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As críticas de algumas equipes e pilotos aos pneus macios no GP da China, disputado no último domingo, por causa da baixa durabilidade, levou a Pirelli a mudar a alocação dos compostos para o GP do Bahrein, que será disputado neste fim de semana. Assim, a fornecedora desistiu de utilizar os pneus macios na prova no circuito de Sakhir.

Com essa decisão, as equipes terão à disposição os pneus médios e duros neste fim de semana. Mesmo assim, a Pirelli acredita que os pilotos farão três pit stops na prova. "É uma das pistas mais exigentes do ano para os pneus, principalmente por causa do ambiente e da pista, com altas temperaturas. Esperamos cerca de três paradas por carro, embora nós tenhamos que esperar até sexta-feira para que possamos olhar os dados e fazer uma previsão mais precisa", disse Paul Hembery, diretor-esportivo da Pirelli.

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O dirigente avaliou quais são as dificuldades que as equipes vão enfrentar com os pneus no GP do Bahrein. "Um dos principais desafios da corrida no Bahrein é a dificuldade de se prever a evolução da pista, dependendo da quantidade de areia que for soprada para o circuito. Pelo que vimos no ano passado, porém, não haverá muito espaço para estratégias de corrida diferentes, o que pode até permitir que os pilotos que não se classificarem bem, possam se recuperar durante o GP", avaliou.

No ano passado, com pneus macios e médios, o GP do Bahrein foi vencido pelo alemão Sebastian Vettel, da Red Bull. A prova deste domingo será a quarta da temporada 2013 da Fórmula 1, liderada pelo atual tricampeão mundial.

Lewis Hamilton não escondeu a insatisfação com o trabalho da McLaren neste domingo. O piloto inglês, que perdeu a liderança do campeonato, atribuiu o 8º lugar no GP do Bahrein aos erros cometidos pela equipe em suas paradas para trocar pneus.

"Os atrasos nos pit stops tiveram grande parte nisso, claro. Para o piloto, é muito frustrante porque não há nada a fazer. Desperdiçamos uma grande oportunidade hoje", reclamou Hamilton, que caiu para o segundo lugar no campeonato. "Sem os erros, poderíamos ter terminado a corrida entre os quatro primeiros".

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Hamilton largou em segundo neste domingo e manteve a boa posição até a primeira rodada de paradas nos boxes. Mas dois erros dos mecânicos, em duas trocas de pneus, empurraram o piloto para o pelotão intermediário. Foram quase 13 segundos de atraso, somando as duas paradas. "Há momentos bons e ruins no automobilismo", ponderou o piloto. "Agora temos que aprimorar o ritmo do carro e, com certeza, melhorar nossos pit stops".

Seu companheiro de equipe, Jenson Button, também teve motivos para lamentar neste domingo. O piloto precisou abandonar a corrida na última volta depois de uma sequência de problemas em sua McLaren.

"O carro começou a fazer um barulho estranho, talvez por um problema no escapamento. Na sequência um dos pneus furou e aí houve um novo problema, diferente, que não identifiquei", enumerou o inglês. "Tive que abandonar. Foi um fim de semana muito difícil", lamentou.

Xangai, 13 (AE) - Tão logo Jean Todt, presidente da FIA, e Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, anunciaram que a Fórmula 1 iria para Bahrein, alguns manifestantes saíram às ruas do país para protestar. Foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança. Imagens transmitidas pela rede CNN mostraram os revoltosos queimando uma bandeira, aparentemente com a face de Ecclestone, enquanto outros, vestindo macacão e capacete, empunhavam armas, além de expressarem sua indignação pintando os muros de Manama, capital do país árabe.

No comunicado, a FIA explica que informações recebidas de Bahrein, "de fontes confiáveis", davam conta de o clima na nação do Golfo Pérsico era de tranquilidade e, portanto, não havia motivo para a não realização da corrida, marcada para o dia 22 de abril. No intervalo entre uma sessão e outra dos treinos livres, nesta sexta-feira, no circuito de Xangai, Ecclestone se reuniu rapidamente com os representantes das equipes para lhes dizer essencialmente o mesmo. Diante das boas notícias vindas de Manama, todos poderiam se sentir seguros para viajar até o circuito de Sakhir.

Assim, quatro aviões vão decolar na segunda-feira da China com os equipamentos para a disputa do GP de Bahrein, quarta etapa do calendário da Fórmula 1. Mas, depois do que se viu nesta sexta-feira nas ruas da capital do país, novas e mais violentas manifestações são esperadas contra a realização do evento.

O fato de na terça-feira o material das equipes e organizadores da prova estarem em Bahrein, junto de parte dos profissionais do espetáculo, não significa, necessariamente, que a corrida será, mesmo, disputada. Tudo irá depender dos acontecimentos nos próximos dias.

 

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