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O mexicano Ovidio Guzmán López, filho do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, declarou-se inocente de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e uso de armas de fogo, ao comparecer nesta segunda-feira (18) perante uma corte dos Estados Unidos, informou o Departamento de Justiça.

Um tribunal do distrito norte de Illinois (centro-oeste) acusa Guzmán López, apelidado "El Ratón", de ter feito parte de "uma empresa criminosa contínua" de tráfico de drogas desde aproximadamente maio de 2008 até pelo menos 21 de outubro de 2021, diz um comunicado.

Também acrescenta contra ele acusações de narcotráfico, lavagem de dinheiro, uso de armas de fogo e distribuição de cocaína, heroína, metanfetamina e maconha.

No distrito sul de Nova York, também é acusado de distribuição de fentanil, um opiáceo sintético 50 vezes mais potente que a heroína e que provoca estragos na sociedade americana.

"El Ratón", extraditado do México na última sexta-feira, é o mais conhecido dos "Chapitos", um clã também formado por seus irmãos Joaquín, Iván Archivaldo e Jesús Alfredo Guzmán.

Os Estados Unidos os acusam de assumirem o comando do Cartel de Sinaloa, junto com Zambada García e Dámaso López Núñez, conhecido como "Licenciado", depois da prisão de "El Chapo" Guzmán, que cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.

Com o tempo, os 'Chapitos' se tornaram os senhores absolutos do Cartel de Sinaloa, "supostamente ameaçando e violentando López Núñez, sua família e seus sócios", acrescenta o documento.

Ovidio Guzmán López foi detido em janeiro passado no México e estava recluso na prisão de segurança máxima Altiplano, no centro do país.

Ele já havia sido preso em 2019, mas foi libertado por ordem do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador para evitar um derramamento de sangue quando efetivos militares acabaram cercados por indivíduos armados.

Na sexta-feira, Washington agradeceu às autoridades mexicanas a extradição e voltou a fazê-lo hoje, durante um telefonema do secretário de Justiça Merrick Garland ao procurador-geral do México, Alejandro Gertz Manero, diz a nota.

Sua extradição ocorreu poucos dias depois que a esposa de seu pai, Emma Coronel Aispuro, foi libertada de um centro de reinserção social na Califórnia após cumprir quase dois anos de uma condenação de três anos de prisão por narcotráfico e lavagem de dinheiro.

Emma Coronel, de 34 anos, que não é a mãe de Guzmán López, tem dupla nacionalidade americana e mexicana.

O México extraditou nesta sexta-feira para os Estados Unidos Ovidio Guzmán López, vulgo "El Ratón", filho do narcotraficante Joaquín "Chapo" Guzmán, informou o secretário de Justiça americano, Merrick Garland.

Após a prisão e condenação à prisão perpétua de “El Chapo” nos Estados Unidos, seus quatro filhos, conhecidos como “Los Chapitos”, herdaram a liderança do cartel de Sinaloa, e Washington os acusa de narcotráfico.

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A polícia mexicana prendeu na última quinta-feira (5) Ovidio Guzmán, filho do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, durante uma complexa operação em Culiacán.

Segundo fontes oficiais do governo local, os criminosos trocaram tiros com os agentes e atearam fogo em vários veículos como forma de resposta. Pelo menos sete policiais morreram durante a missão.

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Além dos sete integrantes das forças de segurança mortos durante a operação, 21 agentes e oito civis ficaram feridos nos confrontos entre criminosos e policiais.

Guzmán, também conhecido como El Ratón, já foi transportado para uma prisão de segurança máxima sob as acusações de liderar a facção criminosa Los Menores, ligada ao Cartel de Sinaloa. O filho de El Chapo foi transferido para Cidade do México.

El Ratón, em contrapartida, não deverá ser extraditado em breve para os Estados Unidos, que o pedem para ser julgado no país pelos seus crimes. As informações são do chanceler Marcelo Ebrard.

O narcotraficante de 32 anos de idade já tinha sido preso pela polícia local em 2019, mas foi solto por ordem do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para evitar uma escalada da violência.

