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A Polícia Federal foi à sede do Palácio Iguaçu nesta terça-feira, 11, atrás de registros de entrada no edifício e nos gabinetes do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). O candidato tucano ao Senado foi alvo de buscas da PF na Operação Piloto, fase 53 da Lava Jato, e foi preso na Operação Radiopatrulha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. O tucano também teve seu escritório político vasculhado pelos promotores do Gaeco.

A Operação Piloto foi autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro. As buscas na sede do Governo do Paraná estão ligadas a Pepe Richa, irmão do ex-governador, o ex-chefe de gabinete Deonilson Roldo, do suposto "operador financeiro", o empresário Jorge Theodócio Atherino, do ex-operador financeiro Luiz Abi Antoun e do ex-secretário de Estado Ezequias Moreira Rodrigues. O magistrado determinou buscas na sede do Palácio Iguaçu "com o exclusivo fim de obter cópia dos registros de entrada no edifício e nos gabinetes dos investigados Deonilson Roldo, Carlos Alberto Richa, José Richa Filho e Ezequias Moreira Rodrigues no período dos fatos entre 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014".

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A Lava Jato foi ainda a endereço de empresas relacionadas a Beto Richa e a seus familiares, "a fim de apurar especialmente a origem dos recursos empregados para os investimentos e a integridade das transações efetuadas".

Moro ordenou buscas "na sede da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná". O objetivo era "obter cópia dos registros de entrada no edifício e nos gabinetes dos investigados José Richa Filho e Nelson Leal Júnior no período dos fatos entre 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014".

O magistrado também autorizou que a PF vasculhasse a sede da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) "para o exclusivo fim de extrair cópia de caixas de mensagens eletrônicas e agendas eletrônicas de Carlos Alberto Richa, José Richa Filho, Deonilson Roldo e Ezequias Moreira Rodrigues, de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro 2015".

Além da casa e das empresas de Beto Richa, a PF vasculhou ainda as residências de Deonilson Roldo, de Pepe Richa, de seu ex-chefe de gabinete Luiz Cláudio da Luz, do empresário Jorge Theodocio Atherino, de seus filhos, de Ezequias Moreira e do delator da Odebrecht Luciano Ribeiro Pizzato. Segundo Moro, "embora colaborador, seu depoimento apresenta aparentes omissões".

A PF vasculhou ainda a casa do empresário José Maria Ribas Muller, da empresa Tucumann, e em sua sede. De acordo com Moro, "há ainda relatos de operações imobiliárias suspeitas" entre o executivo e Beto Richa.

Também foi alvo de buscas as residência de Dirceu Pupo Ferreira, contador das empresas de Jorge Thedosio Atherino e de Beto Richa. Para Moro, é "possível que documentos relevantes sejam com ele guardados".

Foram alvo das buscas da PF as residências de Tiago Correa Adriano Rocha, por "operações financeiras atípicas", de Lucia Jovia Inácio pela "transação suspeita de R$ 220 mil", e de Homero Felini Pasquetti por "transações suspeitas" com o ex-chefe de gabinete de Beto Richa.

Defesas

A defesa do ex-governador Beto Richa diz que até agora não sabe qual a razão das ordens judiciais proferidas. A defesa diz ainda não teve acesso à investigação.

Em nota, o Governo do Estado do Paraná afirmou que está colaborando com todas as investigações em curso. "A governadora Cida Borghetti ressalta que não aceita nenhum tipo de desvio de conduta dos seus funcionários e que criou a Divisão de Combate à Corrupção para reforçar o combate à esse tipo de crime. Hoje a divisão esta fazendo buscas e apreensão em uma operação que combate fraudes a licitação. O Governo do Estado vai aguardar a divulgação de mais informações a respeito dessa fase da Operação Lava Jato para tomar outras providências".

Já o advogado Roberto Brzezinski Neto, que defende Deonilson Roldo, afirmou que está analisando os autos e vai se pronunciar.

A reportagem está tentando contato com as defesas do empresário Jorge Theodocio Atherino e de Ezequias Moreira Rodrigues, mas ainda não obteve retorno.

Com o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) preso sob suspeita de corrupção, alvo de duas operações deflagradas nesta terça-feira, 11, o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que a Operação Lava Jato é "apartidária" e que foro privilegiado é obstáculo para responsabilização de políticos.

