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O Ministério Público Federal (MPF) pediu a intervenção judicial na Vitapan Indústria Farmacêutica Ltda., da ex-mulher e do ex-cunhado do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O laboratório ainda opera e estaria irrigando financeiramente o esquema do contraventor.

Parecer da Procuradoria Regional da República – 1.ª Região remetido à Justiça Federal pede a manutenção do sequestro dos ativos financeiros e a nomeação de um administrador com a finalidade de tornar viável o funcionamento do laboratório. Caso a Justiça não nomeie um interventor, o MPF pede que os atuais administradores sejam obrigados a prestar contas periódicas à Justiça. Por liminar, o desembargador federal Tourinho Neto autorizou desbloqueio de quatro contas do laboratório.

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"Os elementos colhidos na investigação, especialmente nas interceptações telefônicas, indicam que Cachoeira é o gestor de fato da Vitapan porque os telefonemas mantidos com sua atual mulher e com sua ex-mulher apontam que o contraventor é quem, efetivamente, administra, por meio de sua ex-mulher, Andréa Aprígio, e de seu ex-cunhado, Adriano Aprígio, mesmo não figurando, atual e formalmente, em seu quadro societário", diz o documento. Segundo a PF, Cachoeira entra como sócio em 1999. Nos cinco anos que figurou no contrato social, o capital da empresa passou de R$ 500 mil para R$ 5,2 milhões.

Venda - Em um dos diálogos citados, gravado em 6 de maio de 2011, Andréa e Cachoeira conversam sobre a possível venda do laboratório. Andréa diz que a Vitapan vale R$ 96 milhões e Cachoeira diz que não dá para vender por menos de R$ 100 milhões. Vinte dias depois, Cachoeira comenta com a atual mulher, Andressa Mendonça, que o ex-cunhado estaria se separando. "Depois te falo. Esse negócio é importante para mim. Imagina se a mulher inventa de pegar metade dos trem do Adriano?", diz. Andressa responde: "Ela vai pegar. Isso é fato, esquece. Ela tem direito." E Cachoeira: "Não fala um negócio desse senão eu morro".

Segundo o procurador Carlos Alberto Vilhena, há fortes indícios de que Andréa e Adriano são "laranjas", que ocultam a origem do patrimônio supostamente ilícito pertencente, de fato, a Cachoeira. As investigações mostram que ele usaria a indústria para reinserir valores, já com aparência lícita, no mercado. O MP não afasta a possibilidade de introdução no sistema econômico de valores originários de prática criminosa por meio da Vitapan.

A reportagem tentou falar com Andréa nesta quinta, mas ela não atendeu às ligações. A reportagem também não conseguiu falar com um representante do laboratório. Na defesa, a Vitapan afirma que não há demonstração de desvio, nem confusão patrimonial, e que este ano a Anvisa certificou que o laboratório é periodicamente inspecionado e monitorado e que cumpre as Boas Práticas de Fabricação. Sustenta ainda que o bloqueio está liquidando a empresa.

O Banco Central resolveu intervir no mercado nesta sexta-feira, dia em que, pela primeira vez desde o início da escalada mais recente do dólar, a taxa oficial de câmbio - chamada de Ptax - foi estabelecida acima de R$ 2,00.

Calculada no início da tarde pela média simples de quatro coletas junto às mesas de operações durante a manhã, a Ptax ficou em R$ 2,0095, com alta de 0,61%. É a primeira vez que o câmbio oficial fica acima de R$ 2,00 desde 10 de julho de 2009, quando a taxa foi de R$ 2,0147.

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A atuação do Banco Central aconteceu perto do horário habitual de encerramento dos negócios. Naquele momento, o dólar à vista estava ao redor da máxima do dia, que foi de R$ 2,057. Como a operação equivale a uma venda de dólares, a taxa cedeu. Ao final do pregão, o dólar à vista estava em R$ 2,020 (+1,05%) no balcão e na BM&F (+1,14%). Pouco depois das 17 horas, o dólar junho valia R$ 2,020 (+0,20%).

No leilão, o BC vendeu integralmente o lote ofertado, de 13 mil contratos de swap cambial tradicional. A venda corresponde a US$ 654,3 milhões e anula o vencimento de swaps cambiais reversos do próximo dia 1º de junho, segundo operadores.

De acordo com o BC, os papéis foram vendidos com taxa nominal negativa de 22,1492 e linear também negativa de 21,271, o que demonstra a forte demanda pelos contratos. A taxa de corte ficou em 70%.

Segundo operadores, a ação do BC aconteceu frente à forte volatilidade que as cotações demonstraram no pregão desta sexta. Entre a mínima de R$ 1,996 e a máxima de R$ 2,057 no mercado à vista de balcão, o dólar variou 3,06%. O dólar junho oscilou entre R$ 1,9985 e R$ 2,0635, o que representa 3,25%. "O BC atuou para dar liquidez a quem precisava e para evitar que essa variação brusca se repita", disse um experiente profissional de câmbio.

