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A sueca Pia Sundhage, treinadora da seleção brasileira feminina, foi colocada pela Fifa entre as três finalistas ao prêmio The Best na categoria melhor treinadora ou treinador do futebol feminino. Ela concorre com a francesa Sonia Bompastor, do Lyon, e com a holandesa Sarina Wiegman, da seleção inglesa. As três desbancaram Emma Hayes, do Chelsea, Bev Priestman, da seleção canadense, e Martina Voss-Tecklenburg, da seleção alemã, que integravam a lista inicial de seis nomes definida por um painel de especialistas da Fifa.

O top 3 foi formado de acordo com a escolha de um júri internacional composto por treinadoras e treinadores de seleções femininas, capitãs de seleções, jornalistas com especialização em futebol feminino e fãs que votaram no site oficial da Fifa. A vencedora será anunciada em cerimônia no dia 27 de fevereiro, em Paris, junto com o resultado das demais premiações.

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O ano de 2022 foi de muita felicidade para Pia Sundhage e a seleção brasileira, principalmente em razão da conquista da Copa América. O título foi alcançado de forma dominante pelo Brasil, que mostrou todo seu poder ofensivo ao marcar 20 gols em seis jogos ao longo do torneio, com direito a uma goleada por 4 a 0 sobre a rival Argentina, na fase de grupos.

A qualidade, contudo, não foi exibida apenas no ataque, até porque a equipe comandada pela treinadora sueca não sofreu um gol sequer. O equilíbrio do time fez Pia conquistar mais um título importante em sua vitoriosa carreira. Antes, como treinadora da seleção dos EUA, foi ouro olímpico em 2008 e 2012 e vice-campeã do mundo em 2011.

As concorrentes da sueca também ostentam marcas impressionantes. Sonia Bompastor está dando seus primeiros passos como treinadora e levou o Lyon ao título da Liga dos Campeões, graças a um desempenho de disciplina tática e excelência técnica. Com isso, se tornou a primeira a conquistar a principal competição europeia como jogadora e treinadora.

Sarina Wiegman, por sua vez, foi a responsável por levar a seleção inglesa ao título da Eurocopa deste ano. Conseguiu implementar um estilo de jogo dinâmico e viu seu time marcar 22 gols e sofrer apenas dois em seis partidas no torneio europeu. A Inglaterra está invicta desde que Wiegman assumiu o comando, em 2021. Neste período, teve 22 vitórias e quatro empates.

A Adidas e a Fifa revelaram nesta terça-feira a Oceaunz, a bola oficial da Copa do Mundo Feminina deste ano, que será disputada entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia. Inspirada nas paisagens e relevo dos países-sede, ela apresenta detalhes predominantemente nas cores azul, preto e verde.

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Seu nome é derivado das iniciais de Oceania, Austrália e Nova Zelândia, respectivamente. Em vídeo promocional, divulgado nas redes sociais da Fifa, a bola é carregada no ar por um helicóptero pelos céus de Sydney e é colocada em frente à Bondi Beach.

A bola é uma celebração das culturas das nações anfitriãs e apresenta designs da artista aborígine Chern'ee Sutton e da artista maori Fiona Collis. A arte delas também faz parte da identidade oficial da marca da Copa do Mundo Feminina.

"A Adidas criou uma bola oficial icônica para a Copa do Mundo Feminina, que reflete diversidade, inclusão e união, temas adequados para a primeira edição a ser organizada por dois países de diferentes confederações", afirmou Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa. "Esta edição será extremamente especial e as ricas culturas de Austrália e da Nova Zelândia, como evocadas na Oceaunz, certamente levarão a experiência de visitar torcedores e times 'Beyond Greatness' (lema oficial da competição)."

A Oceaunz apresenta a mesma tecnologia da bola utilizada no Catar, na Copa do Mundo realizada em dezembro passado, com recursos como o impedimento semiautomático. Ela fornece dados precisos, que serão disponibilizados aos árbitros da partida de vídeo em tempo real, como a posição do jogador em campo.

A partida de abertura da Copa será entre Nova Zelândia e Noruega. A seleção brasileira está no Grupo F, ao lado de França - que eliminou o Brasil no último Mundial -, Jamaica e um adversário que virá da repescagem, podendo ser Paraguai, Taiwan, Papua Nova Guiné ou Panamá.

A UNAMA – Universidade da Amazônia realizou, por meio do Núcleo de Esporte e Desporto (NED), mais uma seletiva de atletas que vão fazer parte do time de futebol feminino da instituição, na manhã da última quarta-feira (21), no Estádio da Tuna Luso Brasileira, em Belém. A escolha das participantes foi feita por uma comissão técnica responsável pela avaliação do desempenho delas em campo.

O coordenador do NED e professor Almir Figueiredo Filho afirmou que não existe algo melhor que a inclusão do esporte dentro da universidade, pois incentiva os atletas e faz bem para a saúde, além de permitir que eles aprendam a ter respeito por seus adversários. Ele explicou que a UNAMA já realiza esse processo de integração há muito tempo, sendo algo positivo para alunos e professores.

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Segundo o professor, as acadêmicas selecionadas podem ser contempladas com o “Programa Bolsa Atleta”, e elas terão a oportunidade de estudar e jogar. Ele também citou a observação das candidatas e as características mais procuradas durante a seletiva. “Habilidade com a bola, um maior entrosamento, até na corrida do atleta a gente conhece porque temos a nossa experiência”, destacou.

O professor e técnico de modalidade Jean Carlos Ferreira também falou sobre a importância da integração entre a universidade e o esporte. “Hoje, temos o prazer de trabalhar em uma instituição que estimula a prática do esporte e alto rendimento, principalmente na modalidade feminina, que a gente percebe a necessidade do estímulo ainda maior pelo meio social”, ressaltou.

