Tópicos | Guedes

Sem citar números, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (11) que há mais iPhones do que pessoas no País. "Já somos o quarto maior mercado digital do mundo. Tem mais iPhones no Brasil que população. Os brasileiros têm um, dois iPhones às vezes", disse Guedes em coletiva de imprensa após o lançamento do plano nacional de fertilizantes, no Palácio do Planalto.

A depender do modelo, um iPhone pode custar até R$ 13 mil.

##RECOMENDA##

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a repetir nesta quinta-feira, 10, que economistas farão revisões "para cima" em relação ao crescimento brasileiro para 2022, em linha com o que tem sido dito por seus subordinados na equipe econômica.

"O Brasil vai rever o crescimento para cima a cada rodada", disse o ministro, após reunião nesta tarde com Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.

##RECOMENDA##

Em relação à inflação, Guedes disse que o Brasil irá na contramão do mundo. "Vocês vão ver perspectivas de inflação crescendo lá fora, e o Brasil vai descer", afirmou o ministro, ao defender que isso acontecerá aqui porque, na sua avaliação, o Brasil reagiu primeiro quando comparado a outros países.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em Nova York, em entrevista à TV Bloomberg, que uma das consequências da guerra pode ser pressões inflacionárias mundiais, em alimentos, grãos, fertilizantes e energia.

Ele afirmou que a economia mundial passa por uma desaceleração, que a guerra pode agravar, mas que o Brasil está "fora de sintonia", pois está crescendo. "O Brasil está na outra direção", disse o ministro, para quem o País está em transição de uma economia guiada pelo Estado para uma gerida pelo mercado.

##RECOMENDA##

"Até o fim do ano teremos US$ 200 bilhões em compromissos de investimento, em contratos já assinados de investimentos privados", disse. Ele comparou a "dois Planos Marshall" (o que reconstruiu a Europa no pós-Segunda Guerra) os investimentos em portos, rodovias e setor elétrico.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em Nova York, em entrevista à TV Bloomberg, que uma das consequências imediatas da guerra na Ucrânia podem ser pressões inflacionárias mundiais, em alimentos, grãos, fertilizantes e energia. Perguntado sobre a posição "neutra" de Jair Bolsonaro sobre o conflito militar, Guedes afirmou que o Brasil votou duas vezes no Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a guerra e votará novamente assim. "Queremos que o conflito se resolva de forma pacífica o mais rápido possível."

"Estamos apenas começando a nos recuperar da pandemia. Não é bom para o mundo", disse, ao falar dos impactos inflacionários do conflito para a economia mundial.

##RECOMENDA##

Guedes afirmou que a economia mundial passa por um processo sincronizado de desaceleração do crescimento, enquanto a inflação está subindo em vários países. As consequências da guerra só podem agravar esses efeitos.

Já o Brasil está "fora de sintonia" com a economia mundial, pois está crescendo. "O Brasil está na outra direção", afirmou o ministro, para quem o País está em transição de uma economia guiada pelo Estado para uma gerida pelo mercado.

"Até o fim do ano teremos US$ 200 bilhões em compromissos de investimento, em contratos já assinados de investimentos privados." Guedes citou que são investimentos em portos, concessões de rodovias e setor elétrico, no que ele diz ser equivalente a "dois Planos Marshall", o que reconstruiu a Europa no pós-Segunda Guerra.

Inflação

"A inflação no Brasil pode ser ainda menor que a dos Estados Unidos este ano", afirmou Guedes. "A inflação pode cair de 10% para a casa dos 5% e o Brasil pode surpreender no crescimento pelo lado positivo", afirmou.

Perguntado sobre a necessidade de um novo programa de crédito este ano, já que a economia está crescendo, Guedes disse que o governo não está imprimindo dinheiro ou expandindo o crédito, está apenas renovando dinheiro que voltou ao governo. Foi a primeira vez em uma recuperação da economia brasileira que metade dos empréstimos foram para empresas de menor porte e também atingiram os mais vulneráveis, disse o ministro. "A economia voltou de forma forte."

