Tópicos | Ex-prefeitos

Há alguns velhos conhecidos da política brasileira que surpreendem pela quantidade de cargos conquistados ao longo dos anos. Há outros que se destacam por terem conquistado vários mandatos no mesmo posto de prefeito. Nesta sexta-feira (8), o LeiaJá destaca dez chefes do poder executivo municipal não apenas de Pernambuco, como também de outros estados brasileiros.

Seja pela habilidade, articulação ou trabalho aprovado pela população, esses prefeitos e ex-prefeitos não serão esquecidos. Alguns, inclusive parecem estar longe de deixar a política. Confira a lista: 

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Yves Ribeiro - Foi prefeito eleito e reeleito dos municípios de Itapissuma, Paulista e Igarassu sendo todas eleições consecutivas. Ele foi o prefeito que ocupa um ranking privilegiado e difícil de alcançar: conseguiu o maior número de mandatos consecutivos do país, ou seja, seis. Yves não pretende parar. Na disputa de 2016, ele tentou o sétimo mandato em Igarassu, mas foi derrotado. 

Eudo Magalhães – O prefeito reeleito de Xexéu, município pernambucano que faz divisa com o Estado de Alagoas, também já foi prefeito de duas cidades localizadas na região: Água Preta e Joaquim Nabuco. Além de Eudo, só Yves Ribeiro (PSB) governou três cidades pernambucanas. 

Teresa Surita – A atual prefeita de Boa Vista, em Roraima, que é ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB), também encontra-se na lista. Ela já governa a cidade por cinco mandatos. Surita ganhou o pleito nos anos 1992, 2000,2004, 2012 e em 2016. 

Elias Gomes – Foi eleito prefeito do Cabo de Santo Agostinho em 1982. Terminado o primeiro mandato, não conseguiu ser reeleito. No entanto, depois de cumprir um mandato como deputado estadual, voltou a ser eleito novamente no Cabo. Ele também foi prefeito do município de Jaboatão dos Guararapes por duas vezes, desta vez, em mandatos consecutivos, mas, apesar dos anos acumulados, não conseguiu na eleição de 2016 eleger o candidato que apoiou. 

Iris Rezende Machado – Aos 83 anos, o ex-governador de Goiás e atual prefeito de Goiânia teve mandatos alternados como chefe do executivo municipal sendo eleito pela primeira vez em 1965, o segundo em 2004, o terceiro em 2008 e, por último, agora em 2016. Serão 20 anos à frente do estado. 

Vavá Rufino – O prefeito de Moreno, localizado no interior pernambucano, tomou posse em 2016 pela quarta vez no município. O petebista volta ao cargo depois de 12 anos. Serão duas décadas, ao todo, no cargo.

Lula Cabral - Em 2016, o pessebista assumiu o terceiro mandato como prefeito do Cabo de Santo Agostinho. À frente da prefeitura da cidade localizada na Região Metropolitana do Recife, ele vai ficar ao menos 12 anos. 

Firmino Filho – Além de ter sido secretário municipal de Finanças e vereador de Teresina, além de deputado estadual pelo Piauí, o atual prefeito de Teresina cumpre o quarto mandato tendo sido a primeira vitória em 1997.

Manuel Botagofo (PDT) – O prefeito de Carpina assumiu o terceiro mandato para governar o município sendo o sexto mandato eletivo em toda sua história.

Carlos Eduardo Alves – Já foi prefeito de Natal por três mandatos e, em 2016, conseguiu se reeleger com mais de 63% dos votos. Ele também já foi vice-prefeito da cidade.

 

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Uma péssima notícia aos prefeitos que repassaram verdadeiras massas falidas aos seus sucessores: o Tribunal de Contas de Pernambuco começou a investigar possíveis irregularidades de transição de gestões em 80 das 184 prefeituras do Estado. Por causa desses problemas, municípios enfrentam descontinuidades em serviços de transporte escolar, coleta de lixo e atendimento em unidades de saúde, por exemplo.

De acordo com o presidente do tribunal, Carlos Porto, cerca de 60% dessas denúncias tem relação com a falta de pagamento de servidores. “O grande problema é o salário de dezembro. Muitos gestores acabaram pagando o 13º, para cumprir os prazos, e deixaram os vencimentos do mês para a atual administração, uma vez que o vencimento ocorre no dia 10”, observou.