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As selecionadas vão ser preparadas para chegar em níveis de competição, como a dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que ocorrem entre os dias 21 e 27 de maio de 2023, em Curitiba. O técnico comentou que vão ser criadas atividades para preencher a formação delas até a competição universitária. “A gente vai ter o recesso e no início do ano vamos retomar as atividades com as seleções, já em categorias subdivididas e os horários de treinamento”, disse.

A atleta e estudante de Educação Física Alinne Souza contou que a paixão pelo esporte foi a motivação para participar da seletiva, e que já fez natação, balé e ginástica. “Vim fazer o teste e participar, porque é uma oportunidade que temos que agarrar, ainda mais por ser futsal feminino, futebol feminino. A gente sabe a dificuldade que o feminino tem para ter uma visão melhor no mundo”, enfatizou.

A estudante também considera positiva a relação entre a universidade e o esporte, inclusive por motivar os estudantes, tanto nos estudos, como nas atividades físicas. “Eu curso Educação Física, então sei como é bom ter uma coisa que te motiva a participar do esporte”, finalizou.

Por Isabella Cordeiro

Recuperada de lesão, Marta acertou nesta quarta-feira sua permanência no Orlando Pride até 2024. Com o acordo, o time americano será onde a atacante brasileira, de 36 anos, mais jogou em sua carreira, totalizando sete anos no clube da Flórida ao fim do novo vínculo.

"Eu tenho sido muito feliz desde que cheguei ao Orlando e estou empolgada por continuar a fazer parte do clube pelos próximos dois anos. O time e a comunidade se tornaram minha família nos Estados Unidos e isso me faz sorrir por saber que vou continuar a fazer parte disso", celebrou a jogadora da seleção brasileira.

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O acerto também foi comemorado pelo técnico do time americano. "Estamos absolutamente emocionados por ter Marta de volta ao Pride. Nunca houve dúvida de que queríamos continuar contando com ela no nosso projeto, não apenas por suas habilidades em campo, mas também por sua mentalidade, valores e liderança", disse o técnico Seb Hines.

Marta fará seu retorno simbólico ao clube em 2023 porque, na prática, pouco jogou a temporada 2022 em razão de uma lesão no joelho. Ela se machucou em março, foi submetida a uma operação no local e perdeu o restante do ano, sendo desfalque da seleção na disputa da Copa América, no meio do ano.

Recuperada do grave problema físico, ela já retomou os treinos físicos com a equipe americana e deve voltar aos jogos no início de 2023. Na seleção, seu retorno é aguardado para fevereiro, quando o time nacional vai disputar a SheBelieves Cup, torneio amistoso a ser realizado justamente em Orlando.

Eleita a melhor jogadora do mundo por seis vezes, Marta chegou ao Orlando Pride em 2017. No clube americano, soma 84 partidas e 27 gols, além de 14 assistências.

A CBF definiu o calendário das competições de futebol feminino para 2023, com pausas para o período da Copa do Mundo - entre 20 de julho e 20 de agosto – e também nas datas Fifa. O primeiro torneio do ano será a Supercopa, de 5 a 12 de fevereiro.

O Brasileiro A1 (primeira divisão do campeonato nacional) terá início em 26 de fevereiro e termina em 17 de setembro. Já os estaduais estão previstos para ocorrer entre setembro e dezembro do ano que vem.

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Ente as alterações feitas pela CBF para a próxima temporada está a redução de 24 para 20 equipes participantes no Brasileiro Sub-20. O objetivo da mudança, segundo a entidade, é dar mais competitividade ao torneio. Já no caso do Brasileiro Sub-17, houve aumento do número de clubes que passou de 12 para 16.

Supercopa Feminina - 5 a 12 de fevereiro

Brasileiro Feminino A-1 - 26 de fevereiro a 17 de setembro

Brasileiro Feminino Sub-20 - 8 de março a 21 de junho

Brasileiro Feminino A-2 - 15 de abril a 8 de julho

Brasileiro Feminino A-3 - 15 de abril a 24 de junho

Brasileiro Feminino Sub-17 - 4 a 25 de novembro

Visando a temporada do ano que vem e a preparação para a Copa do Mundo de 2023, a seleção brasileira feminina de futebol vai ter na sua agenda a disputa do Torneio She Believes, nos Estados Unidos. A equipe da técnica Pia Sundhage enfrenta Japão, Canadá e as americanas.

O torneio, que contará com equipes entre as onze melhores posições do ranking da Fifa, vai ser disputado entre os dias 13 e 22 de fevereiro (Data Fifa). A estreia das brasileiras vai ser diante do Japão, no dia 16. Na segunda rodada, dia 19, o desafio será com o Canadá e no dia 22, o encontro é com a seleção dos Estados Unidos.

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A participação do Brasil visa um planejamento já traçado pela treinadora sueca Pia Sundhage a fim de iniciar os ajustes da equipe. A Copa do Mundo feminina terá como sede a Austrália e a Nova Zelândia e acontece na metade do ano.

O Brasil está no Grupo F e faz a sua primeira partida no dia 24 de julho contra a seleção que se classificar no torneio eliminatório em Adelaide, na Austrália. Os outros dois adversários da chave estão definidos. No dia 29, o rival é a França, e fechando a participação pela fase de grupos, o duelo é com a Jamaica.

A ideia da comissão técnica é tirar como base o desempenho das atletas diante de adversárias conceituadas no cenário internacional. Avaliar o elenco e também algumas promessas é o caminho a ser seguido neste início de temporada.