O secretário de Defesa do país, Luis Cresencio Sandoval, destacou que pelo menos 19 pontos de bloqueio surgiram em Culiacán e até tiroteios foram relatados na região. Os incidentes, desencadeados pela prisão de El Ratón, provocaram a suspensão de aulas e de um jogo de futebol válido pelo Campeonato Mexicano.

Os membros da poderosa organização criminosa montaram postos de controle e até atacaram um aeroporto local. Ao menos duas aeronaves foram baleadas e mais de 100 voos foram cancelados.

O ministro de Segurança de Sinaloa, Cristobal Castañeda, fez um pedido para que os cidadãos do estado não deixem suas residências pela falta de segurança. Quase 20 pessoas foram hospitalizadas.

El Chapo, pai de Guzmán, está cumprindo prisão perpétua nos Estados Unidos depois de ser considerado culpado em 2019 por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Da Ansa

Emma Coronel, esposa do ex-mexicano "El Chapo" Guzmán, foi sentenciada nesta terça-feira (30) nos Estados Unidos a três anos de prisão por sua participação no poderoso cartel de Sinaloa liderado por seu marido.

O juiz Rudolph Contreras, da corte federal de Washington, impôs à ex-miss de 32 anos uma sentença inferior aos quatro anos solicitados pela promotoria, reconhecendo que a réu era adolescente quando se casou com Guzmán, e que admitiu sua culpa após sua prisão em fevereiro.

Após ouvir a sentença, a jovem, vestida com paletó e calça escura e com o rosto parcialmente coberto por uma máscara preta, não fez comentários.

Anteriormente, ela havia expressado em espanhol seu "mais sincero arrependimento por qualquer dano que possa ter causado", afirmando se sentir "envergonhada".

"Hoje o sofrimento que causei à minha família me dói muito", garantiu, e implorou ao juiz que lhe permitisse criar suas filhas gêmeas de nove anos.

Além dos 36 meses de detenção, Contreras ordenou que Coronel cumprisse quatro anos de liberdade supervisionada, um ano a menos do que os promotores haviam exigido, além do pagamento de 1,5 milhão de dólares.

Os nove meses que já passou na prisão serão descontados de sua pena.

Coronel, que tem cidadania americana e mexicana, foi presa em 22 de fevereiro de 2021 no Aeroporto Internacional Dulles, nos arredores de Washington, por suposta "cumplicidade" com o negócio de tráfico de drogas de seu marido.

Em 10 de junho, se declarou culpada de três acusações: conspiração para distribuir drogas ilegais nos Estados Unidos, conspiração para lavagem de dinheiro das drogas e envolvimento em transações financeiras com uma organização de tráfico de drogas.

"Boa sorte para você. Espero que você esteja criando suas gêmeas em um ambiente diferente do que experimentou até agora", disse o juiz Contreras a ela na terça-feira.

Entre seu casamento e sua prisão em fevereiro, Coronel se beneficiou "de várias maneiras" e "conscientemente" dos ganhos de seu marido, de acordo com documentos judiciais dos Estados Unidos.

Os promotores disseram que ela admitiu ter conhecimento da importação para os Estados Unidos de pelo menos 450kg de cocaína, 90kg de heroína, 45kg de metanfetamina e 90 toneladas de maconha.

O novo advogado de Joaquín "El Chapo" Guzmán, Marc Fernich, especialista em apelações, entrou com um recurso contra a sentença de prisão perpétua e o veredicto que considerou o ex-chefão do narcotráfico culpado de traficar toneladas de droga para os EUA. A decisão, que será tomada por um juiz de apelação, pode levar até um ano.

Protagonista de duas fugas espetaculares de prisões mexicanas, Chapo cumpre pena no presídio ADX Florence, no Colorado, considerado o mais seguro dos EUA. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mexicano Joaquín "Chapo" Guzmán, um dos narcotraficantes mais famosos do mundo, foi encarcerado nesta sexta-feira na prisão de segurança máxima ADX no Colorado, onde passará o resto da vida.

