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A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), do Ministério da Educação (MEC), já iniciou o processamento das propostas enviadas por cinco instituições de ensino superior do Rio de Janeiro para transferência assistida dos estudantes da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade). A instituição irá verificar se as instituições cumprem os itens necessários para a habilitação. Conforme os prazos estabelecidos nos editais 1 e 2, os resultados serão publicados no Diário Oficial da União até 10 de março. Já em relação ao edital nº 3, o resultado deve ser publicado no dia 14 de março.

As cinco instituições que enviaram as propostas são: Faculdade de Medicina de Campos; Faculdade de Tecnologia Senac Rio–Fatec; Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (Unigranrio); Universidade Estácio de Sá (Unesa) e Universidade Veiga de Almeida (Uva).

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Desde o descredenciamento da Gama Filho e da UniverCidade, a Seres tomou medidas para garantir a continuidade da formação dos estudantes. Estão garantidos a manutenção dos valores das mensalidades, das políticas globais de descontos e das bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), de assistência estudantil e próprias, além dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Também estão garantidos direitos como a participação no Programa Ciência sem Fronteiras, vínculos de estágios, convênios de internatos e a prorrogação de prazo para entrega de certificados e diplomas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O Minitério da Educação (MEC) publicou na noite dessa quinta (23), em edição extra do Diário Oficial da União, os editais do processo de transferência assistida dos estudantes da Universidade Gama Filho (UGF) e Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), intituições descredenciadas no início do mês. Eles podem ser acessados aqui. Os editais têm como objetivo selecionar instituições de ensino superior que tenham interesse em admitir os estudantes da UGF e da UniverCidade. Para o curso de medicina da UGF foi publicado um edital próprio.

Segundo o ministério, essa política garante ao aluno o aproveitamento das disciplinas cursadas e a permanência em programas federais de acesso à educação superior, condições satisfatórias de qualidade da oferta, economicamente compatíveis, aos estudantes que precisam mudar de instituição. A adesão ao processo, no entanto, é facultativa ao estudante, que pode optar pela forma regular de transferência.

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O MEC informa que, na segunda-feira (27), representantes da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) se reunirão para apresentar os editais às instituições de ensino superior interessadas.

O Ministério da Educação publicou nesta quarta-feira (22), no Diário Oficial da União despacho com definições sobre o acervo acadêmico e a situação dos estudantes matriculados na Universidade Gama Filho e na UniverCidade (Centro Universitário da Cidade), ambas descredenciadas do MEC nesta semana.

O documento, assinado pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, reitera que são responsabilidade das duas instituições manter as atividades de secretaria acadêmica para entrega de documentos e indicar local para funcionamento dessas atividades no prazo de dez dias, contados do dia 14 de janeiro. Além disso, as universidades deverão responsabilizar representantes legais para guarda e organização do acervo acadêmico, expedição e registro de diplomas dos estudantes concluintes, entrega de documentação para transferências, inclusive dos alunos que estavam com a matrícula trancada, bem como dos egressos, até a conclusão da transferência assistida.

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O despacho ainda considera matriculados, para todos os fins de direito, em especial para os programas de estágio, todos os alunos que comprovem vínculo estudantil com a Universidade Gama Filho e com o Centro Universitário da Cidade durante todo o período do processo de transferência assistida dos alunos para outras instituições.

O MEC explicou que o descredenciamento das duas instituições levou em consideração a baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora e a falta de um plano viável para superar o problema, além da crescente precarização da oferta da educação superior. Gama filho e UniverCidade são mantidas pela Galileo Administração de Recursos Educacionais.

"Levei spray de pimenta na cara, fui arrastada violentamente por policiais e xingada de maconheira e vagabunda na delegacia do Senado", afirma a estudante de medicina Ana Flávia Hissa, de 21 anos, que estava entre os treze alunos da Universidade Gama Filho detidos na noite desta segunda-feira (20), por acampar no jardim do Congresso, em protesto pacífico. O grupo entrou no ônibus da PM gritando palavras de ordem como "Eu pago, não deveria, educação não é mercadoria" e levou mais spray de pimenta, diz Ana. Todos foram liberados somente de madrugada - o último, às 4h40.

A Gama Filho e a UniverCidade foram descredenciadas pelo Ministério da Educação no início da semana passada. Dois dias após o anúncio, um grupo de alunos chegou a Brasília para tentar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff - mais de 10 mil estudantes foram afetados pela decisão do MEC. Eles reivindicam a federalização das universidades, proposta que também é defendida por reitores das principais instituições federais de ensino superior no Rio, mas foi rechaçada pelo ministério.

