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A seleção brasileira estreia neste sábado na Copa América Feminina para manter sua hegemonia continental e, sobretudo, para recuperar sua confiança. Irregular na temporada, o time da técnica Pia Sundhage terá de superar a ausência de Marta, consolidar uma equipe ainda em formação e jogar o suficiente pelo menos para chegar até a decisão, o que garantirá uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem, na Nova Zelândia e na Austrália, e outra nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

A tabela colocou logo de cara no caminho do Brasil o clássico com a Argentina. O jogo acontece no estádio Centenário de Armênia, na Colômbia, às 21h. As duas seleções estão no Grupo B, que tem ainda Peru, Uruguai e Venezuela. Na outra chave estão Colômbia, Chile, Equador, Paraguai e Bolívia. Apenas os dois primeiros se classificam.

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O Brasil é hegemônico na competição, tendo vencido sete das oito edições, incluindo as três últimas. Apesar disso, Pia Sundhage prega o discurso do pé no chão. "Agora estamos focadas no jogo contra a Argentina, queremos seguir passo a passo na competição. O título será consequência do bom desempenho ao longo do torneio. Primeiro vamos em busca da classificação e, depois, do título", comentou.

Mais do que mero discurso, a cautela tem razão de existir. O desempenho da seleção este ano não tem sido de encher os olhos. Na temporada, o Brasil soma apenas uma vitória sobre a Hungria, além de dois empates e três derrotas, a mais recente para a Suécia, no mês passado. Os resultados pouco satisfatórios se devem em parte à reformulação do elenco. Jogadoras que o torcedor se acostumou a ver ao longo dos anos já não fazem mais parte do grupo, como Cristiane e Formiga. A craque Marta, por sua vez, também ficou de fora, por motivo de lesão.

"A Marta é uma líder e exemplo para muitas dessas atletas. Sem dúvidas fará falta, porém precisamos seguir, e uma das formas de honrar sua trajetória na seleção é que a gente continue sendo competitivas e conquistando títulos pelo Brasil", considerou Pia.

Das 23 jogadoras convocadas para a Copa América, 13 delas atuam no futebol brasileiro. Boa parte das atletas também disputará uma competição oficial pela seleção pela primeira vez. "É muito bom ver a evolução das novas atletas e perceber o quanto elas agregam as mais experientes aqui na seleção. Isso é grandioso", afirmou a treinadora. "Sem dúvidas nos dará mais tempo para o nosso processo de entrosamento e aprimoramento físico e tático."

A Copa América Feminina começa nesta sexta e vai até 30 de julho. Os jogos serão transmitidos por SBT e SporTV. A competição dá duas vagas diretas aos Jogos Olímpicos de Paris-2024, e também garante os três primeiros colocados na Copa do Mundo do próximo ano, que será organizada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia.

Confira o calendário da seleção brasileira:

- Sábado, dia 9 de julho, às 21h

Brasil x Argentina

- Terça, dia 12 de julho, às 18h

Brasil x Uruguai

- Segunda, dia 18 de julho, às 18h

Brasil x Venezuela

- Quinta, dia 21 de julho, às 21h

Brasil x Peru

Na tarde desta segunda-feira (20), o presidente do Santos, Andrés Rueda, concedeu  entrevista coletiva denunciando uma tentativa de manipulação de resultados envolvendo um funcionário do Clube, em partida do Campeonato Brasileiro Feminino, contra o Red Bull Bragantino. O funcionário foi desligado do quadro de empregados, por justa causa.

O presidente santista lamentou o ocorrido e revelou que o Santos foi vítima dessa situação. “Nós tivemos um fato lamentável comprovadamente nesse fim de semana, que talvez seja a ponta do iceberg do que está acontecendo no nosso futebol. Um funcionário do nosso Clube, do futebol feminino, utilizando-se de um intermediário do Bragantino, tentou subornar uma jogadora para arranjar um resultado elástico logo no primeiro tempo do jogo para efeito de apostas”, contou Rueda.

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Segundo nota divulgada pelo Santos, antes do confronto do último domingo (19), válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro Feminino, ‘’uma jogadora da equipe do Red Bull Bragantino teria sido procurada para forçar um placar elástico a favor do Santos’’. A atleta teria recusado e os dirigentes da sua equipe teriam procurado o presidente do Peixe. 

''Eles entraram em contato comigo apresentando inclusive provas materiais, prints de conversas. Tão logo isso chegou ao nosso conhecimento, junto ao presidente do Bragantino, a gente tomou algumas providências. Demissão por justa causa de todos os envolvidos, oficiamos imediatamente a CBF colocando as provas e os prints”, relatou o presidente do Santos.

O Barcelona quer fazer bonito nas competições de futebol feminino e anunciou neste domingo a contratação da brasileira Geyse, atacante de 24 anos que vem se destacando na seleção brasileira e também no futebol europeu, até 2024.

Geyse, ou Pretinha, como é chamada a jogadora, estava no Madri CFF e foi destaque na Liga Iberdrola (versão feminina do Campeonato Espanhol) ao anotar 20 gols em 27 partidas disputadas, terminando na artilharia ao lado de Oshoala, do Barcelona, e chamando atenção dos dirigentes catalães. Antes ela havia defendido as cores do português Benfica.

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Com o fim do contrato em Madri, os catalães não perderam a oportunidade e investiram na atacante. Sob olhares do presidente Joan Laporta e do diretor de futebol feminino, Xavier Puig, a brasileira assinou o contrato até 30 de junho de 2024 e comemorou o acordo.

