a publicação também lembra que os dois maiores bancos estatais - o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal - são donos de cerca de metade das cadernetas de poupança nacionais e poderão ser obrigados a pedir resgate aos cofres públicos. "Apertando as já frágeis contas públicas do Brasil."

A revista The Economist que chega às bancas neste fim de semana publica reportagem em que afirma que a inflação parece como grande ameaça à campanha eleitoral de Dilma Rousseff. Com o título "Saia-justa de Dilma", a reportagem afirma que ela "deixou pouco espaço de manobra econômica para um período de difícil campanha eleitoral para a reeleição".

A reportagem destaca, especialmente, o quadro econômico em meio ao aumento da aversão ao risco internacional. A análise lembra que o real já perdeu 17% do valor desde o momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou o início da retirada dos estímulos. "Uma moeda mais fraca é o que o Brasil precisa para equilibrar suas contas externas e fazer com que suas fábricas prosperem. Mas isso também gera o risco de aumento da inflação e a constante subida de preços foi um dos fatores (com a baixa qualidade dos serviços públicos) que geraram os protestos populares e abalaram o governo Dilma Rousseff no ano passado", diz a revista.

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A The Economist nota que, além da depreciação recente do real, há outras dificuldades no radar que pioram ainda mais as perspectivas da inflação. "E se a mistura dos eventos externos com a criatividade fiscal-doméstica (e até mesmo um possível rebaixamento pelas agências de classificação de risco) gerar um declínio ainda maior do real?", questiona a publicação. Para reagir a esse quadro, diz o texto, a resposta teria de vir com mais aumento de juro, o que sufocaria ainda mais a atividade em pleno ano de eleições, diz a revista.

A primeira edição do ano da The Economist traz uma reportagem em que afirma que o resultado das eleições presidenciais de 2014 no Brasil é "imprevisível". Ao comentar que estudos mostram que o eleitorado brasileiro quer mudanças, a revista diz que "o espírito dos protestos de junho ainda está vivo e uma parte do apoio a Dilma Rousseff poderia derreter se uma alternativa forte emergir". A publicação diz que a economia será um ponto frágil da atual presidente da República.

"A economia oferece uma linha de ataque para concorrentes. Desde que Rousseff tomou posse, em 2011, o crescimento tem sido anêmico. O desemprego é baixo e, até recentemente, a renda subia mais rápido do que a inflação. Mas a criação de empregos e o aumento de renda agora estão esfriando, enquanto os preços continuam subindo. As finanças públicas se deterioraram e isso não será consertado em um ano eleitoral", diz a revista.

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Além dos temas econômicos, a The Economist diz que há o risco de que os protestos populares de 2013 voltem a acontecer durante a Copa do Mundo. Outra ameaça é a possibilidade de que pelo menos uma cidade-sede do torneio tenha de ser retirada do mapa pelos atrasos na construção dos estádios. "Isso seria um grande constrangimento", diz a Economist.

Apesar do quadro favorável aos concorrentes, a publicação nota que Dilma retomou parte da popularidade após os protestos. Além disso, os demais candidatos ainda não começaram efetivamente a fazer campanha ou ainda enfrentam problemas internos. "O PSDB de Aécio Neves foi atingido por indícios de corrupção e superfaturamento em contratos públicos em São Paulo", cita a revista. "Eduardo Campos segue preparando um programa com sua provável companheira de chapa Marina Silva".

A revista britânica The Economist publica na edição que chega este fim de semana às bancas reportagem sobre o primeiro leilão para exploração do pré-sal. Com o título "Preço barato", a reportagem diz que a presença de apenas uma proposta para os campos de exploração de petróleo mostra "a fraqueza da abordagem liderada pelo governo para desenvolver as reservas". Para a revista, o resultado do leilão "foi uma decepção".

Na reportagem, a revista diz que a "a presença da Shell e da Total no consórcio vencedor permitiu que o governo declarasse o leilão como um sucesso". Apesar disso, a publicação discorda. "Enquanto o governo esperava mais de 40 empresas interessadas, apenas 11 se registraram no leilão", lembra o texto. "E, apesar de ter esperado pelo menos a oferta de seis consórcios, só foi feita uma proposta e com o valor mínimo exigido", diz a reportagem.

