Tópicos | Harvey Weinstein

O diretor de cinema americano Woody Allen disse se sentir "triste" pelo produtor de Hollywood Harvey Weinstein, acusado de abuso e violência sexual, e chamou de "trágica" a situação das mulheres afetadas.

"Tudo sobre o caso Harvey Weinstein é muito triste para todos os envolvidos", disse Allen à emissora britânica BBC, no domingo à noite.

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Dezenas de mulheres denunciaram terem sofrido assédio e abuso sexual por parte de Weinstein, e algumas vítimas afirmam, inclusive, terem sido estupradas pelo poderoso produtor.

O caso veio à tona em uma matéria feita do jornal "The New York Times".

"É trágico para as pobres mulheres envolvidas e triste por Harvey, cuja vida ficou arruinada", disse Allen.

"Não há ganhadores nisso. É simplesmente muito, muito triste e trágico para essas pobres mulheres que tiveram de passar por isso", disse o premiado cineasta.

Cinco mulheres acusaram Weinstein, de 65, de tê-las violentado, e mais de 20 - entre elas Mira Sorvino, Rosana Arquette, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Léa Seydoux, relataram terem sofrido assédio sexual.

No passado, Woody Allen foi acusado por sua filha adotiva Dylan Farrow de ter abusado dela quando era criança.

Nessa semana, a imprensa americana revelou que Harvey Weinstein é acusado de assediar sexualmente ao menos 13 mulheres ao longo de sua carreira, o que terminou com o produtor demitido do próprio estúdio. Duas delas afirmam ainda que foram estupradas pelo produtor. Ele assumiu os casos de assédio, mas nega que tenha tido relações sexuais forçadas com elas. Agora, mais dois nomes de peso falaram publicamente sobre também terem sofrido assédio por parte de Weinstein, e são elas Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow.

Em entrevista ao The New York Times, Gwyneth mencionou o episódio pelo qual passou aos 22 anos, após ter sido escalada para o filme ‘Emma’ (1996). Segundo a atriz, ela foi convidada para uma reunião com o produtor executivo na suíte de um hotel. No local, ele tocava sua perna enquanto sugeria que se dirigissem até o quarto para uma massagem. “Fiquei petrificada”, disse ela, que mais tarde contou a história a Brad Pitt, com quem namorava na época. Gwyneth afirma que o ator, que confirmou ao jornal a versão da namorada, chegou a ir conversar com Weinstein. Como resultado, o produtor a teria ameaçado caso ela revelasse a situação para mais alguém. “Eu jurava que ele iria me demitir”, falou.

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Já Angelina Jolie revelou ao jornal que, após receber investidas constrangedoras por parte do produtor, preferiu não trabalhar mais com ele em nenhum projeto e alertar a outras pessoas sobre seu comportamento. Segundo ela, o caso aconteceu no período das gravações do filme ‘Corações Apaixonados’ (1999). Na época, a ex mulher de Brad Pitt afirma ter negado diversas vezes convites de Weinstein para que ela fosse até o seu quarto.

Na maioria dos casos revelados publicamente, seja por Jolie, Paltrow ou outras artistas, é detalhado que o produtor costumava assediar atrizes em inicio de carreira. Sua tática, de acordo com os relatos, era convidá-las para seu quarto ou outro local privado com a desculpa de que queria apenas discutir algo sobre o filme. Em seguida, ele as tocava de maneira inapropriada e fazia convites para massagens, chegando até a oferecer papeis em suas produções em troca de sexo e tirar a roupa em frente as mulheres, segundo as acusações.

A atriz italiana Asia Argento e outras duas mulheres acusam o produtor de Hollywood Harvey Weinstein de tê-las estuprado, reportou nesta terça-feira (10) a revista New Yorker.

De acordo com a publicação, as acusações dessas mulheres contra Weinstein incluem sexo oral indesejado e sexo oral e completo forçado.

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O produtor nega as acusações, de acordo com uma declaração de sua porta-voz, Sallie Hofmeister, que circula na imprensa americana.

Essas acusações contribuem para a escalada do escândalo envolvendo o produtor vencedor do Oscar, enquanto as várias denúncias que levaram à sua demissão da The Weinstein Company se limitavam até o momento a assédio.

O colunista da New Yorker Ronan Farrow passou 10 meses entrevistando 13 mulheres que disseram terem sido assediadas ou estupradas por Weinstein.

Argento, de 42 anos, filha do cineasta Dario Argento, afirmou que Weinstein a forçou a fazer sexo oral nele há 20 anos. Ela contou à revista que manteve silêncio até agora por medo de Weinstein.

