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Um pai de família no Iêmen queimou sua filha de 15 anos viva apenas por suspeitar que ela teria se encontrado com seu noivo, anunciou nesta terça-feira a polícia iemenita.

O homem de 35 anos matou sua filha "queimando-a viva, com o pretexto de que ela teria tido dois encontros com seu noivo", acrescentou a polícia em seu site, indicando que o assassinato aconteceu em Shabaa, um povoado da província de Taëz, no centro do Iêmen.

O corpo da jovem foi levado para o hospital e o pai vai ser julgado, segundo a polícia. O assassinato mostra o peso da tradição no Iêmen, país pobre da Península Arábica, afetado por escândalos relacionados ao casamento de menores de idade, prática patriarcal comum em uma sociedade com estrutura tribal.

Após assumir publicamente um relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, a cantora Daniela Mercury levantou uma bandeira contra o preconceito. Nesta quinta (13) ela usou sua conta no Twitter para protestar contra a intolerância religiosa.

Daniela desabafou: "Quem precisa de pastores são ovelhas. Mais professores e educação para o convívio em sociedade. Por que os seres humanos inventam tantas separações para seres iguais? Por que buscam maneiras de se valorizar mais que os outros?  Todo mundo tem o direito a ter sua religião. Deus é amor e Jesus nunca se achou melhor que ninguém. Gente, falo de qualquer diferença ,não estou reclamando de nada."

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A cantora continuou o protesto com outras postagens: "Apenas falo de questões que me inquietam. Difícil não é acreditar em Deus, é acreditar nos homens. O céu e o inferno são aqui mesmo. Não adianta rezar pra Deus e maltratar pessoas. É preciso ter senso critico e exercer o livre arbítrio, o livre pensar. O conhecimento é a única coisa que liberta", declarou Daniela.

 

Leite, queijo, iogurte e manteiga são alimentos facilmente encontrados na mesa dos brasileiros, mas para cerca de 40% da população podem trazer náuseas, diarreia, excesso de gases, dor de estômago entre outros incômodos. Isso acontece devido a uma incapacidade que essas pessoas têm de digerir lactose, o açúcar do leite. É a intolerância à lactose.

Para digerir esse açúcar, o organismo precisa produzir uma enzima chamada lactase, que divide o açúcar do leite em glicose e galactose. A incapacidade de produzir a lactase pode ser genética ou ocasionada por algum problema intestinal que a interrompe temporariamente.

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De acordo com Ricardo Barbuti, gastroenterologista membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia, a capacidade de produzir a lactase é geneticamente determinada. “Quem tem a predisposição para produzir menos enzimas, na medida em que o tempo passa, vai perdendo a capacidade de digerir a lactose. Todo mundo que tem geneticamente uma intolerância, tem uma má absorção de lactose, mas isso não causa sintomas sempre”, disse Barbuti. Há países, como o Japão, em que praticamente toda a população tem essa característica.

O especialista explica que geralmente os sintomas aparecem entre meia hora e uma hora depois da ingestão do leite ou derivados, como chocolate, sorvetes, leite condensado, creme de leite, iogurte, manteiga, pudins e queijos. Barbuti ressalta porém, que isso depende do grau de intolerância à lactose e de quanta lactose tem o alimento ingerido. “Queijos quanto mais duros, menos lactose. Um parmesão, por exemplo, tem pouca lactose, enquanto um queijo mais mole tem mais lactose” explicou o especialista.

O Iogurte, por exemplo, tem menos lactose, já que o leite é fermentado e, no processo de fermentação, as bactérias consomem a lactose.

Já para Simone Rocha, nutricionista presidente da Associação de Nutricionistas do Distrito Federal, outro fator que pode causar intolerância alimentar de qualquer tipo, inclusive à lactose, é a superexposição a determinado alimento. “A superexposição pode causar intolerância, porque você come tanto que o seu organismo não consegue produzir enzimas para quebrar tudo”, explica Simone.

De acordo com Barbuti, as pessoas estão tendo mais acesso ao diagnóstico de intolerância à lactose. “O médico está mais atento a esse problema. O exame mais comum, que é o teste sanguíneo, é de fácil execução e está mais disponível à população, inclusive pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, avaliou o especialista. Ele conta que existe ainda um teste genético, em que os genes do paciente são estudados para saber se existe carga para a intolerância, porém este exame está disponível em pouquíssimos lugares no Brasil.

O especialista ressalta que existe diferença entre intolerância alimentar e alergia, que é uma reação imunológica descontrolada do organismo a alguma substância.

Para quem tem intolerância à lactose e faz questão de continuar consumindo derivados do leite, Barbuti explica que existem no mercado comprimidos de lactase. No Brasil, a lactase é encontrada apenas nas farmácias de manipulação, pois, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a enzima lactase é um medicamento de origem biológica. Em outros países, no entanto, a enzima é considerada alimento e tem venda liberada em farmácias e supermercados. Segundo a agência reguladora, ainda não há, no país, interesse das empresas em desenvolver o produto para vendas nas farmácias.