O ano de 2022 acabou terminando com dois amistosos diante do Canadá. No primeiro jogo, as brasileiras acabaram derrotadas por 2 a 1, na Vila Belmiro. No segundo confronto, na Neo Química Arena, as meninas comandadas pela técnica Pia venceram as visitantes também pelo placar de 2 a 1.

A Conmebol e a UEFA anunciaram que a ‘Finalíssima’ Feminina será realizada no estádio Wembley, na Inglaterra, em 06 de abril de 2023. Criado neste ano, o torneio de jogo único é disputado entre as seleções campeãs da Copa América e Eurocopa, tanto no masculino quanto no feminino.

Em julho, a seleção brasileira feminina bateu a Colômbia por 1 a 0 na final da Copa América e se sagrou campeã do torneio. Além de ter vencido todos os jogos da competição, as brasileiras não cederam gols em nenhuma ocasião.

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Um dia após o título brasileiro, as inglesas venceram a Alemanha, também por 1 a 0, e se sagraram campeãs da Euro feminina diante de um Wembley lotado com 87 mil torcedores.

As duas seleções travaram apenas três confrontos na história, com duas vitórias inglesas e uma brasileira. Em amistoso realizado em 2018, 1 a 0 para as britânicas. No ano seguinte, 2 a 1 na SheBelievesCup. A vitória brasileira aconteceu no mesmo ano, em outro amistoso, com o placar de 2 a 1.

Na madrugada deste sábado, a partir das 3h30 (horário de Brasília), a seleção brasileira feminina de futebol conhecerá suas primeiras adversárias na Copa do Mundo de 2023, que será sediada na Austrália e na Nova Zelândia, a partir do dia 20 de julho do próximo ano. O sorteio que definirá os grupos acontece na cidade de Auckland, na Nova Zelândia. A técnica Pia Sundhage marcará presença no evento, ao lado da coordenadora geral de seleções femininas, Ana Lorena Marche.

O Brasil está no pote 2 do sorteio - os potes foram definidos de acordo com o ranking de seleções da Fifa. As seleções serão divididas em oito grupos de quatro equipes. O desejo da entidade é que nenhum grupo tenha mais de uma seleção da mesma confederação e continente, exceto a Europa, que tem 11 representantes, podendo chegar a 12 caso Portugal supere a repescagem. Neste caso, os grupos poderão ter ao menos uma seleção europeia, mas não mais do que duas.

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Pela primeira vez na história o Mundial terá 32 seleções participantes. Destas, 29 já estão definidas, enquanto outras três ganharão vagas via repescagem, que conta com 10 seleções na disputa (Camarões, Chile, Taiwan, Haiti, Papua Nova Guiné, Paraguai, Portugal, Senegal e Tailândia).

POTES DO SORTEIO

Pote 1 - Nova Zelândia (país-sede e 22º lugar no ranking da Fifa), Austrália (país-sede e 13º lugar no ranking), Estados Unidos (1º lugar), Suécia (2º lugar), Alemanha (3º lugar), Inglaterra (4º lugar), França (5º lugar) e Espanha (6º lugar no ranking da Fifa).

Pote 2 - Canadá (7º lugar), Holanda (8º lugar), Brasil (9º lugar), Japão (11º lugar), Noruega (12º lugar), Itália (14º lugar), China (15º lugar) e Coreia do Sul (17º lugar).

Pote 3 - Dinamarca (18º lugar), Suíça (21º), Irlanda (22º lugar), Colômbia (27º lugar), Argentina (28º lugar), Vietnã (34º lugar), Costa Rica (37º lugar) e Jamaica (43º lugar no ranking da Fifa).

Pote 4 - Nigéria (45º lugar), Filipinas (53º lugar), África do Sul (54º lugar), Marrocos (76º lugar), Zâmbia (81º lugar), além das três seleções que se classificarão pela repescagem.

Em uma de suas melhores atuações nos últimos anos, a seleção brasileira feminina de futebol surpreendeu nesta sexta-feira ao dominar e golear a tradicional Noruega por 4 a 1, no estádio Ullevaal, em Oslo. A atacante Bia Zaneratto foi o grande nome do amistoso, com dois gols.

O resultado chama a atenção porque a seleção impôs seu domínio e apresentou grande performance mesmo com desfalques de peso, como Debinha e Marta. Além disso, a Noruega é uma das forças do futebol feminino, com longo histórico de conquistas em Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.

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Foi a segunda vez que o Brasil fez quatro gols contra uma seleção do Top 15 do ranking da Fifa sob o comando de Pia. A primeira aconteceu em 2019, diante do Canadá.

As equipes do Brasil e da Noruega já estão classificadas para o Mundial de 2023 e estão encarando os amistosos como testes para o grande evento da próxima temporada.

Contra as norueguesas, a técnica Pia Sundhage escalou a seleção brasileira com Lelê; Antônia, Kathellen, Tainara, Tamires; Ary Borges, Duda Sampaio, Geyse, Adriana; Bia Zaneratto e Ludmila. No decorrer da partida, ganharam chances na equipe Tarciane, Gabi Nunes, Jaqueline Ribeiro, Duda, Millene e Kerolin.

Titulares, a zagueira Rafaelle e a meia-atacante Debinha foram desfalques por conta de problemas físicos. Do lado norueguês, Hege Riise, nova treinadora da equipe, teve mais dificuldades para escalar sua equipe. Ela não pôde contar com a estrela Ada Hegerberg, uma das melhores do mundo na atualidade, e com a zagueira Guro Bergsvand e a meia Cesilie Andreassen.

Se não surpreendeu na escalação, Pia Sundhage chamou a atenção com a nova postura da equipe brasileira em campo, principalmente diante de uma adversária da tradição da Noruega, com título mundial e medalhas olímpicas no currículo. Na casa da rival, o Brasil adotou postura ofensiva do início ao fim, muitas vezes sufocando a defesa europeia.