Lucia Evans, uma aspirante a atriz, contou ter conhecido Weinstein no escritório da Miramax em Nova York em 2004 e que ele a forçou a fazer sexo oral nele.

"Eu tentei me desvencilhar, mas talvez não com força suficiente. Não queria lutar", relatou.

Outra mulher, que pediu para não ser identificada, afirmou à revista que Weinstein a coagiu em um hotel. Ela relata o "horror, descrença e vergonha" que sentiu e diz ter pensado em ir à Polícia, mas acabou desistindo por acreditar que seria sua palavra contra a dele.

Sobre este escândalo, a ex-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton reagiu nesta terça-feira, dizendo-se chocada com as revelações de abuso sexual relacionadas ao produtor que financiou suas campanhas eleitorais e as de outros democratas.

"Estou chocada e horrorizada com as revelações sobre Harvey Weinstein", afirmou Clinton, considerando que "o comportamento descrito pelas mulheres" que foram vítimas "não pode ser tolerado".

O silêncio da ex-candidata à Presidência, assim como o do ex-presidente e colega de partido Barack Obama, havia sido alvo de críticas por parte da direita americana, que acusa os democratas de hipocrisia. Obama ainda não se manifestou sobre o assunto.

Harvey Weinstein fazia doações regulares para o Partido Democrata e seus candidatos, e organizou várias recepções para arrecadar fundos para as campanhas de Hillary Clinton e Obama.

A atriz britânica Romola Garai relatou nesta terça-feira (10) como se sentiu "violentada" após uma reunião com Harvey Weinstein, em mais um depoimento contra o produtor americano acusado de assédio sexual.

Conhecida pelo filme "Desejo e Reparação", a atriz contou ao jornal The Guardian que passou há muitos anos por uma audição "humilhante", que considerou um "abuso de poder".

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"Eu tive que comparecer ao quarto de hotel dele no Savoy e ele abriu a porta de roupão. Eu tinha apenas 18 anos. Eu me senti violentada, ficou gravado na memória", conta.

Quando estava no quarto, ela sentou em uma cadeira e teve uma rápida conversa com o produtor sobre o filme, mas sentiu-se "depreciada pelo abuso de poder".

Para ela, o incidente reflete a maneira de Weinstein de se aproximar das mulheres da indústria do cinema, ao colocar jovens atrizes em "situações humilhantes" para provar que "tem o poder para fazer isto".

Weinstein foi demitido no domingo de seu próprio estúdio, Weinstein Company, depois de ser acusado de ter assediado sexualmente várias mulheres durante décadas.

Várias mulheres, entre elas as atrizes Ashley Judd e Rose Mcgowan, acusam-no de tê-las obrigado a vê-lo pelado, de tentar fazer que o massageassem, ou mesmo de propor ajudá-las em suas carreiras em troca de favores sexuais.

O produtor americano Harvey Weinstein distribuirá nos Estados Unidos o longa Yves Saint Laurent, dirigido pelo comediante Jalil Lespert, indicou nesta quarta-feira à AFP a produção francesa, confirmando a informação. A Weinstein Company, que distribuiu filmes sucessos premiados como O Artista e Intocáveis, anunciou em um comunicado publicado em Nova York ter adquirido os direitos para os Estados Unidos do filme que terá como foco a relação entre o estilista e seu companheiro.

Yves Saint Laurent será interpretado pelo ator Pierre Niney, enquanto o seu companheiro, Pierre Bergé, será representado por Guillaume Gallienne. O filme de Jalil Lespert se concentrará na juventude de Yves Saint Laurent quando, com apenas 21 anos de idade, assumiu o posto de Christian Dior, morto de repente, e como três anos depois, com Pierre Bergé, criou a sua própria casa de alta costura, revolucionado a moda da época.

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Pierre Bergé deu todo o apoio ao filme, produzido por Wassim Beji e sua empresa WY e que será filmado a partir de junho, com um lançamento programado para 2014. Os direitos de distribuição também foram vendidos para outros países como o Reino Unido, Austrália e Canadá para a Entertainment One, Top Film Distribution para a Rússia, Square One para a Alemanha e Áustria.

Um outro filme sobre a vida de Yves Saint Laurent, dirigido por Bertrand Bonello e produzido pela EuropaCorp, empresa de Luc Besson, também está em fase de produção. Nesta produção, Gaspard Ulliel interpreta Yves Saint Laurent, Jérémie Renier faz o papel de Pierre Bergé, enquanto Léa Seydoux encarna Loulou de la Falaise, grande amiga e colaboradora.

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