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O Nepal reabriu neste domingo (23) os acessos ao Everest para a temporada de outono (hemisfério norte) e concedeu as primeiras autorizações de escalada desde o terremoto e a avalanche que arrasaram o acampamento base em abril. Centenas de alpinistas foram obrigados a desistir da escalada após a avalanche, que provocou a segunda sessão de temporada sem visitas ao topo do mundo. Em 2014, a morte de 16 guias nepaleses em uma avalanche levou as autoridades a fechar os caminhos de acesso à montanha.

"Estou feliz de poder conceder esta permissão de escalada para a temporada de outono, depois que o terremoto afetou com força nossa indústria turística", declarou o ministro nepalês do Turismo, Kripasur Sherpa. A temporada de outono é considerada a mais arriscada, com os fortes ventos e temperaturas baixas.

O alpinista japonês Nobokazu Kuriki tentará alcançar o topo do Everest pela quinta vez. Kuriki, que perdeu nove dedos dos pés em uma tentativa anterior de escalar o Everest, terá o apoio de uma equipe de cinco pessoas, mas ascenderá ao segundo acampamento do topo de maneira solitária.

"O Everest viveu tragédias nos últimos dois anos e quero ajudar o Nepal a reviver seu turismo", disse o alpinista, de 33 anos, que espera chegar ao topo em meados de setembro. Até o momento, 14 equipes solicitaram permissão para escalada na próxima temporada.

O Nepal, um país muito dependente do turismo, com seus oito picos de mais de 8.000 metros, solicitou a especialistas internacionais que avaliassem a segurança dos caminhos mais utilizados pelos alpinistas no Everest e na região de Annapurna. Ao longo do principal percurso foram identificadas cinco zonas de risco e antes da temporada de chuvas de monção será realizada uma avaliação completa. O famoso caminho de Langtang, destruído, permanece fechado. Os dois terremotos de 25 de abril e de 12 de maio deixaram mais de 8.700 mortos e destruíram quase meio milhão de casas.

O executivo do Google Dan Fredinburg morreu neste sábado (25), no monte Everest, com graves ferimentos na cabeça, após uma avalanche provocada pelo forte terremoto de magnitude 7,8 que abalou o Nepal e países vizinhos, deixando mais de três mil mortos. 

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Formado em Ciências da Computação, Dan Fredinburg estava na gigante de tecnologia desde 2007 e era chefe de políticas de privacidade do projeto Google X. Seu trabalho estava centrado no desenvolvimento de tecnologias para carros autônomos e balões para levar internet a locais inóspitos. 

Ele estava se preparando para a expedição ao Everest há meses e costumava postar relatos sobre sua aventura no Facebook e no Instagram. Sua última publicação é datada da sexta-feira (24). "Formação de gelo significa paradas frequentes para cappuccino de manhã, independentemente do perigo".

Alpinista experiente, Fredinburg cofundou o Google Adventure, uma versão exótica do Google Street View que realiza o mapeamento de locais extremos da natureza, como o próprio Monte Everest. 

Os Estados Unidos estão enviando uma equipe de resposta a desastres e US$ 1 milhão em ajuda ao Nepal após o devastador terremoto que sacudiu o país. Junto com o anúncio de auxílio, a Casa Branca e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, expressaram pesar com a tragédia.

O terremoto de magnitude 7,8, que ocorreu a cerca de 77 quilômetros da capital do país, Katmandu, matou mais de 1 mil pessoas no Nepal, na Índia e em Bangladesh. Também derrubou prédios e provocou uma avalanche no Monte Everest.

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Kerry disse em comunicado que os Estados Unidos estão com o povo do Nepal. Segundo ele, a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) está se preparando para enviar a equipe de resposta a desastres e ativando uma equipe de busca e salvamento urbano. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional Bernadette Meehan afirmou ainda que os EUA estão prontos para fornecer mais assistência para a região. Fonte: Associated Press.