O primeiro tempo foi todo do Brasil. Com maior iniciativa, a seleção "alugou" o campo adversário. A marcação alta e a pressão na saída de bola da defesa norueguesa foram as marcas da etapa inicial. O time de Pia, contudo, demorou a criar chances reais de gol. Somente aos 42 minutos abriu o placar. Após jogada trabalhada pela direita, Adriana recebeu dentro da área, conteve três marcadoras e bateu rasteiro, quase da marca do pênalti, para as redes.

O segundo foi mais movimentado, principalmente nos primeiros instantes. Logo no primeiro minuto, Bia Zaneratto aproveitou a pressão do ataque brasileiro para roubar a bola pela esquerda e acertar belo chute, fazendo 2 a 0 para a seleção visitante.

A resposta da Noruega, desta vez, foi rápida, em lance de bola parada. Aos 4, Ildhusoy balançou as redes após cobrança de escanteio na área. Foi uma das poucas investidas norueguesas ao longo da partida, em que enfrentou sérias dificuldades para chegar ao ataque.

Sem se abalar, a seleção brasileira abriu nova vantagem dois minutos depois, mais uma vez com Bia Zaneratto. Em um lance feio, embolado e de bate-rebate quase na pequena área, Bia encheu o pé em meio ao "tumulto" e acertou as redes. O quarto gol veio com Jaqueline, que entrou no lugar de Bia. Ela escorou cruzamento de Tamires, ampliou a diferença no placar e selou a vitória brasileira.

O time de Pia Sundhage volta a campo na segunda-feira para o segundo amistoso desta Data Fifa. A partida contra a Itália será disputada na cidade de Gênova, às 13h30, pelo horário de Brasília.

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A grande final do Brasileirão Feminino foi tudo que prometeu ser. Em uma Neo Química Arena lotada, mais de 41 mil pessoas viram o Corinthians atropelar o Internacional pelo placar de 4 a 1 e se consagrar campeão pelo terceiro ano seguido e pela quarta vez na história. Ao todo, 41.070 torcedores estiveram presentes no duelo deste sábado, marcando o maior público e a maior renda da história do futebol feminino no Brasil e também na América do Sul.

O clube paulista chega ao quarto título no campeonato, o terceiro consecutivo. Sob o comando de Arthur Elias, o time chegou à decisão depois de terminar a primeira fase como quarto colocado, além de eliminar Real Brasília e Palmeiras nas etapas anteriores.

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O Inter, por sua vez, encerrou a primeira fase acima do Corinthians. As gaúchas ficaram com a terceira melhor campanha, com 33 pontos em dez vitórias, três empates e duas derrotas.

As equipes chegaram para o jogo em Itaquera depois de deixarem tudo igual no Beira-Rio, pela rodada de ida, por 1 a 1. A partida começou a todo vapor. O Corinthians conseguiu balançar as redes logo aos 3 minutos, mas o VAR apontou uma falta em Mai Mai no meio campo e anulou o gol das mandantes.

O Inter, que começou acanhado, precisou de apenas 6 minutos para entrar no jogo, e com gol de zagueira. A goleira Lelê tirou a bola da área, mas Milene chegou para devolver e deixar nos pés da Sorriso, que não desperdiçou e abriu o placar da final.

A partir daí, as gaúchas começaram a gostar do jogo. O Corinthians deixou a desejar na marcação e não conseguiu frear a troca de passes das gurias coloradas.

Quando as visitantes começaram a gostar do jogo, o Corinthians reagiu. Tamires quase empatou em duas boas jogadas individuais. Em uma delas, a lateral recebeu livre e de frente para o gol, mas a bola parou na goleira Mayara.

Não demorou muito para as donas da casa encontrarem o gol, marcado justamente às custas do ponto fraco do Inter: a bola cruzada. Yasmin lançou na segunda trave e Jaqueline, de primeira, deixou tudo igual na Neo Química Arena.

Quase no minuto final da primeira etapa, a virada do Corinthians. Em jogada que começou em uma cobrança de escanteio, Diany recebeu um cruzamento de Adriana e mergulhou de cabeça para colocar as paulistas à frente no resultado. Antes de entrar, a bola desviou na zagueira colorada.

O Corinthians voltou do intervalo dominando, tentando acuar o Internacional, e funcionou. No primeiro minuto do segundo tempo, Vic Albuquerque bateu firme da entrada da área para ampliar o placar e incendiar a festa da torcida na arquibancada da Neo Química Arena.

Com a vitória garantida, o time não quis parar no terceiro. Jhennifer, a artilheira do ano, finalizou um cruzamento da colega de equipe e converteu para cravar o terceiro título consecutivo do Brasileirão.

Com uma partida abaixo do desempenho apresentado ao longo do campeonato, a equipe de Maurício Salgado não foi capaz de anular a força do elenco corintiano. Após mais uma bela campanha em 2022, o Corinthians é campeão do Campeonato Brasileiro Feminino.

A maior jogadora de futebol de todos os tempos agora também tem sua estátua no Museu da Seleção Brasileira. Eleita seis vezes a melhor do mundo, Marta ganhou uma estátua de cera em tamanho real. Antes dela, apenas Pelé já havia recebido a homenagem. Ciente de sua importância para o futebol nacional, a craque brasileira definiu a honraria: "não existe rei sem rainha, não é?", disse Marta.

A estátua tem entre 30 e 40 kg e tem proporções reais. "Eu aprovei, vocês aprovaram?", brincou Marta, em entrevista concedida logo após a inauguração da estátua. "Eu vi ela inteira pela primeira vez hoje, mas antes eu já tinha visto o rosto e tal. Da vez que eu vi, a bochecha estava um pouco maior, aí eu falei ‘tá muito grande a bochecha, dá uma reduzida aí’, e eles deram uma melhorada. Acho que ficou legal, ficou bacana", explicou a jogadora.