Guedes disse que o Brasil é provavelmente um dos poucos países que está retirando estímulos monetários e fiscais, enquanto outros estão atrasados neste processo. Nesse momento, ele disse que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o Banco Central Europeu (BCE) "estão bem atrás da curva", ou seja, ainda vão precisar elevar muito os juros. Por isso, Guedes disse que está bem mais preocupado com a situação nos EUA, onde a inflação está vindo e o Fed "está dormindo no volante".

Sobre as contas públicas, Guedes afirmou que o Brasil reduziu o déficit fiscal de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero em um ano. "Nós contraímos a política fiscal durante a recuperação. Não há pressão inflacionária." Guedes disse ainda que todos os gastos sociais do governo Bolsonaro estão dentro do teto.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou nesta sexta-feira, 25, que o decreto que reduz as alíquotas do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% irá beneficiar cerca de 300 mil empresas e confirmou a renúncia fiscal de R$ 10 bilhões para a União e R$ 10 bilhões para os governos regionais.

"A redução de 25% no IPI é o marco do início da reindustrialização brasileira após quatro décadas de desindustrialização. Não pode haver recuo nisso, daqui para frente é redução de impostos", afirmou. "Transformamos o excesso de arrecadação em redução ou simplificação de impostos. Nosso governo é liberal. Estávamos dispostos a abrir mão de até R$ 30 bilhões em arrecadação na reforma tributária", completou.

##RECOMENDA##

A redução de 25% na cobrança do IPI vale para todos os produtos - incluindo bebidas e armas. A única exceção são os cigarros, que pagam uma alíquota de 300%. A medida também afeta os produtos industrializados que são fabricados na Zona Franca Manaus, reduzindo a vantagem comparativa do polo de produção amazonense.

Guedes garantiu que não haverá novas reduções de IPI neste e no próximo ano, justamente para não prejudicar a Zona Franca de Manaus. "Não fosse a Zona Franca, a redução de IPI seria maior, certamente de 50%. Com respeitamos a Amazônia, foi só 25%. Isso tem que ser feito com muito cuidado, com uma a transição lenta e com mecanismos compensatórios para garantir vantagem da Amazônia", acrescentou.

Para o ministro, a região amazônica deve sair de um regime de créditos de IPI para uma nova realidade de créditos de carbono. "Já anunciamos R$ 1 bilhão no programa de crescimento verde para infraestrutura sustentável, e a maior parte vai para a Amazônia. Quando lançarmos o mercado de crédito de carbono, o maior emissor será a Amazônia. Estimamos um fluxo anual de R$ 100 bilhões em créditos de carbono", completou.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez, nesta sexta-feira (25), uma brincadeira sobre trocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, em um evento no lançamento do novo marco regulatório do Inmetro. Guedes falava ao microfone sobre a pressão que Bolsonaro fez para substituir o presidente do Inmetro no início no ano passado, por entender que a administração de então não estava resolvendo problemas de excesso de burocracia.

"Presidente está atento, se alguém distrair ele vai lá e cobra, se o sujeito não cumprir, ele troca o de cima e vai trocando", disse Guedes. "Até um dia chegar em você", respondeu Bolsonaro, em tom de brincadeira, fora do microfone.

##RECOMENDA##

Guedes e a plateia riram e o ministro respondeu em seguida. "Antes de chegar em mim, o secretário teve juízo e trocou o presidente do Inmetro."

No seu habitual modelo "morde e assopra", Bolsonaro, em sua fala, voltou a afirmar que, apesar das pressões, não haverá divórcio em seu "casamento" com Guedes.

"Meu casamento com o Paulo Guedes é indissolúvel, não existe divórcio", disse o presidente da República.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pretende seguir no governo de Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo mandato, desde que haja uma continuidade da aliança entre conservadores e liberais. "Se vejo que essa aliança está seguindo, estou entusiasmado. Agora, se for um governo só conservador…", ponderou Guedes em entrevista à Jovem Pan News.