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"A falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos atrás quando o presidente da época, Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu o pré-sal como um 'bilhete de loteria premiado'", diz o texto. Para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos. "Durante a longa espera, enquanto as regras do leilão foram reescritas e os governos discutiam como dividir os eventuais recursos, o xisto retirou do pré-sal o título de perspectiva energética mais emocionante do mundo. A maioria do interesse privado desapareceu", completa a reportagem, que destaca a ausência das gigantes BG, BP, Chevron e Exxon.

Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração dos campos nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração são bem baixos".

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reconheceu que o Brasil sente os efeitos da crise internacional, a exemplo dos principais parceiros comerciais, mas ressaltou que não há aumento do desemprego, problemas na distribuição de renda ou queda de consumo. O comentário foi feito sobre a matéria de capa da revista The Economist com dificuldades para retomada do crescimento da economia brasileira.

Gleisi Hoffmann participou na tarde desta quinta-feira, 26, em Sinop, no norte de Mato Grosso, do início simbólico do plantio da soja 2013/14. A implantação das lavouras ainda é incipiente por causa do atraso nas chuvas, que só devem se normalizar em meados de outubro. Em relação à reportagem da revista, a ministra afirmou que parceiros comerciais, como a China e os Estados Unidos, estão se recuperando, o que deve ter reflexo na economia brasileira.

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Após subir em uma colheitadeira em companhia do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, para fazer o plantio da soja "no pó", na sede da Embrapa Agrosilvopastoril, em Sinop, Gleisi Hoffmann concedeu entrevista sobre os investimentos de R$ 215 bilhões em rodovias, portos e aeroportos.

Casa Civil substitui Agricultura

O evento mostrou que, para os produtores rurais de Mato Grosso, a Casa Civil se tornou mais importante que o Ministério da Agricultura. No encontro, a ministra apresentou solução para dois problemas enfrentados pelos agricultores.

Por iniciativa do Palácio do Planalto foi apresentada uma emenda à Medida Provisória 619/13, que autoriza a liberação emergencial de defensivos agrícolas, aprovada na quarta-feira, 25, pela Câmara dos Deputados e que agora vai para o Senado.

Outra reivindicação que está sendo atendida é a liberação de novos princípios ativos para controle da ferrugem da soja. O governo aprovou um produto da Basf e dentro de 15 dias será aprovado outro da Syngenta. Ela disse que o governo está estudando mudanças nas regras para acelerar o processo de registros de defensivos, "sem pôr em risco a segurança".

De um foguete que apontava para o alto para uma aeronave desgovernada nos céus. Essa é a comparação feita pela capa da revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina, que chega às bancas neste fim de semana, tem na capa uma imagem do Cristo Redentor fazendo piruetas no céu do Rio de Janeiro com a pergunta: "Has Brazil blown it?". A questão pode ser traduzida como "O Brasil estragou?" ou "O Brasil se perdeu?".

A reportagem especial de 14 páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no País. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o País cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", diz a revista.

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"Pode Dilma Rousseff, a presidente do Brasil, reiniciar os motores?", pergunta a publicação. "Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos oferecerão ajuda para a recuperação do Brasil ou simplesmente trarão mais dívida", questiona a revista. O conteúdo da revista ainda não está disponível na íntegra na internet.

Na capa, a Economist fez uma auto referência a uma capa da própria publicação que ficou conhecida no Brasil ao mostrar o mesmo Cristo Redentor decolando como se fosse um foguete. "O Brasil decola" foi capa da edição de 12 de novembro de 2009, quando a revista rasgava elogios ao País que, naquele momento, crescia rapidamente a despeito da crise financeira global.

Interferência

A reportagem afirma ainda que Dilma Rousseff tem sido relutante ou incapaz de enfrentar problemas estruturais do Brasil e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e mina a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica".

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do País, em referência ao baixo crescimento econômico. "A economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", resume o editorial da publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela The Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

Problemas antigos

A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula". "Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica incomodando publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juro. Como resultado, as taxas estão subindo atualmente mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto.

Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o País é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, lembrando que o País será um grande exportador de petróleo até 2020. The Economist elogia, ainda, a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de gás e petróleo em águas profundas. Além disso, a revista lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".