"Como todas as grandes equipes, sempre gostei de jogar contra o Barça. Estou feliz por ter sido a artilheira ao lado de Oshoala e por agora ser sua companheira de equipe na próxima temporada", disse Geyse, elogiando a futura parceira de ataque na Catalunha.

Geyse vai disputar a Copa América em julho com a seleção brasileira antes de iniciar sua trajetória no gigante espanhol. Mas não esconde sua ambição para brilhar na nova casa. "Estou aqui para ajudar a equipe a atingir os seus objetivos."

Em preparação para a disputa da Copa América Feminina, com início marcado para julho, a seleção brasileira venceu a Hungria por 3 a 1 nesta segunda-feira, em São Pedro del Pinatar, na Espanha, e celebrou o primeiro triunfo da temporada. A palmeirense Bia Zaneratto marcou uma vez e a ex-atacante do Corinthians, Gabi Nunes, hoje no Madrid CFF, anotou os outros dois gols.

O Brasil já havia disputado quatro amistosos em 2022, o último deles na última quinta-feira, quando empatou por 1 a 1 com a Espanha. Antes disso, perdeu por 2 a 1 para a França e empatou com Finlândia e Holanda, em jogos disputados em fevereiro, portanto, até a vitória sobre as húngaras, ainda não havia vencido.

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O resultado traz alívio para as brasileiras antes da Copa América, que reserva três vagas diretas para o Mundial de 2023 e uma para os Jogos Olímpicos de 2024. Antes da estreia, a equipe fará pelo menos mais um amistoso, contra a Suécia, no dia 28 de junho, perto do início do torneio continental, marcado para dia 8 de julho.

Nesta tarde, o time titular do Brasil foi um pouco diferente do utilizado no empate com a Espanha na quinta-feira passada. A treinadora Pia Sundhage colocou Thaís, Fernanda, Adriana e Gabi Nunes nos lugares de Letícia Santos, Tamires, Debinha e Duda Santos. Uma das alterações se mostrou uma boa escolha logo aos 13 minutos, quando Gabi Nunes cabeceou para a rede após cobrança de escanteio e abriu o placar.

As brasileiras aproveitaram os minutos seguintes ao gol para pressionar a Hungria, mas não conseguiram ampliar o placar. Já as húngaras só mostraram maior poder ofensivo na reta final antes do intervalo, com algumas chegadas pontuais. De qualquer forma, deram espaços para o Brasil também criar suas chances.

Pia mandou o time de volta ao gramado com duas novidades. Bia Zaneratto entrou no lugar de Geyse e Ana Vitória substituiu Ary Borges. Passados sete minutos de bola rolando, lá estava Zaneratto colocando a bola na rede, com um chute forte de perna esquerda que aumentou a vantagem brasileira no placar.

Algum tempo depois, aos 17, a cabeça de Gabi Nunes foi bem usada novamente, dessa vez de peixinho, para marcar o terceiro gol. A Hungria chegou a diminuir, graças a um pênalti convertido por Anna Csiki, mas não levou a reação adiante.

O Barcelona feminino venceu seu rival Real Madrid pelas quartas de final da Liga dos Campeões por 5x2 no jogo de volta, nesta quarta-feira (30). Mas além da vitória no “El Clássico" o time ainda bateu o recorde de público da história do futebol feminino. 

Foram 91.553 mil torcedores presentes no Camp Nou nesta quarta. Nunca houve tantos torcedores em um estádio de futebol para verem mulheres jogando. O Barcelona fez questão de enaltecer o feito nas redes sociais.

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O recorde anterior também era de terras espanholas e aconteceu em 2019 no estádio Wanda Metropolitano, casa do Atlético de Madrid, que foi derrotado pelo mesmo Barcelona diante de 60.739 pessoas.

Dentro das quatro linhas o Barcelona reforçou sua superioridade sobre o rival que também foi derrotado no primeiro jogo por 3x1 e por 5x2 no segundo num total de 8x3 no placar agregado.

Na última semana, a ex-jogadora da seleção brasileira Formiga foi eternizada com a gravação de seus pés na Calçada da Fama do Mineirão. Miraildes foi a primeira mulher a ter seu nome e pés no local do icônico estádio brasileiro. Com isso, o LeiaJá separou os maiores feitos da jogadora para o Brasil: 

 • Sete Copas do Mundo; 

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Em 2019, Formiga se tornou a única atleta, entre homens e mulheres, a participar de sete Copas do Mundo. A jogadora defendeu a seleção Brasileira nas Copas de 1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019. Apesar de todas as participações, a jogadora nunca conseguiu levantar o troféu da competição.  

 Além disso, no mundial de 2019, na França, Formiga conquistou o feito de ser a jogadora mais velha a entrar em campo numa Copa do Mundo Feminina, com 41 anos.  

 • Sete Olimpíadas; 

Em 2021, Formiga entrou mais uma vez na história do futebol mundial. A atleta se tornou a única jogadora a ter disputado todas as edições de Jogos Olímpicos desde a estreia do futebol feminino, em Atlanta, em 1996. 

E como ocorreu com a Copa do Mundo, Formiga quebrou o recorde de jogadora mais velha a participar de uma Olimpíada, com 43 anos.  

 • Mais partidas pela seleção; 

Em 2019, Formiga ultrapassou o jogador Cafu como a atleta que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira. Cafu possui 149 partidas, já Formiga chegou à marca de mais de 200 partidas defendendo o Brasil, desde amistosos a jogos oficiais.  