As investigações e problemas na transição entre administrações será um dos temas do IV Seminário de Novos Gestores Municipais, que será realizado hoje na sede do TCE, na área central do Recife. No dia 24, é a vez de um encontro semelhante com os presidentes de câmaras de vereadores.

Durante o evento, segundo o presidente Carlos Porto, o tribunal terá a oportunidade de abordar questões de grande importância para as administrações municipais. “Teremos especialistas para tratar de saúde, educação e licitações”, comentou. No seminário, será apresentado aos participantes o Índice de Convergência Contábil dos Municípios (ICCPe).

Trata-se de um estudo feito pelo Tribunal de Contas para verificar até que ponto os órgãos públicos cumprem o que determina a lei em relação ao processo de divulgação de informações contábeis e orçamentárias em suas prestações de contas. O diagnóstico tem como objetivo aferir o nível mínimo dessas informações, que permite garantir fidelidade aos fenômenos orçamentários, financeiros e patrimoniais das transações escrituradas pelos segmentos de contabilidade dos órgãos fiscalizados pelo TCE, tomando como base as prestações de contas de 2015.

RENILDO CONTINUA MANDANDO – Em Olinda, o prefeito Professor Lupércio (SD) anda buscando sarna para se coçar. Segundo o blog apurou, ele quer manter apaniguados do ex-prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), como a assessora educacional Joseane Sandes, odiada pela ampla maioria dos professores e servidores da Rede Municipal de Ensino. A intolerância é associada à forma ditatorial do seu comportamento frente aos servidores, que persegue sem justa causa. Se Lupércio insistir na manutenção dela no cargo dará mais uma prova cabal de que Renildo continua mandando em Olinda.

A grande família de Bodocó – Em Bodocó, no Sertão do Araripe, a 645 km do Recife, o prefeito Túlio Alves (DEM) exagerou na dosagem no assessoramento da sua gestão doméstica. Nomeou o pai, o ex-prefeito Brivaldo Alves (DEM), secretário de Governo, Planejamento e Articulação e a mãe, Héldna Alves, secretária de Administração e Gestão de Pessoas. O nepotismo não acaba ai: a mulher do prefeito, Aline Furtado, ganhou de presente a Secretaria Especial da Mulher. E Maria Luiza Brito, irmã do vice-prefeito Edmilson Brito Alencar, assumiu a Secretaria de Ação Social. Só faltou o papagaio!

Sem compromisso – Em entrevista ontem ao Frente a Frente, o novo prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PP), não se comprometeu com o pagamento das dívidas deixadas pelo ex-prefeito Elias Gomes (PSDB). Só na área cultural, o tucano deu um calote de R$ 2 milhões numa empresa que promovia eventos. “Eu não tenho condições, vamos analisar cada caso, mas o que posso dizer é que o município não pode andar para trás”, afirmou. Anderson disse, ainda, que somente terá uma noção exata do rombo deixado por Elias nos próximos dez dias. “Temos tomado grandes sustos com as dívidas que vamos encontrando”, assinalou.

Bronca em Água Preta – Servidores da área de Saúde em Água Preta, na Zona da Mata Sul, foram às ruas, ontem, protestar contra atraso de salário. Alegam que o ex-prefeito Armando Souto (PDT) deixou em caixa o dinheiro da repatriação, mas o sucessor Eduardo Coutinho (PSB) não sinaliza para nenhum pagamento. Em nota ao blog, Coutinho disse que não tem a menor noção do que se passa, hoje, nas finanças do município porque seu antecessor deixou a casa desarrumada e sem informações. “A única informação concreta que se tem é que, se o ex-prefeito tivesse deixado saldo e comando para pagamento de servidores, o dinheiro já estaria nas contas dos respectivos funcionários, pois não se desfaz pagamento já efetivado”, afirmou.

Antecipando pagamentos – O ministro da Educação, Mendonça Filho, pagou quatro meses antes os valores referentes ao repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para complementar o piso salarial dos professores nos Estados e municípios. Em Araripina, Sertão do Araripe, foi liberado o valor de R$ 406.403,22 para complementar o piso dos professores. A complementação do Fundeb era paga com atraso, mas Mendonça Filho conseguiu com o Ministério da Fazenda antecipar o pagamento referente a 2016. “Com isso, asseguramos o pagamento do piso nacional, evitando atrasos nos contracheques, especialmente nas cidades com maior dificuldade financeira“, justifica Mendonça.