"Acredito no caminho da prosperidade, e acho que o presidente Bolsonaro quer fazer esse caminho. Mas tem gente que quer desviá-lo. Enquanto eu tiver a confiança e o entusiasmo dele, nós vamos estar juntos."

##RECOMENDA##

O ministro acrescentou que a "centro-direita está derrotando a esquerda" nas eleições e citou 2018 e 2020 como exemplos. Caso esse espectro siga no poder, diz Guedes, ele está disposto a continuar no governo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse aos colegas do G20 que o governo tem o objetivo de transformar o Brasil em uma economia de consumo massivo "aberta, sustentável e inclusiva". Ele enviou uma mensagem em vídeo para ser exibida na reunião de ministros de Finanças do grupo dos 20 países mais ricos, que ocorre em Jacarta, na Indonésia. O vídeo foi divulgado nesta quinta-feira, 17, pela assessoria do Ministério da Economia.

Guedes tentou passar uma mensagem positiva da economia brasileira, mas reconheceu que a "democracia brasileira é barulhenta".

##RECOMENDA##

Entre outros dados, ele reforçou que a taxa de desemprego no Pais é mais baixa do que no início da pandemia e está caindo "consistentemente".

"Mantivemos nosso foco em na sustentabilidade fiscal e reformas estruturais. O Brasil continuará surpreendendo positivamente. Previsões pessimistas têm se provado equivocadas", completou o ministro da Economia.

Na frente do meio ambiente, Guedes reiterou compromisso com brasileiro com os entendimentos do Acordo de Paris e da COP-26. "Nosso objetivo é transformar Brasil em economia de consumo massivo aberta, sustentável e inclusiva", completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 10, que ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes, são um casal perfeito. "Entendo tanto de economia quanto Guedes de política, somos casal perfeito. Não entro na área dele, ele não dá peruada na minha área", disse o chefe do Executivo em cerimônia para marcar a regulamentação da Medida Provisória com regras para a renegociação de dívidas do Fies.

A declaração vem apenas dois dias após Guedes dizer, em entrevista ao Estadão, que não teve apoio suficiente para implementar a agenda liberal. Segundo apurou a reportagem, Guedes "vem se exaurindo" com o processo de defender as bandeiras do liberalismo de forma solitária em Brasília.

##RECOMENDA##

Jair Bolsonaro ainda afirmou que, hoje, já sabe 10% do que sabe Paulo Guedes e chamou de natural a queda de braço entre o mundo político e o ministro em torno do orçamento público. "Todo mundo briga com Paulo Guedes, todo mundo quer dinheiro, é natural. O deputado que não quiser dinheiro está errado", declarou, durante a solenidade.

MP do Fies

Em aceno aos parlamentares, o presidente também disse que a MP regulamentada hoje pelo governo pode ser aperfeiçoada pelo Congresso. "Está lá (no Parlamento), pelo que me consta não tem relator ainda, nem tem emenda. Vocês sabem o que fazer, podem conversar", afirmou o chefe do Executivo, que ainda repetiu o mantra: "Apesar de todos os problemas, o Brasil na economia vai muito bem".

A MP permite a renegociação de dívidas de usuários do Fies em contratos firmados até 2017. Estudantes com débitos no programa poderão negociar a revisão dos contratos a partir de 7 de março, segundo o Ministério da Educação.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez duras críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. "Fui amigo do Guedes, hoje quero distância. Ele virou um fanático por esse homem que está no Palácio do Planalto, uma pessoa doentia, que faz uma política antivacina", disse durante live promovida pelo grupo Parlatório.

Doria citou a atual situação da inflação, acima de 10%, "retrato de um desgoverno". "Hoje temos falta de governabilidade, um governo que propõe a ruptura do teto de gastos, não tem credibilidade no plano internacional e gera insegurança ampla no mercado. A falta de políticas claras influencia obviamente na inflação e quem sofre mais é a classe mais vulnerável. A economia está tão desorganizada que nem um gênio resolveria sozinho, é preciso equipe."