• Jogo de Despedida; 

Em 25 de novembro de 2022, Formiga se tornou a única jogadora do futebol brasileiro a ganhar um jogo oficial de despedida. O confronto foi organizado como forma de agradecimento pelos 26 anos defendendo a seleção brasileira.  

 • Homenagens; 

Além de seu nome na calçada da fama e jogo de despedida oficial, Formiga também recebeu homenagem nos quadrinhos da Turma da Mônica, na série "Donas da Rua da História". A ex-jogadora também foi homenageada no Museu do Futebol no projeto Visibilidade para o Futebol Feminino, localizado no Pacaembu, em São Paulo. Em 2015, Formiga foi a primeira jogadora, junto com a Marta, a integrar a Sala Anjos Barrocos, que até então era exclusiva de homens. 

 

  Em parceria da prefeitura com o Governo Federal, Camaragibe será a primeira cidade do Brasil a implantar um Centro de Desenvolvimento do Futebol exclusivo para mulheres. A prefeita Doutora Nadegi acertou os detalhes da ação em reunião, nesta quarta-feira (23), com representantes dos ministérios da Cidadania e da Mulher, Família e Direitos Humanos. 

O local do Centro Desenvolvimento do Futebol Feminino será apresentado no dia 26 de maio. O projeto tem como finalidade incentivar, desenvolver e democratizar o acesso à formação esportiva na modalidade futebol para adolescentes do sexo feminino, com idade entre 13 a 17 anos, matriculadas em escolas públicas. No total, 120 meninas da cidade serão contempladas pelo projeto. 

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A prefeita da cidade celebou a chegada do programa. "Muito importante a discussão do esporte e como a gente pode mudar a vida das pessoas por meio das modalidades. A gente hoje recebeu um prêmio. Um prêmio importante para Camaragibe. Isso dá ânimo e disposição para enfrentar os problemas. Estou muito feliz em podermos receber esse programa e, por isso, gostaria de agradecer, em nome da Prefeitura de Camaragibe. A nossa equipe está disposta a receber tudo que for bom para o nosso povo. Essa relação de proximidade faz com que a gente faça um ambiente saudável e de construção". 

 

A seleção brasileira tomou conta das ações do jogo contra a Finlândia, mas esbarrou na falta de criatividade e não saiu do empate por 0 a 0 na tarde desta terça-feira. Com o novo empate, a seleção comandada por Pia Sundhage termina o Torneio Internacional da França, em Caen, o primeiro de 2022, sem qualquer vitória, com dois empates e uma derrota.

O jogo aconteceu mais uma vez no estádio Michel D’Ornalho, assim como havia sido nas duas rodadas anteriores. A sequência de amistosos é a primeira do ano de 2022 visando a disputa da Copa América, que ocorrerá em julho, entre os dias 8 e 30, na Colômbia.

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O Brasil foi melhor durante todo o primeiro tempo e conseguiu controlar o jogo no campo de ataque. Mas, apesar do maior volume ofensivo da seleção brasileira, o time não conseguiu marcar contra a Finlândia. A equipe esbarrou na falta de criatividade na hora de criar as jogadas ofensivas. Marta teve as melhores tentativas da primeira etapa, além de uma chegada com Debinha, que terminou com corte crucial da zagueira Westerlund.

As primeiras movimentações após a volta do intervalo já deram indícios de que a superioridade brasileira continuaria. Ana Vitória tirou tinta da trave finlandesa em uma finalização de dentro da área antes mesmo do relógio bater 1 minuto.

A pressão brasileira continuou, mas as comandadas de Pia Sundhage encontraram dificuldades para finalizar as jogadas. Nos últimos minutos, o problema ofensivo da equipe seguiu explícito, assim como o domínio, mas o apito final veio com o placar ainda zerado.

Após empatar por 1 a 1 com a Holanda na primeira rodada e perder por 2 a 1 para a anfitriã França no jogo seguinte, o Brasil entrou em campo com a Finlândia nesta terça sem chances de conquistar o título da competição amistosa. As finlandesas perderam por 5 a 0 para a França e por 3 a 0 para a Holanda.

O Brasil foi derrotado pela França neste sábado (19) em um jogo movimentado pela segunda rodada do Torneio Internacional da França, no estádio Michel D'Ornaho, em Caen. A equipe da técnica Pia Sundhage chegou a sair na frente com gol de Marta, aniversariante do dia, mas o time da casa buscou a virada por 2 a 1. O Brasil segue em preparação para a disputa da Copa América 2022, que acontece no meio do ano.

Seis vezes melhor jogadora do mundo, Marta comemorou 36 anos neste sábado e recebeu elogios da técnica Pia antes da partida. A sueca disse esperar que a craque brasileira ainda jogue por muito tempo. Marta até colocou o Brasil em vantagem, mas não conseguiu evitar a derrota na segunda rodada do torneio. O Brasil havia ficado no empate por 1 a 1 com a Holanda na estreia.

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A França ficou mais no campo do Brasil durante o primeiro tempo e a primeira grande oportunidade do jogo foi da equipe da casa, aos 12 minutos. Diani cruzou para a área, a bola desviou em Tamires e pegou no travessão do Brasil. Mas a resposta brasileira veio com gol, aos 18 minutos. Debinha foi derrubada na área e a arbitragem marcou pênalti. Marta foi para a cobrança e bateu de cavadinha no meio do gol para fazer 1 a 0.

A França não demorou para reagir e empatou o jogo já aos 22 minutos. Após tentativa de chute, a bola subiu e caiu na área do Brasil, a defesa brasileira se enrolou e sobrou para a atacante Katoto empatar o jogo. O primeiro tempo seguiu com maior pressão francesa até o apito do intervalo.