O Bureau Federal de Prisões anunciou por email que El Chapo, 62 anos e condenado à prisão perpétua na quarta-feira em Nova York, está na prisão ADX Florence, situada na cidade de mesmo nome no Colorado.

A ADX Florence, conhecida como a "Alcatraz das Montanhas Rochosas", é considerada a prisão mais segura dos Estados Unidos.

Construída em 1994 no coração de um deserto montanhoso, a prisão é rodeada por torres de vigilância e homens fortemente armados, o que torna praticamente impossível a fuga, mesmo para El Chapo, que escapou de prisões de segurança máxima no México em duas oportunidades.

Não há registro de fuga da prisão de Florence.

Os detentos mais perigosos ficam confinados 22 horas e meia em uma cela de cimento e aço de 2,1 por 3,6 metros, da qual só podem sair com pés e mãos algemados.

El Chapo foi condenado por tráfico e tentativa de tráfico de 1.213 toneladas de drogas para os Estados Unidos durante quase 25 anos, incluindo cocaína, heroína, maconha e metanfetaminas.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nessa quinta-feira (18) que seu governo utilizará os meios legais para garantir que a fortuna do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán retorne ao México. "Acredito que tudo que seja confiscado e devolvido ao México e aos mexicanos", defendeu Obrador. "Acredito que o governo dos EUA concordará em entregar o que pertence ao México. Os trâmites têm de ser feitos desde já. Nós não vamos deixar de recorrer a esses assuntos pela via legal".

Na quarta-feira (17), o ex-chefão do cartel de Sinaloa foi condenado à prisão perpétua com um adicional de 30 anos. Além disso, deverá pagar uma indenização de US$ 12,6 bilhões. O valor calculado pelas autoridades americanas do dinheiro arrecadado com o tráfico de cocaína e outras drogas para os EUA é de US$ 14 bilhões, ao longo de 25 anos.

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A questão é delicada, pois se trata de dinheiro proveniente da venda de drogas do cartel mexicano nos EUA. Até o momento, as autoridades americanas não disseram como pretendem administrar o dinheiro de Guzmán. Especialistas questionam até mesmo se o governo é capaz de rastrear a fortuna.

Obrador afirmou ontem que o México cometeu um erro no passado ao permitir que os EUA arrecadassem dinheiro em casos penais e de corrupção contra suspeitos mexicanos, e prometeu que isso não voltará a ocorrer. Ele acrescentou que o dinheiro repatriado será usado em programas de combate à pobreza no México.

Defendendo a austeridade, o governo de Obrador leiloou carros de luxo e mansões confiscados do crime organizado e distribuiu o montante entre comunidades pobres. Em breve, de acordo com o presidente, o Estado promoverá o leilão de joias.

O presidente mexicano também lamentou a pena perpétua contra Chapo, que permanecerá em isolamento completo em uma prisão de segurança máxima nos EUA. "Lamento muito que esses casos ocorram. Eu não quero que ninguém esteja preso, ou em um hospital, que ninguém sofra. Sou um idealista", disse. "Isso me comove."

Desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón lançou uma ofensiva militar para enfrentar os cartéis, mais de 250 mil pessoas foram assassinadas. Chapo, que esteve preso duas vezes no México, foi extraditado para os EUA em janeiro de 2017, no último dia de mandato de Barack Obama.

Apesar de ter perdido um de seus líderes, o cartel de Sinaloa continua operando normalmente sob comando de Ismael Zambada García, conhecido como "El Mayo", que muitos apontam como o verdadeiro chefe da organização. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do Cartel de Sinaloa, Joaquín "El Chapo" Guzmán, foi condenado nesta quarta-feira (17) à prisão perpétua pela Justiça Federal dos Estados Unidos. Ele irá cumprir pena em uma penitenciária norte-americana.

O traficante de 62 anos, que havia sido protegido no México por um exército de gângsteres e uma elaborada operação de corrupção, foi levado aos EUA para ser julgado depois de ter escapado duas vezes das prisões mexicanas.