##RECOMENDA##

Reformas

Doria exaltou a reforma trabalhista aprovada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e reforçou a sua manutenção.

"Quero exaltar a reforma trabalhista que chegou a ser ameaçada por Lula, isso é um absurdo. Nós temos que estar posicionados para que esse discurso não seja colocado sem contestação no período eleitoral", disse o tucano, destacando que é preciso que se possa garantir que o trabalhador não pague mais imposto e o empregador tenha condição mais justa e equilibrada para atuar.

Doria criticou também a proposta de taxar grandes fortunas. "Sou contra a taxação de grandes fortunas, isso é populismo barato, se não tiver uma contestação clara, a população mais humilde passa a acreditar no candidato populista."

O presidente Jair Bolsonaro pediu ao Ministério da Economia uma solução para a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) ainda este ano. Essa foi uma promessa de campanha do presidente nas eleições e ele avisou à equipe que deseja cumpri-la porque sabe que será cobrado pelos eleitores, enquanto adversários dirão que não fez o que prometeu, segundo apurou o Estadão com fontes credenciadas.

Durante a campanha, Bolsonaro prometeu corrigir a faixa de isenção para cinco salários mínimos (hoje, R$ 6.060). Atualmente, só fica isento do IR quem tem renda inferior a R$ 1,9 mil mensais.

##RECOMENDA##

Ao contrário da taxação de lucros e dividendos, a correção da tabela pode entrar em vigor no mesmo ano de aprovação pelo Congresso. Bolsonaro pode editar uma medida provisória (MP), que passa a ter vigência imediata, embora precise ser aprovada por deputados e senadores em até 120 dias. Técnicos da Receita Federal fazem novas simulações da perda de arrecadação com a medida.

O maior problema continua sendo a compensação da perda de receitas, porque no caso da correção da tabela não há impacto no teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. A perda de arrecadação impacta o resultado primário das contas públicas, que leva em conta receitas menos despesas, sem o pagamento de juros. Nesse caso, a correção da tabela poderia ser acomodada na meta de déficit de R$ 170 bilhões deste ano (ou seja, no valor do limite de rombo que o governo pode fechar as contas em 2022).

"É possível corrigir a tabela para ela valer no mesmo ano. A legislação não permite quando se altera a lei do Imposto de Renda para aumentar o imposto e não para diminuir", diz a advogada Elisabeth Libertuci, especialista na legislação do IRPF, sócia do escritório Lewandowski Libertuci. Segundo ela, não há restrição para adotar a medida em ano eleitoral.

Reforma do IR

Como mostrou o Estadão, Guedes prefere que a correção da tabela seja aprovada no projeto de reforma do Imposto de Renda, que está estacionada no Senado, depois de ser aprovada pelos deputados. Ele acenou apoiar a aprovação do Refis das médias e grandes empresas caso os senadores deem aval para a reforma do IR.

Além de prever a volta da taxação de lucros e dividendos com uma alíquota de 15%, o projeto estabelece a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e o aumento da faixa de isenção de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. O projeto foi aprovado pela Câmara em setembro do ano passado com 398 votos favoráveis, mas foi colocado na geladeira pelo relator do Senado, senador Angelo Coronel (PSD-BA). No final do ano, Coronel apresentou um projeto separado com apenas a correção da tabela do IRPF, bem mais generoso do que o do governo. Agora, com a virada do ano, o relator está sinalizando que vai retomar a discussão.

Defasagem

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), considerando a inflação acumulada desde 1996 (medida pelo IPCA), foi apurado que a defasagem da tabela é de 134,53%. Para 2022 (retenções sendo feitas mensalmente e declarações anuais entregues até abril/2023), calcula-se que 8.207.412 contribuintes estarão na faixa de isenção do IRPF, sem qualquer correção da tabela.