As donas da casa também voltaram melhor para o segundo tempo. Logo aos 6 minutos, Toletti cabeceou com perigo e Letícia Izidoro fez boa defesa. O gol da vitória francesa saiu aos 13 minutos. Após sequência de cruzamentos, Diani tocou para o meio e Katoto dividiu e conseguiu finalizar para o fundo das redes, decretando a virada francesa. O Brasil encontrou dificuldades para buscar o segundo gol e criou poucos lances de efetividade. Na última chance do jogo, a França quase marcou o terceiro, mas Letícia defendeu.

Na preparação para a Copa América 2022, a seleção brasileira feminina volta a campo em mais um jogo do Torneio Internacional da França na próxima terça-feira. O adversário da vez será a Finlândia. O jogo começa às 14h30 e acontecerá no estádio Michel D’Ornaho.

A vitória da seleção da China, no último domingo, na final da Copa da Ásia feminina levou nos últimos dias a pedidos de igualdade salarial com seus colegas do sexo masculino, que são mais bem pagos apesar de seus resultados muito menos brilhantes. Depois de sair perdendo por 2 a 0 para a Coreia do Sul no primeiro tempo, as chinesas viraram para 3 a 2 e conquistaram seu nono título continental.

Os internautas chineses foram rápidos em destacar o contraste entre o time de futebol feminino e os fracassos habituais do masculino, que ainda não encontrou uma maneira de progredir no cenário internacional, apesar de ser o país mais populoso do mundo.

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A seleção masculina da China sofreu uma derrota humilhante por 3 a 1 para o Vietnã na semana passada, comprometendo seriamente suas chances de classificação para a Copa do Mundo do Catar. "Dê à equipe feminina um bônus equivalente ao dos homens. Trabalho igual, salário igual!", pediu uma usuária da rede social Weibo em uma mensagem amplamente compartilhada.

Outra mensagem acusou a Federação Chinesa de Futebol de "favorecer os homens em detrimento das mulheres". "Eles trabalham duro e o dinheiro que ganham vai" em última instância para os homens, ela denunciou.

As campanhas em prol da igualdade salarial para as seleções femininas ganharam relevância nos últimos anos, principalmente na Inglaterra, Brasil e Austrália. As americanas, tetracampeãs mundiais, também o solicitaram, sem sucesso.

A seleção masculina chinesa se classificou para a Copa do Mundo apenas uma vez (Coreia do Sul e Japão, em 2002) e ocupa a 74.ª posição no ranking da Fifa. Por outro lado, a China participa regularmente do Mundial Feminino, onde foi vice-campeã em 1999. Atualmente ocupa a 19.ª colocação no ranking.

A direção da CBF oficializou nesta quinta-feira, através de um comunicado oficial em seu site nas redes sociais, uma mudança na organização do futebol feminino. Aline Pellegrino se tornou a nova coordenadora das seleções brasileiras femininas. A ex-jogadora entra no lugar de Duda Luizielli, demitida nesta semana depois de 18 meses à frente do cargo.

De acordo com o site da CBF, a escolha por Aline Pellegrino foi tomada de forma conjunta no dia anterior pelo presidente em Exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, e pelo vice-presidente e responsável pelo Departamento de Seleções, Gustavo Feijó.

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Caberá a Aline Pellegrino, que assume o novo cargo de forma imediata, continuar atuando junto à Coordenação de Competições Femininas, que faz parte da Diretoria de Competições da entidade. A ex-zagueira já estava na CBF, anteriormente ocupando o cargo de coordenadora de competições femininas.

Nos seus 18 meses na Seleção, Duda Luizelli foi responsável por organizar o processo de calendário dos amistosos da seleção feminina e para a preparação também das seleções de base, além de ter organizado o ciclo das Guerreiras do Brasil até a Olimpíada de Tóquio-2020 (quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final).

Além disso, ela buscou apoio para a despedida da meio-campista Formiga no Torneio de Manaus e deu espaço para a organização. "A CBF agradece à Duda Luizelli pela dedicação com que desempenhou a função e deseja sucesso em seus próximos desafios", escreveu a entidade na nota oficial.

As comandadas da técnica sueca Pia Sundhage voltam a campo em fevereiro, quando disputarão o Torneio Internacional da França, que envolve confrontos contra as donas da casa, a Holanda e a Finlândia.

O Corinthians anunciou nesta sexta-feira a ampliação do contrato da capitã Tamires, uma das protagonistas do time feminino, vitorioso no ano de 2021. Com a renovação, a lateral-esquerda, que ergueu as taças do Campeonato Paulista, do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores, vai jogar pela equipe de Arthur Elias pelo menos até o fim de 2022.

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"A mãe está seeeempre ON! Uma craque, referência na modalidade, decisiva, vitoriosa e que continua conosco na próxima temporada. Pode escrever que ela fica e, se precisar de caneta, avisa que ela é a rainha delas! Vamos juntos em 2022, Tamires", publicou o Corinthians na conta oficial do clube no Twitter.

Tamires, que também costuma usar as redes sociais para demonstrar o carinho e a proximidade que tem com o clube paulista, postou logo em seguida. "Eu disse SIM, Fiel!", em referência ao pedido de renovação do contrato.

Com a anúncio da ampliação do vínculo da capitã, o Corinthians já chega ao número de nove jogadoras que tiveram seus contratos renovados. Além de Tamires, as atletas Grazi, Paty, Giovanna Campiolo, Tainá Borges, Diany, Katiuscia, Gabi Portilho e Juliete estão garantidas para o ano que vem.