Sobreviventes da avalanche mais fatal da história no Monte Everest relembraram cenas de pânico e caos, descrevendo neste domingo como eles cavaram na neve com suas próprias mãos na esperança de encontrar amigos vivos. Poucos minutos antes da avalanche na sexta-feira, cerca de 60 pessoas haviam recuado e ouviram o som de gelo quebrando a frente, seguido do estrondo da avalanche.

"Estávamos suando, ofegantes, cavando procurando nossos amigos", conta o sobrevivente Cheddar Sherpa ao lado do corpo de um amigo no mosteiro Sherpa em Katmandu, capital do Nepal. Ele ajudou a carregar feridos e não tinha ideia de quem poderia ainda estar vivo. "Estávamos aterrorizados", disse.

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Ao menos 13 pessoas foram mortas, outros três ainda estão desaparecidas, embora já não haja esperança de encontrá-las vivas.

A escaladas no monte foram interrompidas em meio a operação para localizar corpos debaixo da neve, mas a procura foi suspensa na tarde de domingo por conta do mau tempo e não estava claro se ela poderia continuar na segunda-feira, disse o oficial do Ministério do Turismo Mohan Sapkota.

Organizadores de expedições ao pico do Everest disseram que as escaladas vão continuar, embora não se saiba quando, nem como. Muitos guias estão feridos ou mortos.

Todos os mortos eram da comunidade Sherpa no Nepal, a qual depende fortemente da indústria de trekking e escalada, com muitos vivendo como guias e outros prestando serviços a visitantes, como fornecimento de equipamento e transporte. No momento da avalanche, segundo Cheddar Sherpa, dúzias de guias Sherpa estavam carregando tendas e equipamentos na preparação para receber seus clientes que chegariam no próximo mês, quando as condições climáticas são melhores.

O escalador americano Jon Reiter estava na área atingida quando guias o forçaram a descer. "Estávamos subindo logo após o entardecer e ouvi o som de algo quebrando", disse Reiter. Segundo ele, havia poucos escaladores ocidentais na região e todos sobreviveram. Fonte: Associated Press.

O número de guias nepaleses mortos na avalanche mais letal já ocorrida no Monte Everest já chega a pelo menos 15, disseram autoridades locais. Os envolvidos no resgate conseguiram retirar sete pessoas com vida, que estavam sob neve e do gelo depois da avalanche no pico mais alto do mundo. Três dos guias resgatados estavam gravemente feridos e foram levados para Katmandu, capital do Nepal.

"Pode haver mais guias soterrados na neve", disse Suber Shrestha, que trabalha no Ministério do Turismo do Nepal, responsável pelas expedições ao Everest e agora encarregado de supervisionar os trabalhos de resgate.

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A avalanche ocorreu por volta das 6h30 desta sexta-feira pelo horário local. Até então, o pior desastre ocorrido no Everest havia sido uma nevasca, em 11 de maio de 1996, que causou a morte de oito alpinistas. Anteriormente, em 1970, seis guias nepaleses morreram numa avalanche.

Os guias da população local do Himalaia se tornaram fundamentais para o sucesso das expedições de alpinistas estrangeiros. Os que foram atingidos pela avalanche desta sexta-feira carregavam comida e equipamentos para o levantar um acampamento de apoio a ser utilizado por alpinistas estrangeiros que tentariam subir até próximo ao pico da montanha, disse Shrestha. Cerca de 20 guias subiam próximo a área conhecida como Khumbu Icefall, uma traiçoeira região de gelo lentamente movediço a uma altitude de 6,9 mil metros, quando a avalanche de gelo desceu abaixo deixando-os soterrados.

De acordo com Shrestha, cerca de 40 guias deixaram o acampamento de apoio na base do Everest nesta sexta-feira. Alguns se dirigiram para acampamentos de altitude superior e outros ainda se dirigiam para a área de Khumbu quando a avalanche ocorreu, mas não ficaram feridos.

A área de Kumbu Icefall é monitorada no início da temporada de expedições a cada primavera por peritos em montanhismo, conhecidos como "doutores do gelo", para identificar o caminho que os alpinistas e os guias devem seguir para atravessar a região em segurança.

Todos os anos, cerca de 300 alpinistas estrangeiros e mais de 600 guias locais sobem o Everest durante a temporada de expedições, de acordo com o Ministério do Turismo do Nepal. Há duas temporadas de expedições ao ano, uma delas começando em abril e terminando em maio e a outra começando em setembro e se encerrando em outubro. A maior parte dos alpinistas estrangeiros vem da Ásia, Europa e América do Norte.

Um filhote vira-lata resgatado de um lixão na Índia se tornou o primeiro cão do mundo a escalar o Monte Everest, anunciou sua dona nesta quarta-feira (13). A ex-jogadora de golfe profissional Joanne Lefson contou à AFP que adotou o cachorro de 11 meses, chamado Rupee, na cidade indiana de Leh, em setembro passado, e decidiu levá-lo com ela nessa aventura ao Everest.

A dupla iniciou a "Expedição Vira-Lata Everest 2013" na cidade himalaia de Lukla, em 14 de outubro, com o objetivo de conscientizar as pessoas para os problemas dos cachorros abandonados e promover sua adoção. Eles completaram o desafio 13 dias depois, o que foi descrito por Lefson no Facebook como "um passo gigante para os caninos".

"Estou muito orgulhosa de Rupee. Achei que teria de carregá-los alguns dias, mas, ao contrário, ele assumiu a liderança e acabou me puxando", contou a dona. Quando ela encontrou o filhotinho no lixão indiano, ele estava desidratado e quase morrendo. "Ele era muito magrinho, parecia que não comia ou bebia água há dias. Eu não podia deixá-lo lá para morrer", disse ainda.

Lefson tratou de Rupee e o colocou numa dieta de proteína. Depois, com autorização do veterinário, resolveu embarcar na expedição. Rupee não teve problemas em se ajustar à alta altitude ou sua primeira experiência com a neve. "Ele amou a neve, até comeu, e, se eu deixasse, queria dormir sobre ela", afirmou Lefson.

As fotografias postadas no Facebook mostram o cachorro junto a monges hindus em Katmandu e brincando com crianças numa cidade do Himalaia. "Espero que esta conquista leve as pessoas a serem mais gentis com os animais. Precisamos entender que toda vida é importante", disse ainda.

Lefson também vai lançar um livro dedicado a seu antigo cachorro, Oscar, que iria originalmente acompanhá-la na expedição, mas morreu meses antes de iniciá-la.

Um francês que sofre de esclerose múltipla se tornou, neste domingo (27), a primeira pessoa portadora de deficiência a saltar de paraquedas no Monte Everest, o cume mais alto da Terra, completando com sucesso sua aterrissagem antes de ser levado para o hospital preventivamente.

"Eu me sinto muito feliz. Estou exausto, mas muito feliz", disse Marc Kopp da cama de um hospital em Katmandu, onde os médicos o examinaram em busca de eventuais ferimentos provocados durante o salto.

Com 55 anos, Kopp, que mora em Longwy, a nordeste de Paris, vive há mais de uma década de esclerose múltipla, doença degenerativa do sistema nervoso, que interrompe a comunicação do cérebro com o corpo.

Com os músculos enfraquecidos, lesões surgem no cérebro e na medula espinhal e, em casos mais graves, os pacientes podem perder a capacidade de falar ou caminhar. No salto duplo, Kopp pulou de um helicóptero que sobrevoava a montanha a 10.000 metros de altitude, acompanhado do amigo, o campeão de skydive Mario Gervasi.

"Espero que minha iniciativa inspire outros que vivem com esta doença. Espero que muitos outros sigam os meus passos", declarou Kopp à AFP. Ele explicou que os preparativos para o salto foram "muito dolorosos" e provocaram dores em todo o corpo.