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A obra foi produzida em Londres e contou com o trabalho de cerca de 30 artesãos. Eles integram o mesmo ateliê que atua em alguns dos mais importantes museus do mundo, como o Madame Tussauds. Foi a mesma equipe que fez a estátua de Pelé, que foi inaugurada em fevereiro de 2020.

A jogadora se disse honrada por ser a segunda a ter essa homenagem no Museu da Seleção, e considera que Pelé deve estar feliz. "Ele demonstrou isso desde o primeiro momento em que ficou sabendo, é um cara com quem eu tenho um diálogo muito bacana. A gente não se fala com frequência, mas sempre que a gente tem a oportunidade é uma conversa muito bacana, muito cordial e verdadeira", afirmou Marta. "A gente tem que continuar representando o nosso País, ele tem orgulho disso e eu tenho orgulho também."

Ausente da última Copa América devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Marta disse que espera estar na próxima Copa do Mundo Feminina, marcada para o ano que vem, quando ela vai ter 37 anos.

"Estou voltando de uma lesão, vai fazer cinco meses da cirurgia agora. Eu tenho plena consciência que é um trabalho muito complicado, árduo, difícil, mas com muita dedicação, muita força de vontade, só depende de mim", declarou. "Espero poder ano que vem estar de volta."

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Apesar da conquista do título da Copa América, no fim de julho, a seleção brasileira feminina de futebol não conseguiu avançar no ranking da Fifa, atualizado nesta sexta-feira. A equipe comandada por Pia Sundhage manteve o nono lugar, colada na Espanha, mas ainda distante das primeiras colocadas.

A seleção brasileira soma 1.975,82 pontos, contra 1.983,13 da Espanha. Os Estados Unidos seguem com folga na ponta, com 2.111,47 pontos, no embalo do título do Campeonato Feminino da Concacaf, conquistado recentemente. Mas as americanas têm agora uma nova rival na briga pela liderança.

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Trata-se da Alemanha, que deixou o quinto lugar para desbancar a Suécia do segundo posto do ranking. As alemãs subiram na lista apesar do vice-campeonato da Eurocopa, no fim de semana passado. Na final, perderam para a Inglaterra, que também deu um salto ao trocar o oitavo pelo quarto lugar, na atualização desta sexta.

Na sequência, as seleções da França, Holanda, Canadá e Espanha caíram posições, mas se mantiveram dentro do Top 10. A lista das dez melhores seleções do mundo da atualidade é completada pela Coreia do Norte. Nenhuma equipe nova entrou no Top 10 em comparação à atualização anterior, feita em 17 de junho.

Desde então, as seleções disputaram 221 partidas pelo mundo, principalmente em torneios continentais, como a Copa América e a Eurocopa. Houve ainda competições na África e Oceania nas últimas semanas.

Um dos destaques fora do Top 10 é a equipe de Zâmbia, terceira colocada na Copa Africana feminina. A seleção deu um salto de 23 posições e agora aparece no 80º lugar.

A próxima atualização do ranking está programada para o dia 13 de outubro, dias antes do sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2023, em 22 do mesmo mês.

Confira a lista dos 10 primeiros colocados do ranking:

1.º - Estados Unidos, com 2.111,47 pontos

2.º - Alemanha, com 2.059,75

3.º - Suécia, com 2.050,18

4.º - Inglaterra, com 2.039,44

5.º - França, com 2.037,69

6.º - Holanda, com 2.002,99

7.º - Canadá, com 1.986,51

8.º - Espanha, com 1.983,13

9.º - Brasil, com 1.975,82

10.º - Coreia do Norte, com 1.940,00

A dramática vitória da Inglaterra sobre a Alemanha por 2 a 1 na final da Eurocopa feminina, no domingo, bateu recordes de audiência no Reino Unido: 17,4 milhões de pessoas assistiram ao jogo pela televisão. A decisão teve a maior audiência de uma partida de futebol feminino na história da TV britânica e foi o evento televisivo mais assistido neste ano.

O então recorde de audiência neste ano havia sido a transmissão das celebrações dos 70 anos de reinado de Elizabeth II, em junho, quando 13,4 milhões de pessoas assistiram aos eventos. "Estamos incrivelmente orgulhosos de ter defendido o futebol feminino e emocionados por podermos trazer um momento esportivo tão especial ao público", disse o diretor-geral da BBC, Tim Davie.

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O público da final da Eurocopa feminina também registrou recorde, quando 87.192 torcedores estiveram no histórico estádio de Wembley para assistir ao duelo. Foi o maior público da história da Euro, levando em conta também o futebol masculino.

Com o título da Euro, a Inglaterra será adversária da seleção brasileira na Finalíssima, que coloca frente a frente a campeã do torneio europeu e a campeã da Copa América. Até então, o recorde de audiência do futebol feminino no Reino Unido havia sido obtido na derrota da Inglaterra para os Estados Unidos na semifinal da Copa do Mundo em 2019, quando 11,7 milhões de pessoas assistiram à partida.

Ella Toone e Chloe Kelly anotaram os gols da Inglaterra na inédita conquista da Eurocopa para o país. É o maior feito do futebol inglês desde a conquista da Copa do Mundo pela seleção masculina em 1966.

Seis jogos, 100% de aproveitamento, 20 gols anotados e nenhum sofrido. Não há rivais para a seleção brasileira feminina na América do Sul. Com campanha perfeita coroada com 1 a 0 sobre a anfitriã Colômbia, neste sábado, no Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, a equipe de Pia Sundhage ergueu a taça da Copa América pela oitava vez em nove edições. Apenas em 2006 o troféu foi para outro país, com a Argentina.