Além de ser uma liderança no vestiário, Tamires também se tornou referência técnica para a equipe. Lateral de origem, a experiente jogadora foi escalada como meia e conseguiu ser importante na construção de jogadas ofensivas em algumas partidas. No Corinthians desde 2019, Tamires soma 90 jogos, 18 gols e sete títulos conquistados. Em 2021, foram nove gols em 38 partidas.

A seleção brasileira feminina derrotou o Chile, nesta quarta-feira, na Arena Amazônia, por 2 a 0, e conquistou o Torneio Internacional de Manaus. A equipe nacional somou três vitórias na competição, pois havia vencido também a Índia (6 a 1), no jogo que marcou a despedida da volante Formiga, e a Venezuela (4 a 1). Já o Chile somou triunfos sobre Venezuela (1 a 0) e Índia (3 a 0).

O primeiro tempo começou equilibrado com a equipe chilena apresentando uma boa formação tática. O destaque foi a atacante Urrutia. Mesmo assim, foi a seleção brasileira que criou as maiores oportunidades. Uma com Ary Borges e outra com Kerolin.

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O Brasil passou a ter o controle da partida após os 25 minutos. Com melhor preparo físico, a equipe da técnica Pia Sundhage passou a pressionar na marcação e ficar mais tempo no campo de ataque.

Antonia, pelo lado direito, criou boas oportunidades, que não foram aproveitadas, principalmente, por Debinha, que perdeu pelo menos duas boas oportunidades para abrir o placar no final do primeiro tempo.

As duas equipes voltaram do vestiário mais agressivas para a etapa final. Cada time teve uma oportunidade, mas foi o Brasil que abriu o placar, aos cinco minutos, com Kerolin, que completou um contra-ataque muito veloz.

A partida permaneceu bem disputada até os 20 minutos, quando foi possível notar uma queda física, apesar das alterações feitas. O Brasil continuou mais ativo e com uma marcação bem feita, que culminou com um erro na saída de bola chilena. Giovana aproveitou para fazer o segundo e concretizar a vitória.

A seleção brasileira feminina de futebol venceu mais uma no Torneio Internacional de Manaus, na noite deste domingo (28). A equipe de Marta, que entrou apenas no segundo tempo, abusou dos erros no primeiro tempo, oscilou ao longo da partida, mas goleou a Venezuela por 4 a 1, em jogo do quadrangular amistoso disputado na Arena da Amazônia.

Foi o segundo jogo das brasileiras na competição, que encerra a temporada da seleção feminina. No anterior. Na noite de quinta, havia goleado a Índia por 6 a 1, em partida que marcou a despedida oficial da volante Formiga da seleção. A equipe nacional se despede do torneio e do ano na quarta-feira, diante do Chile, novamente na Arena da Amazônia.

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Apesar do favoritismo, a seleção começou mal a partida deste domingo, com erros seguidos em todos os setores nos primeiro 15 minutos. As falhas em série custaram caro logo aos 2 minutos. As brechas na defesa permitiram a Villamizar disparar pela direita, entrar na área e finalizar com perigo. A goleira Lorena deu rebote e a própria Villamizar completou para as redes.

Mais organizada em campo, a Venezuela quase anotou o segundo gol aos 8, quando Castellanos finalizou de longe e mandou rente à trave esquerda da goleira brasileira. A situação só se acalmou aos 19, quando o Brasil buscou o empate, em lance de bola parada. Após cobrança de escanteio, Kerolin escorou de cabeça para as redes.

Apesar do empate, a seleção seguia com dificuldades em campo. Sofria para armar boas jogadas no ataque. E o gol da virada acabou saindo novamente da bola parada. Aos 24, Debinha cobrou falta na área e Gabi Nunes desviou para as redes, de cabeça, na primeira trave.

Aos trancos e barrancos, o Brasil deslanchou apenas aos 39, quando Kerolin anotou o terceiro gol das anfitriãs. Seis minutos depois, Debinha aproveitou vacilo na saída de bola das venezuelanas e marcou o quarto gol brasileiro. O placar, contudo, não refletia exatamente o que tinha sido o primeiro tempo em Manaus.

Para o segundo tempo, a técnica Pia Sundhage voltou a fazer testes na equipe, como fizera no amistoso anterior. Colocou em campo logo no início Júlia Bianchi, Giovana e Yasmim. A partir dos 20, colocou nova leva em campo, incluindo a atacante Marta, para alegria da torcida. Ivana Fuso também entrou na partida.

As mudanças deixaram a equipe de Pia mais ofensiva. Aos 33, Gio carimbou o travessão. Dez minutos depois, Geyse fez linda jogada individual ao disparar pela esquerda, invadir a área e bater rente à trave da goleira Cáceres. Aos 48, Geyse teve outra chance e mandou para as redes, mas a arbitragem anulou o lance.

Na despedida da veterana Formiga, a seleção brasileira feminina de futebol aproveitou as fragilidades da Índia, principalmente na defesa, para confirmar seu favoritismo com uma goleada de 6 a 1, na noite desta quinta-feira (26), na Arena da Amazônia, em Manaus. A partida faz parte do Torneio Internacional de Futebol Feminino, quadrangular amistoso que encerra a temporada 2021 da seleção.

Estrela da noite, Formiga entrou em campo apenas aos 32 minutos do segundo tempo. Com a braçadeira de capitã do time, a volante jogou na posição de atacante. Até teve uma oportunidade, mas não conseguiu coroar com um gol a data especial, encerrando uma trajetória de 26 anos na seleção.

