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Essa semana, o desabafo da atleta Sofia Sena, atacante do Sport, tomou as redes sociais. Após o time pernambucano levar 9 x 0 do Santos, a jogadora deu uma entrevista falando das más condições oferecidas pelo Leão e também reclamou da logística que teria após o jogo, pois teriam que sair correndo do hotel para o aeroporto.

Mas as queixas sobre a organização do Campeonato Brasileiro Feminino não ficaram apenas do lado derrotado. Nessa segunda-feira (15), Emily Lima, treinadora do Santos, viralizou nas redes sociais com uma série de vídeos em que cobra da CBF uma maior atenção à categoria.

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Em Manaus, onde o Peixe desembarcou para encarar o Iranduba, nesta quarta-feira (17), às 21h, a técnica mostrou que não havia vagas no hotel onde o time deveria ficar hospedado e as atletas teriam que dormir no saguão.

“Essa é a organização do nosso futebol feminino no Brasil. Esse é o respeito que o povo tem ao futebol feminino no Brasil. Porque os EUA estão tão longe de nós?”, questiona. Emily, inclusive, cita a declaração da atleta do Sport reclamando do clube e ainda afirma que no Brasileiro sub-18, os times estão jogando “dia sim dia não”.

Em outra postagem, Emily disse que o elenco conseguiu hospedagem em um novo hotel, após suas postagens repercutirem entre os seguidores. Confira os posts:

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Na esteira da revolta das jogadoras da seleção brasileira feminina contra a CBF, ex-atletas da equipe, como Formiga e Marcia Taffarel, lançaram nesta sexta-feira um manifesto contra a CBF e pedindo o apoio da Fifa. O objetivo é demonstrar apoio à técnica Emily Lima e pedir maior suporte ao time feminino da seleção.

"Nós, ex-jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino (SBFF), estamos muito tristes e angustiadas pelos recentes acontecimentos na CBF no que concerne o futebol feminino e a nossa seleção brasileira", dizem ex-jogadoras da seleção, como a atacante Cristiane, que se aposentou da equipe recentemente em protesto contra a demissão de Emily.

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Na carta aberta, elas criticam a suposta falta de importância dada pela CBF ao time feminino e reclamam do tratamento recebido pelas mulheres dentro da entidade. "O péssimo tratamento das mulheres como líderes e jogadoras por muitos anos. Esses são apenas alguns exemplos recentes: a técnica Emily Lima, apesar do apoio das jogadoras, expressado numa carta endereçada à CBF, datada de 19 de setembro, foi abruptamente demitida; e cinco jogadoras de destaque se aposentaram, exaustas dos anos de desrespeito e falta de apoio", citaram as ex-jogadoras da seleção.

Elas também apontaram a falta de mulheres em cargos de direção na CBF. "Até o presente momento, nós tivemos uma ex-jogadora da seleção (Daniela Alves) trabalhando com a configuração da seleção, e, apesar das promessas, apenas Emily Lima teve a chance de ter um papel de liderança na seleção feminina", afirmaram, antes de enumerarem uma série de supostos problemas para a entidade:

"A falta de mulheres em papéis de liderança na CBF; a ausência de qualquer estrutura dentro da CBF que permita que mulheres façam parte da gerência e da administração do futebol; e a ausência de voz daquelas que vivenciaram o futebol feminino, em decisões sobre o futebol feminino."

Para o grupo de ex-jogadoras, a CBF precisa incorporar a reforma de igualdade de gênero. "Nós, as jogadoras, investimos anos das nossas próprias vidas e toda a nossa energia para construir essa equipe e criar toda essa força que o futebol feminino tem hoje. No entanto, nós e quase todas as outras mulheres brasileiras, somos excluídas da liderança e das tomadas de decisão relativas à nossa própria equipe e ao nosso esporte."

Para tanto, elas citaram a própria Fifa, que vem contratando mulheres para postos diretivos, caso da senegalesa Fatma Samoura, primeira mulher a ocupa o posto de secretária-geral da entidade máxima do futebol, após a eleição do suíço Gianni Infantino.

"No ano passado, a Fifa fez grandes reformas, como a inclusão obrigatória de mulheres em seu próprio Conselho, e a adição de mulheres em todos os níveis de administração do futebol. Membros como a CBF são obrigados a levar em conta a importância da igualdade de gênero na composição de seus órgãos legislativos. A CBF ainda não tem nenhuma mulher no seu conselho de administração. Não há quase nenhuma mulher na sua assembleia legislativa e administração senior. Não há nenhum caminho relevante para ex-jogadoras entrarem na CBF e ajudarem a gerir o próprio jogo delas", afirmaram.