Outra alternativa para não passar mal ao ingerir derivados de leite são os probióticos, “as bactérias do bem”, que quando tomadas continuamente podem melhorar a digestão da lactose. Estes recursos são especialmente importantes para mulheres que já passaram pelo período da menopausa e precisam ingerir derivados do leite para absorverem cálcio.

A Polícia de Caruaru está em busca de um homem que efetuou disparos dentro da Igreja Pentecostal, no loteamento Parque das Cidades, por volta das 21h30 desta terça-feira (14). Um dos tiros atingiu o peito de uma mulher, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Além dela, outras três pessoas ficaram feridas.

O caso ocorreu porque Vicente Henrique de Andrade, de 50 anos, não consentia que os filhos frequentassem o templo. Depois de uma discussão em casa com um deles, o rapaz de 16 anos, fugiu e entrou na igreja, onde já se encontravam os outros dois irmãos.

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De acordo com o delegado Thiago Uchôa, o acontecido foi um caso de intolerância à família que foi confirmado inclusive com o depoimento das vítimas. “Ele tem esse histórico com a família. A esposa já vinha sendo agredida, mas nunca procurou a polícia e só falou agora”, relatou. 

Ainda segundo o delegado, o homem atirou na intenção de atingir os filhos, mas acabou acertando outras pessoas. A vítima fatal foi Josefa Bezerra da Silva, 35. Os outros três que ficaram feridos são Severino Pedro Oliveira da Silva, 41, Emerson Caetano dos Santos, 32, e Marilene Nicássio da Silva. Todos foram encaminhados ao Hospital Regional do Agreste (HRA) e não correm risco de morte.

Um artista sueco que recebeu ameaças de morte depois de ter representado o profeta Maomé como um cachorro anunciou nesta quarta-feira (20) que tem a intenção de expor novamente usando como tema o fundador do Islã.

"É importante continuar porque se cedermos às ameaças e retrocedermos, abandonaremos o princípio da democracia", declarou à AFP Lars Vilks, de 66 anos.

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Vilks atraiu a atenção dos meios de comunicação de todo o mundo depois da publicação em 2007 de uma caricatura de Maomé no jornal regional Nerikes Allehanda, junto em um editorial sobre a liberdade de expressão.

O artista pretende expor em julho, em Malmo, a terceira cidade da Suécia, onde 40% da população, segundo a municipalidade, é integrada por imigrantes de primeira ou segunda geração de pessoas procedentes do Iraque, Bósnia, Líbano, Irã e Turquia.

O pintor indicou que vai retomar a mesma charge do profeta, com um corpo de cachorro, para caracterizá-lo em quadros de célebres de pintores como Monet, Rubens o Anders Zorn.

Oito pessoa, incluindo Colleen LaRose, uma islamita que se chama de "Jihad Jane", foram presas em 2009 por ter planejado matar o artista.

Nesta quinta-feira (7) o Observatório contra discriminação foi inaugurado na cidade de Olinda, região Metropolitana do Recife (RMR). O objetivo é identificar e punir atitudes de preconceito seja por cor, orientação sexual ou intolerância religiosa. A população poderá registrar denúncias o dia inteiro na sede do Centro de Referência de Enfrentamento ao Racismo no bairro do Carmo.

No local, será possível registrar denúncias de atitudes homofóbicas, casos de tráfico de pessoas e situações de desrespeito aos direitos humanos, como os crimes de violência simbólica (aqueles praticados sem contato físico, ou seja, ofensas, xingamentos, preconceitos, homofobia, entre outros).

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Com informações da assessoria

A internet está ajudando a diminuir a subnotificação dos crimes de intolerância. Com a possibilidade de registrar ofensas raciais ou homofóbicas pela web, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) já recebeu 408 boletins de ocorrência neste ano, contra 176 no ano passado inteiro.

Sem fazer alarde, há cinco meses a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) passou a permitir a denúncia dos crimes de injúria, calúnia, difamação e ameaça pelo boletim eletrônico na internet.

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Na motivação, além de raça, etnia e homofobia, é possível escolher até ciúme e inveja. "Quando a motivação é racial ou de homofobia, os boletins são encaminhados diretamente à Decradi", afirma a delegada Adriana Liporoni, coordenadora da Delegacia Eletrônica.

Com a novidade, na Decradi os BOs eletrônicos já são quase o triplo dos feitos pessoalmente. Desde 31 de março, quando passou a ser possível registrar esse tipo de crime pela internet, a delegacia já recebeu 298 BOs eletrônicos - 157 deles referentes à capital. No mesmo período, 110 pessoas prestaram queixa pessoalmente.