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Antes de a bola rolar, a jogadora de 43 anos recebeu novas homenagens nesta noite, como havia acontecido nos últimos dias. Desta vez, um vídeo com alguns dos seus melhores momentos pela seleção foi exibida no telão do estádio. Nas arquibancadas, parte de sua família acompanhou o jogo e as homenagens.

A volante, com 234 jogos e 37 gols marcados pela seleção, recebeu ainda uma placa no gramado, antes do apito inicial. Formiga é a única jogadora de futebol a estar em todas as edições da Olimpíada desde que a modalidade passou a integrar o programa olímpico. São sete Jogos Olímpicos no currículo, com duas medalhas de prata (2004 e 2008). Também foram 7 Copas do Mundo, com o vice de 2007. Ela ainda soma três ouros em Jogos Pan-Americanos.

O baixo público presente na Arena da Amazônia, contudo, só puderam ver Formiga em ação no segundo tempo. A protagonista do jogo entrou apenas na reta final da partida. E não contou com a parceria de Marta. A atacante foi convocada, mas pediu dispensa para estes amistosos da seleção por motivos pessoais.

No primeiro tempo, o Brasil parecia em condições de emplacar uma sonora goleada na limitada equipe indiana, que fez apenas quatro jogos neste ano e nenhum em 2020 - nunca disputou uma Copa ou Olimpíada. No primeiro confronto entre as duas seleções na história, o Brasil abriu o placar aos 50 segundos de jogo. Debinha precisou de duas tentativas dentro da área. Na primeira a goleira pegou, mas deu rebote e sobrou para a própria atacante completar para o gol.

Mas o fácil domínio não escondeu as fragilidades da defesa brasileira. Aos 7, a Índia empatou em sua primeira investida no ataque. Manisha Kalyan avançou pela esquerda e finalizou com tranquilidade no canto esquerdo da goleira Letícia Izidoro.

Depois do susto, o Brasil cresceu em campo. Aos 18, Duda mandou na trave. Aos 33, a bola até entrou, mas a árbitra anulou, por impedimento. Três minutos depois, a seleção chegou ao segundo gol, numa rápida trama pelo lado direito que culminou em finalização certeira de Gio, quase da marca do pênalti.

O segundo tempo começou sem Formiga em campo. A técnica Pia Sundhage promoveu três substituições, sem colocar a volante na partida. A seleção apresentou ligeira melhora e voltou a exibir atuação mais ofensiva. Aos 6, Ary Borges aproveitou passe de Debinha e mandou para o gol. O quarto gol veio dois minutos depois, com Kerolin.

Aos 17, a treinadora da seleção fez mais duas alterações. Curiosamente, Formiga não foi chamada do banco de reservas, gerando suspense nas arquibancadas. A veterana só entrou em campo aos 32, ao assumir a braçadeira de capitã da equipe, ao substituir Debinha. Pouco antes, Geyse anotou o quinto gol brasileiro, aos 30, aproveitando vacilo da defesa indiana.

Jogando como atacante, a volante Formiga chegou a ter oportunidade de gol dentro da área. Mas parou na goleira Chauhan. Na sequência, uma finalização sua iniciou a jogada do sexto gol, quando a goleira indiana deu rebote e Ary Borges completou para as redes, aos 35 minutos, selando a goleada.

A seleção fará mais dois jogos no torneio amistoso. No domingo, enfrentará a Venezuela. Na quarta-feira da próxima semana, o adversário será o Chile. Ambos os jogos estão marcados para a Arena da Amazônia.

A seleção brasileira feminina encerrou mais um período de Data Fifa com um saldo de um empate e uma derrota em amistosos contra a Austrália, em Sydney. A técnica sueca Pia Sundhage gostou do que viu nas partidas fora de casa e aproveitou para dar experiência e minutagem a novas jogadoras e também testar estilos de jogo diferentes. Para ela, essa foi uma oportunidade interessante, que traz lições importantes para os próximos compromissos da equipe.

"A lição a ser aprendida é que nós precisamos ter mais compactação na defesa. E eu acho que isso foi feito de forma boa, não apenas na defesa, mas na frente também. Se nós olharmos para Debinha e Marta, como elas trabalharam, isso funcionou. Isso é a lição e precisamos lembrar o quão importante isso é", afirmou a treinadora.

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"A outra coisa é que nós vamos trabalhar um pouco mais no ataque. Porque esse é um grupo muito interessante. Elas construíram muitas jogadas, tiveram excelentes soluções no ataque, mas a gente quer marcar mais gols. Então, esse é o nosso próximo passo futuramente e é algo que pode ser melhor jogando mais jogos", ponderou a sueca.

A próxima competição oficial da seleção brasileira feminina já está definida: será a Copa América de 2022. Pia Sundhage também falou sobre este compromisso a expectativa de evolução da equipe até lá. "Eu acho que nós conseguimos e podemos ganhar a Copa América. E eu realmente acredito que para a Copa do Mundo, a Olimpíada, as jogadoras novas podem fazer desse time um time excelente. Eu ainda nem falei da Marta aqui", finalizou.

Foram dois jogos, com uma derrota e um empate, além de muita experiência adquirida em um processo de renovação pelo qual passa a seleção brasileira feminina. Foi assim que Marta avaliou o saldo após os dois confrontos amistosos contra a Austrália, realizados em Sydney. O último deles aconteceu nesta terça-feira e terminou empatado em 2 a 2.