Em seu jogo mais complicado na competição, a seleção brasileira passou alguns sustos e precisou de um pênalti para garantir nova conquista. Debynha foi derrubada e bateu com estilo para colocar o Brasil na frente - gol solitário da partida. Pela primeira vez, um jogo no continente teve a arbitragem de vídeo.

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Foi a primeira conquista sob a direção de Pia Sundhage. Justamente no dia em que a treinadora sueca completou três anos no comando verde amarelo. Um prêmio justo para a treinadora que levou uma equipe renovada para a competição na Colômbia. Ainda garantiu vaga na Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Na cerimônia que antecedeu a final, a ex-jogadora Formiga entrou com a taça no estádio. Ídolo e pioneira da seleção brasileira, a eterna camisa 8 acompanhou a conquista das tribunas.

O JOGO

Atrás de sua oitava taça em nove edições da copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira entrou em campo com o clima todo adverso. Além de toda a torcida colombiana contra, havia ainda a cobrança de um melhor futebol após não se postar bem diante do Paraguai, na semifinal.

Do lado positivo, o fato de ter vencido seus cinco jogos sem sofrer gols na competição e com ataque arrasador de 19 gols (4 a 0 na Argentina, 3 a 0 no Uruguai, 4 a 0 na Venezuela, 6 a 0 no Peru e 2 a 0 contra o Paraguai). As oponentes também tinham 100% de aproveitamento.

A técnica Pia Sundhage prometeu uma melhor apresentação na decisão e manutenção na posse de bola. Mas um lance logo aos seis minutos deixou as brasileiras abaladas. Angelina lesionou o joelho em dividida no meio-campo e acabou substituída. No banco de reservas, chorava muito até ser retirada de maçã.

Foram minutos de domínio das donas da casa, empurradas pelas arquibancadas lotadas. A prodígio Caicedo, de 17 anos, assustou. A Colômbia ainda balançou a rede pelo lado de fora com Ramirez e viu a cobrança de falta de Ushe parar em defesaça de Lorena até o Brasil equilibrar a decisão.

A primeira grande chance das brasileiras ocorreu na metade da primeira etapa, com Antonia batendo para fora. A forte marcação dificultava as ações, irritando Pia, que pedia calma e gesticulava com as jogadoras.

A cobrança deu resultado. Adriana assustou em batida raspando para aplauso da treinadora. Aos poucos, o Brasil começava a impor seu jogo e assustar as colombianas. Em linda troca de passes, Debynha só foi parada com pênalti. A camisa 9 pegou a bola e deslocou a goleira para abrir o marcador. Antes do intervalo, ainda perdeu chance preciosa de aumentar.

Depois de um primeiro tempo muito abaixo do esperado, o Brasil voltou com nova postura na etapa final, sufocando a equipe local. Antes dos dez minutos, a vantagem poderia ser maior com boas oportunidades desperdiçadas por Antonia, Bia Zaneratto e Debynha.

Perdidas em campo e sem esconder o nervosismo, as colombianas só conseguiam parar as brasileiras nas faltas, algumas com excesso de força. Apenas aos 27 minutos elas conseguiram chegar no gol de Lorena. Em chute fraco. O Brasil já não tinha o mesmo ímpeto do início e novamente começou a levar sustos. A intransponível defesa, contudo, se fez valer e a taça acabou com as favoritas.

A hegemonia verde e amarela na Copa América Feminina está em jogo. Neste sábado (30), o Brasil decide o título da competição sul-americana diante da Colômbia, anfitriã do torneio, a partir das 21h (horário de Brasília), no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. A expectativa é de casa cheia. Os 22 mil ingressos colocados à venda estão esgotados.

As brasileiras são as maiores vencedoras da Copa América, com sete títulos em oito edições, deixando a taça escapar somente em 2006. As colombianas foram vice-campeãs em 2010 e 2014, em disputas onde não houve decisão e sim um quadrangular final, onde o ganhador foi conhecido em pontos corridos.

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As equipes chegam à final com campanhas parecidas. Ambas ganharam os cinco jogos disputados, com leve superioridade brasileira nas estatísticas. As comandadas de Pia Sundhage marcaram 19 gols e não sofreram nenhum, enquanto as colombianas balançaram as redes 14 vezes e foram vazadas outras três. A classificação à decisão garantiu as duas seleções na Copa do Mundo do ano que vem, em Austrália e Nova Zelândia, e na Olimpíada de Paris (França).

Pia não tem desfalques para o confronto. A volante Duda Santos, ausente do banco de reservas na vitória por 2 a 0 sobre o Paraguai, na semifinal, devido a um problema intestinal, está novamente à disposição, assim como a atacante Gio Queiroz, recentemente convocada para o Mundial sub-20 deste ano, recuperado de uma pancada na panturrilha.

Se mantiver a base que tem atuado na competição, a técnica sueca escalará o Brasil com: Lorena; Antônia, Tainara, Rafaelle e Tamires; Angelina, Ary Borges, Adriana e Kerolin; Debinha e Bia Zaneratto. 

Em busca de um título inédito, a Colômbia também terá força máxima. A equipe dirigida por Nelson Abadía possui oito atletas que jogam no futebol espanhol, entre elas a goleira Catalina Pérez (Real Betis), a lateral Manuela Vanegas (Real Sociedad) e a meia Leicy Santos (Atlético de Madri). Duas defendem clubes brasileiros: a zagueira Mónica Ramos (Grêmio) e a meia Liana Salazar (Corinthians). As duas protagonistas, porém, atuam na liga local: as atacantes Catalina Usme (América de Cali) e Linda Caicedo (Deportivo Cali). Esta última, de 17 anos, é considerada a revelação da Copa América e está na mira do Barcelona (Espanha).

