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Com base na lei escoteira que busca ajudar a construir um mundo melhor, a organização Escoteiros do Brasil lançou o projeto Escoteiros Online, plataforma com atividades educativas para que pais de associados e de não escoteiros possam preencher o dia dos filhos em suas casas, nesse período de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Com essa ferramenta, são oferecidas novas iniciativas de educação não formal para crianças e jovens.

O presidente do Escoteiros do Brasil, Rafael Macedo, disse à Agência Brasil, que a ideia surgiu com base no que os escoteiros fazem há mais de 100 anos. “Todas as vezes que acontece uma crise humanitária, períodos de guerra, de alguma maneira o movimento dos escoteiros se mobiliza para contribuir com a sociedade. Nesse momento, não foi diferente”.

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Como os escoteiros têm por norma o hábito de fazer boas ações, o movimento decidiu beneficiar as mais de cem mil famílias ligadas à entidade e a sociedade de modo geral, oferecendo opções para esse período de quarentena. “A gente sabe que a grande maioria das pessoas está vivendo esse tipo de dificuldade pela primeira vez e não sabe como será a reação. Por isso, a gente resolveu criar uma plataforma que pudesse não somente engajar os nossos associados, mas também as famílias para que tenham à sua disposição e de seus filhos opções de atividades”, disse Rafael.

Novas contribuições

Ao longo dos próximos dias, serão incluídas novas atividades na plataforma. “O banco de dados não para de crescer”, comentou o presidente da entidade. Tendo em vista a suspensão das atividades presenciais escoteiras, a área de métodos educativos do Escoteiros do Brasil começou a elaborar materiais para suprir os associados. Com isso, pessoas de todo o Brasil começaram a contribuir com sugestões. O banco de dados passou a acumular grande quantidade de atividades que podem ser feitas dentro de casa.

Segundo informou Rafael Macedo, a ideia hoje é congregar outras organizações que queiram participar do processo de oferecer atividades para a sociedade. Na plataforma, Macedo disse que haverá espaço também para discussão de temas relacionados à juventude. “Serão feitas transmissões, alguns artistas vão promover atividades para que as pessoas possam acompanhar. A gente quer fazer dessa plataforma um grande ponto de encontro nesse período complicado para todo mundo”.

Não só entidades podem contribuir com o banco de dados da plataforma 'online', mas pessoas físicas também.”Podem contribuir e participar visitando o 'site' ou postando coisas”. Basta fazer o login no endereço www.escoteirosonline.org.br e interagir. “Pode ser qualquer pessoa. Não só escoteiros”.

Rafael disse ainda que o movimento escoteiro é crescente no Brasil. A média de expansão alcança 6% ao ano. Atualmente, existem 115 mil associados ao movimento, em todo o país.

Hora do Planeta

A primeira grande ação online convocada através da plataforma ocorreu nesse sábado (28), durante o Festival Digital da Hora do Planeta, realizado pela organização não governamental internacional WWF (do nome em inglês 'World Wide Fund for Nature'). Essa ONG atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental em todo o mundo.

Anualmente, a WWF promove a Hora do Planeta, cujo objetivo é conscientizar indivíduos, empresas e o poder público a respeito dos problemas das mudanças climáticas e de como todos os habitantes da Terra podem fazer algo para reverter esse quadro. A iniciativa nasceu em 2007 em Sydney, Austrália,

Rafael Macedo informou que a União dos Escoteiros do Brasil é parceira da WWF há muitos anos e transmitiu ao vivo, a partir da plataforma online, algumas ações do Guia da Hora do Planeta, para lembrar que todos somos responsáveis por cuidar do planeta em que vivemos.

A Igreja Mormon, maior patrocinadora do grupo Boy Scouts of America, responsável por treinar escoteiros nos Estados Unidos, anunciou que vai retirar os jovens com idade entre 14 e 18 anos do programa de escotismo. Com sede em Utah, a decisão da igreja deve afetar entre 130 mil e 180 mil adolescentes, que deixarão de fazer parte da organização em 2018, somando veteranos e novos inscritos.

De acordo com declarações da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a decisão não tem a ver com o fato de que a Boy Scouts of America mudou sua política de admissão em 2015, permitindo que escoteiros gay possam ser líderes de tropa. A regra também permite que os escoteiros que pertencem à religião possam ter um líder diferente, seguindo os preceitos da igreja.

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Os membros com idade entre 8 e 13 anos continuarão fazendo parte da organização e a igreja continuará financiando os materiais e os custos de treinamento das crianças. Os Mormons consideram o homossexualismo um pecado e declararam, à época da mudança de regras, que “a nova política seria um grande problema para os valores morais e religiosos”. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias trabalha em um programa de escotismo próprio e pretende se desvincular da Boy Scouts of America, porém, ainda não há um prazo definido.

Os Boy Scouts of America acolherão em suas fileiras crianças transgênero, anunciou o grupo de escoteiros na segunda-feira (30), em uma decisão que representa uma mudança total de sua política tradicional a respeito.

O diretor-executivo da organização, Michael Surbaugh, disse que o grupo agora permitirá que pessoas que não se reconheçam como pertencentes ao sexo com o qual foram inscritas ao nascer possam ingressar nela, deixando para trás definições centenárias. "Percebemos que tomar as certidões de nascimento como ponto de referência não é mais suficiente", afirmou Surbaugh em uma declaração.

"As leis e as comunidades agora interpretam a identidade de gênero de uma maneira diferente. E estas novas leis variam amplamente de um estado a outro", observou Zach Wahls, fundador do grupo Scouts pela Igualdade, que saudou o "passo histórico" dado pela organização.

"Estamos enormemente orgulhosos de Joe Maldonado - o menino transgênero de Nova Jersey cuja expulsão no ano passado acendeu esta controvérsia nos escoteiros americanos - e de sua mãe Kristie por sua valentia ao fazer o que eles sabiam que era certo", disse Wahls em um comunicado. "Também nos sentimos orgulhosos dos Boy Scouts por decidirem fazer o certo", acrescentou.

A decisão completa uma medida anterior, de 2013, de admitir os homossexuais. Com 2,3 milhões de membros e cerca de um milhão de adultos voluntários, a filial americana é uma das mais importantes dos Boy Scouts em nível internacional.

Aos 94 anos, o barbeiro Francisco Rossi Filho, o Chiquinho, percorre a pé, quatro vezes ao dia, as quadras que separam sua casa da tradicional barbearia que tem em São Carlos, interior de São Paulo. As mãos que seguram com firmeza a tesoura estiveram a serviço dos paulistas na Revolução de 32. Chiquinho fez parte do Batalhão de Escoteiros de São Carlos - um grupo de garotos e garotas com idade entre 10 e 17 anos que, sem poder ir à frente de batalha, dava apoio às tropas. "Éramos chamados de calças curtas por causa do nosso traje, mas a gente se sentia tão importante quanto os soldados."

A pé ou de bicicleta, os escoteiros atuavam como estafetas e assumiam serviços de apoio. "Eu corria o dia todo, do quartel para o fórum, onde fosse preciso. Fazia com vontade, achando que São Paulo podia ganhar a guerra. Para nós, era uma guerra, com tiros, bombas e aviões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A União dos Escoteiros dos Estados Unidos aceitará jovens homossexuais em suas fileiras, a partir desta quarta-feira (1º), uma mudança criticada por uma parte do movimento. Durante duas décadas, a associação proibiu expressamente o ingresso de jovens gays, ao contrário de outras organizações mais abertas, como a das bandeiras, que aceitam lésbicas.

Em maio passado, com 61% dos votos favoráveis na assembleia geral dos escoteiros americanos, decidiu-se pela suspensão dessa proibição, a partir de 1o de janeiro de 2014. A proibição se mantém para o caso dos adultos que são do quadro de funcionários.

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"Estimamos que toda criança merece ter a chance de fazer parte dos Escoteiros", explicou o diretor de Relações Públicas da organização, Deron Smith, em um e-mail à AFP. A União dos Escoteiros dos Estados Unidos (BSA, na sigla em inglês), uma associação fundada em 1910, reúne 2,6 milhões de jovens rapazes. Mais de 1,5 milhão de seus membros tem entre 7 e 11 anos.

Pelo menos 70% das organizações integrantes dos BSA são religiosas, e essa nova política desperta críticas internas. A Igreja mórmon explicou que aceitará a presença de homossexuais sempre e desde que respeitem "certos padrões" que incluem "a abstinência em matéria de relações sexuais".

Associações como a Tropa 835, de Auburn, no estado de Washington (noroeste), cujos membros adultos estimam que a homossexualidade é contrária aos preceitos bíblicos, decidiram se afastar dos BSA.

A executiva nacional Associação dos Escoteiros dos Estados Unidos (BSA, na sigla em inglês) adiou nesta quarta-feira a decisão sobre se levantará ou não sua antiga proibição à participação de gays no movimento, após intensas pressões de todos os lados.

A BSA informou que a organização vai tomar uma decisão durante sua reunião nacional, marcada para maio. Na semana passada, a organização disse que estudava a possibilidade de permitir que suas tropas decidissem se permitiriam ou não a inclusão de gays.

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O presidente Barack Obama, presidente honorário dos escoteiros, falou em favor da admissão de escoteiros na organização. Já outros políticos, entre eles o governador do Texas, Rick Perry, escoteiro que atingiu o mais alto nível da organização nos Estados Unidos, se opõem à mudança. Manifestantes pró e contra se reuniram na frente da sede da BSA no Texas. Líderes escoteiros de todos os Estados Unidos terão agora que decidir como lidar com a delicada questão.

"Minha opinião é que gays e lésbicas deveriam ter acesso e oportunidade, da mesma forma como todos os outros, em todas as instituições e caminhos da vida", disse Obama no domingo em entrevista à CBS.

Perry, autor do livro "Pela minha honra: por que vale a pena lutar pelos valores dos escoteiros norte-americanos" (On My Honor: Why the American Values of the Boy Scouts Are Worth Fighting For"), disse em discurso proferido na noite de sábado que "é inapropriado alterar os padrões de uma cultura popular de 100 anos".

Dois importantes membros dos escoteiros, o executivo-chefe da Ernst & Young, James Turley, e o executivo-chefe da AT&T, Randall Stephenson, gerenciam empresas com políticas não discriminatórias e disseram que vão trabalhar para a mudanças da política dos escoteiros.

Conservadores advertiram sobre a possibilidade de deserções em massa caso os escoteiros permitam que a participação de gays seja decidida pelas tropas. Líderes locais e regionais, assim como lideranças de igrejas, que patrocinam as tropas, seriam forçadas a reconsiderar suas próprias políticas. As informações são da Dow Jones.

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