A percepção desse operador e de outros profissionais ouvidos pela Agência Estado é que a Ptax acima e R$ 2,00 detonou a liquidação de operações estruturadas envolvendo derivativos de dólar, o que potencializou a pressão de alta do dólar e a volatilidade. Por trás disso, o mercado encontrou fôlego para puxar o dólar, mais uma vez, no cenário internacional. As preocupações com a Europa continuam aumentando. Ao longo do dia, foram realimentadas por mais uma onda rebaixamento de bancos pelas agências de classificação de risco. À tarde, também houve rumores de que a Grécia poderia fazer um referendo sobre o euro.

O mercado reagiu mal, ainda, à demora para o início de negociações com ações do Facebook. A ansiedade dos investidores era grande e, diante de um atraso de 30 minutos, as bolsas internacionais passaram a operar no negativo, afetando a Bovespa e ajudando a levar o dólar para cima, no início da tarde. Essa influência, porém, foi pontual.

O governo da Argentina tornou oficial a intervenção em outra empresa da Repsol, a YPF Gas S.A, a maior empresa de distribuição e comercialização de gás engarrafado do país. A medida que foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, havia sido anunciada ontem pelo senador governista Aníbal Fernández (Frente pela Vitória).

Ao final do debate de sessão conjunta das comissões do Senado, Fernández informou que a bancada governista incluiria um adendo ao projeto de lei de expropriação de 51% da YPF. Na ocasião, Fernández não soube detalhar o alcance da medida, o nome da empresa de gás da espanhola que seria afetada, o que gerou interpretações no mercado de que poderia ser a Metrogas ou a Gas Natural Ban, nas quais a Repsol detém importante participação acionista.

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Segundo a medida, 85% da YPF Gas S.A pertence à Repsol Butano S.A. e 15% são da Pluspetrol S.A. O governo não explicou o que ocorrerá com a participação da Pluspetrol, uma das maiores produtoras de fertilizantes para o setor agrícola, da qual YPF possui 50% das ações. A YPF Gas S.A. possui 30% do mercado de botijões e tubos de gás e 50% do abastecimento a granel.

A Medida Provisória publicada hoje amplia a de segunda-feira passada, pela qual foram nomeados como interventores da YPF o ministro de Planejamento, Julio De Vido, e o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof. Os funcionários também assumem a administração da YPF Gas. O texto justifica que a YPF Gas é uma sociedade anônima que "cumpre uma atividade considerada essencial na política de hidrocarbonetos da Argentina".

Também explica que a unidade funcionava de maneira independente da YPF e, por isso, requeria uma norma determinando sua intervenção até que seja legalmente expropriada. Entre os argumentos para a decisão, o governo diz que o objetivo é "garantir as necessidades dos usuários, permitindo abastecer os setores de baixos recursos ou setores comerciais e produtivos que não contam com acesso à rede de gás natural".

O ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse nesta segunda-feira que a situação no Mali está se "deteriorando rapidamente", mas descartou o envio de soldados para a ex-colônia francesa. "A situação é perigosa e é por isso que eu peço a todos os cidadãos, cuja presença não seja essencial, que deixem o país", declarou Juppé em Dacar.

Segundo ele, o fato de haver seis reféns franceses nas mãos da Al-Qaeda no Magreb Islâmico mostra que "somos claramente um alvo". "Nós podemos ajudar com logística ou treinamento, mas não há possibilidade de enviarmos soldados franceses para o território malinês."

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A França, que tem soldados estacionados em Dacar e na Costa do Marfim, tentou duas vezes intervir para salvar os reféns, mas os resultados foram desastrosos.

Em julho de 2010, um refém francês foi morto em retaliação a uma fracassada tentativa de resgate. Em janeiro de 2011, dois franceses foram mortos no deserto malinês, quando forças especiais francesas e do Níger tentaram salvá-los.

Moradores de Timbuktu, no norte do Mali, disseram nesta segunda-feira que a bandeira negra da facão islamita Ansar Dine tremula sobre a cidade, que no domingo caiu em mãos rebeldes. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Uma comércio clandestino situando na Rua Cerro Cora, no bairo de São José, centro do Recife, foi interditado na manhã desta sexta-feira (18) por uma equipe da Gerência de Apreensão da Diretoria de Controle Urbano (Dircon). No local, eram comercializados produtos pirateados e irregulares, em uma feira conhecida como “feira do troca”. Os produtos ocupavam as calçadas, vagas de estacionamentos e um trecho da via. Para realizar a apreensão do material e o reordenamento da rua, os técnicos da Dircon contaram com o apoio da Secretaria de Defesa Social (SDS), da Guarda Municipal, Brigada Ambiental e da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

Ao todo, 100 funcionários da Prefeitura e da Polícia Militar participaram da operação. Foram recolhidos DVDs piratas, ferramentas para construção, roupas, eletrodomésticos e aparelhos celulares.  Os cinco caminhões utilizados pela Dircon ficaram carregados com o material que foi levado para o depósito do órgão. A mercadoria poderá ser recuperada mediante a apresentação de nota fiscal e o pagamento de uma multa que varia entre R$ 107 e R$ 500. O que não for recuperado será encaminhado à SDS.

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Segundo o gerente de Apreensão, Marcílio Domingos, o objetivo da intervenção foi liberar a via. “Os comerciantes estavam impedindo a circulação dos veículos e dos pedestres, uma vez que as calçadas, parte da via pública e a área de estacionamento estavam sendo ocupadas”. Ele acrescentou ainda que o local continuará sendo monitorado para evitar novas ocupações.
 

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