"Acho que muita coisa legal vem aí. É um momento de renovação, quando estamos tendo a oportunidade de jogar com meninas novas, algumas sem tanta experiência internacional. Hoje (terça-feira) foi um grande jogo e acredito até que, se tivéssemos um pouco mais de tempo, iríamos virar a partida", comentou Marta.

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O gol que recolocou o Brasil na partida desta terça-feira, quando a equipe perdia por 2 a 0, saiu da cabeça de Erika, mas Marta teve participação direta na jogada. Foi justamente ela quem colocou a bola na medida para achar a zagueira livre de marcação. Poucos minutos depois, Debinha definiu o placar em 2 a 2.

"Eu acho que fiz uma boa partida. Procurei estar envolvida em todas as ações, ajudar minhas companheiras. Acho que a equipe se comportou bem em ambos os jogos", disse Marta.

Erika revelou que o seu gol é fruto de uma jogada muito treinada. "Aquilo é treinado. O Anders, nosso técnico das bolas paradas, falou com a Marta exatamente isso. Que ela precisava colocar essa bola ali na marca do pênalti e isso aconteceu. Fico muito feliz porque é algo treinado e que deu certo", contou.

Para a zagueira brasileira, após uma derrota e um empate fora de casa, fica um saldo positivo das experiências e novidades testadas nos últimos dias.

"Nós sabíamos da potência delas (australianas). Claro que todas nós queríamos sair daqui com uma vitória, mas foi muito positivo conseguir esse empate. Fico feliz de estar participando dessa renovação, muito importante ter jogada com a Antônia, com a Thay, com a Thaís, que também faz zagueira. Eu sou chata mesmo, falo bastante com elas durante o jogo, mas espero estar ajudando nesse processo também", finalizou Erika.

A seleção brasileira feminina mostrou um enorme poder de superação no segundo tempo e arrancou um empate por 2 a 2 com a Austrália, nesta terça-feira (26), no CommBank Stadium, em Sydney, no segundo e último amistoso entre os países na Data Fifa de outubro. Com gols de Erika e Debinha, o time comandado pela técnica sueca Pia Sundhage se recuperou de um placar adverso de 2 a 0 e evitou uma nova derrota para as donas da casa, que no último sábado (23) haviam vencido por 3 a 1.

No comando da seleção feminina desde 2019, Pia Sundhage só perdeu três vezes. A primeira derrota foi para a França por 1 a 0, em amistoso, em 2020. O segundo revés foi para os Estados Unidos por 2 a 0, pela SheBelieves Cup, em solo americano, em 2021. E a última foi para a Austrália há três dias.

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Em campo, o Brasil começou a partida de forma apática, como aconteceu no primeiro amistoso, e a Austrália mostrou um ritmo muito intenso. Aos seis minutos, Foord recebeu cruzamento na pequena área, mas desperdiçou grande oportunidade ao mandar por cima do gol. No ataque seguinte, ela foi acionada pelo lado esquerdo e bateu de primeira, mas parou na goleira Letícia, que mandou para escanteio.

A pressão australiana deu certo aos 10 minutos. Após uma cobrança de escanteio, a bola foi disputada na área e sobrou para Polkinghorne, que pegou de primeira e abriu o placar - assim como no primeiro amistoso. A seleção brasileira buscou mais o ataque com a desvantagem, pressionando bastante as donas da casa, mas não conseguia finalizar.

Na volta do intervalo, a desatenção custou caro ao Brasil. Aos quatro minutos, Fowler acertou uma bola na trave, quase ampliando o placar. Três minutos depois, Carpenter colocou na frente para Sam Kerr. Ela recebeu, tirou da marcação e chutou bem, marcando o segundo gol da Austrália.

Apesar do início ruim na segunda etapa, o time brasileiro retomou a postura do primeiro tempo após levar o 2 a 0. Voltou a pressionar e o primeiro gol saiu aos 19 minutos. Após cobrança de escanteio de Marta, Tamires cabeceou para o fundo das redes. Depois, aos 25, Júlia avançou pela lateral, passando para Tamires. A lateral chutou no travessão e Debinha pegou a sobra, empatando para o Brasil.

Com os dois amistosos contra a Austrália, a seleção feminina já fez quatro depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em setembro, o Brasil derrotou duas vezes a Argentina em jogos disputados na Paraíba. A preparação do time de Pia Sundhage é para a Copa América de 2022, que valerá vagas para o Mundial de 2023, que será disputado na Austrália e Nova Zelândia.

Nesta terça-feira (26), Brasil e Austrália voltam a se enfrentar no último amistoso desta Data Fifa de outubro. Depois da derrota no primeiro compromisso por 3 a 1, no último sábado (23), a técnica Pia Sundhage projeta uma postura diferente da seleção feminina diante das donas da casa. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (25), a sueca apontou pontos a serem ajustados para que o time saia com a vitória no segundo embate.

"Precisamos ajustar a defesa principalmente nos corredores e ajudarmos umas as outras a defenderem de uma maneira melhor. A palavra que eu diria é compactação e também a tomada de decisão. É um pouco complicado, mas eu acredito que no próximo jogo seguindo esses passos jogaremos melhor. Quando se trata do ataque, tivemos muitos espaços no meio de campo, principalmente, entre a defesa e o meio, mas também atrás da nossa linha defensiva. Precisamos ajustar isso sem sermos previsíveis, essa é a chave. Estou muito ansiosa para ver como iremos construir essa ideia de jogo na próxima partida", destacou.

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De olho na Copa América de 2022, Pia Sundhage tem como objetivo promover a renovação da seleção. Para isso, a treinadora não hesita em dar oportunidades para as atletas que estão chegando à equipe principal. Diante da Austrália, por exemplo, seis jogadoras que começaram a partida tinham entre cinco ou menos jogos com a camisa do Brasil. São elas: Antonia, Bruninha, Ana Vitória, Ary Borges, Kerolin e Giovana. No intervalo, o número se tornou mais expressivo com as entradas de Tainara e Katrine.

A sueca prega tempo para que as jogadora ganhem tempo para entenderem a filosofia da comissão técnica. "No primeiro jogo demos às jovens jogadoras uma chance e no segundo jogo será um pouco diferente, devido às nossas condições de viagem que contou com o fuso horário e um voo muito longo. Então, eu diria que o próximo jogo contra a Austrália será um passo a mais para a Copa América. Temos um longo caminho a percorrer", ressaltou Pia Sundhage, que aproveitou para elogiar a personalidade das jovens jogadoras.

"As jogadoras jovens que atuaram têm uma personalidade no ataque muito interessante, mas elas precisam de mais tempo e eu preciso ter paciência com elas para que tomem a melhor decisão", enfatizou.

Para o segundo jogo - às 6h05 (de Brasília), no Commbank Stadium, em Sydney -, a treinadora prevê mudanças na equipe, sem antecipar as modificações que fará para o último duelo contra a Austrália, a treinadora deixou no mínimo pistas do que vem por aí, principalmente quando se trata da postura ofensiva da equipe.

"Haverá mudanças, para começar não teremos a mesma escalação na segunda partida. Aprendemos algumas coisas em relação ao ataque, se atacarmos pelo centro de campo o tempo todo isso será mais difícil para nós. Então, precisamos fazer um pouco de ambos para utilizar o espaço e o ponto chave é mudar a direção do ataque, mas também, saber quando devemos desafiar mais a linha defensiva para criar algumas chances", finalizou.

O grupo da seleção brasileira feminina está completo. Nesta quarta-feira (20), 19 atletas se apresentaram à concentração da equipe em Sidney, na Austrália. Com a chegada das jogadoras, a comissão técnica conta com as 23 convocadas para o início da preparação com foco nos dois amistosos diante da Austrália, neste sábado (23) e na próxima terça (26), ambos no Commbank Stadium.

Além das atletas, a coordenadora de seleções femininas, Duda Luizelli, também se apresentou nesta quarta-feira. Na terça, parte da delegação já havia desembarcado na Austrália. O grupo foi formado pela comissão técnica, além das meias Andressa Alves e Ary Borges e as goleiras Karen e Lorena.

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Seguindo o protocolo sanitário do governo australiano, as atletas passarão por quarentena obrigatória. Na chegada ao hotel, o grupo refez os exames de PCR para detectar possíveis casos de covid-19 e, posteriormente, seguiram para os quartos individuais, onde ficarão até que os resultados estejam disponíveis. A previsão é que as jogadoras sejam liberadas do isolamento social nesta quinta-feira e, assim, iniciar a preparação para os dois amistosos.

Na história recente do futebol feminino, Brasil e Austrália ganharam um capítulo especial. Entre jogos amistosos e competições oficiais, os duelos são marcados pelo equilíbrio e uma rivalidade crescente. Em Jogos Olímpicos e Mundiais, por exemplo, as duas seleções se enfrentam sete vezes, com cinco vitórias brasileiras e duas australianas.

A meia Andressa Alves sabe bem o que é enfrentar as australianas. Figurinha carimbada na seleção principal desde 2012, a jogadora da Roma já foi eliminadas pelas rivais no Mundial de 2015 e, no ano seguinte, esteve em campo na revanche nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Desta vez, melhor para o Brasil que nas quartas de final da competição despachou as adversárias.

De olho nos próximos compromissos, Andressa apontou o que espera do reencontro entre as duas seleções. "A expectativa é alta. Recentemente jogamos contra a Argentina, e o nível é diferente. A Austrália é muito forte e intensa fisicamente, vai ser um desafio pra gente. Precisamos jogar contra grandes seleções para cada dia melhorarmos e chegarmos bem preparadas para a Copa América e conseguir o nosso objetivo que é a vaga, e assim, poder disputar a Copa do Mundo", destacou.

Apesar da pouca idade - como Andressa gosta de ressaltar em brincadeiras - aos 28 anos, a meia já tem um longo currículo com a seleção brasileira. No duelo diante do Canadá, válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, completou 100 jogos com a camisa do Brasil. Agora recebe uma nova geração de atletas que pedem passagem na renovação da equipe principal.

"Todo mundo fala isso de 'experiente', mas gente eu só tenho 28 anos, viu? Eu só sou experiente porque estou aqui na seleção há mais de 10 anos (risos). Mas a gente fica muito feliz pela renovação, todas as seleções no mundo passam por isso. A gente tem grandes atletas, a seleção sub-20 tem grandes atletas, as meninas que vêm jogando o Campeonato Brasileiro estão fazendo grandes jogos, então é uma geração diferente e que pode dar grandes frutos. Essa geração pode mudar a história do futebol feminino, por isso, no que a gente puder acelerar nessa renovação, que já era pra ter acontecido antes. Sem esquecer também das veteranas, porque essa mescla dá muito certo na Seleção", exaltou.

"A (técnica sueca) Pia (Sundhage) tem pedido para que sejamos mais ofensivas e criativas, que o meio de campo seja mais dinâmico para que a gente consiga colocar mais bola para as atacantes. Assim, teremos a oportunidade de usar o um contra a um e chegar na linha de fundo. Ela tem pedido um pouco mais de velocidade e intensidade para o ataque", finalizou Andressa Alves.

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