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Depois de três meses em que a Promotoria apresentou uma montanha de provas, em 12 de fevereiro, um júri popular declarou "El Chapo" culpado de traficar ou tentar traficar mais de 1.250 toneladas de drogas aos Estados Unidos, principalmente cocaína.

O julgamento do mexicano em Nova York foi um mergulho surrealista dentro de um dos maiores cartéis de drogas, uma janela aberta para a vida até então misteriosa do chefão mexicano, famoso pelos túneis construídos para traficar drogas para os Estados Unidos ou para escapar da prisão.

Dezenas de pessoas, incluídas 56 testemunhas do governo americano, entre eles velhos sócios de "El Chapo", rivais, uma ex-amante e agentes do FBI, relataram a história do criminoso. (Com agências internacionais).

Traficante de drogas mais famoso do México, Joaquin "El Chapo" Guzman foi considerado culpado por ocupar um posto de liderança no cartel de Sinaloa, nesta terça-feira, 12. A decisão abre a possibilidade de que ele seja condenado à prisão perpétua. Sua sentença será anunciada no dia 25 de junho.

O júri, cujas identidades dos membros foram mantidas em segredo, deliberou por seis dias sobre seu veredicto, após 11 semanas de julgamento. Ele foi considerado culpado de operar uma "empresa do crime" que lucrou bilhões de dólares transportando toneladas de cocaína, heroína, metanfetamina e maconha para cidades americanas, usando túneis secretos e pacotes escondidos em caminhões-tanque, vagões de trem e até em carros de passeio por mais de duas décadas, consolidando seu poder no México por meio de assassinatos e guerras com cartéis rivais.

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Uma das maiores figuras da guerra das drogas mexicana, Guzmán, de 61 anos, foi extraditado para os EUA para julgamento em 2017 após ter sido preso no México no ano anterior. (Com agências)

A atriz mexicana Kate del Castillo denunciou na quinta-feira (20) uma perseguição política do governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto pelo encontro que ela e o ator Sean Penn tiveram em 2015 com o narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán.

"Não tenho nada a esconder, não cometi nenhum delito e sim fui vítima de uma perseguição política", afirmou Del Castillo em uma entrevista coletiva. A atriz de 46 anos anunciou que vai processar o MP do governo de Peña Nieto pelo vazamento da informação do caso à imprensa, o que a afetou profissionalmente.

"Vazaram informação aos meios de comunicação, o que é um ato ilegal. A situação propiciou a detonação de um julgamento midiático que afetou meus direitos à honra, dignidade, liberdade de expressão e pensamento", disse.

"Me vi seriamente prejudicada em minha honra e reputação, cancelaram contratos e contas bancárias. Exijo indenização em termos integrais e justos", completou.

Del Castillo voltou a seu país natal após um exílio de três anos pelo temor de uma detenção no México, onde é acusada de obstrução da justiça e lavagem de dinheiro relacionadas com a polêmica reunião com o líder do Cartel de Sinaloa, na época foragido e que atualmente está sendo julgado em Nova York.

Semanas depois do encontro, Guzmán foi preso e o governo federal garante que ele foi rastreado graças à comunicação que manteve com a atriz. A reunião com o o líder do cartel de Sinaloa e o astro de Hollywood Sean Penn no México tinha como objetivo levar a vida de Guzmán ao cinema, um projeto que a atriz diz não ter interesse.

Del Castillo também negou qualquer contato com Penn após o escândalo provocado pela publicação do encontro com El Chapo na revista Rolling Stone. "Ele se comportou muito mal porque não me protegeu e arriscou minha vida", disse Del Castillo, que em tom de piada indicou que daria um chute entre as pernas do ator.

A protagonista da série de TV "La Reina del Sur" afirmou que não foi convocada a depor no julgamento contra Guzmán em Nova York, nem pela defesa nem pelo Departamento de Justiça.

O traficante mexicano Joaquim "El Chapo" Guzman, que durante anos foi considerado o homem mais procurado pelos Estados Unidos, começará a ser julgado nesta segunda-feira (5) por um tribunal do Brooklyn. Ele pode ser condenado à prisão perpétua. 