Com a correção em 134,53%, o número de isentos chegaria a 23.506.672. Ou seja, para o ano-calendário 2022 (declarações que serão entregues em abril/2023), 15.299.261 contribuintes, que poderiam estar na faixa de isenção, suportarão o peso do imposto em decorrência da não correção. Procurada, a Receita disse não se manifesta sobre estudos ou normas que não estejam publicadas.

Com a inflação nas alturas, a atividade praticamente estagnada e os dados de emprego sendo revisados para baixo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se agarrado ao tão criticado lado fiscal do governo para ensaiar o discurso para a campanha eleitoral.

Apesar de as mudanças no teto de gastos terem gerado forte reação negativa no mercado, o ministro tem reforçado o argumento de que esse será o primeiro governo a reduzir o gasto em proporção do Produto Interno Bruto (PIB), de que a dívida não explodiu como apontavam as projeções e de que o déficit primário será zerado antes do esperado.

##RECOMENDA##

Em meio a ataques a Lula e Moro - principais adversários de Bolsonaro em 2022 -, Guedes já avisou que sua plataforma para a campanha será um repeteco de 2018: privatizações das maiores estatais (que não saíram até agora), capitalização da Previdência (que não emplacou e foi limada da reforma aprovada em 2019), carteira de trabalho verde a amarela (rejeitada pelo Congresso) e as reformas tributária e administrativa (que seguem empacadas no parlamento).

AMEAÇAS

A especialista em contas públicas da Tendências Consultoria, Juliana Damasceno, avalia, porém, que a melhora dos números tende a se perder neste ano sem a ajuda para as receitas que veio da alta da inflação em 2021 e sem o auxílio nas despesas que veio dos juros baixos da crise.

"Há um receio de que seja necessário operar com juros altos por mais tempo, justamente quando seria necessário estimular a economia com investimentos para recuperar a produtividade e o PIB potencial do Brasil", avalia.

A economista critica a ênfase de Guedes ao "sucesso" na gestão das contas públicas quando o governo dá aval para mudanças no teto de gastos.

"Era o teto que permitia haver alguma ancoragem sobre a trajetória futura dos gastos públicos. Com folga aberta no teto, o que se coloca é que o limite não está sendo respeitado", enfatiza. Para ela, o governo poderia ter revisto inúmeras despesas não eficientes ou revisto os benefícios tributários que não têm avaliação de resultados, mas optou pelo caminho mais fácil de aumentar o gasto em ano eleitoral.

Armando Castelar, pesquisador associado do FGV Ibre, prevê que as despesas que vinham caindo em 2021 darão um salto em 2022. Os juros da dívida pública, que, descontada a inflação, chegaram a ficar negativos nos últimos 12 meses, devem superar os 5% em termos reais. Os benefícios tributários atrelados ao salário mínimo podem ter um reajuste de dois dígitos.

O diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, reconhece que o gasto de 2022 em proporção do PIB ficará abaixo do de 2018 (ano da eleição presidencial anterior), mas alerta que boa parte da queda decorre da contenção de investimentos, e não do ataque às despesas menos eficientes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entrou, na segunda-feira (20), em férias, cujo período se estenderá até o dia 7 de janeiro. De acordo com a agenda do ministro, o substituto no período é o secretário-executivo da Pasta, Marcelo Guaranys.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu nesta quarta-feira, 15, que sente "certa frustração" por não ter avançado na agenda de reformas. Além da reforma tributária, ele citou a reforma administrativa entre as frentes em que gostaria ter avançado mais, porém lembrou que a pandemia, ao abrir um estado de "economia de guerra", obrigou o governo a deixar de atacar despesas para enfrentar os efeitos da crise sanitária.

O comandante da equipe econômica acompanhou hoje o presidente Jair Bolsonaro (PL) num encontro com empresários na sede da Fiesp, no qual voltou a desafiar economistas que preveem recessão econômica no ano que vem. "Eu vejo que estamos no caminho da prosperidade", disse Guedes.

##RECOMENDA##

Em resposta à desconfiança do mercado sobre a situação fiscal do País, o ministro disse também que a dívida pública está em 80% do PIB, e não 100% como se previa anteriormente.

