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A cidade de Hebron está no meio de um dos conflitos mais antigos e é ocupada por Israel desde o fim da década de 60. O tráfego de veículos e pedestres é controlado por câmeras de vigilância espalhadas pelas ruas, inclusive onde estão localizados os 800 assentamentos judeus. Além das discussões sobre o controle do território, existe também uma discussão política sobre a forma de explicar aos estrangeiros o funcionamento da cidade.

Por conta disso, um grupo de ex-combatentes do exército israelense com pensamentos de esquerda, denominados Breaking the Silence (quebrando o silêncio, em tradução livre), organiza tours pela região com o intuito de mostrar as restrições enfrentadas cotidianamente pelos 200 mil palestinos. Pela ala ideológica da direita, o Im Tirtzu critica as posições adotadas pelo governo de Israel e a “propagação do antissemitismo” promovido pela Breaking the Silence.

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“Eles são antissionistas” declarou o líder da Im Tirtzu, Matan Peleg. De acordo com ele, o objetivo da organização é denunciar o financiamento que países da União Europeia fazem de palestrantes que discursam contra o governo de Israel. O diretor do Breaking the Silence, Nadav Weiman, disse à Reuters que “o problema é o envio de soldados aos assentamentos” que, segundo ele, junto com os assentados “são sintomas, e não o problema em si”.

Uma mulher palestina foi baleada neste domingo (25) por uma patrulha fronteiriça em Hebron, no sul da Cisjordânia, após tentar apunhalar um agente, informaram as autoridades israelenses. "Uma palestina que agia de maneira suspeita se aproximou das forças policiais. Foi pedido que ela se identificasse e de repente ela tirou uma faca e se aproximou gritando. Os agentes então dispararam contra ela e a neutralizaram", disse a polícia israelense em comunicado.

O ministro da Habitação israelense, Uri Ariel, afirmou nesta quinta-feira (24) que quer duplicar o número de casas para os colonos no centro da cidade palestina de Hebron, na Cisjordânia. Ariel, membro do partido nacionalista Lar Judaico, se declarou favorável ao lançamento de um "programa concreto para construir 100 casas em Hebron".

"Há terrenos e estamos preparando o projeto. Esperamos começar a construir no próximo ano", acrescentou Ariel, cujas declarações foram divulgadas pela rádio militar.

Cerca de 190.000 palestinos vivem em Hebron, a principal cidade da Cisjordânia, em um clima de tensão permanente com os quase 700 colonos judeus instalados em um enclave no coração da cidade sob a proteção de milhares de soldados israelenses. Esta colônia conta com 80 casas.

Ariel fez estas declarações depois de um encontro em Roma entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o secretário americano de Estado, John Kerry, que falaram, entre outras coisas, das negociações entre israelenses e palestinos.

Colonos israelenses e camponeses palestinos entraram em choque nesta terça-feira e trocaram pedradas, um dia após funcionários da Autoridade Nacional Palestina (ANP) terem dito que os colonos de Israel queimaram dezenas de hectares de terras cultivadas e cortaram centenas de oliveiras, figueiras e amendoeiras.

Os choques ocorreram em um período bem sensível, em que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, está em Nova York, onde deverá pedir a adesão da ANP à Organização das Nações Unidas (ONU) na sexta-feira. A Cisjordânia, onde vivem os colonos de Israel, é um território palestino ocupado após 1967. Funcionários do governo de Israel temem que o pedido na ONU leve à violência na Cisjordânia.

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Muitos colonos israelenses são radicalmente contrários a um Estado da Palestina e alguns planejam marchas em três locais da Cisjordânia, mais tarde nesta terça-feira.

"Esta é a nossa terra e nenhum Estado palestino será estabelecido aqui", disse o organizador de uma das manifestações, Boaz Haetzni, que vive no assentamento de Kirytat Arba, perto da cidade palestina de Hebron, a maior da Cisjordânia.

As informações são da Associated Press.

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