O julgamento deve durar até quatro meses. O mexicano responderá por 11 crimes de tráfico e distribuição de drogas, posse de arma e lavagem de dinheiro. Aos 61 anos de idade, "El Chapo" é acusado de traficar mais de 155 toneladas de cocaína para os Estados Unidos, além de toneladas de heroína, metanfetamina e maconha por 25 anos.

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"El Chapo" está detido há dois anos em Manhattan, em total isolamento. O traficante não pode ver sua esposa, Emma Coronel, e só tem contato com suas filhas gêmeas de 7 anos de idade através de um vidro.

Joaquín Archivaldo Guzmán Loera nasceu em 4 de abril de 1957, em uma família humilde em La Tuna, povoado rural de Badiraguato, no estado de Sinaloa. Na juventude, fundou com três sócios o cartel de Sinaloa, em referência ao estado com alto índice de violência e criminalidade do México. Com o passar do tempo, "El Chapo" se tornou o traficante de drogas mais procurado do mundo.

Os promotores americanos passaram anos no levantamento de provas contra "El Chapo", extraditado em 2017 (um dia antes da posse do presidente Donald Trump), após escapar duas vezes de presídios no México. Na primeira, ele deixou a cadeia escondido em um carrinho de lavanderia. Na segunda vez, em um túnel cavado a partir do chuveiro da prisão.

Da Ansa

O chefe do tráfico mexicano "El Chapo" Guzmán, durante anos o homem mais procurado pelos Estados Unidos, viveu o seu pior pesadelo atrás das grades: será julgado a partir de segunda-feira (5) em um tribunal federal do Brooklyn e pode ser sentenciado à prisão perpétua.

Preso há quase dois anos em Manhattan, praticamente em total isolamento, não pode ver sua esposa Emma Coronel nem nenhum parente, exceto suas filhas gêmeas de sete anos, e somente através de um vidro.

Com o cabelo raspado, sem bigode e usando um traje de presidiário azul, El Chapo, de 61 anos, perdeu muito de sua aura de implacável chefe do tráfico, e aguarda seu julgamento "tão esperançoso quanto pode estar", segundo seu advogado Jeffrey Lichtman.

O acusado perdeu peso e assegura ter problemas de saúde. Em sua única comunicação direta com o juiz Brian Cogan, em uma carta enviada em fevereiro, disse que sofre "muitas dores de cabeça todos os dias. Vomito quase todos os dias. Não consertei dois dentes e me doem muito".

"Se não está muito frio, faz calor demais" na cela, escreveu o acusado de traficar mais de 155 toneladas de cocaína aos Estados Unidos, além de muitas toneladas de heroína, metanfetamina e maconha ao longo de 25 anos. "É uma tortura de 24 horas a cada dia".

Joaquín Archivaldo Guzmán Loera nasceu em 4 de abril de 1957 em uma família humilde em La Tuna, pequeno povoado rural de Badiraguato, no pobre e violento estado de Sinaloa.

Em um encontro clandestino em outubro de 2015, contou ao ator americano Sean Penn que, quando criança, vendia laranjas, refrigerantes e doces para ajudar sua família, que era "muito pobre".

Mas devido à "falta de oportunidades", aos 15 anos já cultivava e vendia maconha e papoula, um negócio que florescia em seu povoado agrícola.

- O maior cartel do mundo -

Adolescente, foi recrutado pelo chefe do cartel de Guadalajara, Miguel Angel Félix Gallardo, e quando este foi preso em 1989, fundou com três sócios o cartel de Sinaloa, que cresceu de forma metórica até se tornar o maior do mundo.

Com o passar do tempo, se tornou o traficante de drogas mais procurado do mundo, acusado de enviar entorpecentes da América Latina para Estados Unidos, Europa e Ásia.

Inclusive a Forbes reconheceu o seu sucesso e, até 2013, o colocou por vários anos em sua famosa lista de bilionários, estimando a sua fortuna em um bilhão de dólares.

Embora em seu estado de Sinaloa tenha criado uma imagem de Robin Hood, fazendo muitas obras sociais para a população local, El Chapo era considerado impiedoso com rivais e traidores.

Mas a partir de 1993 a situação começou a se complicar e, em junho daquele ano, foi detido pela primeira vez, na Guatemala, e levado para uma prisão mexicana.

Mas fugiu oito anos depois, em 2001, dentro de um carrinho de roupa suja.

Voltou a ser preso em fevereiro de 2014, quando estava com sua esposa e filhas em Mazatlán, Sinaloa. E, novamente, fugiu 14 meses depois por um túnel de 1,5 km cavado sob o ralo do chuveiro de sua cela.

As autoridades dizem que sua queda pela atriz mexicana Kate del Castillo, com quem trocou mensagens sugestivas e que conseguiu o encontro entre El Chapo e Penn, levou a sua localização e prisão final em janeiro de 2016, até a sua extradição aos Estados Unidos um ano depois.

O advogado de defesa do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán anunciou que a saúde mental do mexicano está se "deteriorando" e que ele pode não estar em condições de enfrentar seu julgamento nos Estados Unidos, no dia 5 de setembro.

O "rei das drogas", como é conhecido, foi extraditado pelo México em janeiro de 2017 para uma prisão de segurança máxima em Nova York. Guzmán é acusado por mais de 15 crimes, entre eles tráfico de drogas, uso ilegal de armas e lavagem de dinheiro.

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"Percebemos que seu estado mental se deteriorou, não apenas sua memória, mas a maneira como ele entende as coisas. Ele não é o mesmo homem que era quando eu o conheci", declarou o advogado de "El Chapo", Eduardo Balarezo.

Ele ainda comentou que espera que seu cliente seja submetido a uma avaliação psicológica. A ideia é determinar se "El Chapo" tem ou não condições de enfrentar o julgamento. Desde que foi extraditado, o mexicano está impedido de se comunicar com sua esposa, Emma Coronel.

"Minha preocupação é a saúde dele, porque sei que ele está em péssimo estado psicológico. Ele se sente mal, pelo que os advogados estão me dizendo. Me preocupa como ele vai começar o julgamento se não estiver com uma boa saúde", disse ela.

Nascido em 1954, "El Chapo" é considerado pelas autoridades como um dos traficantes de drogas mais poderosos do mundo. Ele chefiava o cartel de Sinaloa.

Da Ansa

O "rei das drogas" mexicano Joaquín 'El Chapo' Guzmán, que foi extraditado para os Estados Unidos em janeiro deste ano, está irritado com a imagem de "criminoso cruel" apresentada por uma nova série produzida sobre sua vida e transmitida pelo Netflix e pela emissora de TV "Univisión".

Através de seus advogados, o poderoso chefão criminoso avisou que irá processar a gigante do streaming e a cadeia televisiva nos tribunais norte-americanos. "Netflix e Univisión estão explorando seu nome e sua imagem com fins lucrativos e não com fins informativos", disse o líder dos advogados de Guzmán no México, José Refugio Rodríguez. Ele ainda acrescentou que é "inegável que isso afete, inclusive, seu processo penal nos Estados Unidos".

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"Por essa razão, necessariamente, vamos abrir uma ação a qual estamos habilitados legalmente a fazer por ele em virtude de uma procuração", destacou o advogado para a emissora local "Radio Formula".

"É inegável que isso incomoda porque estão passando coisas que não correspondem à realidade e com respeito ao fato de que não há uma sentença condenatória sobre elas. Isso constitui uma grave violação da presunção de inocência", disse Rodríguez.

A série "El Chapo" foi lançada em 23 de abril e está sendo um grande sucesso de audiência nos dois países. Rodríguez, todavia, não antecipou quando será impetrada a ação contra a Netflix e a "Univisión" e incluiu que não tem uma comunicação direta com Guzmán, que está virtualmente isolado em uma cela de prisão em Nova York.

Não obstante, disse que espera a "luz verde" para iniciar a ação legal porque o conteúdo da série reflete coisas "que não são certas" e perfilam a imagem de Guzmán como "um criminoso cruel", o que poderia constituir um "ato de discriminação".

O advogado adiantou ainda que o mais provável é que a causa seja aberta nos EUA porque esse é o país onde as duas empresas tem seus domicílios fiscais.

A ameaça de ir à Justiça ocorre pouco mais de 48 horas depois que uma deputada do estado de Sinaloa, ao qual Guzmán é ligado sentimentalmente, foi presa em San Diego, na Califórnia, por crime de "conspiração".

Lucero Guadalupe Sánchez, acusada de visitar o chefão do Cartel de Sinaloa, o mais poderoso do México, quando ele estava na prisão de Altiplano, foi presa quando tentava buscar asilo político com documentos falsos, informou sua advogada.

"El Chapo" tornou-se uma lenda por conta de sua audácia ao escapar por várias vezes de bunkers carcerários no México. A primeira vez, escapou da prisão de Puente Grande, no estado de Jalisco, em janeiro de 2001, e a segunda foi do presídio de Altiplano, em julho de 2015, através de um túnel de 15 metros de profundidade e de 1.500 metros de extensão.

Além disso, projeta também uma imagem combinada de "delinquente bom", um "Don Juan" - que se casou três vezes e teve casos com muitas mulheres com as quais teve diversos filhos - e um "empresário de sucesso" que edificou sozinho um império criminoso com presença em 52 países.

O próprio ativista e ator de Hollywood, Sean Penn, que o visitou em outubro de 2015 enquanto ele se escondia nas montanhas de Sinaloa, publicou para a revista "The Rolling Stone" uma fala de Guzmán.

"Providenciei serviços indispensáveis nas montanhas de Sinaloa, financiando tudo, desde comida até a construção de estradas e ajuda médica para as comunidades", disse o traficante.

Sem embargo, o governo mexicano fez o possível e o impossível para desmitificá-lo e borrar o imaginário popular sobre essas crenças, apresentando-o como um "criminoso cruel" ao qual se atribuem entre dois e três mil assassinatos.

Após o sucesso alcançado por Narcos, a nova aposta de séries documentais da Netflix é El Chapo. A série, que está prevista para estrear na sexta-feira (16), conta a trajetória do narcotraficante mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán, ex-comandante do cartel de Sinaloa.

A produção é dividida em três partes que são focadas em décadas distintas da vida do líder mexicano. A narrativa tem início 1985, quando El Chapo fazia parte do cartel de Guadalajara, e mostra sua ascensão até seu caminho para a prisão. A série foi criada por Silvana Aguirre Zegarra e produzida por Daniel Posada e marca a primeira parceria entre a Univision Story House Entertainment e a Netflix. O ator colombiano Marco de la O dá vida ao traficante mexicano. 

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Em 2016, após entrevista exclusiva ao ator Sean Penn, El Chapo foi captura e extraditado para os Estados Unidos. Atualmente, Guzmán está preso na unidade de segurança máxima da Ciudad Juárez, no México. Assista ao trailer de El Chapo

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Um tribunal da Cidade do México autorizou nesta quinta-feira (20) a extradição do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán aos Estados Unidos. No entanto, o criminoso ainda pode apresentar recurso para tentar impedir sua transferência. Ele é alvo de processos na Califórnia por formação de quadrilha e narcotráfico.

Ex-chefe do cartel de Sinaloa, "El Chapo" foi preso no último dia 8 de janeiro, seis meses depois de sua fuga cinematográfica da penitenciária de segurança máxima Altiplano I, na qual usou um túnel de 1,5 km. Ele chegou a ser considerado o segundo homem mais procurado do mundo, atrás apenas do fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden. Sua extradição já foi autorizada pelo governo, mas El Chapo iniciou uma batalha judicial para ficar em seu país.

Para aprovar a transferência, o México recebeu garantias de que o criminoso não será condenado à morte, já que tal pena não existe na legislação mexicana.

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A atriz Kate del Castillo, acusada de obstrução da justiça depois de ter entrevistado o narcotraficante "El Chapo" Guzmán, apresentou uma petição ante o Ministério Público Federal do México para que encerre a investigação, disse seu advogado.