Numa nova defesa sobre a proposta de tributação dos dividendos distribuídos por empresas, o ministro observou que o Brasil, diferentemente dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde pretende ingressar, é o único país que tributa os mais pobres.

Guedes voltou a dizer que o Brasil está numa transição a investimentos de uma economia cujo crescimento é baseado em consumo. Nesse ponto, afirmou que a taxa de investimentos está voltando para 20% do Produto Interno Bruto (PIB). "Queremos uma economia de mercado. Antes, era para os amigos de Brasília", declarou Guedes, tentando diferenciar a política econômica atual da conduzida por governos petistas.

Durante o evento na Fiesp, Guedes voltou a dizer que o governo colocou o Brasil de pé depois do choque da pandemia, preservando 11 milhões de empregos, e, ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, procurou destacar os avanços na área do colega. Por exemplo, o marco da cabotagem, disse Guedes, será importante para as ambições do Brasil de entrar na OCDE.

Em sua participação, Tarcísio sustentou que o governo está transformando o setor de aviação, que receberá "investimentos pesados" e terá cada vez menos burocracia para o brasileiro "pegar o gosto por voar". Além disso, em julho de 2022, ativos da Infraero serão transferidos para a iniciativa privada, informou Tarcísio.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, "vai acabar de forma desastrosa" devido a uma má condução na política monetária.

O ministro disse que os bancos centrais do mundo inteiro estão "dormindo no volante" para conter a inflação, que é global. Em entrevista ao Canal Livre, da TV Bandeirantes, ele avaliou que a situação também é a mesma no caso do Banco Central Americano e, por isso, o governo Biden sofrerá as consequências. "Estão atuando com retardamento", avaliou.

##RECOMENDA##

No caso brasileiro, Guedes disse que o BC, comandado por Roberto Campos Neto, "acordou primeiro" quando comparado com outras autoridades monetárias mundiais. "Confio muito no Roberto Campos e acho que ele se move mais rápido do que os outros."

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a rechaçar críticas de que o governo estaria dando calote ao adiar o pagamento dos precatórios. Ele garantiu que o governo vai pagar a totalidade dos mais de R$ 89 bilhões em sentenças judiciais, montante fatiado pela PEC dos precatórios.

"PEC dos Precatórios não é calote, é para evitar calote", disse Guedes durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band. "Tudo será cumprido e tudo será pago", acrescentou. O ministro repetiu que a PEC não representa um furo na regra do teto de gastos, mas sim uma sincronização das maiores despesas com o dispositivo.

##RECOMENDA##

Após manifestar confiança na aprovação da PEC no Congresso, Guedes considerou "razoável e compreensível" as mudanças no teto para abrir espaço a despesas sociais quando os políticos são cobrados a dar resposta a notícias de que brasileiros estão comendo ossos.

Durante a entrevista, Guedes destacou a melhora das contas públicas neste ano, quando, pela primeira vez desde 2013, as finanças do setor público - incluindo, além da União, estatais, governo estadual e prefeituras - fecharão no azul (receitas superiores às despesas). Ele também disse que houve erro de mais de R$ 2 trilhões nas previsões de economistas sobre o crescimento da dívida pública, que deve fechar o ano em 80% do PIB, com déficit primário inferior a 1%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quarta-feira, 8, que o "barulho da política tem distorcido a realidade" dos fatos sobre a economia brasileira. Ele voltou a argumentar que a sustentabilidade fiscal está preservada.

"Houve muito barulho sobre o Brasil estar perdendo o controle da política fiscal, de que o Brasil era uma vítima de populismo fiscal. Mas eu darei a vocês fatos e números", disse, reafirmando que o atual governo chegará ao fim do quarto ano gastando menos em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) do que o governo anterior.

##RECOMENDA##

Guedes participou de maneira virtual em evento da Apex realizado em Miami, pela manhã. A gravação do evento só foi disponibilizada agora. O ministro voltou a destacar que o atual governo atacou os principais gastos da União, como o rombo na Previdência, a despesa com juros e, agora, a conta de precatórios.