A provável escalação colombiana neste sábado terá: Catalina Pérez; Jorelyn Carabalí; Daniela Arias, Mónica Ramos e Manuela Vanegas; Lorena Bedoya, Daniela Montoya e Leicy Santos; Linda Caicedo, Catalina Usme e Mayra Ramírez.

Nove atletas e um ex-treinador ligados ao time feminino do Flamengo colocaram o clube na Justiça cobrando salários, multas, férias e impostos da época em que defenderam o time carioca. As informações são do jornalista Diego Garcia, do UOL.

As cobranças chegaram ao Poder Judiciário do Rio de Janeiro no mês de Julho e ultrapassam os R$ 6 milhões de reais. As atletas acusam o clube de utilizar seus serviços sem quaisquer custos, como se fossem atletas militares. Desde 2015, o Flamengo firma uma parceria com a Marinha do Brasil.

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As jogadoras não tinham contrato especial de trabalho desportivo. Em 2019, após a CBF exigir dos clubes a criação de times femininos, algumas jogadoras tiveram contratos criados para o clube se manter na linha. As atletas foram demitidas sem nenhum direito trabalhista. Com isso, acionaram o clube na Justiça a fim de obter seus vínculos empregatícios reconhecidos.

Há anos o Flamengo domina o futebol feminino no Rio de Janeiro e conquistou seis títulos estaduais de sete possíveis, além do título brasileiro de 2016.

A decisão da Copa América de futebol feminino vai reunir o favorito Brasil e a anfitriã Colômbia. A vaga da seleção de Pia Sundhage veio nesta terça-feira com vitória sobre o Paraguai, por 2 a 0, em Bucaramanga. Além da vaga para mais uma final, as brasileiras carimbaram o passaporte para a Copa do Mundo de 2023, na Austrália e Nova Zelândia, e para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, na França.

Graças aos gols de Ary Borges e Bia Zaneratto ainda no primeiro tempo, o Brasil buscará seu oitavo título da Copa América no sábado, às 21 horas. A seleção ergueu a taça em 1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014 e 2018. A única edição que não teve a seleção canarinha no topo foi em 2006, quando a Argentina ergueu o troféu. Vice-campeãs em 2010 e 2014, as donas da casa buscarão o primeiro título da competição.

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A seleção brasileira entrou em campo com amplo favoritismo após quatro vitórias na fase de classificação e 100% de aproveitamento. As comandadas de Pia Sundhage fizeram 4 a 0 na Argentina, 3 a 0 no Uruguai, 4 a 0 na Venezuela e 6 a 0 no Peru. Incríveis 17 gols marcados e nenhum sofrido.

Mesmo com números favoráveis, a treinadora pregava cautela contra um adversário em sua visão "perigoso". Comandadas pelo brasileiro Marcello Frigério, as paraguaias apostavam na marcação forte e nos cruzamentos para a área em bolas paradas para tentar surpreender.

Nem bem o jogo começou e o Brasil já chegou no ataque. A primeira finalização veio com somente 14 segundos. A resposta saiu com defesa de Lorena e bola na trave logo depois. O susto não intimidou a equipe verde e amarela, que dominava as ações com imposição e velocidade. Antes dos 10 minutos, Adriana e Bia Zaneratto ficaram próximas de abrir o marcador.

O primeiro gol era questão de tempo. O enorme sufoco surtiu efeito aos 16 minutos. Tamires serviu Bia Zaneratto, que não conseguiu dominar, mas ajeitou para Ary Borges acertar o chute rasteiro no canto. Comemoração efusiva e dancinha com as reservas na beirada do campo.

Bia Zaneratto, em seu 100° jogo com a camisa da seleção, ampliou em chute forte de pé esquerdo. Após roubada de bola de Antonia, a arbitragem deu vantagem em lance com entrada dura em Debinha e a jogadora do Palmeiras não desperdiçou.

O primeiro tempo terminou quente, com as paraguaias revoltadas contra a arbitragem após um cartão amarelo em falta dura que não admitiram. E o nervosismo seguiu no começo do segundo tempo.

Frigério cobrava calma de sua equipe na beira do campo, enquanto as brasileiras buscavam administrar a ótima vantagem com passes certeiros, administração da posse de bola e busca intensa do terceiro gol. Optando por ficar o máximo de tempo no ataque, evitavam passar aperto na defesa.

Mesmo com um rival marcando com linha de cinco, Zaneratto, Tamires, Duda Sampaio e Geyse tiveram boas chances. O Paraguai não conseguia mais impor resistência e pouco ameaçou a meta da goleira Lorena. O Brasil não caprichou nas tantas oportunidades criadas, viu a artilheira Adriana carimbar o travessão no último lance, mas festejou a vaga na decisão sem grandes problemas.

A técnica Pia Sundhage fez elogios à seleção brasileira feminina de futebol após a goleada sobre o Peru, por 6 a 0, pela Copa América. A treinadora fico satisfeita com a versatilidade da equipe e com o bom desempenho apresentado por jogadoras reservas, que ganharam oportunidades na noite de quinta-feira.

"Estou feliz por jogadoras jovens como a Dudinha. Ela jogou por 90 minutos e foi muito bem. Algumas jogadoras saem desse jogo bastante confiantes, o que significa que não temos 11 jogadoras e sim 23. Isso será muito importante no futuro, porque precisaremos de todas elas e das que vêm do banco contra o Paraguai", comemorou a treinadora sueca.

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A Copa América marca oficialmente a renovação do time brasileiro, que joga sem Marta, por conta de lesão, e sem outras referências da equipe, como Cristiane e Formiga. Pia levou para a Colômbia uma equipe com muitas jovens atletas, pensando no futuro. O torneio dá vaga tanto no Mundial, do próximo ano, quanto na Olimpíada de Paris, em 2024.

Diante do Peru, a seleção entrou em campo sem maiores responsabilidades porque já estava classificada para a próxima fase. Pia, então, aproveitou baixas por suspensão e promoveu testes no time. Na sua avaliação, as alterações na equipe funcionaram em alguns momentos do jogo, mas também deixaram lacunas.

"Na maior parte, sim, (as mudanças funcionaram) porque marcamos muitos gols e não cedemos nenhum. As três da linha de frente criaram chances e as três da linha de trás não tiveram muito trabalho. Por outro lado, não foi bom termos jogadoras com cãibras, mas, no geral, fizemos o que tínhamos de fazer e agora vamos jogar a semifinal", projetou.

A próxima partida será contra o Paraguai na terça-feira, às 21 horas (pelo horário de Brasília). Para este confronto, Pia prevê novidades no meio-campo. "Vamos analisar nossa criação de jogadas, como ela funciona quando penetramos a defesa pelo meio e pelas alas, porque, se queremos fazer um bom jogo contra o Paraguai, precisamos marcar das duas formas. Mas também precisamos ser mais eficientes na defesa. Hoje isso não foi uma questão, mas os outros jogos nos mostraram que precisamos afinar um pouco a sintonia entre a linha de trás e as meias", declarou.

A seleção brasileira feminina de futebol conquistou a segunda vitória consecutiva na Copa América, nesta terça-feira, ao vencer, com facilidade o Uruguai, por 3 a 0, em duelo válido pela segunda rodada do Grupo B, em Armênia, na Colômbia.

Com o resultado, o Brasil mantém os 100% de aproveitamento na competição, pois venceu a Argentina na primeira rodada por 4 a 0. As uruguaias somaram a segunda derrota, após perderam na estreia para a Venezuela (0 a 1). O Brasil volta a jogar dia 18, contra as venezuelanas

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O Brasil teve dificuldades nos primeiros 15 minutos para superar o bloqueio defensivo do Uruguai, que chegou a levar perigo com arremate de Pizarro. Lorena fez boa defesa.

A partir do momento em que a seleção acertou o passe e aumentou a velocidade nas jogadas, as oportunidades passaram a surgir com facilidade. Destaque para Adriana, Debinha e Ary Borges.

Foram quatro boas oportunidades criadas antes da abertura do placar. Antonia apareceu bem pela direita e cruzou para o aproveitamento de Adriana, aos 32 minutos: 1 a 0. O Brasil continuou em ritmo forte e Adriana fez ótima assistência para Debinha aumentar a vantagem brasileira, aos 46.

Com mais tranquilidade no segundo tempo, o Brasil não demorou para aumentar o placar. Rafaelle fez ótimo lançamento para Debinha pelo lado esquerdo. O cruzamento encontrou Adriana na direita: 3 a 0, aos três minutos.

Com a vitória garantida antecipadamente, o Brasil diminuiu o ritmo aparentando cansaço e propiciou chances para as uruguaias. Birizamberri, aos 25, chegou a acertar a trave esquerda de Lorena. Mas aos 32, Ximena Velazco foi expulsa e acabou com qualquer possibilidade de reação das uruguaias.

A técnica Pia Sundhage somou o 38º jogo no comando da seleção brasileira. Ela acumula 21 vitórias, 11 empates e seis derrotas.

Destaques na goleada de 4 a 0 da seleção brasileira feminina sobre a rival Argentina na Copa América, Bia Zaneratto e Debinha falaram a importância do resultado na estreia da equipe na competição. Mais importante do que superar a dura marcação das adversárias é, a partir de agora, ter espírito de final em todas as partidas da competição.

"Estou muito feliz pela vitória, pois era muito importante começar com o pé direito. Soubemos aproveitar as oportunidades e fazer os gols. A Argentina é um time que entra muito firme. Sabemos da dificuldade que no espera e precisamos encarar todos os jogos como finais", disse Bia Zaneratto.

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A Imperatriz teve participação direta na vitória. Além de deixar a sua marca, iniciou a jogada do primeiro gol e deu assistência para Adriana fazer 3 a 0.

Já a atacante Debinha, que se juntou ao grupo neste sábado por questões pessoais, entrou em campo quase no final da segunda etapa. Apesar do pouco tempo em ação, ela balançou a rede para fechar o placar sobre a Argentina em 4 a 0.

"Não esperava entrar e fiquei muito feliz. Também não esperava o gol. Foi um belo passe da Duda e fico satisfeita sempre de jogar e ajudar a minha equipe. Vamos nos cobrar individualmente e aproveitar as chances que temos. Mostramos isso hoje e espero que a gente continue fazendo muitos gols e realizando uma bela campanha", disse a atacante.

Artilheira da era Pia, Debinha chegou à marca dos 50 gols com a camisa da seleção brasileira em 123 jogos. De olho nas adversárias, ela disse o que espera da competição.

"A Argentina é uma das equipes mais fortes do campeonato, mas a Colômbia, por exemplo, vem de um bom jogo contra os Estados Unidos. Qualquer equipe que está aqui tem totais condições de fazer um bom papel e temos de nos preparar da melhor forma possível independentemente do adversário", disse.

O Brasil integra o Grupo B e lidera a chave ao lado da Venezuela que derrotou o Uruguai por 1 a 0. A equipe volta a campo na próxima terça-feira pra enfrentar o Uruguai pela segunda rodada da competição. A partida terá transmissão do SBT e Sportv.

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