O representante legal da atriz se queixou de não ter tido acesso à investigação que o Ministério Público abriu contra sua cliente.

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"Só se sabe que ela está sendo acusada de obstrução da justiça e lavagem de dinheiro porque o gabinete do Procurador Geral foi obrigado a informar um juiz federal sobre as acusações através de uma liminar", explicou em um comunicado Harlan Braun, advogado de Kate del Castillo.

As autoridades abriram uma investigação contra ela após o encontro que a atriz e o ator americano Sean Penn tiveram com Joaquín "El Chapo" Guzmán em seu esconderijo nas montanhas em outubro de 2015, quando estava foragido após sua segunda fuga de uma prisão de segurança máxima.

Este encontro foi divulgado em 12 de janeiro de 2016 pela revista Rolling Stone, em um texto de Sean Penn no qual narrava como foi o encontro com o traficante mexicano mais famoso. "El Chapo" foi detido no dia 8 de janeiro em Sinaloa.

"Kate deixou claro que seu único objetivo era produzir um projeto artístico e jornalístico sobre a vida de Guzmán e convertê-lo em um projeto de filme convincente e informativo que ajude os mexicanos e os americanos a entender o negócio mortal dos cartéis da droga", afirma o comunicado.

O Departamento de Relações Exteriores do México autorizou hoje a extradição do traficante Joaquín Guzmán, conhecido como "El Chapo", para os Estados Unidos. De acordo com o departamento, os EUA garantiram que El Chapo não vai encarar pena de morte, que não é aplicada no México.

Ainda cabe recurso, o que significa que pode levar semanas ou até meses até que o chefe do cartel de Sinaloa seja levado para os EUA. Os advogados de El Chapo têm 30 dias para fazer a apelação.

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No histórico do líder do cartel de Sinaloa consta a fuga de dois presídios de segurança máxima, o que rendeu a El Chapo o título de traficante de drogas mais procurado do mundo. Hoje ele está detido num presídio localizado ao sul de Ciudad Juárez. Fonte: Associated Press.

A vida de Sean Penn acaba de ganhar mais um fato marcante. Desta vez, no entanto, não estamos falando de nada relacionado a cinema. No último sábado (9) a revista Rolling Stone publicou uma entrevista feita pelo ator com o traficante Joaquín 'El Chapo' Guzmán Loera, considerado um dos maiores vendedores de droga do mundo.

Na conversa, Sean e El Chapo discutem diversos assuntos, desde a vida pessoal do traficante – com perguntas sobre sua infância e sobre sua relação com a família- até o tráfico internacional drogas. Sobre esse último tópico, o ator questionou, por exemplo, o que ele achava da relação entre os produtores e os consumidores de drogas. A isso, El Chapo respondeu que sem o consumo, não haveria vendas.

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Apesar de ter sido preso na última sexta-feira, dia 8, o encontro do traficante com Sean aconteceu em 2015, quando ele estava fugindo das autoridades após escapar de uma prisão no México. De acordo com a BBC, o encontro ajudou os oficiais a encontrarem El Chapo e o levarem de volta a prisão de segurança máxima Altiplano.

Depois da publicação da entrevista, Sean fez sua primeira aparição pública no SeanPenn & Friends: Help Haiti Home. À Variety, o ator disse que não podia comentar sobre o assunto. Na falta de maiores detalhes, o que acabou chamando a atenção mesmo foi a presença de sua ex, Madonna, no evento.

O diretor de Hollywood Ridley Scott está negociando com a Fox a direção de um filme baseado na vida do chefão do narcotráfico mexicano Joaquin "El Chapo" Guzman, que, recentemente, protagonizou uma fuga espetacular de uma prisão de alta segurança.

O diretor de "Blade Runner" e "Alien" deseja adaptar o romance "The Cartel", de Don Winslow, publicado um mês antes do anúncio da segunda fuga do bandido em 14 anos, informou a publicação especializada Hollywood Reporter.

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Scott também produziria o projeto.

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