Ele lembrou ainda que a regra do teto de gastos aplicada a partir de 2017 concedeu uma transição nos primeiros três anos. "Eles conseguiram respeitar o teto e nós então tivemos problemas. Apesar disso, nos comprometemos a respeitar o teto de gastos", enfatizou.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é "a confiança no mercado". Alçado a "Posto Ipiranga" nas eleições de 2018, Guedes foi uma espécie de fiador da então candidatura de Bolsonaro junto a investidores, mas perdeu apoio em segmentos do mercado diante da crise econômica e das dificuldades em aprovar reformas no Congresso.

De acordo com Bolsonaro, o Brasil "mais do que recuperou" a credibilidade no exterior. "Brasil mais do que recuperou credibilidade lá fora. Brasil é uma certeza. E obviamente nós temos que estar confiantes aqui também", disse o presidente. "Não tem por que não sermos otimistas, estamos muito bem nas relações internacionais", acrescentou. "No futuro, vamos dar graças a Deus à forma como o Brasil está se comportando."

##RECOMENDA##

O presidente também disse que o governo "faz por merecer" a confiança que recebe. "Desculpe a modéstia", declarou, em seguida. Por outro lado, pediu aos líderes industriais presentes que sigam confiando no Executivo.

O chefe do Executivo ainda tratou de trazer o debate eleitoral para o evento, ciente de que a elite financeira pode vir a abraçar uma outra candidatura em 2022. "A decisão passa pelos senhores, passa pela população. Alguém quer a volta do imposto sindical, um ativismo em cima da legislação trabalhista?", perguntou Bolsonaro.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou "satisfatório" o texto final da PEC dos Precatórios aprovado pelo Senado. Lamentou, porém, que a versão votada coloca uma trava no pagamento de precatórios da União até 2026, e não mais até 2036, como estabelecido anteriormente pela versão aprovada na Câmara.

"A versão final aprovada não é exatamente a nossa versão inicial, mas é satisfatória do ponto de vista de criar exequibilidade para o orçamento anual e dar previsibilidade para os próximos quatro ou cinco anos. Gostaríamos que isso fosse para sempre, mas aprovaram apenas até 2026", afirmou Guedes, no Encontro Anual da Indústria Química.

##RECOMENDA##

E completou: "Estão chamando de PEC do Calote, quando na verdade essa PEC impede a ameaça de calotes."

Previsões sobre dívida

O ministro da Economia voltou a criticar os economistas que previsão que a dívida bruta chegaria a 100% do Produto Interno Bruto (PIB), lembrando que o endividamento deve ficar em torno dos 80% do PIB neste ano.

"Nós temos seguido uma linha mestra de reformas estruturantes, e o capítulo dos precatórios foi só mais um capítulo nessa luta que prossegue. A nossa primeira diretriz era justamente reverter o excesso de gastos públicos. O governo gasta muito e gasta mal", afirmou.

E completou: "Estávamos com o fiscal frouxo e com o monetário muito restritivo. Atuamos sobre as duas questões."

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou nesta quinta-feira a aprovação neste dia 2 de dezembro pelo Senado da PEC dos Precatórios e garantiu que os gastos púbicos continuam sobre controle. "Tem toda uma conversa fiada de que o Brasil perdeu o controle fiscal. É uma conversa fiada, uma narrativa política, fake news. As verdades fiscais estão lá registradas", afirmou, em palestra no evento de dez anos de concessões aeroportuárias no Brasil.

Guedes lembrou que o atual governo pegou o País com um déficit primário de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e reduziu para 1% do PIB no logo no primeiro ano de mandato.

##RECOMENDA##

"Os economistas estão errando previsões sistematicamente. Previram que a dívida/PIB ia chegar a 100% e está em 80%. É um erro de colossal de 20% do PIB. Tem que cobrar desses economistas. Está cheio de gente fazendo atividade política disfarçado de economista, de previsor", reclamou o ministro.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando