Tópicos | instituições de ensino particular

Milhões de estudantes anualmente tentam ingressar em uma instituição de ensino, seja ela pública ou particular. Para se ter noção da quantidade de futuros ingressantes ao ensino superior, basta observar quantos feras se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Só este ano foram 8,7 milhões de candidatos. Para suprir a demanda da procura no mercado de ensino, instituições particulares crescem e oferecem novos cursos e consequentemente mais vagas.

Mesmo com a quantidade de vagas, novas graduações e faculdades, para alguns cursos, não é tão fácil atingir a aprovação. As graduações mais tradicionais como direito medicina e engenharia, por exemplo, exigem mais dedicação e atenção nos estudos. Além de ater aos conhecimentos adquiridos durante o ano, eles possuem formas concorridas de seleção, conforme cada banca organizadora. Por isso muitos candidatos recorrem aos cursos de matérias isoladas, específicos para essas seleções.

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A preparação é realidade para alguns feras que vão prestar vestibular na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. Para Elydiane Vieira de Morais, de 17 anos, que almeja fazer medicina, o nível das provas é elevado e para obter a aprovação é essencial seguir essa estratégia. “É muito difícil se adaptar ao estilo da prova da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Unicap e da UNINASSAU. Por isso optei por fazer algumas isoladas”, conta a estudante.

Quanto à preferência pela instituição de ensino, ela diz: “As três são excelentes, inclusive tenho uma amiga que está fazendo na UNISSAU e afirma que a estrutura é muito boa. As pessoas dizem que as particulares não são boas, mas se enganam, inclusive, elas oferecem mais estrutura que as públicas”, avalia Elydiane. “Se não atingir uma boa pontuação no Enem, não tenho dúvida em seguir para uma faculdade particular e realizar meu sonho de cursas medicina”, conclui.

Quem compactua com os mesmos ideais é a vestibulanda Bárbara de Melo, de 19 anos. A jovem, que já almeja fazer engenharia civil há mais de um ano, diz que caso a nota do Enem não seja boa, ela já estará preparada para o processo seletivo da Unicap. “Já fiz algumas provas e percebi que elas não são tão fáceis quanto se imagina. A Católica, por exemplo, considero um nível mediano. Para fazer o exame bem é necessário estar atento ao estilo das questões”, alerta a candidata. “Com a experiência que possuo e a preparação em curso de matérias isoladas, focadas nesses vestibulares, confesso que me sinto mais segura”, finaliza.

Para um dos professores de matemática do Conexão Curso Isolada, Marconi Sousa, a procura por preparatórios específicos para vestibulares de instituições particulares cresceu. “Os estudantes estão mais preocupados com a aprovação. Além disso, o nível da prova está mais difícil. Isso é incontestável. Hoje, por exemplo, a banca organizadora que elabora as provas da UNINASSAU é a Covest, organização que por anos elaborou as provas da primeira e segunda fase da Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal Rural de Pernambuco”, justifica.

Já o educador Ricardo Berardo, em entrevista ao Portal LeiaJá, ainda reforça que as oportunidades de financiamento intensifica a procura por instituições particulares. “Com a facilidade de pagamento, muitos estudantes enxergam o sonho de se graduar a partir das opções de financiamento do curso. Por isso a procura cresceu”, opina o docente de matemática.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as matrículas no ensino superior cresceram 3,8%, conforme Censo Superior publicado neste ano. Ainda segundo o levantamento, o total de alunos na educação superior no Brasil chegou a 7,3 milhões em 2013, quase 300 mil matrículas acima do registrado no ano anterior. 

Em relação à distribuição de instituições públicas e privadas e dos estudantes, o MEC constatou que os universitários estão distribuídos em 32 mil cursos de graduação, oferecidos por 2,4 mil instituições de ensino superior, sendo 301 públicas e duas mil particulares. As universidades são responsáveis por 53,4% das matrículas, enquanto as faculdades concentram 29,2%.

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