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Nesta terça-feira (21), os estudantes organizaram um novo protesto em frente ao prédio do MEC, mas foram impedidos por policiais de permanecer no local. "É um absurdo. Nossas manifestações sempre ocorreram sem violência. Só queremos estudar e ter uma ponte de diálogo com a Dilma. Vamos ficar em Brasília até sermos recebidos", diz Ana. Para ela, a transferência 'assistida' oferecida pelo MEC "não é garantia de nada". "Alunos de uma universidade descredenciada em Brasília estão há sete meses sem estudar", afirma. De acordo com a estudante, só falta vontade política do governo. "Há respaldo financeiro e jurídico para a federalização, tanto que o Lula fez isso em 2007, criando a Unipampa."

Segundo Ana, os estudantes vão consultar advogados para avaliar possíveis medidas contra a PM. Eles estavam acampados no local desde quarta. "Sempre dialogamos com os policiais. Aceitamos a retirada das barracas, mas qualquer um tem o direito de se manifestar, está na Constituição." Procurada, a PM do Distrito Federal informou apenas que "agiu em cumprimento do dever legal, em apoio à Polícia do Senado" e que a corregedoria "vai apurar o procedimento" dos PMs. De acordo com a Delegacia do Senado, não é permitido acampar na área do Congresso e foi dado prazo até as 20 horas para que os estudantes saíssem. Eles foram retirados sob acusação de "desobediência".

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, divulgou nota sobre a prisão dos universitários: "O que aconteceu com os estudantes é resultado de fraude e crime. Agora, além de perderem os seus cursos e enfrentarem todas as dificuldades imagináveis para efetivar as suas transferências, são espancados pela polícia de Brasília, com direito a spray de pimenta. Tudo porque ocupavam pacificamente o sacrossanto gramado do Congresso Nacional. Não é aceitável que o governo federal vire as costas para esse drama."

Também houve protesto no Rio. Dezenas de alunos fizeram uma passeata na Avenida Presidente Vargas. Após o descredenciamento, a Galileo Educacional, responsável pelas universidades, fechou suas unidades e recusou-se a receber os estudantes, fornecendo apenas um e-mail.

Estudantes que estavam acampados desde a semana passada no gramado do Congresso Nacional, em frente ao Palácio do Planalto, foram presos nesta segunda-feira, 20, pela Polícia Legislativa do Senado. Eles defendiam a federalização da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, e não atenderam aos pedidos de desocupação da área.

A Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade - a UniverCidade - foram descredenciados pelo Ministério da Educação na semana passada. A decisão do governo foi motivada pelo grave comprometimento da situação econômico-financeira e falta de um plano viável para recuperar a mantenedora, o grupo Galileo. O ministério também levou em conta a baixa qualidade acadêmica das faculdades.

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A ação de desocupação contou com a ajuda da Polícia Militar do Distrito Federal, que apreendeu as barracas e demais pertencentes dos estudantes. Eles foram levados à delegacia do Senado, onde prestariam esclarecimentos e seriam liberados em seguida. Cerca de 20 estudantes estavam no local. O subcomandante do 6º Batalhão da PM, Claudio Santos, disse que a retirada foi determinada por ato conjunto do presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) vai abrir edital para instituições de ensino interessadas em receber os alunos das universidades descredenciadas esta semana – Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade).

De acordo com o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Jorge Messias, o edital vai priorizar as universidades que oferecerem valores de mensalidades próximos aos que os estudantes pagavam. Também terá prioridade a que apresentar maior aproveitamento dos estudos para garantir a formação dentro do prazo.

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As instituições interessadas disputarão lotes montados com diferentes cursos. “A ideia do lote é importante porque permite que instituições participem e apresentem propostas para cursos com maior número de alunos, que teriam maior interesse econômico, e também cursos que teriam menor número de alunos, que teriam menor interesse econômico”, explicou. “O lote vai garantir que todos os alunos, de todos os cursos, possam ser contemplados com a transferência”, completou.

Uma comissão de alunos cada uma das universidades foi ouvida pelo MEC nesta quarta-feira (16) para ajudar na construção do edital. Os estudantes, no entanto, defendem a federalização das instituições descredenciadas, possibilidade descartada pelo ministério. “Nós acreditamos que é dever do governo federal, por lei, regulamentar o ensino superior, e já que isso não foi feito de forma satisfatória nesse tempo, que ele possa arcar com a responsabilidade de assumir os alunos”, disse Bruno Soares, aluno do oitavo período de medicina da Gama Filho.