Embora costume usar cadeira de rodas para se deslocar, a trilha pela cordilheira do Hilamaia significou para ele passar várias horas por dia no dorso de um cavalo, o que castigou sua espinha, até chegar ao local de onde o helicóptero partiu.

"Houve muitas vezes nos últimos dias em que pensei que não conseguiria realizar meu sonho", afirmou. Com ajuda de amigos e admiradores, Kopp conseguiu arrecadar 26.000 euros (US$ 35.885) para a viagem.

Após concluir o salto, na manhã deste domingo, ele retornou a Katmandu de helicóptero, onde os médicos o aconselharam a tirar um dia de descanso. Kopp foi diagnosticado em 2001 com esclerose múltipla progressiva primária, uma forma da doença sem quase nenhum prospecto de remissão.

Ele trabalha como voluntário e gerencia um grupo de apoio para pessoas com a mesma doença.

Uma indiana que perdeu uma perna há dois anos, depois de ter sido jogada de um trem em movimento, se tornou a primeira mulher amputada a escalar o Everest, informaram os organizadores da expedição.

Os guias de Arunima Sinha, de 26 anos, natural do estado de Uttar Pradesh (norte), estavam preocupados, porque ela caminhava lentamente. "Mas quando a equipe chegou aos 8.750 metros de altura, ela ganhou energia e confiança e começou a andar muito rápido", disse Ang Tshering Sherpa, fundador da empresa Asian Trekking.

Arunima Sinha chegou ao topo do Everest na manhã de terça-feira (21), disse Tshering. O Everest, maior montanha do mundo, tem 8.848 metros.

A japonesa Tamae Watanabe, de 73 anos, escalou, neste sábado, o cume do Monte Everest, quebrando um recorde e se tornando a mulher mais velha a subir a montanha mais alta do mundo. Tamae chegou ao pico do Everest, a 8.850 metros (29.035 pés) de altura, pela face norte da elevação do Tibete neste sábado pela manhã, acompanhada de outros quatro integrantes de uma equipe de alpinistas, disse Ang Tshering, da Associação China-Tibetana de Montanhismo no Nepal.

A anciã já havia escalado o Everest em 2002 aos 63 anos, para se tornar a mulher mais velha a subir a montanha. Ela conservou o título até agora, quando resolveu superar o seu próprio recorde após uma década.

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Na noite de sexta-feira, Tamae e sua equipe abandonaram o último acampamento de grande altitude, localizado a 8.300 metros (27.225 pés). Eles escalaram a noite inteira até atingirem o cume na manhã deste sábado.

As condições meteorológicas melhoraram no Everest nesta semana. Maio é considerado o melhor mês para se escalar o pico. O homem mais velho que subiu a montanha é o nepalês, Min Bahadur Sherchan, que atingiu o cume em 2008, aos 76 anos.

Um avião que levava turistas para ver o monte Everest caiu ao tentar pousar no Nepal neste domingo, matando todas as 19 pessoas a bordo, incluindo 13 estrangeiros, disseram autoridades. Dez indianos, dois norte-americanos e um japonês estão entre as vítimas, disse o secretário do Turismo, Ganeshraj Joshi. O avião, pertencente à Buddha Air, também transportava três passageiros nepaleses e três membros da tripulação quando caiu na vila de Bisankunarayan, alguns quilômetros ao sul da capital, Katmandu.

Uma testemunha, Haribol Poudel, contou à Avenues Television que o avião atingiu o telhado de uma casa na vila e quebrou em vários pedaços. Não foram relatadas mortes de pessoas que estavam em terra. Poudel disse que o tempo estava nublado e que a visibilidade era baixa na área montanhosa.

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Rewant Kuwar, autoridade da equipe de resgate do aeroporto internacional de Katmandu, explicou que 18 corpos foram retirados dos destroços do avião e que outra vítima morreu depois de ser levada ao hospital. O avião tinha levado os passageiros para ver o monte Everest e outros picos em um voo de uma hora e retornava a Katmandu. O governo ordenou uma investigação sobre o acidente. As informações são da Associated Press.

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