O estopim da crise entre as jogadoras da seleção e a CBF foi a demissão de Emily Lima após duas derrotas em amistosos realizados na Austrália, no mês passado. Ao todo, ela comandou o Brasil em 13 jogos, conquistando sete vitórias, um empate e cinco derrotas. Em 10 meses de trabalho à frente da equipe, teve um aproveitamento de 56,4%.

O pouco tempo de trabalho irritou algumas jogadoras da seleção. E, após o anúncio da saída de Emily, elas começaram a anunciar suas aposentadorias da seleção. A primeira foi a atacante Cristiane, que foi seguida pela zagueira Andreia Rosa, pela lateral-esquerda Rosana, pela meia Fran e pela lateral Maurine.

Desde que a Confederação Brasileira de Futebol anunciou a demissão da treinadora Emily Lima, e o retorno de Vadão ao comando da seleção de futebol profissional, as atletas canarinho seguem deixando claro seu descontentamento. Inconformadas com o pouco tempo dado à Emily, apenas 10 meses, quatro jogadoras que faziam parte do grupo principal anunciaram que não jogam mais pelo Brasil. Nesta segunda-feira (2), a meia Maurine Dorneles, que atua pelo Santos, foi a quinta e deixou uma mensagem em seu perfil no Instagram.

"É muito triste e difícil para mim dizer isso, mas quero dizer que encerro meu ciclo na seleção brasileira por vários motivos. Um deles é que fiquei muito triste com a saída da Emily. É uma pessoa que trabalhava bastante, gostava muito do trabalho dela. Na seleção, a gente tem sempre muita novidade e, às vezes, as coisas vão se desgastando e cansando", afirmou no texto que é seguido por vídeo. Confira a publicação original:

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Antes de Maurine, a zagueira Andreia Rosa, a lateral Rosana, a meia Fran e a atacante Cristiane também anunciaram a saída da seleção brasileira. A meia de 31 anos, passou os últimos 16 vestindo a amarelinha e defendeu a seleção em dois Pan-Americanos, duas Olimpíadas e dois Mundiais.

A demissão da técnica Emily Lima do comando da seleção brasileira feminina abriu uma crise na equipe nacional. Três jogadoras anunciaram que não vestirão mais a camisa da equipe e outras prometem seguir o exemplo. Além de prestar solidariedade à treinadora, as atletas apontam falta de amparo e de planejamento da diretoria da CBF e até mesmo apadrinhamento em antigas convocações.

A treinadora caiu após duas derrotas em amistosos realizados na Austrália. Ao todo, Emily Lima comandou o Brasil em 13 jogos, conquistando sete vitórias, um empate e cinco derrotas. Em 10 meses de trabalho à frente da equipe, teve um aproveitamento de 56,4%.

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Emily Lima foi a primeira mulher a assumir a seleção feminina. Ela foi anunciada no fim do ano passado após a demissão do técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, que retornou ao cargo agora. A queda da treinadora começou a ganhar força nos bastidores quando a seleção ainda estava em solo australiano, o que fez o elenco escrever uma carta ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pedindo a permanência de Emily. O apelo não convenceu o cartola.

A demissão rendeu muitas críticas de torcedores nas redes sociais e agora algumas atletas também decidiram protestar, anunciando publicamente que não jogarão mais pelo Brasil.

A atacante Cristiane, uma das principais jogadoras do time, foi a primeira. "É a decisão mais difícil que tomei na minha vida profissional até hoje", declarou a atleta em vídeo publicado no Instagram. "Mas eu não vejo outra alternativa, por todos os acontecimentos e por coisas que já não tenho forças para aguentar".

O exemplo de Cristiane foi seguido nesta quinta-feira por outras duas jogadoras. A meio-campista Fran foi direta. Ela afirmou que não vestirá mais a camisa da seleção pelo fato de a "comissão técnica ter sido despedida da forma que foi" e por Vadão ter sido recontratado.

"Tudo que passei na (seleção) permanente, todo esforço que dei... e chegando na hora H não foi o suficiente. Eles acabaram levando meninas lesionadas para o Mundial, meninas que estavam sem treinar, meninas levadas só por amizade porque não chegaram nem a utilizar. Isso para mim foi demais", disparou a jogadora.