Um grupo de estudantes da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, realiza uma manifestação na noite desta quarta-feira (15), em frente ao Palácio do Planalto, pedindo a federalização da instituição. A Gama Filho foi descredenciada esta semana pelo Ministério da Educação, junto com Centro Universitário da Cidade, a "UniverCidade", também do Rio de Janeiro.

O grupo está concentrado em uma praça que integra o conjunto do Congresso Nacional, em frente ao Palácio do Planalto. Os estudantes instalaram barracas no local e pretende passar a noite ali. O MEC explicou que a decisão pelo descredenciamento, anunciada na segunda-feira (13), levou em consideração a baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora e a falta de um plano viável para superar o problema, além da crescente precarização da oferta da educação superior. A mudança dos alunos ocorrerá sob as regras da Política de Transferência Assistida de estudantes.

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O presidente da Galileo Educacional, Alex Porto, responsável pelas duas universidades descredenciadas pelo MEC no Rio, atacou o governo federal em entrevista na tarde desta terça-feira, 14, e pediu "paciência" aos alunos, que também criticaram a decisão do governo. "Tenham um pouco de paciência, estamos trabalhando na reversão dessa situação. A decisão do MEC foi ilegal, arbitrária e esdrúxula. Estamos ingressando na Justiça e também com recurso administrativo. Queremos pedir desculpas pelos transtornos. Estamos em um processo de reestruturação nos últimos 12 meses e vamos regularizar a situação. A garantia principal são os ativos imobiliários das instituições", disse o presidente da Galileo.

Reitores das universidades federais do Rio defenderam nesta terça, 14, a federalização da Gama Filho e da UniverCidade. "Consideramos que o caminho para a solução do problema não seja uma simples redistribuição dos estudantes, tarefa que não é fácil e pode se mostrar inviável a curto e médio prazo", afirmaram, em nota conjunta, os reitores de UFF, Unirio, UFRJ e Rural e o diretor-geral do Cefet.

O Ministério da Educação considera inconstitucional a federalização da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (Univercidade), proposta por alunos e reitores de universidades federais do Rio como saída para a crise que resultou no descredenciamento das duas instituições.

"Não existe nenhum amparo constitucional e legal para a contratação dos cerca de 1.600 professores e aproximadamente mil técnicos-administrativos das instituições sem concurso público, e não reconhecemos base jurídica para que os quase 12 mil estudantes possam ingressar em qualquer universidade pública desconsiderando o processo seletivo em curso, o Sisu, que teve mais de 2,5 milhões de inscritos no Brasil, sendo 479.496 nas universidades públicas do Rio", informou o órgão.

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Os campi das duas universidades, mantidas pelo mesmo grupo, a Galileo Educacional, que acumula R$ 900 milhões em dívidas, estão fechados. Demandas como requisição de diplomas e validação de créditos para transferências só podem ser feitas pelo e-mail reitoria@ugf.br. Quinze funcionários foram destacados para triar as mensagens.

Na terça-feira, 14, a Galileo informou que a procura ainda não é grande e que cada caso será analisado individualmente, sem que sejam estabelecidas prioridades. A Defensoria Pública do Rio prepara uma Ação Civil Pública que garanta que todos os alunos consigam retirar seus documentos e, num segundo momento, sejam indenizados pelos danos sofridos.

O MEC deve publicar na semana que vem edital com critérios para a transferência para outras universidades. A meta é de que os estudantes consigam matrícula já para o início deste ano letivo. Quem conclui o curso em 2013 teme não conseguir ingressar no mercado de trabalho. "Paguei todas as mensalidades em dia, estudei e agora não tenho diploma. Eu me sinto traído, não só pelos gestores da Galileo, mas igualmente pelo MEC, que podia ter tomado uma atitude antes, e não fez nada", disse Rodrigo Cruzati, de 35 anos, formado em marketing pela Univercidade. "Quero fazer uma pós-graduação, tenho uma oportunidade de emprego e não posso fazer nada."

Para os professores, que estão sem receber salários desde setembro, o descredenciamento resulta em ainda mais incerteza. "O MEC não atentou para as dificuldades da Galileo, que mostramos desde 2012, e agora anuncia o descredenciamento como fosse solução", criticou o vice-presidente da Associação de Docentes da Gama Filho, Ronaldo Louro.

Conforme relatos de alunos e professores das duas universidades, o atraso de contas deixou instalações sem luz, telefone e água no ano passado. Os serviços de limpeza e segurança pararam. Centenas de professores foram demitidos. Estudantes da Gama Filho fizeram diversos protestos (chegaram a ocupar a reitoria por 78 dias).

Sem receber, parte dos professores deixou de trabalhar no segundo semestre. "Ficou tudo capenga", lamenta a estudante do terceiro ano de Medicina Aline Prado, de 32 anos. "Fiz vestibular três anos até conseguir passar. Estamos no fundo do poço, mas sonho conseguir me formar em 2016." Os alunos têm medo de perder bolsas do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (Prouni).

Com mensalidades entre R$ 3.450 e R$ 4.100, o curso de Medicina, que atualmente estava com dois mil alunos, é o mais reconhecido da Gama Filho, e recebe estudantes de todo o País. A universidade tem Índice Geral de Cursos (IGC) três. O instrumento do MEC mede anualmente a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação, e é usado como critério para processos de credenciamento e recredenciamento de instituições e de autorização para novos cursos. Vai de um a cinco, sendo três a média. O da Univercidade é dois.

Brasília – Estudantes da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) vão a gabinetes de deputados e senadores, no Congresso Nacional, em busca do apoio de parlamentares para enfrentarem a crise vivida com o descredenciamento das instituições.

Na programação da tarde de hoje (15), eles pretendem também ir ao Palácio do Planalto para uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff. “Queremos ver em que pé está o pedido que encaminhamos para uma audiência com a presidenta”, disse Ana Flávia Hissa, que é do Diretório Central dos Estudantes da Gama Filho.

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Amanhã (16), os estudantes irão ao Ministério da Educação (MEC) participar de reunião da comissão criada para discutir a transferência assistida, destinada a encontrar universidades onde os alunos deverão concluir o curso.

Na segunda-feira (13), o MEC anunciou o descredenciamento da Gama Filho e da UniverCidade que vinham enfrentando problemas. Segundo o ministério, os motivos foram a baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira e a falta de um plano viável para superar os problemas. Os alunos das duas instituições serão todos transferidos para outas universidades.

O descredenciamento da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade, a UniverCidade, pelo Ministério da Educação já está valendo, conforme estabelece despacho publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (14). A decisão pelo descredenciamento foi tomada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC.

O ministério explicou que a decisão levou em consideração a baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora e a falta de um plano viável para superar o problema, além da crescente precarização da oferta da educação superior. O descredenciamento havia sido anunciado na segunda-feira (13), pelo MEC e hoje a decisão chegou ao Diário Oficial. Gama filho e UniverCidade são mantidas pela Galileo Administração de Recursos Educacionais.

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Em nota, o MEC ressalta que foi instaurado processo administrativo para a aplicação das penalidades e aberto espaço para a apresentação de defesa. "O ministério analisou a manifestação e os demais elementos constantes da supervisão e concluiu pelo descredenciamento de ambas as instituições com o objetivo de preservar o interesse dos estudantes e da sociedade por uma educação superior de qualidade", cita nota do MEC sobre o tema.

Transferência Assistida

Em até cinco dias úteis será publicado edital convocando as instituições de educação superior do Rio de Janeiro que tenham interesse e condições para receber os alunos regularmente matriculados da Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade. A mudança ocorrerá sob as regras da Política de Transferência Assistida de estudantes, que abrange processos de supervisão que resultem em desativação de cursos e descredenciamento de instituições de educação superior pelo Ministério da Educação.

Dentro desse processo de transferência assistida, a decisão do MEC estabelece que as duas instituições que hoje foram oficialmente descredenciadas devem garantir o processo de entrega da documentação acadêmica para transferência, históricos escolares, certificados de conclusão de curso, diplomas e outros documentos dos alunos de cursos de graduação e pós-graduação, inclusive daqueles com matrícula trancada ou que já se formaram. Detalhes sobre o mecanismo de transferência assistida estão disponíveis para consulta no portal do MEC, no site do Ministério da Educação.

Será necessário criar uma comissão integrada por profissionais capacitados e em número suficiente e adequado com o fim de tratar da emissão e entrega da documentação aos alunos, no prazo de dez dias corridos, a contar da notificação, cita a decisão publicada hoje. A Seres também pede que em dez dias as duas instituições de ensino repassem, em arquivo digital, dados sobre projeto pedagógico, grades curriculares e planos de ensino (ementas e bibliografias), dos cursos ofertados. Os dados devem estar "devidamente atualizados".

Brasília – O Grupo Galileo manifestou, em nota, repúdio ao descredenciamento da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade). O grupo é responsável pelas duas instituições. A decisão foi tomada nessa segunda (13) pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo a pasta, os motivos foram a baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora e a falta de um plano viável para superar o problema, além da crescente precarização da oferta da educação superior. A direção do grupo afirma que vai recorrer da decisão junto ao próprio MEC, além de acionar as instâncias judiciais cabíveis.

"Trata-se de uma decisão injusta e arbitrária, que leva o caos a duas das mais tradicionais e respeitadas instituições de ensino superior do Rio de Janeiro", diz o texto da nota. Além disso, a mantenedora diz que já havia apresentado um amplo projeto de reestruturação junto ao MEC, "contemplando a retomada das atividades acadêmicas e regularização dos salários de professores e funcionários. Esta decisão do MEC viola, dentre outros princípios constitucionais, o princípio da isonomia, uma vez que outras instituições de ensino superior passam por situação similar de dificuldade financeira e não foram descredenciadas".

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Segundo o grupo, o descredenciamento põe em risco o emprego de 1,6 mil professores e cerca de 1 mil funcionários administrativos, além de comprometer o futuro de milhares de estudantes.

As polêmicas que envolvem a Gama Filho e a UniverCidade começaram em 2012, quando o MEC instaurou um processo de supervisão a partir de denúncias de irregularidades, deficiências acadêmicas e insuficiência financeira relacionadas ao início da gestão do Grupo Galileo.

No início de 2013, com o processo em curso e a assunção de novos controladores do Galileo, a crise nas instituições se agravou com a deflagração de greve de professores, de funcionários e de estudantes por falta de pagamento dos salários e precarização das condições de oferta em ambas instituições.

Diante do descumprimento por parte da mantenedora do Termo de Saneamento de Deficiências acordado, o MEC instaurou, em dezembro de 2013, processo administrativo para aplicação de penalidades, com prazo de 15 dias para a defesa. Apresentada a defesa, o ministério analisou a manifestação e os demais elementos constantes da supervisão e concluiu pelo descredenciamento de ambas as instituições com o objetivo de preservar o interesse dos estudantes e da sociedade por uma educação superior de qualidade.

Os estudantes da Gama Filho estiveram em Brasília, na semana passada, para pedir que a instituição não fosse descredenciada e a intervenção do governo na universidade.

A Universidade Gama Filho (UGF) e o Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), ambos no Rio de Janeiro, foram descredenciados nesta segunda-feira (13), pelo Ministério da Educação. De acordo com a pasta, a decisão foi tomada porque as instituições apresentavam baixa qualidade acadêmica. Também foi constatado que a situação financeira da mantenedora - a Galileo Educacional - estava comprometida e não havia plano para superar o problema.

Segundo o MEC, ao longo de 2013, as instituições alternaram períodos de 'relativa normalidade' acadêmica e agravamento da crise, com longo período de paralisação das atividades acadêmicas. Professores e funcionários ficaram sem receber e não havia condições mínimas de funcionamento. Em agosto de 2013, o MEC impôs medida cautelar de suspensão de ingresso de novos alunos. Devido ao não cumprimento de acordos, a pasta instaurou, em dezembro de 2013, um processo administrativo para aplicação de penalidades às instituições.

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Alunos que frequentavam a Universidade Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade deverão ser transferidos para outras instituições que tenham interesse e condições de receber os estudantes.

A Galileo Educacional, instituição mantenedora da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, negou que vá encerrar as atividades e que planeja normalizar sua situação. A entidade se manifestou por meio de uma nota em que afirma que "mesmo diante das dificuldades pelas quais vem passando, busca sob todas as formas a recuperação das instituições". "As Instituições de Ensino Superior não serão encerradas, logo estarão com suas atividades normalizadas", afirma o comunicado.

"A diretoria executiva (da Galileo Educacional) vem tratando diretamente com o sindicato de classe e a associação docente das instituições a possibilidade de estabelecer acordos que possam antecipar a regularização da operação, assim como procura readequar a infraestrutura e segurança dos seus campi", conclui a nota.

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