A revista britânica The Economist publica na edição desta semana uma reportagem sobre a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, a falta de reação nas pesquisas de intenção de voto dos nomes da oposição, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Para a publicação, fatos como a denúncia de um esquema ilegal relacionado ao setor de transportes no governo paulista e disputas internas tiram força dos principais nomes da oposição à presidência.

A The Economist observa que a popularidade de Dilma Rousseff caiu drasticamente nas últimas semanas após os protestos que lotaram as ruas do País. "Apesar disso, a maioria dos adversários não conseguiu fazer muito progresso", destaca a publicação.

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Após os protestos, diz a reportagem, o tucano Aécio Neves teve apenas uma pequena reação nas pesquisas de intenção de voto para 2014. "Neves teve dois mandatos de sucesso como governador de Minas Gerais, o segundo Estado mais populoso do Brasil. Mas desde que se mudou para o Senado, em 2011, ele tem tido pouco impacto no cenário nacional", diz o texto.

A revista diz, ainda, que outra ameaça para o PSDB é uma investigação sobre suposto esquema de corrupção no governo de São Paulo em projetos do transporte sobre trilhos que envolveria "centenas de milhões de reais". Há, ainda, disputas internas entre os tucanos, nota a revista, especialmente entre Aécio Neves e José Serra. "Aos 71 anos, a ambição do Sr. Serra está intacta, apesar da relutância de seu partido em apoiá-lo", diz a reportagem.

"O outro candidato que não conseguiu decolar é Eduardo Campos, governador de Pernambuco. Sr. Campos é formalmente um aliado de Dilma Rousseff, mas tem sido incentivado a uma candidatura presidencial", diz o texto.

Para a Economist, o principal beneficiário dos protestos é Marina Silva. "Marina está envolvida na criação de um partido, a Rede, que ela apresenta como uma alternativa à política tradicional. Mas isso vai limitar seu direito a espaço na campanha no rádio e televisão", diz a reportagem.

A queda dos preços das commodities e a piora do desempenho das exportações do Brasil parecem ter feito o governo do País moderar os planos para a nova legislação do setor de mineração. A avaliação consta de reportagem publicada na edição da revista "The Economist" que chega às bancas na Europa. De acordo com o texto, o anúncio da nova legislação foi "recebido com resignação pelas empresas do setor".

"O governo havia se esforçado em pressionar o setor até que ele reagiu, mas a queda dos preços das commodities e a deterioração da balança comercial parecem ter feito o governo moderar seus planos. O temido novo imposto federal não se materializou", diz a reportagem, que tem o título "Tempo para cavar fundo". O texto diz que a legislação ainda precisa de aprovação no Congresso, mas que a simples divulgação "alivia a espera do setor, o que tem provocado estragos nos planos de negócio".

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A "Economist" afirma que o aumento da alíquota dos royalties para extração mineral de 2% sobre o faturamento líquido para 4% sobre o bruto aumentará a arrecadação de R$ 1,7 bilhão para R$ 4,2 bilhões. "Apesar de ter uma alíquota reduzida na comparação com aquelas cobradas em outros países (a Austrália taxa até 12%), as empresas reclamam que o caótico sistema tributário do Brasil submete o setor a custos e riscos que não existem em outros locais", afirma o texto. A Vale, lembra a revista, passou uma década discutindo a cobrança de impostos que chegava a R$ 30 bilhões.

A revista britânica The Economist usa a ironia para reforçar o descontentamento com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em sua edição que chegou nesta quinta-feira, 6, às bancas. A publicação diz que a economia brasileira tem apresentado desempenho "medíocre" e, com a lembrança de que Mantega ficou no cargo mesmo após a revista pedir a saída do ministro, a publicação diz que "mudou de estratégia". Apesar da brincadeira, reconhece que, após seguidas frustrações com medidas e o desempenho da economia, o governo de Dilma Rousseff parece voltar a tomar decisões para reconquistar a admiração dos mercados.

No fim de 2012, a publicação sugeriu a saída de Mantega para uma mudança de rumo da economia. "Foi amplamente noticiado no Brasil que a nossa impertinência teve o efeito de fazer o ministro da Fazenda ficar 'indemitível'. Agora, vamos tentar um novo rumo. Pedimos para a presidente ficar com ele a todo custo: ele é um sucesso", diz o texto.

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Para The Economist, o Palácio do Planalto começou a se distanciar, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de premissas como a "meta de inflação de um Banco Central que opera com independência de fato, contas públicas transparentes, meta fiscal rigorosa e uma atitude muito mais aberta ao comércio exterior e ao investimento privado".

Desde o estouro da crise de 2008, diz o texto, o governo de Lula e também de Dilma optaram por deixar de lado conceitos da "economia liberal decadente" e optaram pelo "capitalismo chinês de Estado".

A revista diz que, nessa mudança, a equipe econômica desistiu de reformas e a presidente Dilma Rousseff "assediou publicamente o BC para reduzir os juros". "Ela desencadeou uma enxurrada desconcertante de incentivos fiscais (e aumentos de impostos) para indústrias favorecidas, mas não conseguiu equilibrar com os cortes de gastos". A reportagem reconhece, porém, que os sinais mais recentes são de "uma política mais clara" e cita como exemplos a alta da taxa Selic para conter a inflação e o fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras para estrangeiros.

Em outra reportagem, a revista diz que o Brasil parece "preso na lama", o crescimento fraco da economia levou o Palácio do Planalto a "mudar de rumo" e o caminho para reconquistar investidores é longo. O aumento do juro na semana passada, por exemplo, foi elogiado. Mas a revista lembra que o BC "vai ter de aumentar as taxas novamente para levar a inflação para perto do centro da meta".

Também há elogios para o fim do IOF na renda fixa, com a ressalva, contudo, de que o Ministério da Fazenda será acompanhado de perto para ver se voltará "à retidão" na questão fiscal "depois de usar a contabilidade criativa para atingir a meta de superávit".

Outro aspecto elogiado foi a intenção de retomar as concessões e o "bem-sucedido leilão de campos de petróleo". "Será um longo caminho para aumentar a confiança empresarial e dos investidores e para promover a melhora da ultrapassada infraestrutura brasileira que o País precisa para crescer".

A construção da usina elétrica de Belo Monte é elogiada pela revista britânica "The Economist" na edição que chega às bancas nesta quinta-feira, 2. Com o argumento de que o impacto ambiental será menor que o propagado pelos ecologistas, a publicação exalta a obra erguida no meio da floresta amazônica. A reportagem, porém, lança dúvidas sobre a viabilidade econômica do empreendimento.

Com o título "Os erros e acertos de Belo Monte", a revista diz que após "passar muito tempo para construir o terceiro maior projeto hidrelétrico do mundo, o Brasil corre o risco de receber um pequeno retorno do investimento de US$ 14 bilhões". O argumento da reportagem é que a usina custará muito mais que o previsto, o que pode prejudicar a rentabilidade do projeto. Segundo a publicação, o Orçamento da obra saltou dos originais R$ 16 bilhões para os atuais cerca de R$ 29 bilhões ou cerca de US$ 14 bilhões.

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A revista cita, por exemplo, que o preço da energia de Belo Monte será comparável à da energia eólica - uma fonte conhecida por ser mais cara que a hidrelétrica. O texto diz que recentes leilões de energia eólica "com centenas de concorrentes do setor privado" tiveram vencedores que ofereceram o megawatt-hora por valor entre R$ 90 e R$ 100. Quando o consórcio Norte Energia levou o direito sobre a energia de Belo Monte, a proposta vencedora foi de R$ 77,97 por MWh. "Desde então, o orçamento (relacionado à usina) aumentou um terço".

A revista diz que o governo "insiste que os custos são um problema da Norte Energia". "Isso parece falso. O grupo é quase totalmente estatal", diz a revista com a lembrança de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu um empréstimo de R$ 22,5 bilhões à Norte Energia em novembro. "O maior crédito da história do banco". "Se Belo Monte se tornar um elefante branco, a conta recairá sobre o contribuinte", diz a revista.

A reportagem, que visitou as obras da usina, defende que o impacto ambiental de Belo Monte será menor que o dito por ecologistas. Um dos argumentos é que o método de construção é mais moderno e gerará menos danos à natureza. O preço dessa condição mais amigável ao meio ambiente é que a unidade será menos eficiente que usinas antigas.

A revista também comenta que o Brasil tem experimentado mudança na matriz energética nos últimos anos - especialmente após o apagão de 2001 e 2002, com a maior participação da geração termoelétrica. Essa participação tende a crescer ainda mais com a futura exploração dos campos de gás de xisto. O texto comenta, ainda, que mesmo com o aumento do nível dos reservatórios observado recentemente, o Brasil segue usando a energia térmica para formar "uma reserva" nos reservatórios suficiente para atender a demanda durante a Copa do Mundo de 2014. "A repetição de um apagão seria uma humilhação nacional".

A revista britânica The Economist destaca em reportagem na edição que chega nesta quinta-feira (10) às bancas o fato de o Brasil ter "despertado para a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País", em especial nos transportes. A reportagem diz que o governo de Dilma Rousseff era "relutante" em aderir às privatizações e que isso teria atrasado o plano das novas concessões, especialmente dos aeroportos.

"O governo do Brasil despertou para a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País. Ele está leiloando concessões de rodovias, estradas e aeroportos. No mês passado, acrescentou portos à lista e prometeu gastar R$ 54 bilhões para expandir, dragar e melhorar os portos ao longo dos próximos cinco anos", afirma a reportagem.

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A decisão de repassar projetos à iniciativa privada, no entanto, não foi fácil. A revista britânica diz que o governo de Dilma Rousseff tinha "relutância" em privatizar alguns setores da economia. Para a Economist, o atual governo brasileiro foi "tardiamente convertido" às privatizações.

"Depois de vender 51% das ações em três aeroportos em fevereiro do ano passado, o governo ficou temeroso e passou o restante do ano sondando operadores estrangeiros para verificar se algum consideraria entrar em uma licitação para investimento minoritário. Somente depois de perceber que não teria compradores, o governo decidiu continuar a vender o controle acionário", relata o texto.

A revista cita que o plano de melhoria da infraestrutura também entra no esforço federal para tentar ajudar a impulsionar o crescimento "anêmico" do Brasil. O texto lembra que até mesmo a agricultura, que tem apresentado desempenho positivo recente, sofre com a situação da infraestrutura. "Os altos custos do transporte das exportações dos agricultores corroem os lucros do campo."

A revista lembra, porém, que "muitos planos da infraestrutura brasileira não conseguem sair do papel" e cita as propostas para a Copa do Mundo de 2014 como exemplo. Dos 102 projetos apresentados em 2010 para o mundial de futebol, quase um quinto - ou 19 obras - sequer começaram.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, reagiu na manhã desta sexta-feira à sugestão da revista britânica The Economist, de demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, por causa do baixo crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre.

"No dia em que a Economist nomear ministro no Brasil deixaremos de ser uma República", disse Pimentel, ao chegar para a abertura do Fórum Empresarial do Mercosul, em Brasília. O ministro disse que o País está em processo de construção do crescimento e que no próximo ano a taxa será mais alta do que a média mundial. Para Pimentel a revista britânica foi "um pouco precipitada".

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Ele falou também sobre as recentes medidas para facilitar a entrada de dólares no País. O ministro disse que, toda vez que o mercado agir claramente contra a taxa de câmbio, o governo vai intervir para impedir que isso prejudique a competitividade. "Mas o câmbio continua flutuante", ressaltou.

A presidente Dilma Rousseff deveria demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se for pragmática como ela própria insiste, defende a revista britânica The Economist em sua edição impressa de 8 de dezembro, já nas bancas no Reino Unido.

Em artigo sobre o fraco desempenho do crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre, a publicação observa que o Banco Central poderá se sentir tentado a reagir ao baixo crescimento com outro corte de juros, mas afirma que "isso seria um erro". "A despeito dos esforços oficiais crescentes de estímulo, a criatura moribunda (o PIB) cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre, metade do número projetado pelo ministro Guido Mantega", diz a revista logo no primeiro parágrafo.

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Para a Economist, em vez de cortar juros, o governo deveria redobrar os esforços para cortar o custo Brasil, deixando que o espírito animal do setor privado aflorasse. "A preocupação é que a própria presidente esteja interferindo (na política monetária), mas ela insiste que é pragmática. Se é assim, ela deveria demitir Mantega, cujas projeções excessivamente otimistas perderam a confiança dos investidores, e indicar uma nova equipe capaz de recuperar a confiança dos empresários", recomenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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