A lateral Rosana, que tem 18 anos de seleção, também decidiu deixar a equipe. "Sinto que as atletas não têm voz e querer expor um ponto de vista mexe com a vaidade e ego de muitos", declarou.

Apontado como responsável pela saída da técnica, o coordenador da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha, explicou que a queda passou por desempenho e conduta. "A troca sempre é dura, triste e incomoda muita gente, mas essa foi uma decisão da CBF em função dos últimos resultados. Ela tem toda capacidade e mérito, talvez só falte um pouco de maturidade", disse o dirigente ao canal FOX Sports. Pouco depois, completou: "Não há ninguém que possa dizer que eu desrespeitei qualquer atleta".

IMPACIÊNCIA - A demissão de Emily Lima foi a sétima de um treinador desde que Marco Polo Del Nero assumiu a CBF, em abril de 2015. Alexandre Gallo caiu da sub-20, Caio Zanardi deixou a sub-17 e Cláudio Caçapa perdeu a sub-15. Dunga foi demitido no ano passado após o vexame da seleção principal na Copa América Centenário; Vadão, após não levar a seleção feminina à medalha na Olimpíada do Rio-2016. No início deste ano, Rogério Micale caiu com o fracasso a seleção sub-20 no Sul-Americano.

Demitida na semana passada do comando da seleção feminina de futebol, a treinadora Emily Lima considera que o anúncio de aposentadoria de algumas jogadoras do time nacional é apenas em parte por solidariedade a ela.

"A minha saída só acrescentou a não aceitação de não ter o respeito adequado, de não ter o respeito que elas merecem", declarou Emily, em entrevista ao Estado. Ela criticou o coordenador da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha que, a seu ver, não tem toda "essa vontade, essa briga de melhorar, de gostar do futebol feminino" que ele diz ter.

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A técnica retornou nesta quinta-feira à noite a São Paulo e diz que vai descansar antes de definir a sequência de sua carreira.

Como está vendo a decisão de algumas atletas de não defenderem mais a seleção em apoio a você?

Não sei se foi só por conta disso. Acho que os anos fizeram com que elas cansassem. A minha saída foi a gota para que elas pudessem colocar pra fora. A minha saída só acrescentou a não aceitação de não ter o respeito adequado, de não ter o respeito que elas merecem. Acho que refletiu dentro da minha demissão essa atitude das atletas.

A saída dessas atletas não vai colocar a seleção, o futebol feminino, numa situação ainda mais difícil?

Situação difícil elas passam diariamente. Acho que elas têm que começar a pensar nelas e buscar o respeito que elas merecem. Toda a vida elas pensaram na seleção, toda a vida elas pensaram em ajudar, e nunca ninguém pensou em ajudá-las. A CBF dá todo o respaldo necessário porque é obrigada a ter seleção feminina. Agora, tem alguns detalhes, que ela (CBF) até citou em vídeo nas redes sociais, como camisa... Isso é muito pequeno. Elas ganham uma camisa por convocação com o nome delas, sendo que tem um monte com o nome delas. E elas sabem, porque são amigas dos jogadores (da seleção masculina), que eles recebem 20 camisas, 15 camisas, 10 por convocação. Fora diárias que eles recebem por convocação, o bicho que ganham por jogo. Então é difícil você estar há 15, 17 anos na seleção, e nunca ninguém brigar por você. E quando uma pessoa entra pra brigar por você, e essa pessoa é demitida, e pode ter sido por conta disso também, aí acho que foi o fim pra elas. E eu acredito que tem que aparecer mais meninas falando o que se passa. Tem que acontecer. Acho que só assim a gente vai conseguir mudar as coisas.

Você chegou a bater de frente com o Marco Aurélio?

Sempre bati de frente com o Marco Aurélio, desde o primeiro dia que pisei na CBF, até antes mesmo. Eu batia de frente com coisas que não achava corretas, que ele como coordenador de seleção fazia. Algumas por comentários que ele fez sem ter um mínimo de conhecimento de futebol feminino, e outras lá dentro, com coisas ligadas a atletas mesmo. A gente sempre discordava um da opinião do outro. Eu brigando pelo que fiz durante 25 anos, por uma coisa que eu amo de verdade, e ele brigando por cargo dele, pelo status de estar na seleção. Não vejo essa vontade, essa briga de melhorar, de gostar do futebol feminino como ele diz que ele gosta.

Qual o futuro que você prevê para a seleção?

Eu vou torcer para que o trabalho dê sequência e que as meninas tenham sucesso.

