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Desde a derrota nas urnas, em 30 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem estado recluso, mais inativo e conversa de forma restrita apenas com os aliados. Alguns hábitos que estiveram na atuação do presidente desde a campanha de 2018, como a forte atividade nas redes sociais, a tradicional live nas quintas-feiras e os encontros com apoiadores em motociatas ou no “cercadinho”, também não têm sido vistos desde o segundo turno. 

A agenda do Planalto também marca dias seguidos sem compromissos oficiais. O conservador não foi à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). Por outro lado, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), compareceu ao evento junto a uma grande comitiva, com direito a um grupo especial integralmente feminino. 

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Nas redes, a última publicação de Bolsonaro foi em 2 de novembro: um vídeo pedindo que os seus eleitores, engajados em atos antidemocráticos, não fechassem as rodovias espalhadas pelo país, para garantir o “direito de ir e vir”. Desde a data, seus compromissos consistiram em encontrar gestores e ministros, como Paulo Guedes e Ciro Nogueira.

Confira a agenda completa

31 de outubro (segunda-feira) 

Encontro com Paulo Guedes (Economia) e outros ministros de manhã 

Sem motociata 

Sem postagens nas redes sociais 

1º de novembro (terça-feira) 

Encontro com o ministro da CGU, Wagner Rosário, e com senador eleito, Rogério Marinho (PL-RN) 

Sem motociata 

Reunião com Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Bruno Bianco (AGU) 

À tarde, após reunião com ministros, quebrou o silêncio de 45 horas e se pronunciou pela pela primeira vez após a derrota eleitoral. 

O pronunciamento, de cerca de dois minutos, no Palácio do Alvorada, foi divulgado em sua conta no Facebook. 

2 de novembro (quarta-feira) 

Sem compromissos oficiais 

Sem motociata 

Em suas redes, publicou vídeo em que pediu a manifestantes bolsonaristas que desbloqueassem rodovias 

3 de novembro (quinta-feira) 

Reunião de meia hora com Célio Faria Júnior, secretário da Presidência da República 

Sem postagens nas redes sociais 

Sem motociata 

Sem a tradicional live semanal 

4 de novembro (sexta-feira) 

Sem compromissos oficiais 

Sem postagens em suas redes sociais 

Sem motociata 

5 de novembro (sábado) 

Sem compromissos oficiais 

Sem postagens em suas redes sociais 

Sem motociata 

6 de novembro (domingo) 

Sem compromissos oficiais 

Sem postagens em suas redes sociais 

Sem motociata 

7 de novembro (segunda-feira) 

Encontro com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Pereira Leite 

Reunião com Renato de Lima França, subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência 

Telegram: divulgou a notícia de que percentual de brasileiros vivendo em extrema pobreza em 2020 foi o menor já registrado na série histórica do Banco Mundial. Não fez postagens em suas outras redes. O aplicativo de mensagens tem sido, junto ao TikTok, a rede mais ativa do presidente nas últimas semanas, com postagens quase diárias a respeito de programas do governo 

Sem motociata 

8 de novembro (terça-feira) 

Sem compromissos oficiais 

Twitter e Facebook: publicou fotografias antigas 

Telegram: divulgou dados do programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente e sobre a Operação Acolhida, programa que auxilia refugiados venezuelanos 

Sem motociata 

9 de novembro (quarta-feira) 

Reunião com Ciro Nogueira (Casa Civil), Célio Faria Júnior e governador Ratinho Jr. (Paraná) 

Reunião com Marcelo Queiroga (Saúde) 

Reunião de meia hora com Renato de Lima França 

Instagram: publicou uma fotografia antiga 

Telegram: anunciou "repasse de R$ 3 bilhões do governo federal para investimentos em segurança pública". No aplicativo, também fez publicações sobre programa de habitação no Ceará e dessalinização de água em Minas Gerais 

Sem motociata 

10 de novembro (quinta-feira) 

Reunião com Victor Godoy Veiga, ministro da Educação 

Reunião com o secretário da Presidência da República, Célio Faria Júnior, e com o subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, Renato de Lima França 

Assinou decreto que revogou 137 atos normativos já sem eficácia ou validade. 