CURTAS

TRANSPOSIÇÃO - Após receber e analisar laudos técnicos apresentados pelos Consórcios da Bacia do São Francisco e São Francisco Leste, no último dia 6, o Ministério Público do Trabalho entendeu que as empresas cumpriram decisão liminar que suspendia as atividades no Túnel Monteiro e o transporte de trabalhadores pela Águia Turismo. Diante da regularização das situações, o órgão comunicou o fato à justiça, informando que já é possível autorizar a retomada da obra, o que deverá ser decidido pelo juízo.

PRESÍDIOS - O presidente do Poder Judiciário de Pernambuco, desembargador Leopoldo Raposo, o gestor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização (GMF), desembargador Mauro Alencar, juízes assessores da Presidência e magistrados criminais e das execuções penais discutem, hoje, no Fórum Thomaz de Aquino, a situação dos presídios do Estado.

 

Perguntar não ofende: Quando sai, finalmente, a reforma do secretariado de Paulo Câmara? 

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, aceitou o convite do prefeito eleito, João Doria, e participará do Conselho de ex-prefeitos da capital, que será criado em 2017.

O chanceler foi o último ex-prefeito a aceitar o convite. Antes dele, Luiza Erundina, Marta Suplicy, Gilberto Kassab, Paulo Maluf e Fernando Haddad, que encerra o mandato em dezembro, também aceitaram participar do grupo.

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O conselho se reunirá trimestralmente para discutir temas da cidade. Depois de apoiar Andrea Matarazzo nas prévias do PSDB na capital, Serra, que é pré-candidato à Presidência em 2018, não participou ou declarou apoio a Doria na campanha.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) excluiu 243 nomes de prefeitos e ex-prefeitos da lista de ficha-suja encaminhada para a Justiça Eleitoral em julho, com possibilidade de se tornarem inelegíveis. A postura é em cumprimento a decisão tomada no último dia 10 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que os TCEs deixem de julgar as contas de gestão dos prefeitos ordenadores de despesas. A análise e rejeição destas contas estão a cargo das Câmaras Municipais.

A lista, divulgada nessa quarta-feira (17), apresenta débitos e multas que variam entre R$ 1 mil e R$ 19 milhões.  Além de excluir os nomes, o tribunal também suspendeu os julgamentos que já estavam em andamento.

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Para o presidente do TCE, Carlos Porto, a decisão do STF é um “retrocesso” porque, segundo ele, “fragiliza o controle externo, torna sem efeito a Lei da Ficha Limpa e vai de encontro à expectativa da sociedade por um Brasil mais ético e transparente, além de representar uma anistia aos que se apropriaram indevidamente do dinheiro público”. Porto também alertou que as Câmaras Municipais “não estão tecnicamente aparelhadas para julgar contas de prefeitos”. 

“Na prática [a decisão] revoga a Lei da Ficha Limpa, que antes de entrar em vigor teve sua constitucionalidade questionada e o próprio Supremo decidiu, com apenas dois votos contrários, que ela é constitucional”, frisou, em nota.

O período pré-eleitoral é marcado por uma série de articulações. Entre as estratégias adotadas por alguns políticos é possível observar a constante mudança de partido e até mesmo de domicílio eleitoral, para se manter no poder. Em Pernambuco, o nomadismo nesta época tem marcado a participação de diversos nomes nos pleitos municipais, desde prefeitos que migram para cidades vizinhas a parlamentares que alteram o endereço nos cartórios na tentativa de emplacar uma vaga no Executivo local. 

Um exemplo clássico dessas constantes mudanças no estado é protagonizado pelo o pré-candidato a prefeito de Igarassu, Yves Ribeiro (PSB). O socialista já administrou a cidade litorânea por dois mandatos (1997 a 2004), mas em 2004 renunciou ao cargo e transferiu o domicílio para a cidade de Paulista, onde foi eleito e reeleito (2005 a 2012). No ano passado, Ribeiro, no entanto, alterou mais uma vez o registro eleitoral retornando para Igarassu onde disputará o cargo majoritário. 

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Uma das credenciais para o retorno a cidade litorânea, segundo Yves, foi o quantitativo de votos que obteve durante a eleição de 2014, quando ele foi candidato a deputado estadual. “Quando eu caminhava nas ruas [em 2014] as pessoas falavam que se eu voltasse me elegeriam como prefeito. Falava-se muito da ausência de fábricas, do abandono da cidade e da violência alta”, afirmou ao Portal LeiaJá, pontuando que não vê problemas na possibilidade de políticos migrarem entre cidades para disputar o executivo. 