"Nós não temos essa preocupação (com o partido do alvo), a Lava Jato é uma investigação apartidária. Sempre foi. Nós já tínhamos chegado a pessoas de diversos partidos", disse Carlos Lima, em entrevista à imprensa concedida pela força-tarefa da Lava Jato, sobre a 53ª fase da operação, batizada de Operação Piloto - referência ao codinome de Richa nas planilhas da propina da Odebrecht.

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O ex-governador que deixou o cargo no início do ano para concorrer a uma vaga do Senado pelo Paraná é o alvo central da operação desta terça, da Lava Jato, que apura propina de R$ 4 milhões da Odebrecht paga em 2014 pelo contrato de concessão da rodovia PR-323.

A Piloto foi deflagrada no mesmo dia em que o Ministério Público Estadual também deflagrou a Operação Patrulha Rural e prendeu Richa, sua mulher, Fernanda Richa, e o irmão do ex-governador José Carlos Richa, o Pepe Richa.

Para o procurador, as apurações contra Richa e as medidas cautelares contra ele e aliados têm relação com os andamentos das investigações na primeira instância, após o tucano perder o foro privilegiado.

"Infelizmente, o foro privilegiado é um obstáculo às investigações é um obstáculo para punir muitas pessoas de outros partidos. Nesse caso, por uma série de circunstâncias, inclusive pela perda do foro do ex-governador, pudemos dar continuidade no primeiro grau", disse Carlos Lima.

Para o procurador, "isso mostra que a colaboração premiada e a leniência da Odebrecht e uma investigação bem feita no primeiro grau podem dar resultado". A afirmação serve de crítica a apurações contra políticos com foro privilegiado decorrentes da delação da Odebrecht que tem sido arquivadas nas cortes superiores.

"Nesse caso é um político do PSDB, mas não escolhemos esses alvos, são as investigações que vão nos levando", afirmou.

O candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, afirmou que "não conhece" a fundo as denúncias envolvendo o seu parceiro de partido e candidato ao Senado pelo PSDB do Paraná, Beto Richa, alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira, dia 11. "Diferente (dos casos envolvendo o meu governo) que eu conheço", afirmou, alegando, inclusive, que as denúncias envolvendo o Rodoanel em SP seriam uma "injustiça".

Segundo Alckmin, não é porque Beto "é candidato do partido que a lei não vai valer para ele". A afirmação foi feita nesta terça-feira, durante sabatina em São Paulo, promovida pelo UOL, Folha e SBT.

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O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), candidato tucano ao Senado, foi alvo de um mandado de prisão nesta manhã. A ordem é da Justiça do Estado. Em mais uma ação ostensiva decorrente da Lava Jato, a Polícia Federal deflagrou a Operação Piloto nos Estados da Bahia, de São Paulo e do Paraná. A PF informou que a investigação mira suposto pagamento milionário de vantagem indevida, em 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, o departamento de propina da empreiteira, para agentes públicos e privados.

Questionado sobre como pretende dialogar com a população sobre corrupção sendo que seu partido está mergulhado em várias denúncias, o ex-governador afirmou que "todos os partidos estão fragilizados, inclusive o meu".

O candidato voltou a demonstrar apoio total às investigações da Lava Jato e afirmou que um eventual governo tucano seria composto pelos "melhores" nomes na política. "A sociedade deseja que haja uma investigação e que se esclareça (os casos de corrupção)", disse.

Sobre o combate à corrupção, Alckmin defendeu também mais rigidez na fiscalização e usar "um modelo americano", que fiscalizará sobretudo o enriquecimento ilícito. "Se você adquiriu um bem sem ter como provar, perdimento. Passa para o governo", afirmou.

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), candidato tucano ao Senado, é alvo de um mandado de prisão. A ordem é da Justiça do Estado. A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, dia 11, a Operação Piloto, em mais uma ação ostensiva decorrente da Lava Jato. Trata-se da fase de número 53 da operação. As ações ocorrem nos Estados da Bahia, de São Paulo e do Paraná.

Em nota, a PF informou que a investigação mira suposto pagamento milionário de vantagem indevida, em 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, o departamento de propina da empreiteira, para agentes públicos e privados no Estado Paraná.

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De acordo com os investigadores, a contrapartida seria um possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada.

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