E o que você pretende fazer a partir de agora?

Estou retornando a São Paulo, vou ficar um pouco com a minha família. Estive muito ausente e acho que preciso um pouco recarregar minhas energias. Não por conta da demissão, mas quando eu entro em qualquer coisa que vou fazer eu entro de cabeça mesmo, me doo 100% e me desgasto demais. Já estou em conversas com meu empresário para saber o que a gente vai fazer e o que é melhor pra mim neste momento.

Após derrotas em amistosos com a Austrália, fora de casa, a técnica Emily Lima foi demitida do comando da seleção brasileira feminina de futebol. Ela deixou a função após reunião com a diretoria da CBF, nesta sexta-feira (22), um dia após o retorno da seleção ao Brasil.

A CBF não revelou detalhes sobre a reunião e nem informou a causa da demissão. "Após reunião realizada na manhã desta sexta-feira, a Confederação Brasileira de Futebol informa o desligamento da técnica Emily Lima do comando da seleção brasileira feminina. A CBF agradece a treinadora pelo trabalho realizado neste período, desejando sucesso em sua próxima jornada", disse a entidade, em comunicado.

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A seleção feminina voltou ao Brasil na quinta após duas derrotas para a Austrália, na casa do rival, em amistosos disputados no sábado e na terça-feira. Mesmo contando com Marta e Cristiane em campo nas duas partidas, o Brasil foi batido por 3 a 2 e 2 a 1.

O time nacional já vinha de goleada de 6 a 1 para a mesma equipe australiana no Torneio das Nações, em junho deste ano, nos Estados Unidos. Lá também perdeu para a seleção da casa e empatou com o Japão. Antes disso, em amistoso disputado em abril, venceu a Bolívia.

Emily assumiu o comando da seleção feminina em novembro do ano passado, no lugar de Vadão. Ela liderou a equipe na conquista do Torneio Internacional de Manaus, em dezembro, ao vencer a Itália na decisão.

Sua tarefa era preparar a equipe para a próxima Copa do Mundo, em 2019, na França, e iniciar a formação do time olímpico para os Jogos de Tóquio-2020. A CBF não estabeleceu um prazo para definir o substituto ou a substituta de Emily.

Tendo acompanhado a maior parte dos campeonatos estaduais do Nordeste, a comissão da técnica Emily Lima relacionou 22 jogadoras que atuam na região para mais uma etapa de trabalho na Granja Comary, em Teresópolis-RJ. Dentre as relacionadas, destaca-se a boa presença de atletas do Náutico, Sport e Vitória, que juntos somam 10 convocações para Pernambuco. Em fevereiro deste ano, a comandante da seleção brasileira de futebol feminino já havia feito o mesmo com equipes do Sudeste. Confira a lista completa:

Goleiras: Lorena (Sport Club do Recife/PE), Stefane (A. A. e Desportiva Vitória das Tabocas/PE), Mariana (Esporte Clube Vitória/BA) e Tatiane (Cruzeiro Futebol Clube/RN)

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Zagueiras: Bruna (Sport Club do Recife/PE) e Débora (Clube Náutico Capibaribe/PE)

Laterais: Joyce (A. A. e Desportiva Vitória das Tabocas/PE), Maria (Caucaia Esporte Clube/CE) e Jaciara (Alecrim Futebol Clube/RN)

Meio-campo: Rhayanna (Caucaia Esporte Clube/CE), Erica (União Desportiva Alagoana/AL), Amanda (Alecrim Futebol Clube/RN), Ana (Centro Esportivo São Gonçalo do Amarante/CE), Milena (Esporte Clube Vitória/BA), Ingryd (Sport Club do Recife/PE), Mayara (Clube Náutico Capibaribe/PE) e Paloma (A. A. e Desportiva Vitória das Tabocas/PE)

Atacantes: Lucilene (Botafogo Futebol Clube/PB), Milla (Sociedade Esportiva União/RN), Lidiane (Cruzeiro Futebol Clube/RN), Ana (Clube Náutico Capibaribe/PE) e Juliana (Sport Club do Recife/PE)

Campeão pernambucano em julho, o Sport liderou entre os times do Estado com quatro convocações. O Náutico, mesmo disputando a segunda divisão do campeonato brasileiro, teve três atletas relacionadas, mesmo número que o Vitória de Santo Antão, clube que costuma realizar boas campanhas no Brasileirão e Copa do Brasil.

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Um apagão transformou uma possível vitória de peso da seleção brasileira feminina de futebol em uma incrível derrota. Na noite de domingo, com três gols sofridos após os 35 minutos do segundo tempo, o Brasil perdeu por 4 a 3 para os Estados Unidos, em duelo disputado no Qualcomm Stadium, em San Diego.

Andressinha foi o principal destaque do Brasil, com dois gols marcados, enquanto Bruna anotou outro. Isso, porém, não foi suficiente para evitar a derrota diante da seleção líder do ranking mundial da Fifa.

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Com o resultado, o Brasil fechou a segunda rodada do Torneio das Nações com um ponto, em terceiro lugar, à frente do Japão, que tem a mesma pontuação, pelo saldo de gols. As norte-americanas somaram seus três primeiros pontos, enquanto a Austrália está com seis, na liderança.

"Viemos para o torneio, claro, com objetivo de vencer, mas também de fazer observações. Precisamos definir a equipe para a Copa América do ano que vem. Não podemos chegar na competição com dúvida", afirmou a técnica Emily Lima.

As australianas serão as próximas adversárias do Brasil na competição, na rodada final do quadrangular. A partida está agendada para a próxima quinta-feira, às 20h15 (horário de Brasília), no StubHub Center, em Carson.

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Diante dos Estados Unidos, a técnica Emily Lima escalou o Brasil com a seguinte formação: Bárbara; Letícia (Maria), Bruna Benites, Mônica e Jucinara (Tamires); Andressinha, Djenifer e Debinha; Gabi Nunes (Camila), Marta e Bia Zaneratto (Ludmila).

E a equipe teve um ótimo início de jogo, abrindo o placar logo no primeiro minuto, com Andressinha, que chutou forte de fora da área e viu a goleira Naeher não conseguir segurar a bola. Só que as norte-americanas empataram o duelo aos 17 minutos, com uma finalização de Mewis, que desviou na zagueira Bruna e entrou.

A seleção brasileira voltou a ficar na frente aos 18 minutos da etapa final, quando Bruna completou para as redes uma cobrança de escanteio de Marta. E o terceiro gol veio aos 34 minutos, em uma bela cobrança de falta de Andressinha.

Porém, os Estados Unidos reagiram imediatamente, com o gol marcado no minuto seguinte de Press. Depois, Rapione, aos 40, e Ertz, aos 44 minutos, concretizaram a virada da seleção norte-americana.

"É um jogo para abrir os olhos para o que a gente fez e o que a gente pode melhorar. A avaliação do jogo, que para nós da comissão técnica importa muito, é que elas conseguiram jogar, colocar a bola no chão e jogar de igual para igual com os Estados Unidos. É complicado você dizer que uma derrota foi boa, mas esta é a hora de errarmos e aprendermos para que em uma competição oficial isso não aconteça", comentou Emily.

A técnica Emily Lima estreia nesta quarta-feira no comando da seleção brasileira feminina no Torneio Internacional, em Manaus. O primeiro desafio é contra a Costa Rica, às 22h15 (de Brasília), na Arena Amazônia. Liderado por uma mulher pela primeira vez, o Brasil joga em busca do sétimo título. Em oito edições, deixou escapar a taça apenas em 2010, quando o Canadá sagrou-se campeão.

Substituta de Osvaldo Alvarez, o Vadão, Emily Lima prometeu implementar "o de melhor e de mais moderno para a CBF" ao assumir o cargo. A ideia da nova treinadora é ter uma seleção organizada defensivamente e capaz de fazer um jogo mais criativo na parte ofensiva. Para ela, o drible e a jogada individual são os diferenciais do futebol brasileiro. Além disso, vê a primeira competição como seu maior desafio.

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Das 23 convocadas, 13 jogadoras disputaram os Jogos Olímpicos do Rio-2016. A lateral-esquerda Tamires, a volante Thaisa, a meia Andressinha e a atacante Bia Zaneratto estão entre os destaques. A estrela Marta, 12 vezes consecutivas entre as indicadas ao prêmio de melhor do mundo, não apareceu na lista de Emily Lima. Por não ser data Fifa, os clubes estrangeiros não têm obrigação de liberar as suas jogadoras.

Vice-artilheira do Mundial Sub-20 - com cinco gols em quatro jogos -, a meia Gabi Nunes foi chamada para o lugar de Rosana e ganhou a sua primeira chance na seleção principal. Com Formiga titular, a equipe brasileira priorizou a marcação e as jogadas de bola parada na primeira atividade em Manaus. Na última segunda-feira, as goleiras Bárbara, Letícia e Vivi trabalharam separadamente com o treinador Izaque Rodrigues e depois se integraram ao grupo.