Esta será a sétima vez que Yves postula um cargo de prefeito. “A maior motivação para voltar é a identidade que tenho com Igarassu. Já cheguei a ter mais de 75% dos votos válidos em uma das minhas eleições a prefeito. Nunca tive uma vontade própria de ser deputado, gosto muito do Executivo. Aprendi que o Executivo tem mais força e é importante para o desenvolvimento da sociedade”, declarou o ex-prefeito, revelando já ter o apoio de partidos como o PPS, PPL, PMN e está se articulando com o PDT.

Outro exemplo do nomadismo político, desta vez na Mata Norte de Pernambuco, é o do deputado estadual Manoel Botafogo (PDT). O pedetista foi prefeito de Lagoa do Carro por duas vezes (1996 e 2004), depois se mudou para Carpina, onde foi eleito e reeleito para gerir a cidade de 2005 a 2012. Agora na Casa Joaquim Nabuco, após assumir a suplência da vaga deixada pelo deputado Manoel Santos (PT) falecido em abril de 2015, Botafogo vai voltar à disputa pela prefeitura de Carpina. Procurado pela reportagem, ele não quis conversar sobre o assunto.

De pai para filho - Apesar de não alterar o domicílio eleitoral este ano e abdicar da disputa municipal em alguma cidade para dar vez ao filho, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), já foi protagonista deste cenário na Região Metropolitana do Recife (RMR). O tucano esteve dividido entre o Cabo de Santo Agostinho (de 1983 a 1988 e de 1996 a 2004) e Jaboatão dos Guararapes (desde 2009). 

Concluindo o segundo mandato no município jaboatonenses, Gomes desta vez não voltará à disputa pela cidade do Cabo, mas deixará a corrida pelo comando local para o filho, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB). 

Iniciantes - Estreiam na mudança de domicílio este ano para disputar cargos de prefeito os deputados estaduais Waldemar Borges (PSB), que migrou para Gravatá, no Agreste, onde pretende postular o comando da cidade, e Dr Valdir (PP) que saiu de Vertente do Lério para concorrer a prefeitura de Surubim, ambas no Agreste.

Oito pessoas, entre elas dois ex-prefeitos e um vereador, foram presas nesta terça-feira em uma operação da Polícia Civil, acusadas de integrar uma quadrilha que fraudava licitações na região de Sorocaba. O ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aimar (PSL), e o ex- prefeito de Mairinque, Dennys Veneri (PTB), estão entre os presos. Também foi detido o atual vereador Helinho Moretto (PTB), da Câmara de Mairinque. De acordo com as investigações, a quadrilha pode ter desviado R$ 2 milhões dos cofres públicos.

Foram presos ainda funcionários públicos e executivos de empresas. Todos são acusados de corrupção ativa ou passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica, tráfico de influência, peculato e lavagem de dinheiro. Durante os 11 meses de investigação, a Polícia Civil interceptou conversas telefônicas e quebrou o sigilo fiscal e bancário dos suspeitos com autorização judicial. De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, havia um vínculo entre eles nas fraudes, o que caracterizaria a formação de quadrilha. "Essas pessoas forjavam contratos de empresas fictícias para contratar com as prefeituras. Várias licitações foram fraudadas", disse.

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No total foram cumpridos nove mandados de prisão e treze de busca e apreensão nas Câmaras de Mairinque, Guarulhos e Osasco. Computadores e documentos foram apreendidos. Os detidos foram levados para a Cadeia Pública de São Roque. A prisão é temporária, por cinco dias. De acordo com o delegado, as prisões são o desdobramento de uma ação realizada em outubro do ano passado pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, durante a qual foram apreendidos documentos e computadores na prefeitura de Mairinque.

O material passou por perícia, resultando na confirmação das fraudes. Na época, Veneri era prefeito e alegou desconhecer qualquer esquema de fraude. Sua assessoria informou que um advogado entraria ainda nesta terça-feira com pedido de revogação da prisão. O advogado do ex-prefeito de Araçariguama, Luiz Manna Moraes, disse a prisão de seu cliente foi baseada em conversa de outros acusados, não havendo razão para que seja mantido na cadeia. "Não há nada de concreto contra ele." Moraes deve pedir nesta quarta-feira a revogação da prisão provisória. A Câmara de Mairinque informou que a detenção do vereador tem relação com o cargo de diretor de finanças que ele exerceu na prefeitura na gestão passada.

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