Nomeou André Ramos Tavares para o cargo de juiz substituto no TSE 

Telegram: anunciou o lançamento da plataforma tramita.gov.br e fez postagem sobre valores arrecadados via leilões pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos 

Sem motociata 

Sem a tradicional live semanal 

11 de novembro (sexta-feira) 

Reunião com o ministro da CGU, Wagner Rosário, e com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos 

Sem motociata 

Novamente reuniu-se com Célio Faria Júnior e Renato de Lima França 

TikTok: publicou compilado de vídeos que o mostram em motociatas e encontros com apoiadores 

12 de novembro (sábado) 

Sem compromissos oficiais 

Nomeou 12 desembargadores para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região; os nomeados estavam nas listas tríplices formadas pelo plenário da corte e enviadas à Presidência em junho 

TikTok: publicou vídeos que o mostram com apoiadores 

Telegram: postagens a respeito do agronegócio, da transposição do rio São Francisco e sobre o marco legal do Saneamento Básico 

Sem motociata 

13 de novembro (domingo) 

Sem compromissos oficiais 

Telegram: publicações a respeito de obras de infraestrutura 

Sem motociata 

14 de novembro (segunda-feira) 

Encontro pela manhã com senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Paulo Guedes (Economia) 

Sem motociata 

TikTok: vídeos com compilado de cenas de suas atividades como deputado federal e presidente. Também publicou vídeo com os subtítulos "água no Nordeste", "casa própria" e "título de terra" 

15 de novembro (terça-feira) 

Encontro com Ciro Nogueira (Casa Civil), das 9h às 9h30 

TikTok: vídeo similar ao do dia anterior, com compilado de "recordes" de seu governo 

Sem motociata 

16 de novembro (quarta-feira) 

Sem compromissos oficiais 

Sem motociata 

Voltou ao Twitter e Facebook, após uma semana, para compartilhar uma lista de redes oficiais de comunicação, "atualizadas diariamente"

Um dos pontos imediatos abordados na apresentação oficial de Paulo Roberto Falcão como técnico do Sport, na manhã desta terça-feira (22), foi justamente o seu tempo de inatividade na função de treinador - desde 2012, quando foi campeão baiano, pelo Bahia, ele não comanda equipes. Mantendo sua peculiar educação, mas assumindo postura crítica, o rubro-negro analisou o assunto e, entre as declarações concedidas, resumiu seu ponto de vista em uma frase. “Será que é melhor passar três anos fora ou ser demitido sempre?”, questionou, referindo-se ao ‘excesso de dinamismo’ que o futebol brasileiro apresenta quando o assunto é a troca de técnicos. 

“No Brasil, há uma cultura equivocada de demitir e buscar treinadores com frequência. Infelizmente, a grande maioria dos clubes trabalha assim. No Sport, a diretoria, em minha opinião, agiu corretamente com Eduardo Baptista sempre que o segurou. E essa postura me passa segurança”, explanou Falcão, que aproveitou para adiantar o que se pode esperar de seu comportamento à beira do gramado. “Não costumo passar o jogo inteiro gritando, nem aparecer chutando garrafa na área técnica. Mas, quando a circunstância exige, não deixo de fazê-lo”, autoavaliou-se.

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Levando em conta o discurso de Falcão, ‘inatividade’ não seria o termo exato para definir o tempo que ele passou longe das comissões técnicas. O treinador afirmou que o afastamento foi escolha sua e que, nesse período, aproveitou para se capacitar como profissional do futebol. “Recebi convites, mas nenhum me motivou o suficiente. Não havia planejamento. Diferente do que encontrei no Sport. Aqui, acredito que terei as condições que procuro”, posicionou-se. “Enquanto estive fora, mantive contato com pessoas do ramo nas quais confio, e aprendi muito. Estou pronto para assumir o desafio no Sport”, finalizou.

A migração de trabalhadores para a inatividade voltou a ajudar a manter a taxa de desemprego em mínimas históricas em abril. A taxa de desemprego de 4,9% nas seis principais regiões metropolitanas do País, apurada pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo da verificada em março (5,0%) e em abril de 2013 (5,8%), mesmo sem a geração significativa de novos postos de trabalho.

"Essa taxa (de desocupação) caiu não porque houve geração de postos, não porque houve expansão da população ocupada, mas sim porque houve redução da procura por trabalho", afirmou Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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Em relação a março, foram criadas apenas 17 mil vagas em abril. Na comparação com abril do ano passado, somente 34 mil postos foram abertos. Como a população em idade ativa continuou crescendo e o número de desocupados permaneceu diminuindo, significa que essas pessoas foram para a inatividade.

O número de inativos ficou em 19,194 milhões de pessoas em abril, alta de 0,6% ante março, o equivalente a 118 mil pessoas a mais. Na comparação com abril do ano passado, a população inativa cresceu 4,2%, o equivalente a 772 mil pessoas que deixaram a força de trabalho.

"A ocupação não tem crescido, não tem apresentado movimento que seja significativo. Ela não está diminuindo, mas também não está crescendo como vimos em outros momentos da pesquisa. A gente está vivendo um cenário de estabilidade da ocupação", definiu Adriana.

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