O delegado Pascoal Ditura, titular do Decradi, lembra que, para que seja aberto inquérito policial, a pessoa tem de ir depois à delegacia fazer representação contra a pessoa. Por lei, o prazo para que isso seja feito é de seis meses. Quando a vítima presta queixa pessoalmente, pode fazer a representação na hora ou voltar depois.

De acordo com dados da Decradi, 17% dos casos registrados na delegacia em 2011 foram de lesão corporal dolosa. Os casos de injúria representaram 53%, seguidos por ameaça (20%), constrangimento ilegal (3%) e outros (7%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) sobre religiões afro-brasileiras no estado do Rio comprova denúncias de intolerância religiosa. Dados preliminares do Mapeamento das Casas de Religiões de Matriz Africana no Rio de Janeiro, que identificou 847 templos, revelam que 451 - mais da metade - foram vítimas de algum tipo de ação que pode ser classificada como intolerância em razão da crença ou culto.

No estado com a maior proporção de praticantes de religiões afro-brasileira na população (1,61%), segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas com base no Censo 2010, a pesquisa da PUC-Rio identificou templos em 27 dos 92 municípios fluminenses. Embora não represente a totalidade das casas religiosas desse segmento no estado, de acordo com uma das coordenadoras, a professora Denise Fonseca, o mapeamento é o primeiro a tratar de casos de intolerância religiosa.

Encomendada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a pesquisa começou em 2008. Em fase de análise, indica que vaita o tipo de violência contra os templos. Segundo Denise Fonseca, a maioria dos casos relatados pelos entrevistados são "pequenas sabotagens", mas também agressões. "Os relatos vão desde carros sendo multados por uma polícia que nunca entra em determinada comunidade nem de dia nem de noite- a não ser em dia de atividades religiosas - até a situação de pai de santo sendo espancado por praticantes de outras religiões", disse.

Como os dados do mapeamento estão sendo avaliados caso a caso, a professora explica que o perfil dos agressores requer uma "análise cuidadosa". Mas adianta que os relatos apontam para uma confirmação de estatísticas da Polícia Civil, sendo os praticantes de religiões neopentecostais, os principais violentadores do templos de matriz africana. "Não temos provas tangíveis, concretas, mas há um conjunto de evidências que constitui um quadro bastante claro", declarou a coordenadora.

O ataque de neopentecostais contra as religiões afro-brasileira tem parte da explicação no próprio preconceito sofrido pelo grupo, segundo o teólogo da Igreja Presbiteriana de Copacabana, o reverendo André Mello. Ele explica que, para se afirmar, o grupo precisou "fazer barulho". Conquistou veículos de comunicação e amplificou as estratégias para se proteger e para angariar fiéis. "O problema é que o próprio campo religioso não sabe lidar com a diversidade", avaliou.

Por outro lado, segundo a PUC-Rio, as maiores vítimas são os candomblés da Baixada Fluminense. Embora os ataques precisem ser melhor estudados, Denise Fonseca avalia que os praticantes acabam mais "visíveis para serem atacados" porque naturalmente exibem sinais de "pertença racial", ou seja, "é o fenótipo dos praticantes, os símbolos sagrados e o alinhamento aos valores do terreiro. Essa externalidade os torna alvos mas visíveis, mas não mais vulneráveis", explicou.

A agressões praticadas por fações criminosas também são denunciadas por sacerdotes, mas ainda não estão evidentes no mapeamento. Segundo o representante do conselho de lideranças religiosas que acompanha a pesquisa da PUC-Rio, pai Pedro Miranda, da União Espiritista de Umbanda do Brasil (Ueub), em alguns episódios, a intolerância reflete "interesses comerciais", já em outros, ocorre em função da influência de seguidores de religiões neopentecostais.

"Na zona norte, em comunidade dominada, traficantes impediam trabalhos em tendas porque o barulho dos atabaques atrapalhava o controle da chegada da polícia", disse pai Pedro, que como representante do templo onde atua, responde processo criminal por excesso de barulho durante suas cerimônias. "Em outra comunidade, na qual um segmento de evangélicos escondia um traficante, em troca, a facção criminosa impedia os templos de realizarem suas atividades", completou.

Há três anos, em um serviço pioneiro no país, responsável por acompanhar casos de intolerância religiosa no Rio, o delegado Henrique Pessoa, da 4º Delegacia de Polícia, corrobora o dado da pesquisa. "Maciçamente, os agressores são neopentecostais", disse. "Eles têm um discurso que acaba na violência", declarou, ao informar que recebe cerca de 40 denúncias por ano.

Em fase de conclusão, com a previsão de ser apresentada em 2012, o mapeamento da PUC-Rio também constatou que centenas de templos têm projetos de assistência social. A maioria dá apoio a políticas públicas de distribuição de renda, suplementação alimentar para crianças, desenvolvem projetos de educação de jovens e adultos e de s

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