A governadora Raquel Lyra (PSDB) recebeu a imprensa no Palácio do Campo das Princesas, nesta quarta-feira (6), para apresentar um balanço de seu primeiro ano de governo. Entre os principais pontos abordados, a mandatária mencionou os investimentos previstos para 2024, que somam uma faixa de mais de R$ 8 bilhões para todo o estado.
Sem mencionar muitos outros dados, além dos números de investimento e financiamento que o estado deverá receber nos próximos anos, a gestora se mostrou positiva no que diz respeito ao que foi feito durante seu primeiro ano de mandato.
##RECOMENDA##Na retrospectiva levantada, Lyra mencionou os cortes e contingenciamentos que tiveram de ser feitos, no início do ano, para reequilibrar as contas. “A gente olhou pro desequilíbrio de caixa, de quase R$ 400 milhões, e não ficamos de braços cruzados. No primeiro momento, a gente já lançou um decreto de contingenciamento de gastos, que fez a gente ser reconhecido na [Secretaria do Tesouro Nacional] STN em setembro e outubro desse ano, como o estado que trabalhou mais com equilíbrio fiscal, com melhoria da despesa da qualidade da receita do nordeste, e o quarto do Brasil”, destacou.
'Críticas são bem-vindas'
Em seu primeiro ano como primeira governadora mulher em Pernambuco, Lyra reconhece que recebeu críticas ao longo dos meses, e entende que elas são válidas, se acompanhadas de construção. “A crítica é bem-vinda, desde que seja uma crítica construtiva. No mais, acho que faz parte da democracia, mas tem muita responsabilidade com aquilo que a gente coloca, porque o estado das coisas, é bom ser pontuado, de como a gente chegou no governo, e como estamos conseguindo trazer até o final do ano, e como vamos conseguir avançar nos anos seguintes. Chego não tendo feito tudo o que eu gostaria de ter feito no primeiro ano, mas com a sensação de que fiz tudo o que era possível fazer nesse primeiro ano”, refletiu.
“Eu costumo aproveitar aquilo que é dito, que eu posso melhorar na nossa condição daqui do governo, mas focar muito naquilo que a gente precisa entregar pra população, de chegar na vida dos invisíveis, na vida de quem mais precisa, dando água, dando estrada, colocando oportunidade de trabalho, dialogando com o governo federal para poder trazer pra cá mais investimentos, nos posicionando em nível internacional, como a gente fez na COP28, em Dubai, apresentando plano de mudança econômica ecológica, estratégia para hidrogênio verde, nos posicionando na nova economia. O mundo está esperando que o Nordeste seja tão grande como se posiciona lá fora, ou no Brasil”, afirmou.
Violência de gênero
“Falar de violência de gênero, é importante falar, porque a gente não precisa conviver com isso. Não é natural que uma mulher seja julgada todo o tempo pelo seu gênero e não pelos seus atos. E, para mulheres, sempre se usam adjetivos diferentes do que se usa para homens. E a gente faz as coisas de um jeito diferente sim. A gente tem um olhar diferente para como fazer a gestão, como fazer a política, o debate com a comunidade, olhando o todo e o individual. (...) Agora, o julgamento, e não digo que é um julgamento antecipado, eu digo que é um pensamento torto, pela minha condição de gênero, não o faça. E eu vou falar sobre ele sim. E não me digam que é ‘mimimi’, porque a gente sofre violência política todos os dias. E a gente é assediada todos os dias”, disse a governadora.
Prioridades para 2024
“Saúde, segurança, infraestrutura, geração de oportunidade, são temas que estão na boca do pernambucano todos os dias. Na Região Metropolitana mais de mobilidade, para quem vive no interior, o direito de viver na zona rural. A gente está olhando pros arranjos produtivos locais, para poder garantir quer o nosso estado possa crescer em cada região”, concluiu.
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