Após a estreia contra a Costa Rica, o Brasil enfrenta a Rússia neste domingo e a Itália na quarta-feira da próxima semana. As duas equipes com mais pontos no quadrangular disputam a final no dia 18, enquanto que as outras duas seleções se enfrentam pelo terceiro lugar.

Confira o calendário do Torneio Internacional:

07 de dezembro (quarta-feira)

Itália x Rússia - 17h30 (19h30 de Brasília)

Brasil x Costa Rica - 20h15 (22h15 de Brasília)

11 de dezembro (domingo)

Costa Rica x Itália - 14h30 (16h30 de Brasília)

Rússia x Brasil - 16h45 (18h45 de Brasília)

14 de dezembro (quarta-feira)

Costa Rica x Rússia - 17h30 (19h30 de Brasília)

Brasil x Itália - 20h15 (22h15 de Brasília)

18 de dezembro (domingo)

3.ª colocada x 4.ª colocada - 14h30 (16h30 de Brasília)

1.ª colocada x 2.ª colocada - 16h45 (18h45 de Brasília)

Pela primeira vez na história do futebol feminino, uma mulher estará no comando da Seleção Brasileira. A CBF anunciou a treinador Emily Lima para o lugar de Vadão e o currículo da nova comandante está a altura da função. A estreia será no Torneio Internacional de Manaus, em dezembro, no qual o Brasil vai encarar Rússia, Itália e Costa Rica.

Nascida em São Paulo, Emily começou no futebol logo cedo, aos 13 anos, como jogadora do Saad Esporte Clube-SP. Depois, passou por São Paulo (SP), São Bernardo-SP, Barra de Teresópolis-RJ e Veranópolis-RS. A volante partiu para Europa e jogou em clubes de Espanha e Itália. Fez parte da Seleção Brasileira Sub-17, mas como profissional jogou por Portugal, entre 2007 e 2009. Por conta de uma série de lesões, encerrou a carreira precocemente aos 29 anos de idade.

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Já como auxiliar técnica, começou a carreira na Portuguesa e voltou para a Itália, à convite da Juventus, onde comandou o time feminino entre 2010 e 2014. O primeiro clube nacional foi o São José dos Campos, onde havia treinado o Sub-17. Pelo clube paulista, Emily conquistou os Jogos Abertos e dos Regionais de São Paulo de 2014 e 2015, além do Campeonato Paulista de 2014. Neste ano, foi vice-campeã da Copa do Brasil.

Pela primeira vez na história uma mulher vai comandar a seleção brasileira feminina de futebol. Pouco depois de Oswaldo Alvarez, o Vadão, ser apontado pela Fifa como um dos 10 candidatos ao prêmio de melhor técnico do mundo em 2016, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou as especulações das últimas horas e anunciou não só a demissão dele como a contratação de Emily Lima.

A treinadora levou o São José até a final da Copa do Brasil, ficando com o vice-campeonato após derrota para o Audax/Corinthians na final. Em 2013, ela já havia se tornado a primeira técnica mulher a trabalhar na CBF, assumindo o sub-17.

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Ela começou no mundo do futebol no Saad, de São Paulo, um dos precursores do futebol feminino no Brasil. Ela jogou por diversos clubes do País e atuou cinco anos na Espanha. Em 2009, encerrou sua carreira como jogadora na Itália, devido a diversas lesões.

A carreira fora das quatro linhas começou em Portugal, como auxiliar técnica. Em 2012, comandou o Juventus de São Paulo. Depois, passou por São Caetano do Sul antes de assumir o São José.

Ela estreia como técnica da seleção no Torneio Internacional de Manaus, em dezembro. O técnico Vadão, porém, chegou a comparecer ao evento de apresentação da competição, na semana passada, e preparava a convocação.

Em nota, a CBF agradeceu Vadão e a sua comissão técnica "pelo trabalho e dedicação nestes dois anos e meio em prol do futebol feminino". Bastante criticado, o treinador ganhou duas vezes o torneio amistoso de final de ano e o ouro nos Jogos pan-americanos. Sob o comando dele, porém, o Brasil caiu nas oitavas de final do Mundial do ano passado e terminou a Olímpica no quarto lugar, chegando a ficar 412 minutos sem marcar gols.

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